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- 17/07/2024 - Segurança nuclear: riscos em evidência e oportunidades (enquanto é tempo)País precisa de ações rápidas e decisivas para fortalecer as capacidades institucionais Artigo de Francisco Rondinelli Júnior, presidente da CNEN publicado na seção "Opinião" da Folha de S. Paulo, edição online de 17/07/2024
País precisa de ações rápidas e decisivas para fortalecer as capacidades institucionais Artigo de Francisco Rondinelli Júnior, presidente da CNEN publicado na seção "Opinião" da Folha de S. Paulo, edição online de 17/07/2024
Fonte: Folha de S. Paulo (online)
Francisco Rondinelli Júnior
Presidente da CNENEm um momento em que a tecnologia nuclear está se expandindo globalmente em diversas áreas – saúde, meio ambiente, agricultura, indústria, cultura e geração de energia–, o setor nuclear brasileiro enfrenta desafios críticos. A capacidade do país para atender a essas demandas é questionada, especialmente nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), controle regulatório e fornecimento de produtos e serviços. Essa responsabilidade recai principalmente sobre as instituições públicas, com predominância da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Enquanto a necessária Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) não é implementada, a Cnen é a agência regulatória e tem mostrado competência, eficiência e transparência no atendimento a emergências radiológicas, como a que ocorreu recentemente em São Paulo.
Na ocasião, a rápida atuação da Cnen garantiu o resgate do material radioativo extraviado e a implementação das medidas necessárias para proteger a população e o meio ambiente. Entretanto, essa eficiência está ameaçada, com um quadro de pessoal significativamente reduzido ao longo da última década.
As condições de trabalho em todas as atividades que a Cnen desenvolve são um sinal de alerta que não pode mais ser ignorado. Para dar um exemplo, a autarquia conta hoje com cerca de 150 servidores para atender as atividades de licenciamento e fiscalização, que abrangem cerca de 4.000 instalações nucleares e radiativas no país. Desses, 50% têm abono permanência, ou seja, condições de aposentadoria, trabalhando no limite de suas capacidades. Essa sobrecarga de jornada, responsabilidades e atribuições é insustentável a longo prazo, colocando em risco a continuidade dos serviços essenciais prestados.
A produção de radiofármacos, essencial para a realização de mais de dois milhões de exames anuais para detecção de neoplasias e diagnósticos de outras doenças na rede pública (SUS) e privada, é outra área crítica. A Cnen, por meio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), opera a única radiofarmácia pública do Brasil, um serviço vital que também carece de pessoal e recursos. Imaginem o que seria interromper milhares de procedimentos de medicina nuclear?
A área de pesquisa, desenvolvimento e capacitação de recursos humanos no setor nuclear também enfrenta desafios. A perda de competência e a crescente dependência externa em conhecimento científico e tecnológico são preocupantes. O setor nuclear, regido por normas e orientações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), precisa urgentemente de reforços para manter sua relevância e autonomia. Até agora não foi anunciado concurso público para a Cnen, essencial para reverter essa situação, além da garantia de um aporte adequado de recursos orçamentários.
Investimentos em projetos prioritários, como o reator multipropósito brasileiro (RMB), o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena) e a criação da ANSN, são indispensáveis. Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a ANSN tem como missão aprimorar a implementação dos requisitos de segurança nuclear no país, mas ainda aguarda a nomeação da diretoria colegiada, a aprovação pelo Senado. E, apesar de não ter saído do papel, já enfrenta a mesma realidade das instituições públicas brasileiras: a escassez de recursos orçamentários e humanos para cumprir suas funções regulatórias de forma eficaz.
O futuro da segurança nuclear no Brasil depende de ações rápidas e decisivas para fortalecer as capacidades institucionais e garantir a continuidade dos serviços essenciais à sociedade. A eficiência no atendimento às ocorrências atuais é louvável, mas sem os recursos e o pessoal necessários essa competência pode estar em risco.
Essas ações não só garantem a soberania nacional, mas também consolidam o papel do Brasil como um ator importante nas discussões internacionais sobre geopolítica nuclear.
TENDÊNCIAS / DEBATES
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Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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- 16/07/2024 - Projeto do Reator para Medicina Nuclear ainda na dependência da liberação de recursosFonte: Tania Malheiros Blog
O projeto de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), destinado à produção de radioisótopos para a medicina nuclear, foi tema de debate durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belém do Pará, encerrada esta semana. Participaram o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Wilson Calvo; a especialista em medicina nuclear e membro da atual diretoria da Associação Nacional de Empresas de Medicina Nuclear (ANAEMN), Daniela Oda; e o consultor técnico do RMB no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), José Augusto Perrotta.
