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- 22/03/2018 - Seminários do Plano Diretor do IPEN - 2017 - Ciclo 2018Realizados de 12 a 22 de março, os Seminários do Plano Diretor do IPEN reuniram gerentes e servidores do instituto para avaliarem os resultados obtidos em 2017
Realizados de 12 a 22 de março, os Seminários do Plano Diretor do IPEN reuniram gerentes e servidores do instituto para avaliarem os resultados obtidos em 2017
Uma saudável maratona de apresentações reúne anualmente todo corpo de gerentes do IPEN e servidores em um balanço profundo das atividades desenvolvidas durante o ano anterior e os desafios para a manutenção das metas institucionais. Os Seminários do Plano Diretor do IPEN - 2017 - Ciclo 2018 são organizados pela Diretoria de Planejamento e Gestão (DPG) e seguem um roteiro que permite a apresentação dos destaques realizados pelas unidades de pesquisa e, principalmente, os maiores desafios enfrentados. O fator mais importante para o êxito das apresentações é o diálogo franco e aberto entre os participantes e a troca de informações entre as diversas unidades. Foram dez apresentações dos Centros de Pesquisa e cinco das diretorias que culminaram com as avaliações do diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), Marcelo Linardi e do superintendente do IPEN, Wilson Calvo.Os Seminários foram encerrados com as premiações individuais para os "Destaques do IPEN. Os indicados foram:
Servidor do Ano - Joselfina Maria da Silva Esteves, da Diretoria de Administração (DAD) e Rosemeire Petrauskas Paiva, do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq)
Pesquisador do Ano - Estevam Vitorio Spinace, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH)
Pesquisadora Destaque - Lucian Gatti, pesquisadora vinculada atualmente ao Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Centro de Lasers e Aplicações (CLA) destacou-se na categoria "Publicações", "Tecnologias" e "Captação de Recursos em Agências de Fomento". O Centro de Metrologia das Radiações foi o vencedor na categoria "Ensino". Na categoria "Relatório Técnico" e "Prestação de Serviço" o vencedor foi o Centro de Engenharia Nuclear (CEN). O vencedor em "Produtos" foi o Centro de Radiofarmácia (CR).
Saiba mais:IPEN premia 'Destaques do Ano 2017' em reconhecimento à dedicação de servidores
Resultados de 2017 e perspectivas para este ano serão apresentados no Plano Diretor - Ciclo 2018
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- 22/03/2018 - IPEN e Universidade de La Laguna assinam convênio na área de Eletroquímica e CorrosãoNa semana de 12 a 16 de março, o professor Javier Izquierdo Pérez, pesquisador da instituição espanhola, ministrou no IPEN o curso “Electrochemical Techniques”, dando início à colaboração
Na semana de 12 a 16 de março, o professor Javier Izquierdo Pérez, pesquisador da instituição espanhola, ministrou no IPEN o curso “Electrochemical Techniques”, dando início à colaboração
O IPEN formalizou nesta quarta-feira, às 15h, Convênio de Cooperação Acadêmica, Científica e Tecnológica com a Universidade de La Laguna (ULL), da Espanha. O superintende do Instituto, Wilson Calvo, o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), Marcelo Linardi, e a gerente do Programa de Internacionalização, Isolda Costa, estiveram presentes no ato da assinatura do protocolo, que será encaminhado ao reitor Antonio Matinón Cejas para formalização naquela instituição. Por questões orçamentárias, não foi possível reunião presencial dos dirigentes.
De acordo com os termos do Convênio, o objeto principal é promover colaboração na área de docência e também na pesquisa, inclusive com intercâmbio de alunos e de pessoal acadêmico e administrativo, que possam ser de interesse para ambas as instituições. Dentre as principais ações, estão: possibilitar a participação de pessoal em eventos científicos e culturais organizados pela parceira, promover intercâmbio de bibliografia, publicações, material docente ou exposições que tenham correlação com as atividades do IPEN e da ULL.
O Convênio terá vigência de quatro anos, podendo renovar-se por "acordo expresso” das partes, prévia avaliação conforme os termos estabelecidos vigentes no cumprimento do referido prazo. "O novo convênio muito contribui para o fortalecimento da Internacionalização do IPEN ao promover a mobilidade acadêmica de professores e estudantes das duas instituições parceiras altamente conceituadas”, afirma Isolda Costa.
Ela destaca que a parceria com a ULL é de grande importância para a área de pesquisa em Eletroquímica e Corrosão do Instituto. "O objetivo é estimular a cooperação entre o grupo de pesquisas coordenado pelo Dr. Ricardo Souto, do Departamento de Química daquela universidade, e o Laboratório de Eletroquímica e Revestimentos Protetores, sob nossa coordenação, no Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM)”, acrescenta Costa, que, nesse convênio, especificamente, também fará parte das atividades como pesquisadora.
A formalização do Acordo foi nesta quarta-feira, mas o primeiro fruto da parceria aconteceu na semana anterior, de 12 a 16 de março, quando o professor Javier Izquierdo Pérez, pesquisador da Universidade de La Laguna, ministrou no IPEN o curso "Electrochemical Techniques”. De acordo com Costa, o evento contou com o incentivo e o apoio financeiro da Gerência de Ensino e da Pós-Graduação do Instituto.
"É mais um passo em direção à Internacionalização, cujo fortalecimento é um dos nossos objetivos pensando o futuro do IPEN. Convênios internacionais com instituições de ponta possibilitam, além do intercâmbio, publicações importantes e de qualidade, o que estamos buscando ampliar no Instituto. Além disso, essa cooperação, em especial, nos permitirá alavancar projetos envolvendo recursos financeiros no futuro”, afirmou Marcelo Linardi, diretor da DPDE.
O superintendente Wilson Calvo mais uma vez destacou que cooperações internacionais têm sido fundamentais para a qualidade das pesquisas no Instituto e também para a contribuição que o IPEN pode dar à formação de novos pesquisadores e líderes. "Acredito que estamos cumprindo a nossa missão”. O Convênio foi assinado na sala de reuniões da Superintendência, no Bloco A do Instituto.
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- 20/03/2018 - Palestra internacional sobre efeitos de ligantes orgânicos antropogênicosA Dra. Monica Felipe-Sotelo, do Departamento de Química da Universidade de Surrey, Inglaterra, profere a palestra "Effect of anthropogenic organic ligands on the mobility of radionuclides under cementitious conditions", no dia 20 de março, terça-feira, às 10h, no Auditório Prof. Dr. Alcídio Abrão, prédio de Ensino do IPEN
A Dra. Monica Felipe-Sotelo, do Departamento de Química da Universidade de Surrey, Inglaterra, profere a palestra "Effect of anthropogenic organic ligands on the mobility of radionuclides under cementitious conditions", no dia 20 de março, terça-feira, às 10h, no Auditório Prof. Dr. Alcídio Abrão, prédio de Ensino do IPEN
A Dra. Felipe-Sotelo graduou-se em química ambiental pela Universidade de A. Coruna, Espanha, em 1999. Na mesma instituição concluiu seu mestrado (2001) e doutorado (2004). Realizou pesquisa pós-doutoral no Departamento de Química Ambiental do CSIC em Barcelona (2005), focando a aplicação de modelos quimiométricos para estudar a distribuição temporal geográfica de poluentes em diversos compartimentos ambientais e o desenvolvimento de modelo preditivo para contaminantes atmosféricos. Desde junho de 2016 está em Surrey onde também profere palestras sobre Química Analítica.Informações com Dra. Isolda Costa (tel. 11 3133-9226 - e-mail: icosta@ipen.br) pesquisadora do Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CCTM) do IPEN , também responsável pelo setor de Internacionalização do Instituto. -
- 16/03/2018 - Curso internacional sobre técnicas eletroquímicas foi realizado no IPENO curso 'Electrochemical Techniques' foi ministrado pelo Dr. Javier Izquierdo Pérez, da Universidade de La Laguna, Espanha, de 12 a 16 de março no CCTM/IPEN
O curso 'Electrochemical Techniques' foi ministrado pelo Dr. Javier Izquierdo Pérez, da Universidade de La Laguna, Espanha, de 12 a 16 de março no CCTM/IPEN
O Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do IPEN recebeu a visita do Dr. Javier Izquierdo Pérez, do Departamento de Química, Físico-Química, da Universidade de La Laguna (ULL), Espanha. Na oportunidade, o Dr. Pérez ministrou o curso "Electrochemical Techniques", no período de 12 a 16 de março, na Sala de Seminários do CCTM.
Informações com Dra. Isolda Costa - 11 3133-9226, e-mail -icosta@ipen.br
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- 12/03/2018 - IPEN sediará o curso internacional sobre técnicas eletroquímicasO curso 'Electrochemical Techniques' será ministrado pelo Dr. Javier Izquierdo Pérez, da Universidade de La Laguna, Espanha, de 12 a 16 de julho no CCTM/IPEN
O curso 'Electrochemical Techniques' será ministrado pelo Dr. Javier Izquierdo Pérez, da Universidade de La Laguna, Espanha, de 12 a 16 de julho no CCTM/IPEN
O Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do IPEN receberá a visita do Dr. Javier Izquierdo Pérez, do Departamento de Química, Físico-Química, da Universidade de La Laguna (ULL), Espanha. Na oportunidade, o Dr. Pérez ministrará o curso "Electrochemical Techniques", no período de 12 a 16 de março, na Sala de Seminários do CCTM.