"A ideia é que nos próximos meses seja construída uma ponte e abertas e pavimentadas as vias de acesso a área do futuro reator e demais prédios auxiliares a serem construídos, mas isso depende da liberação de recursos para a obra que deve ficar pronta em 2030”, revelou Perrotta, um dos pioneiros no projeto estratégico para a CNEN e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).O RMB continua orçado em US$ 500 milhões e está em fase de retomada após quatro anos parado. O RMB, como tem sido divulgado, será construído num terreno de 2 milhões de metros quadrados próximo ao município de Iperó, no interior de São Paulo; está com os licenciamentos exigidos para sua construção concluídos. O projeto do RMB recebeu uma injeção de ânimo por ter sido incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como prioridade no financiamento através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
"Estamos desenvolvendo um diálogo tanto no MCTI quanto na Casa Civil, quem coordena o PAC, para juntos verificarmos como fazer a implantação tendo em vista os números grandiosos do projeto”, comentou Perrotta. A especialista em medicina nuclear, Daniela Oda, apresentou um panorama sobre a aplicação da medicina nuclear teranóstica (para fins de diagnóstico e tratamento) e os desafios do mercado que envolve a medicina nuclear brasileira em clínicas particulares. Ela chamou a atenção para a necessidade da modernização e ampliação da produção de radiofármacos e o papel do IPEN, da CNEN e do RMB no futuro deste processo. Também apresentou números que indicam uma diminuição de tratamentos, principalmente de câncer no Brasil, enquanto a doença cresce em muitos países.
Para o diretor de pesquisa e desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, que apresentou as questões legais e normativas que envolvem o setor nuclear brasileiro, o RMB é essencial para propiciar custos mais baixos aos insumos, e consequentemente, aos tratamentos da população, conseguindo assim atingir um número maior pessoas que não podem esperar muito tempo pelos procedimentos médicos envolvidos. "Vimos aqui que os radiofármacos são um insumo extremamente estratégico e nós precisamos deles para que um número maior de pacientes seja atendido e ainda para que possamos evitar os riscos de desabastecimentos, como ocorreu no passado devido a uma série de fatores”, ressaltou.
(FONTE: IPEN-CNEN)
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- 16/07/2024 - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informa os valores destinados ao Reator para Medicina NuclearSite: Tania Malheiros Blog
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) acaba de informar os valores já liberados e previstos para o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), destinado à Medicina Nuclear. O total do projeto RMB até 2030 é de R$ 2,7 bilhões. Os recursos no valor de R$ 306 milhões para este ano foram autorizados e serão liberados até o final do ano.Seguem os valores investidos do Novo PAC (via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FNDCT) no projeto doRMB, informou o MCTI:
2023: R$ 158 milhões (já realizados); 2024: R$ 306 milhões (já autorizado, que será liberado até o final do ano); 2025: R$ 300 milhões (previstos); 2026: R$ 300 milhões (previstos); e 2027: R$ 220 milhões (previstos). De 2023 até 2025. O valor é de R$ 764 milhões. O total do projeto RMB até 2030: 2,7 bilhões. Os resultados do estágio atual são: fase de reformulação de projetos em conclusão, início da fase de compras e importação de insumos e equipamentos.
Leia no BLOG: Em 16/07/2024 – Projeto do Reator para a Medicina Nuclear ainda na dependência de recursos.
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- 11/07/2024 - Saneamento precário facilita a dispersão de plástico e microplástico na AmazôniaPoluente já está presente em diversos ambientes e espécies no bioma e tem sido utilizado como material para aves construírem ninhos, apontam estudos apresentados durante a 76ª Reunião Anual da SBPC
Poluente já está presente em diversos ambientes e espécies no bioma e tem sido utilizado como material para aves construírem ninhos, apontam estudos apresentados durante a 76ª Reunião Anual da SBPC
Fonte: Agência FAPESPElton AlissonOs plásticos e microplásticos já estão presentes em diversos ambientes e espécies na Amazônia, como em peixes e plantas aquáticas, e têm sido até mesmo usados por uma ave da floresta para construir seu ninho. Um dos principais fatores que têm contribuído para o bioma estar se tornando um potencial hotspot desses contaminantes é a falta de condições adequadas de saneamento básico em grande parte das cidades da região.A avaliação foi feita por pesquisadores participantes de uma mesa-redonda sobre plásticos e microplásticos em águas brasileiras realizada na segunda-feira (08/07), durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento vai até sábado (13/07) no campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém."A falta de condições adequadas de saneamento encontradas na maior parte da Amazônia representa uma importante fonte de entrada de plásticos e microplásticos nos rios do bioma, que compõem o maior sistema fluvial do mundo”, disse José Eduardo Martinelli Filho, professor da UFPA.De acordo com dados apresentados pelo pesquisador, 70% das cidades da Amazônia brasileira não possuem tratamento de água, por exemplo.A fim de avaliar a variação das condições de saneamento básico em 313 municípios amazônicos, os pesquisadores da UFPA criaram um índice com base em dados sobre o percentual de áreas urbanas cobertas por coleta pública de esgoto, sistemas de drenagem de águas pluviais e de disposição de resíduos sólidos, obtidos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).Os resultados das análises indicaram que, dos 313 municípios avaliados, apenas 2,6% apresentam condições adequadas de saneamento básico. Por outro lado, 35% foram classificados como em condições baixas e 15% como precários.Os sistemas de disposição de resíduos sólidos foram o serviço urbano classificado como o mais satisfatório, com disponibilidade média de 76% nas cidades avaliadas. Já a coleta de águas residuais e o sistema de drenagem de águas fluviais foram classificados como ruins na maioria das cidades amazônicas."É difícil encontrar situações de saneamento adequado na Amazônia. Altamira [no Pará], por exemplo, tem só uma estação de tratamento de água, que não está recebendo todo o esgoto produzido pela cidade”, ponderou Martinelli.Outro exemplo de falta de condições adequadas de saneamento na Amazônia é o da região metropolitana de Manaus, no Amazonas, cuja população é composta por mais de 2 milhões de habitantes. No total, 32% das residências utilizam esgoto sanitário público, exemplificou o pesquisador."Geralmente, a principal fonte de microplásticos em ambientes aquáticos brasileiros são as cidades. E, no caso da Amazônia, a população nas cidades aumentou 11 vezes em um século. Há cem anos existiam 1,5 milhão de habitantes na Amazônia e agora há 16 milhões de pessoas morando na região”, comparou.Atualmente a Amazônia também possui metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes, como Belém e Manaus, além de cidades de médio porte, com 150 mil a 999 mil habitantes, como Altamira, Castanhal, Marabá, Parauapebas, Santarém, Porto Velho, Macapá, Boa Vista e Rio Branco."São crescimentos populacionais recentes na história da Amazônia”, avaliou Martinelli.Substrato para ninhosDe acordo com Martinelli, estima-se que sejam lançadas por ano 182 mil toneladas de plástico na Amazônia brasileira, o que a torna a segunda bacia hidrográfica mais poluída do mundo.Além do plástico descartado pelas cidades da região, o bioma amazônico também recebe o resíduo gerado por países com rios a montante, como a Colômbia e o Peru. Dessa forma, o resíduo tem sido encontrado em todos os lugares no bioma e atingido diversas espécies, sublinhou o pesquisador."Costumamos ver muitos trabalhos científicos que mostram espécies de peixes ingerindo microplásticos. Mas em qualquer lugar da biota onde for procurado plástico, em diferentes escalas de tamanho, é possível encontrar esses poluentes”, avaliou.Estudo publicado recentemente por pesquisadores do grupo identificou a retenção de plásticos por macrófitas aquáticas no rio Amazonas. "Os bancos de macrófitas retêm plásticos de diferentes dimensões, do macro, passando pelo meso e chegando aos microplásticos”, afirmou Martinelli.Outro trabalho feito por uma estudante de mestrado do grupo, em vias de publicação, mostrou que o japu (Psarocolius decumanus) – uma espécie de ave que habita boa parte das matas da América do Sul – tem incorporado detritos plásticos para a construção de seus ninhos.Os pesquisadores encontraram principalmente fibras emaranhadas e cordas em 66,67% dos ninhos do pássaro."O plástico usado por essa espécie de ave para construir seus ninhos é proveniente de material de descarte da pesca”, explicou Martinelli.Falta de estudosOs pesquisadores enfatizaram que, apesar do aumento exponencial das pesquisas sobre microplásticos em todo o mundo, sobretudo nos últimos dez anos, ainda há poucos estudos com foco no bioma amazônico.A pesquisa limitada, as restrições metodológicas, as falhas e a falta de padronização, combinadas com as dimensões continentais da Amazônia, dificultam a coleta do conhecimento fundamental necessário para avaliar com segurança os impactos e implementar medidas de mitigação eficazes.Também há a necessidade urgente de expandir os dados científicos disponíveis para a região, melhorando a infraestrutura de investigação local e formando pesquisadores, além de realizar estudos de acompanhamento de longo prazo, apontaram os pesquisadores."Os estudos sobre plástico ou microplástico vão trazer, na verdade, subestimativas, porque a escala do problema é tão grande que a gente sempre esbarra em um inimigo fatal quando estamos fazendo nossos projetos, que é a questão do tempo. A gente nunca consegue fazer estudos de longo prazo”, disse Monica Ferreira da