Informações com Dra. Isolda Costa - 11 3133-9226, e-mail - icosta@ipen.brCurso: Electrochemical TechniquesDr. Javier Izquierdo Perez Department of Chemistry, Physical Chemistry, University of La Laguna, Spain12 a 16 de março de 2018 – Manhã: 9:30 às 11:30; Tarde: 13:30- 15:30Sala de Seminários do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares Av. Prof. Lineu Prestes, 224212/03
9h30 - 11h30
Part 1: Processes at solid surfaces and surface-sensitive techniques 13:30h-15:30h Part 2: The opportunity of Scanning probe microscopies for enhanced surface characterization.13/03
9h30h -11h30
Part 1: Basics of electrochemistry. The electrochemical experiment 13:30h-15:30h Part 2: DC Electrochemical techniques14/03
9h30-11h30
Part 1: Electrochemical impedance spectroscopy 13:30h-15:30h Part 2: The scanning vibrating electrode technique (SVET)15/039h30 -11h30
Part 1: The scanning ion-selective electrode technique (SIET) and potentiometric scanning electrochemical microscopy (pot-SECM) 13:30h-15:30h Part 2: The scanning electrochemical microscope (SECM)16/03
9h30 -11h30
Part 1: AC-based scanning electrochemical techniques: AC-SECM, Localized electrochemical impedance spectroscopy (LEIS), scanning electrochemical impedance spectroscopy (SEIM) 13:30h-15:30h Part 2: High-resolution SECM and combined techniques19/03
9h – 11h
Discussion with students at Laboratory of Electrochemistry - CCTM -
- 08/03/2018 - Homenagem do IPEN pelo Dia Internacional da MulherEm 8 de março, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o IPEN realizou uma pequena ação para relembrar a data
Em 8 de março, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o IPEN realizou uma pequena ação para relembrar a data
Em mais uma ação coordenada pela Assessoria de Comunicação Institucional, foi realizada uma singela homenagem pelo "Dia Internacional da Mulher" nas portarias de acesso ao IPEN. Toda mulher, servidora do instituto ou não, que entrasse na instituição recebia como um agradecimento simbólico, um pão-de-mel para tornar o dia mais doce.Participaram da atividade os servidores Katia Itioka, Walkiria G. dos Santos e Edvaldo R. P. Fonseca, da Assessoria de Comunicação Institucional, Sérgio Tavares, da Superintendência e Carlos Gonzales, como voluntário da Gerência de Transporte do IPEN. -
- 07/03/2018 - Vida de Marcello Damy, fundador do IPEN, é tema de livro lançado pela PUC-SPA física e pesquisadora Carmen Bueno, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN, é a autora do livro que homenageia o Prof. Damy
A física e pesquisadora Carmen Bueno, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN, é a autora do livro que homenageia o Prof. Damy
Bueno foi convidada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) para escrever um livro que resgatasse aspectos da vida e obra do físico Marcello Damy de Souza Santos (1914 - 2009), por ocasião dos 70 anos da universidade. A obra integra a Coleção Sapientia - Grandes Mestres da PUC/SP que também destaca importantes pensadores como Décio Pignatari, Samir Curi Meserani, Joel Martins, Franco Montoro e Cilia Coelho Pereira Leite.
Edidado pela EDUC, o livro terá lançamento em 7 de março, quarta-feira, às 18h, no auditório 119A, no campus da PUC, Rua Monte Alegre, 984.
Marcello Damy formou-se em 1936 na primeira turma do curso de Física da Universidade de São Paulo e tornou-se assistente de Gleb Wataghin em pesquisas com raios cósmicos.
Em 1956 participou da fundação do Instituto de Energia Atômica (IEA), atual IPEN e foi seu primeiro superintendente (1956-1961) até ser convidado a assumir a presidência da CNEN.
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- 04/03/2018 - Exposição sobre Mulheres na Ciência apresenta perfil de pesquisadora do IPENA pesquisadora Denise Fungaro, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA), está entre as mulheres com destacado papel na ciência
A pesquisadora Denise Fungaro, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA), está entre as mulheres com destacado papel na ciência
O IEEE Women in Engineering (WIE), associação internacional formada por mulheres que trabalham ou são estudantes de Pós-Graduação em Engenharia ou áreas correlatas, promove a exposição "Mulheres na Ciência", no Planetário do Museu Dinâmico de Ciências, em Campinas, SP. A exposição destaca os trabalhos de profissionais brasileiras em várias áreas da ciência e apresentando suas contribuições e inovações nas áreas científica e tecnológica.
Dentre os perfis selecionados para a exposição está a da Dra. Denise Fungaro, pesquisadora do CQMA com destacada participação em pesquisas relacionadas a análises ambientais, com diversas premiações.
A exposição é gratuita e está aberta todos os domingos de 04 de março a 1º de abril, das 15h30 às 17h, na sessão do Planetário de Campinas, entrada pelo portão 5 ou 7 do Parque Taquaral. Para grupos escolares - 3252-2598.
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- 02/03/2018 - IPEN adere ao Sistema Eletrônico de Informações adotado pelo Governo FederalTransparência nas ações, inovação na gestão institucional e economia de recursos são algumas das do Programa SEI. Apresentação aos servidores será nesta segunda-feira, 5.
Transparência nas ações, inovação na gestão institucional e economia de recursos são algumas das do Programa SEI. Apresentação aos servidores será nesta segunda-feira, 5.
Padronização de documentos e procedimentos, processos eletrônicos devidamente registrados, com criação, tramitação, assinatura, expedição e arquivamento digital – tudo integrado em um único sistema, e disponíveis para recuperação imediata, além de maior transparência nas ações e integração com a CNEN e suas unidades, são os principais objetivos do projeto IPEN Digital, previsto para ser implementado no Instituto em 9 de abril. Nesta segunda-feira, 5, haverá uma apresentação de 30 minutos a todos os servidores do Instituto, a partir das 14h, no Auditório Prof. Rômulo Ribeiro Pieroni, Bloco A.
Conduzido pela Diretoria de Planejamento e Gestão (DPG) em parceria com a Diretoria de Administração (DAD), o IPEN Digital integra o plano da CNEN de oferecer celeridade processual (não há mais transporte físico de processos e é possível a execução paralela dos trâmites), transparência nas ações, inovação na gestão institucional e economia de recursos (redução de custos com impressão, material de escritório e correios e malotes, por exemplo). E a ferramenta que dá base para toda essa revolução é o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
"A equipe do Projeto está trabalhando desde outubro do ano passado para preparar o IPEN e a estrutura adequada para o melhor aproveitamento das funcionalidades do SEI. Com isso, fluxos e procedimentos serão aperfeiçoados e haverá mudanças na forma de trabalhar e lidar com os documentos. A participação de todas as unidades do IPEN nesse momento [da apresentação aos servidores] é muito importante para que o SEI contemple os processos de trabalho de forma geral e aumente a capacidade produtiva do Instituto como todo”, afirmou o superintendente Wilson Calvo.
Com portabilidade 100% web, podendo ser acessado remotamente por meio de tablets e smartfones, o SEI é uma plataforma que engloba um conjunto de módulos e funcionalidades de maneira a promover uma maior eficiência administrativa. Foi desenvolvido com sucesso pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e hoje é uma solução cedida gratuitamente para mais de 100 instituições públicas. Aos poucos, outros ministérios estão aderindo, como é o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), ao qual a CNEN é vinculada.
"O IPEN Digital faz parte de todo esse conjunto e, agora, estamos na fase de apresentação do SEI aos servidores, visando a preparação institucional para esse processo. Nossa proposta é estabelecer um vínculo entre modernização administrativa e tecnológica, criar estrutura e serviços de apoio e oferecer capacitação de forma continuada aos servidores e colaboradores. A ‘virada de chave’ do SEI no IPEN e na CNEN será no dia 9 de abril. Quando novos processos e documentos serão produzidos já dentro da ferramenta”, afirma Ítalo Henrique Alves, da DPG, responsável pela implementação do Sistema no Instituto.
Segundo ele, o programa permitirá melhorias nas atividades cotidianas do IPEN. "Toda a produção e trâmite dos documentos na Instituição serão digitais, via e-mail. Por padrão, as unidades não receberão nem produzirão mais documentos físicos. Isso significa eliminação de controles alternativos de documentos, tais como cadernos de protocolo, planilhas de numeração de documentos, entre outros. Os processos em trâmite serão digitalizados e para isso foi montada uma Central de Digitalização a fim de garantir a não interrupção do trâmite”, explica Ítalo.
Os principais desafios – complementa – são a parametrização do SEI dada a complexidade da CNEN, a digitalização dos processos que estão tramitando, os novos fluxos de trabalho, e, principalmente, a mudança de cultura institucional. "Esse ponto é o mais desafiador, porque envolve novas rotinas, e mudar sempre é complicado”, destaca Ítalo, salientando que, para essa missão específica, o IPEN Digital terá a comunicação como eixo fundamental.
"Reflexo disso é que, em breve, as áreas serão convidadas a participar do Projeto, por meio de apresentações, visitas técnicas e treinamentos com foco no perfil profissional. Tudo isso para garantir que no dia 9 de abril todos os servidores estejam cientes do SEI e, em especial, aqueles que diretamente estão envolvidos nas atividades administrativas prontos para trabalhar nessa nova plataforma”.
Na fase atual, estão em andamento a elaboração de uma identidade visual do projeto no IPEN, o plano de reestruturação do Protocolo do Instituto, e, em paralelo, a interlocução com a CNEN – Ítalo já esteve duas vezes no Rio de Janeiro para visita à Sede a fim de discutir os caminhos do projeto no processo eletrônico da CNEN e as conexões do Projeto IPEN Digital. Além dessas ações, foi realizada a capacitação dos membros da Comissão constituída para esse fim (ver abaixo).
Próximos passos
A primeira apresentação do Projeto IPEN Digital no Instituto aconteceu no dia 16 de fevereiro, durante reunião do Conselho Técnico-Administrativo com os gerentes de Centros de Pesquisa e diretores. O próximo passo é estender a proposta a todos os servidores e colaboradores. Estão previstas visitas às unidades para identificação de processos e documentos rotineiros. Também haverá a certificação digital de "servidores chaves”, que ficarão responsáveis por autenticar os documentos digitalizados, e a criação de um serviço de Atendimento ao usuário do SEI no IPEN. Por fim, estão planejadas a reestruturação do Protocolo Central e a capacitação dos servidores e colaboradores para o SEI.
"A implantação do SEI representa uma mudança de paradigma e é um caminho sem volta. Sabemos que toda novidade é cercada de incertezas, mas os benefícios são tão claros que a aceitação do projeto e as mudanças decorrentes são até esperadas. Embora uma implantação dessa envergadura seja desafiadora, com um planejamento bem feito e o devido envolvimento das pessoas durante a implantação do projeto, estamos muito seguros do sucesso desse projeto”, afirma Willy Hoppe de Sousa, da DPG.
Os servidores que participaram do primeiro treinamento: Alberto Thiago dos Santos, Antonio Helder Vieira, Carla Carolina Pires Mentone, Celso Huerta Gimenes (como supervisor adjunto), Dorival Antonio Nunes, Edvaldo Roberto Paiva da Fonseca, Eliana Lourdes Godoi, Jamil Araújo Machado, João Carlos Soares de Alexandria, José Antonio Zambo, Luis Carlos Rocha, Lyna Ming Chun Lee (como coordenadora adjunta do Projeto), Paulo Henrique Bianchi, Rodney Bueno de Oliveira, Silvio Rogério de Lucia, Tereza Cristina Salvetti, Washington de Carvalho Lopes, Walkiria Gomes dos Santos, Willy Hoppe de Sousa (diretor da DPG e supervisor do Projeto), Wilson Santo Scapin Júnior, Franco Lima, Kátia Cristina Santos e a Maria Cecília Cavalcante da Silva.
PEN – O SEI é a principal ação de um projeto maior do Governo Federal, denominado Processo Eletrônico Nacional (PEN). Trata-se de uma iniciativa conjunta de órgãos e entidades de diversas esferas da administração pública, com o intuito de construir uma infraestrutura pública de processos e documentos administrativos eletrônicos, objetivando a melhoria no desempenho dos processos do setor público, com ganhos em agilidade, produtividade, transparência, satisfação do usuário e redução de custos.
Na CNEN, a implantação do SEI está vinculada à Diretoria de Gestão Institucional, supervisionada pela Diretora Elizabeth Rodrigues Cunha. A sede tem trabalhado com grupos de formados para esse fim e está em constante interlocução com o IPEN e com as demais unidades.
Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para os e-mails: sei@ipen.br ou italo.alves@ipen.br, e pelo ramal 8720.
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- 02/03/2018 - Resultados de 2017 e perspectivas para este ano serão apresentados no Plano Diretor - Ciclo 2018Definir os rumos da Radiofarmácia é um dos principais desafios para a gestão do IPEN nos próximos anos.
Definir os rumos da Radiofarmácia é um dos principais desafios para a gestão do IPEN nos próximos anos.
O primeiro ano da atual gestão do IPEN, o balanço dos resultados obtidos no ano de 2017 e as perspectivas para este exercício estarão em pauta nos Seminários de Avaliação do Plano Diretor – Ciclo 2018, que começa nesta segunda-feira, 12, às 9h e 10h, respectivamente, com apresentação dos gerentes Leslie de Molnary, do Centro de Engenharia Nuclear (CEN), e Margarida Mizue Hamada, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR).A avaliação anual do Plano Diretor é uma das mais importantes iniciativas do Instituto, tanto pela "prestação de contas” de tudo o que foi realizado quanto pela oportunidade que os servidores têm de interagir diretamente com os gestores de cada unidade, visto que as apresentações são realizadas pelos próprios gerentes de Centros e diretores, e são seguidas de debates com os presentes. É organizado pela Diretoria de Planejamento e Gestão (DPG), em "estreita parceria” com a Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE)."Os Seminários do Plano Diretor representam um pausa para consolidar os resultados e índices do ano anterior e, a partir daí, repensar o próximo ano, com estratégias de correção de rumo onde o desempenho não foi adequado e comemorações e divulgação dos sucessos”, diz Marcelo Linardi, diretor da DPDE. Para ele, apesar das dificuldades com a perda de pessoal e o contingenciamento, o principal desafio do IPEN é definir os rumos da radiofarmácia."Teremos uma primeira avaliação dessa gestão do [superintendente] Wilson Calvo, frente a inúmeros problemas externos como o forte ritmo de aposentadorias, sem concurso público no curto prazo e limitações de verbas. Mas, talvez, o maior desafio seja mesmo os rumos da nossa radiofarmácia, com todas as variáveis políticas, econômicas e de gestão. É uma questão delicada, mas que precisa ser debatida com todo o cuidado”, ressalta Linardi.Willy Hoppe de Sousa, diretor da DPG, ratifica o "momento difícil”, salientando a perda de conhecimento qualificado e a capacidade de atendimento às demandas da sociedade por conta das aposentadorias. É o desafio de "subir por uma escada rolante que se move no sentido contrário”. Alguns grupos mais fortes – seja da área fim, seja da área meio – conseguirão, ainda assim, subir. Outros, talvez, desistirão. Mas se no conjunto dos grupos, conseguirmos ficar parados, terá sido uma grande vitória”, avalia.Os grupos que conseguem superar seus obstáculos devem servir de exemplo àqueles que estão enfrentando dificuldades, sugere Willy. Daí porque é importante a ampla participação dos servidores no Plano Diretor. "Os Seminários do Plano Diretor tem por objetivo discutir as dificuldades, mas, principalmente, disseminar os exemplos de superação, de sucesso e que, apesar de todas as dificuldades que nos se apresentam, o IPEN continua a ser uma instituição pujante e relevante para a Sociedade”.Reconhecimento
Nessa perspectiva de "superação”, Linardi destaca a iniciativa do IPEN no sentido de reconhecer e premiar os Centros de pesquisa que se mantêm fortes e os servidores que se destacam a cada ano, apesar do cenário difícil. "É outro aspecto interessante dos Seminários do Plano Diretor: as premiações, tanto de Centros como as individuais. Hoje, existe uma competição saudável entre os Centros pelos prêmios e também pela verba meritocrática”, afirma Linardi.Já os prêmios individuais de "Pesquisador do Ano, "Pesquisador Destaque” e "Servidor Destaque” – explica – são ações de reconhecimento individual em 2017, cujo resultado será divulgado pela DPDE no último dia de apresentações do Plano Diretor. Essa iniciativa começou em 2015, e os vencedores são indicados pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) do Instituto. Naquele ano, Gilberto Magalhães, o "Giba”, do Departamento de Infraestrutura (DIN), foi escolhido o "Servidor Destaque”. O "Pesquisador do Ano” foi Almir Oliveira Neto, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH). Segundo Linardi, o critério para esse prêmio é métrica, ou seja, uma média entre número de publicações internacionais arbitradas no ano e sua qualidade, via Fator de Impacto normalizado por área.
Ainda em 2015, Eliana Navarro dos Santos Muccillo, do Centro de Ciência e Tecnologia de Materias (CCTM), foi a "Pesquisadora Destaque”, cujo critério principal é a projeção que o pesquisador e/ou seu grupo deu ao Instituto. Muccillo foi selecionada para ter seu currículo incluído no livro "Sucessfull Women Ceramic and Glass Scientists and Engineers: 100 Inspirational Profiles”. A publicação apresenta uma lista de pesquisadoras mulheres na área de cerâmica, vidro e engenharia de instituições da América, Europa, Ásia e Oceania.
2016 – Eliana Muccilo também foi premiada no ano seguinte, desta vez como "Pesquisadora do Ano”. Nanci do Nascimento, pesquisadora do Centro de Biotecnologia (CB), foi a "Pesquisadora Destaque”, numa premiação In Memorian – ela faleceu no dia 13 de março de 2017. Até então responsável pelo Biotério do IPEN. O "Servidor Destaque” foi Paulo de Souza Santos, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR).
"O IPEN concede essas premiações com o objetivo de reconhecer a importância dessas pessoas e também de estimular os servidores. É uma iniciativa gratificante também para nós, da administração. E este ano teremos surpresa nas indicações”, concluiu Linardi, mantendo o tradicional "suspense”.