Costa, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).Também não há um consenso sobre o que são os microplásticos, apontou Décio Luis Semensatto Junior, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A definição genérica comumente aceita é a de que os microplásticos são partículas plásticas com tamanho entre 1 e 5 micrômetros – ou 1 milésimo de milímetro."Há artigos científicos que falam sobre microplástico que nem sempre seguem a mesma definição. Também é difícil identificar qual o artigo publicado no Brasil que reportou a maior quantidade de microplásticos porque os trabalhos não são, em sua maioria, comparáveis entre si”, avaliou.O rio dos Bugres, no estuário de Santos, no litoral paulista, pode ser a região onde foi constatado o maior nível de poluição por microplásticos no mundo, afirmou Niklaus Ursus Wetter, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)."Encontramos 100 mil microplásticos por quilo de peso seco de sedimento extraído daquele rio, localizado no meio de São Vicente, e que tem uma velocidade de água muito baixa. Ele fica estagnado e, dessa forma, o plástico pode sedimentar”, afirmou. -
- 09/07/2024 - E-books com síntese das reuniões preparatórias da 5CNCTI serão apresentados na 76ª SBPCO coordenador-geral da 5CNCTI, Sergio Rezende, apresentará dois e-books elaborados na plataforma Issu
O coordenador-geral da 5CNCTI, Sergio Rezende, apresentará dois e-books elaborados na plataforma Issu
Fonte: CNEN
Uma síntese das propostas de políticas públicas que foram coletadas durante os encontros preparatórios da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI) será apresentada, nesta quarta-feira (10), durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Na conferência "Preliminares da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”, o secretário-geral da 5CNCTI, Sergio Rezende, apresentará dois e-books elaborados na plataforma Issu com uma prévia das sugestões coletadas nas conferências livres, temáticas e regionais que aconteceram em todo Brasil. O encontro será das 10h às 11h30, no Auditório Setorial Básico II, na Universidade do Pará. Para acessar os e-books clique aqui conferências livres e temáticas e regionais.
Cada um dos e-books têm mais de 200 páginas e foram elaborados pela Subcomissão de Sistematização e Documentação da conferência, coordenada pela Francilene Garcia (SBPC/SP). De dezembro de 2022 a maio de 2023 foram registradas 200 reuniões preparatórias no país, sendo 14 municipais, 26 estaduais, além do Distrito Federal, 29 encontros temáticos (conferências e seminários); 157 livres e cinco regionais (Sudeste, Norte, Sul, Centro-Oeste e Nordeste).
5CNCTI– A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, acontece nos próximos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto, no espaço Brasil 21, em Brasília, como o tema "Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”. A 5CNCTI foi lançada pelo presidente Lula, em 12 de julho de 2023, por meio do Decreto Presidencial Nº 11.596.
O objetivo é discutir junto à sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) que deverá ser seguida pelos próximos 10 anos. A nova estratégia substituirá a de 2016-2023, que durante o evento, também terá seus programas, planos e resultados analisados.
A 5ª Conferência é o mais importante evento voltado à participação e ao debate das políticas públicas do setor e conta com o patrocínio do Banco do Brasil e Finep.
5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
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Dias: 30, 31 de julho e 1º de agosto de 2024
Local: Espaço Brasil 21, em Brasília. -
- 08/07/2024 - Ministra de CT&I visita estande da CNEN e destaca o 'estado de espírito e de ânimo da ciência brasileira'Fonte: CNEN
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou hoje da abertura da ExpoT&C, na 76ª Reunião Anual da SBPC, em Belém (PA). Na ocasião, a ministra visitou os estandes, inclusive o espaço da CNEN na feira.
Sobre a edição deste ano do evento, ela destacou a importância do momento atual e da SBPC. "A sensação que eu tenho é que a cada ano a SBPC se supera na capacidade de mobilizar a comunidade acadêmica e científica ainda mais em um momento de retomada da política de ciência e tecnologia. Eu acho que o estado de espírito e de ânimo da ciência brasileira se reaviva em momentos como este. Sem dúvida a SBPC é a instituição da democracia , da capacidade de formular política pública, é a segunda vez que participo como ministra m e eu fico muito feliz em participar aqui."
Na visita ao estande da CNEN, a ministra Luciana Santos cumprimentou os servidores que estavam trabalhando e se mostrou entusiasmada com as aplicações nucleares que estavam sendo explicadas para o público.A ministra também falou sobre sua expectativa para a edição de 2025, que será realizada em Pernambuco, sua terra natal. "Sou suspeita a falar disso, porque é minha terra, eu já participei como estudante lá na Federal de Pernambuco e agora vai ser lá na UFRPE, tenho certeza que também será tão bonita e significativa como essa.”
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, também esteve presente e destacou a importância da disseminação do conhecimento das técnicas nucleares nas mais diversas áreas. Também ressaltou a pluralidade de ações que a CNEN ira desempenhar até o dia 13 de julho, último dia do evento. "Convido o público a acompanhar a apresentação de nossos servidores, que estarão atuando em palestras e mesas-redondas com relação à aplicação da energia nuclear em prol da sustentabilidade, que é um dos temas da 76a Reunião da SBPC. Nosso estande na ExpoT&C está muito bem representado com apresentações de todas as nossas unidades técnico-científicas e suas expertises que vieram de várias partes do país para receber o público presente.”
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- 08/07/2024 - Técnicos do Ipen localizam num ferro-velho 5 blindagens de material radioativo furtadoFonte: Vitória News
Os técnicos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), localizaram, em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, cinco blindagens de chumbo utilizadas para isolar colunas de material radioativo. As colunas, no entanto, não foram localizadas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as blindagens encontradas estavam em um comércio de ferro-velho e baterias. Três envolvidos, de 21, 25 e 53 anos, foram presos por porte de material nuclear e receptação. A ocorrência foi registrada no 53º DP (Parque do Carmo).
De acordo com a Cnen "pelas características e pelo peso, parecem corresponder” aos cinco conjuntos radioativos furtados na capital no último dia 30. Na tarde de ontem, a Cnen já havia informado que, no local, em Itaquera, havia sido localizada uma blindagem. Neste domingo, a comissão confirmou que mais quatro blindagens estavam no mesmo local. Nenhuma das cinco colunas radioativas, porém, foram localizadas.
Ontem, no endereço em que as blindagens foram encontradas, os bombeiros fizeram uma medição de radioatividade com um detector Geiger, mas não foi observada nenhuma taxa anormal.
No furto, ocorrido no último dia 30, foram levados cinco recipientes similares a baldes tampados. No interior deles, havia blindagens, dentro das quais colunas geradoras de radioatividade. O material de quatro recipientes era de colunas de 99Mo/99mTc (Molibdênio/Tecnécio) exaurido, ou seja, já utilizadas e inativas. A manipulação dessas colunas apresenta risco muito baixo para a saúde.
O quinto recipiente continha, no entanto, uma coluna de gerador 68Ge/68Ga (Germânio/Gálio) ativo, "contendo uma dose de 27,9 mCi [ milicurie, medida de radioatividade ] de atividade do gerador de 68Ge/68Ga, que seria utilizada para um único exame de cintilografia, ou seja, é uma dose muito baixa e um volume muito pequeno”, disse a Cnen, em nota.
O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), unidade da Cnen no Rio de Janeiro, está finalizando um relatório para ser entregue ainda neste domingo sobre riscos potenciais para a saúde em caso de manipulação do gerador ativo desaparecido, mas já adiantaram que os resultados não são preocupantes.
Furto
O material radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro que foi furtada na madrugada do último dia 30, na Rua Félix Bernardelli, Zona Leste da capital.
"Segundo o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), a fonte, por sua baixa atividade, se enquadra na categoria 4, representando risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente”, disse em nota a CNEN.
De acordo com a Comissão, apesar da baixa atividade da fonte, a manipulação inadequada e de forma constante pode causar danos à saúde da pessoa que manusear os objetos.
No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante. "Alertamos a população para, caso encontre o material radioativo, mantenha distância segura e contacte imediatamente a Cnen pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763 e também a polícia”.
FONTE: ABR
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- 08/07/2024 - URGENTE - CNEN encontra material radioativo perdido intacto e encerra ocorrência no âmbito de sua competênciaFonte: CNEN
A CNEN informa que localizou, há pouco, a coluna de Ge-68 que havia sido furtada, com atividade de 30 mCi. A coluna foi encontrada íntegra em um ferro-velho, que teria sido responsável pela venda das peças de chumbo para uma loja de baterias em Itaquera.
Com isso, a CNEN encerra essa ocorrência no âmbito de sua competência. É importante ressaltar que não houve rompimento do material, dispersão ou contaminação, sendo recuperado intacto.
A CNEN destaca o papel fundamental de toda a sua estrutura de emergência, comprometida com a segurança dos cidadãos e com a transparência das informações.
A direção da CNEN agradece à imprensa séria e comprometida, que divulgou informações corretas e sem alarmismo, o que possibilitou denúncias que auxiliaram a atender prontamente a emergência e recuperar o material.
Brevemente, a CNEN soltará um boletim contendo a descrição completa da ocorrência e as ações que foram adotadas, inclusive detalhes técnicos de interesse público.