ProgramaçãoTodos os seminários serão pela manhã, a partir das 9h. Começa nasegunda-feira, 12, e vai até o dia 22. Confira: Segunda-feira, 129h - Leslie de Molnary, do Centro de Engenharia Nuclear (CEN)10h -Margarida Mizue Hamada, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR)Terça-feira, 139h - Ademar Benévolo Lugão, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA)10h - Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA)14h30 - Carlos Soares, do Centro de Biotecnologia (CB)15h30 - Linda Caldas, do Centro de Metrologia das Radiações (CMR).Sexta-feira, 1614h - Fábio Coral, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH)15h30 - Jair Mengatti, Diretoria de Radiofarmácia e Centro de Radiofarmácia (DIRF/CR)Terça-feira, 209h- Frederico Genezini, do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq)10h30- Sonia Regina Castanho, do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM)Quarta-feira, 21 *9h - Elita Urano, do Centro do Combustível Nuclear (CCN)9h50 - Willy Hoppe, da Diretoria de Planejamento e Gestão (DPG)10h40- Edson Franco, da Diretoria de Administração (DAD)
11h30 - Gilberto Magalhães, Departamento de Infraestrutura (DIN)Quinta-feira, 22 *9h - Antônio Teixeira e Silva, da Diretoria de Segurança (DS)10h - Marcelo Linardi, da Diretoria de Pesquisa, Desenv. e Ensino (DPDE)11h - Marcelo Linardi e Wilson Calvo - Entrega das Premiações e Encerramento*OBS: Nesses dias, as apresentações serão realizadas no Auditório do Ensino. Nos demais, nos respectivos Centros. -
- 02/03/2018 - Prêmio Mercosul de Ciência e TecnologiaA inscrições para o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia estarão abertas até 02/03/2018
A inscrições para o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia estarão abertas até 02/03/2018
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa que se encontram abertas até 2 de março as inscrições para a 13ª edição do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia. Com o tema "¿Tecnologias para a Economia do Conhecimento¿".
O público-alvo é formado por estudantes e pesquisadores nacionais ou residentes em países associados ao Mercosul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). Haverá cinco categorias, desde iniciação científica até pesquisador sênior e grupos de pesquisa.
Serão aceitas pesquisas em cinco áreas centrais: novas tecnologias da informação e comunicação e seu potencial transformador; novos modelos de negócios na era digital - a transformação sem fronteiras;formação do profissional do futuro - construção de novas competências e habilidades; novas tecnologias para despertar nos jovens o interesse pelo aprendizado e desenvolvimento de novas tecnologias; e ciência, inovação e criatividade para o desenvolvimento humano: as indústrias criativas na convergência digital.
Os prêmios variam de US$ 2 mil a US$ 10 mil para os vencedores de cada categoria, que também recebem um troféu. Todos os trabalhos agraciados são publicados em livro.
O prêmio
Instituído em 1998 pela Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT), o objetivo do prêmio é reconhecer os melhores trabalhos de estudantes, jovens pesquisadores e equipes de pesquisa, que representem potencial contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico e incentivar a realização de pesquisa científica, tecnológica e a inovação no Mercosul. Além disso, contribui para o processo de integração regional por meio do estímulo à difusão das realizações e dos avanços científicos e tecnológicos.
Mais informações na página do Prêmio na internet. -
- 23/02/2018 - Divulgação dos benefícios do Projeto RMB é 'estratégica' para sucesso do empreendimentoMaterial gráfico inédito voltado à população local acaba de ser lançado. Objetivo é mostrar vantagens socioeconômicas para toda a região.
Material gráfico inédito voltado à população local acaba de ser lançado. Objetivo é mostrar vantagens socioeconômicas para toda a região.
Os benefícios que o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) vai gerar à população de Iperó, na Região Metropolitana de Sorocaba, onde será construído, são o foco principal do material gráfico de divulgação que acaba de ser lançado pela equipe de Comunicação do empreendimento. O objetivo é conscientizar os moradores da magnitude do projeto para a saúde no Brasil e também quanto à viabilidade econômica, segurança e responsabilidade socioambiental, partindo do princípio de que o conhecimento é a melhor forma de erradicação do preconceito que ainda envolve a área nuclear por parte da opinião pública.
O material é composto de um flyer (folheto) e dois folders, com enfoques diferentes: o primeiro aborda "O RMB e os avanços para a saúde pública no Brasil”, enfatizando a capacidade do novo reator de produzir os radioisótopos de que o País precisa e que hoje são importados. Com o RMB em atividade, o Brasil ganha autossuficiência, e os riscos de desabastecimento serão reduzidos, assim como os custos de produção de radiofármacos. "Significa melhores condições para investimento na área médica, com ampliação do atendimento, em medicina nuclear, para um maior contingente populacional”, diz o folheto.
Um dos folderes enfatiza "O RMB e a sustentabilidade”, mostrando que o empreendimento é "economicamente viável”, "ambientalmente correto”, "socialmente justo” e "culturalmente aceito”. Para fortalecer este último tópico, a divulgação transparente de todas as etapas e questões que envolvem o projeto é estratégica. "A comunicação junto aos moradores é fundamental não somente para mostrar os benefícios dos resultados técnico-científicos, mas, também, no que diz respeito à geração de empregos e de melhoria da atividade econômica da região”, afirma Afonso Rodrigues de Aquino, colaborador na área de Comunicação.
Uma visão mais detalhada do RMB, ratificando os avanços para a saúde no Brasil, contendo também explicações sobre radioisótopos e radiofármacos para o público leigo, e reiterando quanto aos benefícios para Iperó, Sorocaba e para um País, como um todo, é apresentada em outro folder produzido. Nesse, que é o mais detalhado, há também a imagem da "planta” com indicação de cada unidade do RMB, dentre elas, o Núcleo de Produção de Pesquisa, Unidade de Produção de Radioisótopos, prédio do combustível, prédio do reator, laboratórios (Materiais Irradiados e Radioquímica) e área para tratamento e estocagem de rejeitos.
"Cada material de divulgação está sendo cuidadosamente elaborado de maneira a aproximar a sociedade do RMB. Também fazem parte da estratégia de comunicação um Centro de Visitação, a implantação de um programa de visitas às escolas e faculdades da região de Iperó-Sorocaba, palestras, oficinas, além da criação de monitorias, que serão exercidas por estudantes/bolsistas da área para realização das atividades de aceitação do empreendimento e da energia nuclear”, adianta Aquino, acrescentando que um empreendimento dessa magnitude não pode prescindir da parceria com a população local, a maior beneficiada.
Segundo o coordenador técnico do projeto, o engenheiro José Augusto Perrotta, "o Empreendimento RMB dotará o país de um reator nuclear de pesquisa e toda uma infraestrutura de laboratórios e instalações para dar suporte aos objetivos estratégicos nacionais, com ênfase na área de saúde e na formação de recursos humanos”.
Sobre o RMB – O Reator Multipropósito Brasileiro é um empreendimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), gerido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em parceria com a AMAZUL Tecnologias de defesa S.A., e que também conta com a participação do Governo do Estado de São Paulo e, portanto, financiado com verbas públicas. Por questões estratégicas, a gerência técnica do RMB fica no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), a maior unidade de pesquisa da CNEN, localizado na Cidade Universitária, a 130km de Iperó.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 22/02/2018 - Abertas as inscrições para a Escola Avançada em Fronteiras de Lasers e suas AplicaçõesIdealizada pela FAPESP, SPSAS tem como objetivo difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica de lasers com aulas ministradas por especialistas nacionais e internacionais
Idealizada pela FAPESP, SPSAS tem como objetivo difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica de lasers com aulas ministradas por especialistas nacionais e internacionais
Estão abertas, até 31 de março, as inscrições para a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers e suas Aplicações ("São Paulo School of Advanced Science on Frontiers of Lasers and their Applications" - SPSAS) em parceria com a XVI Escola André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não Linear, que acontecerá no período de 16 a 27 de julho, no Centro de Lasers e Aplicações (CLA), do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Cidade Universitária (São Paulo).O evento SPSAS é uma idealização da FAPESP e tem duas marcantes características: os alunos selecionados são integralmente custeados, e o tema da escola não se repete em futuras edições. Já a XVI Escola André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não Linear, escola tradicional vinculada à Sociedade Brasileira de Física (SBF), será oferecida conjuntamente com a SPSAS, de forma a potencializar os resultados de ambas.Os interessados devem apresentar uma carta de recomendação, currículo científico de página única (modelo disponível no formato Word), um resumo de sua pesquisa, incluindo figuras e referências, e também preencher um questionário on-line, acessível no site do evento (laserfrontiers.com). Um Comitê Científico analisará cada aplicação e escolherá os candidatos "com maior afinidade e potencial” em relação aos propósitos da Escola.De acordo com Niklaus Ursus Wetter, coordenador geral, o principal objetivo é difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica de lasers para criar uma massa crítica de cientistas nesse campo da ciência. "Esse aumento” – explica – "é possível mediante um ensino de qualidade na base e na fronteira do conhecimento na área”, respectivamente os focos da Swieca e da SPSAS."As duas escolas, em conjunto, promoverão aulas lecionadas por um corpo docente nacional e internacional, além de minicursos ‘hands on’ [oficinas] e palestras, de maneira a garantir que os alunos aproveitam o máximo”, afirmou Wetter.Os subsídios beneficiarão aproximadamente um total de 100 estudantes de graduação "sênior” (a partir do quarto ano de curso) e de pós-graduação. A FAPESP prioriza brasileiros com um total de 50 vagas. As demais serão distribuídas entre latino-americanos (25 vagas) e candidatos de outras partes do mundo (25).Os selecionados serão notificados por e-mail até o dia 2 de abril e terão todas as despesas (passagens aéreas, transporte, alojamento e refeições) cobertas pela FAPESP. Também podem pleitear participação alunos que não requeiram ajuda financeira, observando-se as mesmas regras de seleção.As taxas de inscrição variam entre R$ 100 e R$330 para brasileiros, e entre US$ 50 e US$ 170 para estrangeiros, dependendo do nível. Estudantes provenientes de países em desenvolvimento podem solicitar isenção. O período para confirmar participação é de 3 a 22 de abril.Fotônica no BrasilMercado US$ 530 milhões em 2017A fotônica é uma das áreas que mais trará impactos tecnológicos, sociais e econômicos em um futuro próximo, segundo Wetter, porém, ainda há alguns desafios para esta área florescer no Brasil. "Entre os gargalos, vejo falta de formação de qualidade em parte dos nossos estudantes em comparação com estudantes provenientes de países onde a educação é uma prioridade de Estado, o que, em certas situações, nos impede de atacar temas mais complexos como os presentes nessa recente área”, disse.Entre as conquistas, Wetter menciona a recente fundação da Sociedade Brasileira de Fotônica (SBFóton) e os macrocentros de pesquisa, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LBLS) e o Projeto Sirius, "além do apoio continuo da FAPESP”. E conclui dizendo que a realização da Escola no Brasil é mais um passo importante para a formação de cientistas, criação de empresas e inovaçãonesta área"tão estratégica”, que movimentou, em 2017, um mercado de US$ 530 bilhões.Mais informações no site laserfrontiers.com ou pelo e-mail laserfrontiers@gmail.com----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 09/02/2018 - IPEN estuda produção de resina especial para aplicação na odontologia restauradoraObjetivo da pesquisa é chegar a um produto que, aplicado nos dentes, seja potencialmente bactericida e proteja contra infecções
Objetivo da pesquisa é chegar a um produto que, aplicado nos dentes, seja potencialmente bactericida e proteja contra infecções
O Laboratório de Biomateriais Poliméricos, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) do IPEN, está desenvolvendo estudos para a produção de resinas poliméricas adicionadas de nanopartículas com atividade antibacteriana, aplicadas à odontologia restauradora. O objetivo da pesquisa é chegar a um produto que, aplicado nos dentes, seja potencialmente bactericida, proteja contra a formação de biofilmes e de cáries secundárias, e também da sensibilidade dolorosa pós-operatória, que podem até provocar alterações pulpares (infecção do tecido).