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- 08/07/2024 - Blindagem de material radioativo furtado em SP é localizadaGerador continua desaparecido
Gerador continua desaparecido
Fonte: agência Brasil
Mais uma parte dos objetos radioativos furtados em São Paulo foi localizada na tarde deste sábado (6) na capital paulista. Desta vez, foi encontrada, no bairro de Itaquera, na zona leste, uma blindagem de um dos geradores radioativos. O gerador, no entanto, não estava dentro da blindagem e continua desaparecido. As informações são da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Os bombeiros fizeram uma medição de radioatividade no local com um detetor Geiger, mas não foi observada nenhuma taxa, o que indica que o material radioativo não está presente na área. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) foi acionado para averiguar o local.
No furto, ocorrido no dia 30 de junho, foram levados cinco recipientes similares a baldes tampados. No interior deles, havia blindagens, dentro das quais colunas geradoras de radioatividade. O material de quatro recipientes era de colunas de 99Mo/99mTc (Molibdênio/Tecnécio) exaurido, ou seja, já utilizados e inativos. O quinto recipiente continha, no entanto, uma coluna de gerador 68Ge/68Ga (Germânio/Gálio) ativo.
A blindagem encontrada em Itaquera era de uma das colunas inativas. Nesta sexta-feira (5), um dos baldes furtados foi localizado em Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista. No entanto, nem a blindagem e nem a coluna estavam no local. A área foi liberada na manhã deste sábado por não estar contaminada.
O material radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro que foi furtada na madrugada do dia 30, na Rua Félix Bernardelli, zona leste da capital.
"Segundo o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), a fonte [os geradores], por sua baixa atividade, se enquadra na categoria 4, representando risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente”, disse em nota a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
De acordo com a comissão, apesar da baixa atividade da fonte, a manipulação inadequada e de forma constante pode causar danos à saúde da pessoa que manusear os objetos.
No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante.
"Alertamos a população para, caso encontre o material radioativo, mantenha distância segura e contacte imediatamente a CNEN pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763 e também à polícia”, informa a CNEN.
Edição: Fernando Fraga
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- 08/07/2024 - PM prende três suspeitos por porte e receptação de material nuclearFonte: UOL - Agência EstadoA Polícia Militar de São Paulo encontrou, no último sábado, 6, cinco cilindros que estavam sendo usados para armazenar o material radiativo que estava em um veículo furtado no último domingo, 30.O que aconteceu?Os dispositivos foram localizados em um comércio de ferro-velho, na zona leste da capital, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP).Segundo a pasta, três homens, de 21, 25 e 53 anos, foram presos por porte de material nuclear e receptação. O caso foi registrado no 53º DP (Parque do Carmo)Conforme a Secretaria, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que quatro cilindros tinham geradores de 99Mo/99Tc (radiofármaco usado na Medicina), mas não apresentavam riscos porque já tinham sido utilizados.O quinto cilindro foi localizado, mas sem o gerador 68Ge/68Ga (Germânio-Gálio), que estaria dentro do recipiente.Monitoramento de radiaçãoA Comissão Nacional de Energia Nuclear informou que o material seria utilizado para um único exame de cintilografia e que seu volume era "muito pequeno"."O CNEN informou ainda que o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) está finalizando um relatório sobre as taxas de radiação, em caso de manipulação, e adiantou que o resultado não é preocupante", disse a SSP, em nota.Na manhã do último sábado, a Comissão Nacional de Energia Nuclear realizou uma operação para monitorar a radiação no Jardim Iguatemi, também na zona leste. No local, foi uma encontrada uma embalagem para armazenar geradores de 99Mo/99Tc já exauridos (já utilizados), conforme mostrou o Estadão. A CNEN detectou risco de contaminação e liberou a área após 13 horas de interdição."De acordo com a equipe técnica da CNEN, o nível de radiação detectado no local foi considerado seguro, proveniente da radiação ambiente, que é a radiação natural, e não oferece risco algum para a população do entorno, liberado por volta das 9h30", informou a entidade. "A embalagem continha blindagem de gerador de 99Mo/99mTc exaurido (já utilizado), que, no entanto, não foi encontrada", completou.Entenda o casoO carro furtado, uma Saveiro de placa RFI873, pertencia a uma empresa de equipamentos médicos e armazenava uma carga de materiais radioativos que foram coletados no Rio e que seriam entregues no Paraná e em Santa Catarina, segundo a Secretaria da Segurança Pública.O veículo é da empresa Medical Ald. "A referida empresa, que possui Supervisor de Proteção Radiológica em Transporte e Plano de Proteção Radiológica para Transporte aprovado pela CNEN, estava à serviço da R2Pharma - Radiofarmácia Centralizada LTDA", informou a CNEN.No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante.A CNEN pediu que, se alguém encontrar o material, entre em contato e informe a polícia. Os telefones indicados são o (21) 98368-0734 e (21) 98368-0763. -
- 07/07/2024 - Cnen localiza cinco blindagens de material radioativo em Itaquera, SPConjuntos foram furtados no último dia 30 de junho
Conjuntos foram furtados no último dia 30 de junho
Fonte: Agência Brasil
Os técnicos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), localizaram, em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, cinco blindagens de chumbo utilizadas para isolar colunas de material radioativo. As colunas, no entanto, não foram localizadas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as blindagens encontradas estavam em um comércio de ferro-velho e baterias. Três envolvidos, de 21, 25 e 53 anos, foram presos por porte de material nuclear e receptação. A ocorrência foi registrada no 53º DP (Parque do Carmo).
De acordo com a Cnen "pelas características e pelo peso, parecem corresponder” aos cinco conjuntos radioativos furtados na capital no último dia 30. Na tarde de ontem, a Cnen já havia informado que, no local, em Itaquera, havia sido localizada uma blindagem. Neste domingo (7), a comissão confirmou que mais quatro blindagens estavam no mesmo local. Nenhuma das cinco colunas radioativas, porém, foram localizadas.
Ontem, no endereço em que as blindagens foram encontradas, os bombeiros fizeram uma medição de radioatividade com um detector Geiger, mas não foi observada nenhuma taxa anormal.
No furto, ocorrido no último dia 30, foram levados cinco recipientes similares a baldes tampados. No interior deles, havia blindagens, dentro das quais colunas geradoras de radioatividade. O material de quatro recipientes era de colunas de 99Mo/99mTc (Molibdênio/Tecnécio) exaurido, ou seja, já utilizadas e inativas. A manipulação dessas colunas apresenta risco muito baixo para a saúde.
O quinto recipiente continha, no entanto, uma coluna de gerador 68Ge/68Ga (Germânio/Gálio) ativo, "contendo uma dose de 27,9 mCi [milicurie, medida de radioatividade] de atividade do gerador de 68Ge/68Ga, que seria utilizada para um único exame de cintilografia, ou seja, é uma dose muito baixa e um volume muito pequeno”, disse a Cnen, em nota.
O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), unidade da Cnen no Rio de Janeiro, está finalizando um relatório para ser entregue ainda neste domingo sobre riscos potenciais para a saúde em caso de manipulação do gerador ativo desaparecido, mas já adiantaram que os resultados não são preocupantes.
Furto
O material radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro que foi furtada na madrugada do último dia 30, na Rua Félix Bernardelli, Zona Leste da capital.
"Segundo o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), a fonte, por sua baixa atividade, se enquadra na categoria 4, representando risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente”, disse em nota a CNEN.
De acordo com a Comissão, apesar da baixa atividade da fonte, a manipulação inadequada e de forma constante pode causar danos à saúde da pessoa que manusear os objetos.
No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante. "Alertamos a população para, caso encontre o material radioativo, mantenha distância segura e contacte imediatamente a Cnen pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763 e também a polícia”.
Matéria ampliada às 13h35 para incluir segundo parágrafo
Edição: Denise Griesinger
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- 06/07/2024 - Terreno em SP onde balde de material radioativo foi encontrado é liberado pelo IpenMaterial radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro furtada na madrugada do dia 30 de junho
Material radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro furtada na madrugada do dia 30 de junho
Fonte: Carta CapitalO terreno onde foi localizada, nesta sexta-feira 5, a embalagem de parte do material radioativo furtado em São Paulo não foi contaminado. O local, um desmanche abandonado de carros, fica na Cidade Tiradentes, bairro da zona leste da capital paulista.Por não apresentar risco à população, a área já foi liberada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que examinou o local na sexta-feira e na manhã deste sábado 6. O Corpo de Bombeiros, que auxiliou no exame do local, chegou a utilizar roupas especiais de proteção (Tyvek).No terreno foi encontrado apenas o balde aberto e a tampa. O conteúdo, a blindagem de um gerador de 99Mo/99mTc (molibdênio/tecnécio) exaurido, não foi localizado. Ainda estão desaparecidos outros três baldes com blindagens de geradores 99Mo/99mTc exauridos, e um quinto balde onde há um gerador 68Ge/68Ga (germânio/gálio) ativo. O balde e a tampa encontrados foram levados para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as investigações permanecem na 49º DP, que realiza diligências visando à identificação da autoria do furto e recuperação total da carga.O material radioativo estava em uma picape Volkswagen Saveiro furtada na madrugada do dia 30 de junho."Segundo o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (Iaea), a fonte [os geradores], por sua baixa atividade, se enquadra na categoria 4, representando risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente”, esclareceu em nota a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).De acordo com a comissão, apesar da baixa atividade da fonte, a manipulação inadequada e de forma constante pode causar danos à saúde da pessoa que manusear os objetos.Segundo a CNEN, o veículo furtado estava sendo utilizado pela empresa de transporte Medical Ald, que tem Plano