O testes estão sendo feitos utilizando nanopartículas de MMT (montmorilonita) carregadas de Metronidazol em uma matriz orgânica à base de BisGMA/TEGDMA (bisfenol glicidil metacrilato e Dimetacrilato de tri-etileno-glicol, respectivamente). Segundo a pesquisadora Duclerc Parra, coordenadora da pesquisa, materiais poliméricos vêm sendo utilizados na odontologia por quase 60 anos para restabelecimento estético e funcional dos elementos dentários, e representam os maiores progressos na Dentística Restauradora.
Parra ressalta que as resinas compostas à base de BisGMA/TEGDMA já são amplamente utilizadas para restaurações dentárias diretas, mas os resultados ainda permanecem insatisfatórios, apesar do desenvolvimento tecnológico desses materiais. O inconveniente está na contração de polimerização gerada pela aproximação dos monômeros (pequenas moléculas que podem se ligar a outros monômeros formando moléculas maiores denominadas polímeros) durante a formação da cadeia polimérica permanece como a grande desvantagem.
"É que essa contração volumétrica, associada ao aumento do módulo de elasticidade, pode gerar tensões na interface dente/restauração, levando ao insucesso das restaurações de compósitos com perda de integralidade. Isso porque a resina composta aplicada atualmente, quando inserida em uma cavidade dentária,estabelece uma competição entre as forças de contração de polimerização e a resistência de união à estrutura dentária, podendo ocorrer formação de fendas marginais e a subsequente infiltração marginal”, explica Parra.
Segundo a pesquisadora, se a união dente-restauração for resistente para suportar as tensões da contração de polimerização, pode haver fraturas coesivas na estrutura dentária. Como conseqüências das tensões que implicam o processo de polimerização, podem ocorrer surgimento de fendas entre o dente e a restauração, dor pós-operatória, desprendimento da resina depositada, deflexão de cúspides, entre outros.
"O problema ocasionado pela contração de polimerização é crítico, pois a resina composta deve conservar-se intimamente ligada à cavidade dentária enquanto ganha rigidez e diminui suas dimensões”, acrescenta Parra. A incorporação de nanopartículas em compósitos dentários é um dos avanços mais importantes dos últimos anos nesse campo, e podem melhorar algumas propriedades como a resistência ao desgaste, a retenção de brilho, o aumento do módulo, a resistência à flexão, à tração diametral e à fratura, e a redução da contração de polimerização.
"Nossa pesquisa visa justamente desenvolver nanocompósitos odontológicos à base de BisGMA/TEGDMA com atividade antimicrobiana utilizando nanopartículas de MMT carregadas de Metronidazol, ou seja, ou seja, uma resina que promova uma liberação de fármaco controlada. É um trabalho bem interessante, que tem despertado o interesse de professores da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), pois estamos aplicando a biofilmes com bons resultados, o que, para eles, é inovador. O que fazemos é encapsular antibiótico na resina e analisar a formação de halo (disco de mortalidade celular) em placa de cultura de bactérias, isso indica a morte das bactérias”, concluiu Parra.
Participam da pesquisa a mestranda Tamiris Ribeiro e as pós-doutorandas Luiza Campos de Paiva Melo e Leticia Boaro. Os recursos para o projeto são do IPEN, da FAPESP e da CAPES.
A pesquisa completa, com metodologias e experimentos já realizados, estará em destaque na edição de Janeiro/Fevereiro do informativo Órbita IPEN.
-----Ana Paula Freire, jornalista MTb172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 06/02/2018 - IPEN e Universidad del Este formalizam colaboração acadêmica no âmbito da pós-graduação em tecnologia nuclearAcordo permitirá a mobilidade de alunos e docentes pesquisadores da instituição paraguaia e, ao mesmo tempo, impulsionará o Programa de Internacionalização do Instituto
Acordo permitirá a mobilidade de alunos e docentes pesquisadores da instituição paraguaia e, ao mesmo tempo, impulsionará o Programa de Internacionalização do Instituto
O superintendente do IPEN, Wilson Calvo, e o decano da Universidad Nacional del Este (UNE), Eustaquio Alcides Martínez Jara, representado por Alejandro Peruzzi Bardella, assinaram um "Memorando de Acordo de Pesquisa e Educação”, com o objetivo de promover intercâmbio de experiências no âmbito da docência e da pesquisa. A reunião para anunciar a colaboração ocorreu na manhã desta quarta-feira, 6, na Superintendência, e contou com a participação também do diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Marcelo Linardi, e da gerente do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM), Sonia Mello.
O Acordo contempla a mobilidade de alunos e docentes pesquisadores da instituição paraguaia – a UNE está localizada em Ciudad del Este – para qualificação no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. Ao mesmo tempo, impulsiona a Internacionalização no IPEN, cuja proposta é aglutinar pesquisas e parcerias com instituições do exterior e, nessa troca, se consolidar como referência mundial nas áreas de atuação, tendo o ensino como a principal ferramenta – na última avaliação quadrienal da Capes, divulgada em 2017, a pós-graduação do Instituto recebeu nota 6, confirmando a excelência.
O foco do intercâmbio será em ciência de materiais. Inclusive, Bardella, que é professor do Departamento de Engenharia Elétrica, da Facultad Politécnica da UNE, já iniciou estágio de pós-doutorado no Instituto, com supervisão do pesquisador Rubens Nunes de Faria Junior, do CCTM/IPEN. Acordo semelhante será firmado também com a Universidad Nacional de Assunción (UMA), que anunciou o interesse em criar, a médio, logo prazo, uma pós-graduação em na área de materiais "com selo IPEN”, a partir da expertise alcançada por seus pesquisadores meio dessa colaboração com o IPEN, segundo adiantou Linardi.
"Eu estive na UNA em setembro, para apresentar o IPEN e discutir a possibilidade de colaboração. Professores da Universidad del Este estavam presentes e se interessaram, e então a UNE se antecipou, e hoje estamos aqui. Mas é uma questão de tempo para formalizar a colaboração, porque, na prática, já recebemos alunos aqui na nossa pós, o próprio Fernando”, disse o diretor da DPDE, referindo-se Fernando Gabriel Benítez, mestrando no IPEN, convidado para a reunião por ter intermediado as conversas entre IPEN-UNA. A ideia, de acordo com Linardi, é formar um triângulo de colaboração UNA-UNE-IPEN.
Wilson Calvo ratificou a importância do Acordo para o Programa de Internacionalização do IPEN e comentou que o tema tem sido amplamente debatido no âmbito das universidades brasileiras. Salientou ainda que colaborações internacionais têm sido apoiadas e estimuladas não apenas por agências de fomento brasileiras, como CNPq, Capes e Fapesp, mas também por apoiadores internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e os Brics, grupo político de cooperação formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Esse Acordo legitima o compromisso do IPEN em firmar parceria com universidades que são expressões internacionais, dos Estados Unidos e da Europa, mas, principalmente, da América Latina, que vivem as mesmas dificuldades e têm estruturas muito próximas às brasileiras. É um dos nossos papeis, no IPEN, fomentar esse tipo de colaboração e de crescimento para a região. É fundamental que resultados de sucesso possam chegar à sociedade e a outros países vizinhos, promovendo a melhoria de qualidade de vida”, declarou o superintendente do IPEN.
Para Bardella, é preciso que os países latino-americanos "conversem mais”, no sentido de promover ações de parceria em vários campos do conhecimento. "Essa região, o Mercosul, tem as maiores reservas de água, de energia, de minerais... é uma região que está para crescer. Por que não cresce? Porque nós não interagimos positivamente. Então, esse tipo de convênio vai possibilitar mais interação positiva, sobretudo para formação de novos pesquisadores e líderes. Certamente, será a base para construirmos realmente algo muito importante a longo prazo”, diz o pesquisador, que é físico especialista em ciência de materiais.
Sonia Mello destacou a importância, para o Brasil, de "ocupar espaços” de liderança no continente. "Qualquer interação com países latino-americanos é importante para o Brasil porque é uma oportunidade de divulgar nossos conhecimentos e experiências, e assim contribuir de forma decisiva para alavancar o desenvolvimento tecnológico na América Latina, formando novas lideranças de pesquisa. É um espaço que o Brasil deve ocupar, de alavancar mentores de desenvolvimento, e nos temos todas as condições para isso”.
"Há um claro interesse da instituição parceira em vincular o maior número possível de novos alunos ao nosso programa, o que é muito bom, porque já começa com material humano engajado ao Acordo. Então, acreditamos que a parceria dará muitos frutos tanto para nós quanto para eles”, acrescentou Isolda Costa, gerente do Programa de Internacionalização do IPEN, que também é pesquisadora do CCTM e se integrou grupo na reunião.
"É gratificante saber que as duas importantes instituições paraguaias têm esse interesse, pra que floresçam novas lideranças na ciência latino-americana. Outros virão”, concluiu o superintendente Wilson Calvo.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 05/02/2018 - Pesquisador do IPEN ganha prêmio internacional por colaboração com Sociedade Americana de CerâmicaReginaldo Muccillo, do CCTM, foi um dos cinco homenageados por organização de simpósio honorário da Conferência Internacional sobre Cerâmica Avançada e Compósitos
Reginaldo Muccillo, do CCTM, foi um dos cinco homenageados por organização de simpósio honorário da Conferência Internacional sobre Cerâmica Avançada e Compósitos
O professor Reginaldo Muccillo, atualmente Pesquisador Voluntário do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do IPEN, foi homenageado na sessão de abertura da "42nd International Conference and Expo on Advanced Ceramics and Composites (ICACC’18)", realizada no dia 22 de janeiro, em Daytona Beach, Florida, Estados Unidos. Muccillo foi um dos cinco selecionados, entre pouco mais de 200, e recebeu o prêmio "Global Star Award".
O prêmio é concedido pela The American Ceramic Society (ACerS), e o critério para a outorga não é produção científica, mas liderança na organização de um dos mais de 20 simpósios que ocorrerram durante a conferência. Cada simpósio possui entre cinco e 15 organizadores, e, este ano, a ACerS resolveu premiar cinco deles. Muccillo coordenou o simpósio em homenagem ao último presidente da entidade, Mrityunjay Singh, cuja gestão encerrou-se em dezembro.
"Eu fiquei surpreso quando fui a chamado para receber o prêmio. O congresso começou às 7h de segunda-feira, e eu havia recebido um e-mail de Signh dizendo para eu não deixar de estar presente às 8h30 na sessão plenária, que é a abertura do evento. Achei estranho, mas às 8h eu estava lá, ele me encontrou e pediu que eu sentasse na fila de convidados – bem na frente, pois havia mais de mil pessoas, só depois eu compreendi por que”, conta Muccillo.
Um pouco antes da outorga do "Global Star Award", jovens pesquisadores doutorandos, que no congresso do ano passado ganharam como melhor apresentação, este ano receberam o prêmio em dinheiro – US$ 400/US$ 500 – e uma placa comemorativa. "Eu estava lá, assistindo à premiação, e então eles anunciaram a entrega do "Global Star Award". Chamaram os quatro, até que escutei meu nome, e demorou alguns segundos para me levantar”, brinca Muccillo.
Apesar de ser um "contador de histórias”, no melhor sentido, e muito espontâneo – fala o que pensa –, ele se diz muito "shy” (tímido) nessas situações. "Mas eu tive que subir ao palco, sendo aplaudido por todos, e depois ainda tive que posar para fotos – imagine!”, diz o pesquisador. Para Muccillo, o fato de ter sido o escolhido da América do Sul é motivo de muito orgulho.
"Eu fico honrado porque, afinal, havia mais de 200 pessoas merecedoras, inclusive do nosso continente. Mas eu fui o escolhido e atribuo isso ao reconhecimento ao meu trabalho na organização dessa conferência. Um prêmio internacional que muito me honra”, afirma Muccillo, acrescentando que participou do simpósio honorário por ter trabalhado durante quase 20 anos com Signh.
Todos os organizadores, de todos os simpósios, apresentaram uma palestra convidada, "e aí, sim, eu falei do meu trabalho de pesquisa no IPEN, inclusive, relacionando-o ao que Signh fez, nas suas pesquisas na NASA”, ressalta Muccillo. Além dele, ganharam o "Global Star Award" os pesquisadores Z. Fu (Wuhan University of Technology, China), T. Jones (Army Research Lab, Estados Unidos), D. Koch (German Aerospace Center, Alemanha) e J. A. Salem (Nasa Glenn Research Center, Estados Unidos).Sobre o pesquisador - Reginaldo Muccillo é um dos mais destacados pesquisadores do IPEN. Já orientou 17 mestres, 10 doutores, mais de 30 iniciação científica e também supervisionou estágios de pós-doutorado. É bolsista de produtividade 1-A do CNPq e considera seu maior legado a implantação de seu Laboratório - "comecei do zero" - e a consolidação de seu grupo de pesquisa muito produtivo. Tem o professor Shigueo Watanabe, do Instituto de Física da USP (IFUSP), como uma das pessoas que mais influenciaram a sua vitoriosa trajetória acadêmico-científica.-----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 23/01/2018 - IPEN desenvolve tecnologia 'limpa' para tratamento de resíduos orgânicos perigososDenominada "Tratamento de Resíduos Orgânicos Perigosos em Sais Fundidos”, consiste na decomposição térmica de resíduos por meio de oxidação submersa em um banho de sais em fusão. O método não produz fumaça tóxica.
Denominada "Tratamento de Resíduos Orgânicos Perigosos em Sais Fundidos”, consiste na decomposição térmica de resíduos por meio de oxidação submersa em um banho de sais em fusão. O método não produz fumaça tóxica.
Alguns resíduos orgânicos perigosos decorrentes de processos químicos e industriais, como pesticidas, herbicidas e rejeitos hospitalares e radioativos, por exemplo, devem receber um tratamento adequado ao serem descartados, em função dos riscos que oferecem, principalmente na contaminação do ambiente. Para eliminar esse risco, o IPEN desenvolveu uma tecnologia que também usa calor para decompor essas substâncias, mas de forma mais segura.A tecnologia, denominada "Tratamento de Resíduos Orgânicos Perigosos em Sais Fundidos”, consiste na decomposição térmica de resíduos por meio de oxidação submersa em um banho de sais em fusão. Apesar de ser um processo de decomposição térmica, a oxidação em sais fundidos não é considerada um processo de incineração.
Isso porque, diferentemente da incineração, não há formação de chama para iniciar ou continuar a reação, mas também se trata de um processo de decomposição térmica, uma vez que o sal é fundido por um aquecimento externo (por exemplo, com aquecimento resistivo, ou seja, resistências elétricas fornecem o calor necessário para a fusão inicial do sal). O processamento não ocorre em temperatura ambiente.
Por esse método, o resíduo e o oxidante (normalmentear) são continuamente introduzidos simultaneamente em uma mistura de sais que já se encontra no estado líquido (fundidos). A fusão dos sais é iniciada pelo aquecimento externo, por meio de resistências elétricas, e, a partir de certo ponto, as reações de oxidação fornecem calor para manter o sal no estado de fusão.
A temperatura em que ocorre o processo depende da composição do sal. Carbonato de sódio puro, por exemplo, funde a cerca de 850°C. A decomposição do resíduo é obtida pela injeção do material a ser oxidado e ar em excesso (em relação à quantidade estequiometricamente necessária) abaixo da superfície de um banho fundido de um sal ou mistura salina como, por exemplo, carbonato de sódio e sulfato de sódio, mantido em temperaturas da ordem de 900 a 1.000°C.
"Iniciamos nossos estudos com estes sais. Depois, desenvolvemos misturas salinas constituídas de carbonato de sódio, carbonato de potássio e carbonato de lítio que fundem a cerca de 450—500°C”, afirmou o engenheiro de Metalurgia Paulo Ernesto de Oliveira Lainetti, pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA).
Segundo ele, as condições da oxidação em sais fundidos proporcionam temperaturas de processo mais baixas que as da incineração convencional, que, associadas à fase líquida em que ocorrem as reações, permitem uma redução significativa na produção de óxidos de nitrogênio, além da retenção de componentes inorgânicos, inclusive materiais radioativos, no banho salino.
"Portanto, as reações de oxidação que, em última análise, são os agentes promotores da transformação do resíduo perigoso em produtos totalmente inócuos, como água e dióxido de carbono, ocorrem em meio líquido, ou seja, um leito turbulento de sais em fusão”, explicou Lainetti.
Com isso – continua – a transferência de calor é muito mais eficiente e o sal reage com componentes do resíduo, contribuindo para a formação de compostos inócuos que ficam retidos no banho, dispensando o uso de equipamentos caros de controle das emissões atmosféricas.
"As reações de oxidação também fornecem calor para manter o sal no estado de fusão”, acrescentou.
Riscos - Lainetti aponta para o fato de que a disposição final adequada de alguns resíduos orgânicos perigosos constitui um grave problema ambiental. Como exemplo, cita um problema ambiental sério que ocorre mundialmente: a decomposição de resíduos orgânicos que contêm cloro.
"Rejeitos como PCBs (bifenilas policloradas), pesticidas, herbicidas, resíduos hospitalares, propelentes, explosivos, resíduos orgânicos radioativos deverão ser "destruídos”, isto é, deve ocorrer a sua decomposição completa em algum ponto do seu ciclo de uso, em razão do risco que representam para o ser humano, animais e plantas”, salienta o pesquisador, doutor em Tecnologia Nuclear pelo IPEN/USP.
A decomposição térmica tem sido comercialmente empregada na disposição de resíduos, principalmente a incineração, que apresenta algumas restrições, uma vez que incineradores podem liberar substâncias extremamente tóxicas, tais como: metais pesados, produtos da combustão incompleta (PCIs) ou cloreto de polivinila (PVC), além de dioxinas e furanos (que são compostos extremamente tóxicos, mesmo em concentrações de partes por bilhão). Lainetti ressalta que, na oxidação em sais fundidos, os hidrocarbonetos são imediatamente oxidados a dióxido de carbono – CO2 – e vapor d'água.
Na incineração – explica o pesquisador – o cloro se recombina durante o resfriamento dos gases para formar as dioxinas e furanos. Já na oxidação em sais fundidos, pelas suas características químicas e de projeto, o cloro reage com o sódio presente no sal (carbonato de sódio) e forma o cloreto de sódio (o sal de cozinha – composto totalmente inócuo), que fica retido no banho salino.
"Dessa maneira, a formação de dioxinas e furanos pode ser negligenciada. Ou seja, a oxidação em sais fundidos proporciona uma queima muito mais eficiente de compostos considerados nocivos que a incineração convencional, constituindo uma alternativa intrinsecamente segura e mais avançada na disposição de resíduos orgânicos perigosos, principalmente os organoclorados”.
A construção de um equipamento com capacidade de tratamento de resíduos de cerca de 100 kg/hora teria um custo estimado de R$ 500.000,00, inclusive com as utilidades necessárias (ar comprimido, linhas de gases, sistemas de exaustão, etc.). Instalações prediais não estão computadas nesta estimativa.
Os gastos até o momento, segundo Lainetti, podem ser estimados em cerca de R$ 250 mil, recursos obtidos junto às agências de fomento FAPESP e CNPq.
----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172-AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 18/01/2018 - Visando transparência e qualidade, servidores do IPEN têm à disposição novo canal para manifestaçõesOuvidoria do Instituto é redesenhada com objetivo de ampliar o acesso às informações e estimular a participação da comunidade interna, melhorando a gestão dos serviços prestados.
Ouvidoria do Instituto é redesenhada com objetivo de ampliar o acesso às informações e estimular a participação da comunidade interna, melhorando a gestão dos serviços prestados.
Visando melhorar a gestão dos serviços e oferecer mais transparência às ações administrativas, a Ouvidoria do IPEN, antes um canal direcionado exclusivamente aos clientes do Instituto, agora passa a receber também manifestações da comunidade interna, sejam pesquisadores, técnicos, bolsistas, estudantes ou funcionários terceirizados. À frente dessa tarefa nem sempre prazerosa, está o servidor Celso Huerta Gimenes, da Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (GDP) do Instituto.
Gimenes, que assumiu a função em fevereiro de 2017, tem larga experiência na gestão de Recursos Humanos, especificamente em acompanhamento funcional, tendo se tornado uma referência para os servidores nessa área, sobretudo em questões conflituosas. "Como RH, eu já fazia o acompanhamento funcional. Por falta de psicólogo e assistente social no Instituto, acabei me tornando a pessoa que todos procuram quando encontram dificuldades para resolver problemas junto aos gestores e à direção”, conta Gimenes.
Para qualificar ainda mais o serviço, Gimenes participou de treinamentos especializados, entre eles o curso "Gestão e Prática em Ouvidoria”, oferecido pela Controladoria Geral da União – CGU em agosto de 2017, na cidade de Porto Alegre (RS). Fora do Brasil, esteve em dois congressos de "Mediação de Conflitos”, ambos na Espanha. O primeiro, em 2016, na cidade de Salamanca, e o segundo, em 2017, em Madri, quando apresentou o trabalho "La Mediación de Conflictos en una Organización de Investigaciones y Desarrollo”.
Há um ano, o IPEN disponibilizou, prioritariamente para o público interno, o e-mail ouvidoria@ipen.br. Para os clientes, sejam as clínicas que compram radiofármacos ou aqueles que contratam serviços diversos, o e-mail acionado é sac@ipen.br. "Quando a demanda é externa, (professores, convidados, fornecedores, prestadores de serviço e outros (pacientes que utilizam nossos produtos) o canal de reclamação é a ouvidoria. Quando forem clientes (clinicas e hospitais) que adquirem produtos e serviços do IPEN o canal é o SAC) procuro a pessoa ou setor envolvido e encontramos a solução. Até o momento, não tive dificuldade em responder ao contribuinte. Quando a reclamação é do tipo SAC, a própria Gerência Comercial tem dado solução aos reclames dos clientes”, explica Gimenes.
Além desses canais, também é possível enviar manifestação por telefone. Para o público interno, ramal 9039; para o externo, pelo telefone (11) 3133-9039 ou pelo sistema e–Ouv, o Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal, do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, com link no Portal IPEN. Nesse canal, são permitidas seis diferentes manifestações: denúncia, reclamação, solicitação, sugestão, elogio ou simplifique. O próprio sistema vai indicando, de acordo com as informações registradas, quais as instituições indicadas para aquela situação em particular.
Quando a própria instituição para o qual se deseja registrar manifestação utiliza sistema próprio de Ouvidoria cadastrado, o usuário é redirecionado para o site em questão. Mas o IPEN ainda não está cadastrado no e-Ouv, embora tenha solicitado formalmente no dia 5 de outubro de 2017. "É necessário retomar o contato com a CGU para corrigir alguns detalhes e vincular o IPEN ao sistema e-Ouv”, afirma Gimenes.
Qualquer que seja o canal, Gimenes salienta que todos ganham com a Ouvidoria em plena atividade. "O objetivo da direção do IPEN é estimular a participação dos servidores, melhorando a gestão dos serviços prestados e ampliar o acesso às informações através de um trabalho de promoção de estratégias mais eficazes de escuta, não apenas pelos canais de acesso (telefone; internet; atendimento presencial). Queremos captar as expectativas dos servidores e usuários de nossos produtos e serviços, discutindo as alternativas para a resolução de conflitos apresentadas”, conclui, salientando que "a transparência das ações é o principal ganho para todos”.
Histórico – A Ouvidoria foi instituída no Instituto em meados dos anos 90 e tinha como escopo atender a demanda da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SDECTI. O primeiro ouvidor foi José Adroaldo de Araujo, permanecendo no cargo até 26 de junho de 2003. Depois, quem assumiu e ficou mais tempo no cargo – até fevereiro de 2017 – foi Ronaldo Veronesi, gerente comercial do IPEN.
Essa função foi criada por meio da Lei de Proteção e Defesa do Usuário (Lei No 13.460 de 25 de junho de 2017), que dispõe sobre a participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos. Aprovada pela Presidência da República em dia 27 de junho, regulamenta o Parágrafo 3º do artigo 37 da Constituição Federal e define a ouvidoria como canal de entrada das manifestações, prevê as atribuições e deveres das ouvidorias públicas, garante as forma de participação da sociedade e avaliação periódica da qualidade de serviços públicos.
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- 16/01/2018 - 'Se aprovado, Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações na Saúde será estratégico para o País'Em entrevista para Órbita IPEN, a pesquisadora Denise Zezell fala sobre como o novo curso submetido à avaliação da Capes pode contribuir para a saúde no Brasil. Edição traz o balanço dos fatos ocorridos em novembro e dezembro, incluindo os 60 anos do Reator IEA-R1
Em entrevista para Órbita IPEN, a pesquisadora Denise Zezell fala sobre como o novo curso submetido à avaliação da Capes pode contribuir para a saúde no Brasil. Edição traz o balanço dos fatos ocorridos em novembro e dezembro, incluindo os 60 anos do Reator IEA-R1
Recentemente, o IPEN submeteu à Capes a proposta de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações na Saúde. O que esse programa poderá oferecer de diferencial, caso seja aprovado?
Denise Zezell - Diferentemente dos programas de pós-graduação acadêmicos, o mestrado profissional (MP) é voltado para a capacitação de profissionais atuando no mercado, que não deixarão suas atividades para dedicar-se com exclusividade à pós-graduação, e que visem solucionar problemas relativos a sua prática profissional. Isto per si já carateriza um alunado diferente dos demais programas de Pós-graduação Acadêmicos. No caso da proposta apresentada pelo IPEN, pretende-se atender uma demanda do mercado de trabalho de hospitais e clínicas, por profissionais que tenham conhecimento mais aprofundado em áreas como radiofarmácia e medicina nuclear, assim como em radioterapia, e demais métodos de diagnóstico e terapia usando radiações ionizantes e não ionizantes. Esta nova proposta é uma conseqüência natural do programa de pós-graduação acadêmico oferecido pela USP no IPEN, em função da crescente demanda por titulação de profissionais médicos, e demais profissionais atuando em áreas da saúde, com claro perfil profissional. O trabalho final do curso (dissertação ou proposta de patente, por exemplo) deve ser sempre vinculado a problemas reais da área de atuação do profissional-aluno.
Sendo um programa profissional, qual a estratégia para elevar e manter a qualidade científica?
Os critérios de avaliação da CAPES para programas profissionais são diferentes dos acadêmicos. Apesar de também considerar publicações cientificas em revistas internacionais, valoriza também o desenvolvimento ou aprimoramento de processos ou técnicas, patentes, e principalmente o impacto destes no setor produtivo e para a sociedade. Já há tradição indiscutível na instituição nestas atividades.
Como o programa poderá auxiliar novos pesquisadores?
Novos pesquisadores já participantes da proposta, quando aprovada, poderão orientar alunos e colher os frutos dos resultados do tema escolhido. A divulgação das ações e resultados obtidos pelo programa poderá motivar novos pesquisadores a se credenciarem, oferecendo sua contribuição.
Esse programa poderia, de alguma maneira, competir com o atual, que é de excelência e tem a chancela USP? Ou, ao contrário, poderia contribuir?
De forma alguma haverá competição e sim atuação de forma complementar. O perfil do alunado e tema de trabalho são bem diferentes. A intenção é que egressos do novo programa, que se interessem em fazer doutorado de pesquisa, se vinculem ao programa acadêmico, contribuindo desta forma para o aumento do número de alunos de doutorado do programa da USP. Como disse, esta nova proposta é uma conseqüência natural do programa de pós-graduação acadêmico oferecido pela USP no IPEN.
Existe uma previsão de prazo para a Capes anunciar o resultado?
Em 2017 a Capes publicou os resultados das avaliações de novas propostas em meados de outubro. Em anos anteriores esta resposta ocorria em meados de junho. Assim, entre junho e outubro de 2018 devemos receber a avaliação.
A aplicação de tecnologias das radiações nas ciências da saúde é uma área de conhecimento médico que tem se desenvolvido muito. Pode-se dizer que a ideia do curso nasceu dessa demanda?
Sim. A formação de profissionais altamente especializados para a integralidade do cuidado em saúde representa uma política estratégica nacional e, ao mesmo tempo, um grande desafio para a otimização de recursos, tanto humanos, como de infraestrutura e de financiamento, capitaneados por uma Instituição pública, para o objetivo comum do bem estar da população brasileira. Especificamente, a aplicação de tecnologias das radiações nas ciências da saúde é uma área de conhecimento médico que tem se desenvolvido rapidamente e colaborado com o diagnóstico por imagem, no monitoramento de pacientes e no tratamento de doenças via radiofármacos, de uma maneira muito significativa. São indiscutíveis os avanços na medicina nuclear, principalmente no campo das doenças oncológicas. Além disso, essa área se desenvolvendo de forma exponencial e só tem agregado valores na conduta dos pacientes. Nossa proposta nasceu dessa reflexão.
E o Projeto RMB também pode ser beneficiado...
Sim, sem dúvida. O RMB, grande projeto do MCTIC, executado pela CNEN, vai trazer autossuficiência na produção de Molibidênio-99, precursor do principal radiorfármaco consumido hoje, e, claro, vai exigir mão-de-obra qualificada para seus objetivos finalísticos, indo ao encontro dessa proposta.
Sendo o IPEN a instituição que melhor reúne todos os requisitos para esse curso, podemos ter boas expectativas quanto à sua aprovação?
Estamos otimistas, porém cautelosos. Vamos aguardar o resultado da avaliação. Convém lembrar que essa é uma proposta inédita que congrega radiofarmacia e física médica, além de aplicações de radiações ionizantes e não ionizantes na saúde.
Veja edição completa do Órbita IPEN - Novembro/Dezembro.
------Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AmAssessoria de Comunicação -
- 27/12/2017 - Centros do IPEN mantêm Certificação ISO 9001:2015 por mais três anosDesafio, agora, é assegurar que a gestão da qualidade no IPEN seja vista como "muito mais do que preencher os requisitos da ISO 9001, afirma Tereza Salvetti,coordenadora da Gestão de Qualidade do Instituto.
Desafio, agora, é assegurar que a gestão da qualidade no IPEN seja vista como "muito mais do que preencher os requisitos da ISO 9001, afirma Tereza Salvetti,coordenadora da Gestão de Qualidade do Instituto.
Três unidades do IPEN – os Centros de Engenharia Nuclear (CEN), Radiofarmácia (CR) e do Reator de Pesquisa (CRPq) – receberam recertificação NBR ISO 9001:2015 pelos próximos três anos, depois de auditoria realizada pela Funação Vanzolini, no período de 1 a 8 de dezembro. Foram avaliadas, principalmente, as práticas de gestão de cada Centro e o envolvimento da direção da casa com o Sistema de Gestão da Qualidade, conforme explicou Tereza Salvetti, coordenadora da Gestão de Qualidade do Instituto (CQUAL)."Nas versões anteriores à 2015, o foco principal da NBR ISO 9001 era o cliente. Agora, com a mudança da norma, continua a abordagem por processo e a necessidade de atender o cliente, mas com forte ênfase na gestão e a participação efetiva da Alta Direção, identificando, inclusive os riscos e ameaças para atingir os objetivos do Instituto”, afirmou Salvetti.Os escopos auditados foram: "Prestação de Serviços Tecnológicos em Sistemas Energéticos e Nucleares” (CEN); "Pesquisa e Desenvolvimento, Produção, Controle de Qualidade e Comercialização de Radiofármacos e Produção de Radioisótopos em Ciclotron” (CR) e "Operação e Manutenção do Reator IEA-R1 e Prestação de Serviço de Irradiação” (CRPq).Apesar de a recertificação ter o prazo de até três anos, nos próximos dois anos haverá auditorias de manutenção e acompanhamento. "Na prática, somos avaliados a cada ano. Não havendo qualquer não conformidade séria (maior), a certificação é mantida. Ou seja, precisamos manter as nossas boas práticas, até porque esse deve ser sempre o nosso compromisso”, reitera Salvetti.A manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade é uma tarefa que exige muita dedicação, ressalta. Para adequação do Sistema de Gestão do IPEN à norma 2015, foi criado um Grupo de Transição, que promoveu várias reuniões e discussões. Foi elaborado um calendário contendo todas as ações para esta adequação do SGQ, incluindo o atendimento às exigências regulamentares tais como as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e aos requisitos da CNEN, para garantia da qualidade."Tudo fica mais fácil se trabalharmos com organização e planejamento. É fundamental acompanharmos mensalmente todos os indicadores da qualidade, fazermos reuniões periódicas a fim de encontrar possibilidades de melhorias nos processos, realizarmos auditorias internas e reuniões de análise crítica periódicas”, observa Salvetti.Para ela, a equipe de auditoria interna e o Grupo de Transição "tiveram forte protagonismo no sucesso na realização da auditoria externa”. Salvetti salienta que, com base no resultado da última auditoria externa e das auditorias internas, é realizada uma operação "pente fino” para garantir que tudo esteja em plena conformidade. "Tudo é verificado com atenção sem se esquecer de itens como análise crítica, organização dos documentos e pastas de procedimentos”, acrescenta.Uma das principais dificuldades enfrentadas nessa tarefa, segundo Salvetti, diz respeito aos servidores envolvidos de fato com o Sistema. "Temos pessoas que colaboram muito e não se negam em auxiliar, mas estão, normalmente, sobrecarregadas com atividades específicas, sobrando pouco tempo para dedicar-se à melhoria dos processos”, lamenta.Mas, apesar dessa e de outras questões, como a pouca experiência de gestão por parte dos servidores e principalmente pesquisadores, Salvetti afirma que tinha boa expectativa quanto à recertificação, que "significa muito” para o IPEN. "Considero um avanço para o Instituto, porque, historicamente, o IPEN é muito técnico, até por sua especificidade. Então, podemos dizer que houve um upgrade na gestão do Instituto, uma preocupação de olhar de forma mais holística essa questão”.Pensando no futuro, Salvetti ressalta a importância de assegurar que a gestão da qualidade no IPEN seja vista como "muito mais do que preencher os requisitos da ISO 9001” e "que realmente ajude o Instituto a atingir sucesso em longo prazo”. Para ela, essa recertificação significa "promover a qualidade no sentido amplo da palavra”."[A recertificação] foi só um pontapé inicial, mas devemos permanecer atentos à qualidade no Instituto como um todo. Nesse momento, tivemos que introduzir a gestão como prática, agora, o desafio é disseminar e melhorar os conceitos de gestão no Instituto e ela precisa ser de forma permanente”, concluiu, destacando o apoio que a equipe recebeu da Alta Direção do IPEN e dos servidores envolvidos. "Será um grande desafio, mas plenamente possível de ser superado com a imensa e imprescindível colaboração de todos”.A auditoria foi realizada pela Fundação Vanzolini.-------Ana Paula Freire, jornalista MTb172/AMAssessoria de Comunicação Institucional