de Proteção Radiológica para Transporte aprovado pela Comissão. A empresa de transporte estava à serviço da R2pharma Radiofarmácia Centralizada Ltda."Segundo relatos, o veículo transportava a fonte geradora de radiofármacos rumo às cidades de Curitiba e Blumenau (SC) para uso médico. A fonte de Germânio/Gálio (68Ge/68Ga) foi fabricada pela empresa Eckert & Ziegler”, disse a CNEN."Consta que, por imprudência do motorista, que decidiu levar o automóvel para local diverso do pátio seguro onde o veículo deveria ficar abrigado durante à noite, o veículo foi furtado”, acrescentou a comissão.No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante."Alertamos a população para, caso encontre o material radioativo, mantenha distância segura e contacte imediatamente a CNEN pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763 e também a polícia”, informa a CNEN. -
- 06/07/2024 - Após 13 horas de interdição, Ipen não detecta risco de contaminação e libera terreno em SP onde polícia achou balde de material radioativoLocal fica na Zona Leste onde funcionava desmanche de carros roubados. Ele liberado neste sábado (6). Segundo técnicos não há riscos para a saúde. Balde encontrado havia sido furtado com outros quatro recipientes que estavam em carro. Buscas continuam para encontrar outros itens e veículo.
Local fica na Zona Leste onde funcionava desmanche de carros roubados. Ele liberado neste sábado (6). Segundo técnicos não há riscos para a saúde. Balde encontrado havia sido furtado com outros quatro recipientes que estavam em carro. Buscas continuam para encontrar outros itens e veículo.
Fonte: G1O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) não detectou risco de contaminação no terreno do Jardim Iguatemi, na Zona Leste de São Paulo, onde a Polícia Civil encontrou na tarde desta sexta-feira (5) um dos cinco recipientes de material radioativo furtados, no início da semana, na capital paulista.Os produtos estavam dentro de um carro de uma empresa especializada em transporte radioativo, que também foi furtado. O crime aconteceu no domingo (30).Até a última atualização desta reportagem, policiais do 49º Distrito Policial (DP), em São Mateus, prosseguiam nas buscas para tentar localizar os outros quatro baldes e latões de material radioativo. O veículo ainda não tinha sido localizado. Nenhum suspeito pelo crime foi identificado ou detido também.O local onde o balde de continha material radioativo foi achado é um desmanche de carros roubados. Ele foi liberado na manhã deste sábado (6) após ficar 13 horas interditado para que técnicos do Ipen pudessem medir os níveis de radiação no lugar. A interdição começou por volta das 20h30 de sexta e terminou às 9h30 deste sábado.O Ipen é uma das unidades em São Paulo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações, que fica em Brasília.Segundo a CNEN informou neste sábado ao g1, por meio de sua assessoria de imprensa, o balde encontrado pelos policiais foi apreendido e encaminhado para o Ipen em São Paulo, onde será analisado.Ainda de acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear, o balde estava vazio, sem o gerador de material radioativo dentro dele. Técnicos do Ipen não detectaram radiação do produto no ambiente. Segundo a CNEN, como não houve vazamento do material, também não há riscos para a saúde humana, animal e para o meio ambiente.Apesar disso, como os outros quatro recipientes de material radioativo ainda não foram encontrados, ainda existe um risco mínimo, apesar de improvável, de contaminação deles, segundo a CNEN.A Comissão Nacional de Energia Nuclear divulgou nesta quinta-feira (4) nota em seu site oficial para informar que o gerador Germânio/Gálio que estavam nos galões têm "risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente". De acordo com a CNEN, só há risco numa manipulação inadequada com retirada do chumbo que protege o produto. O que seria pouco provável para quem não trabalha com esse tipo de material radioativo.Ainda segundo a CNEN, todos os cinco galões tinham geradores (ou de Tecnécio molibidênio 99 ou de Germanio 68/Galio 68). Quatro desses galões tinham material radioativo, mas inoperantes por já terem sido usados. Um desses galões tinha material com produto radioativo com Ge 68/Ga 68 ativo.O gálio, que está nas peças roubadas, é um metal usado na medicina nuclear, que trabalha com materiais radioativos. Ele é usado em geradores para a realização de exames.O g1 entrou em contato com a Medical Armazenagem Logística e Distribuição Ltda, com sede em São Paulo, para comentar o assunto. Ela é proprietária do veículo furtado com o material radioativo.O produto foi retirado de carro no Rio de Janeiro, chegou a São Paulo e seguiria para Curitiba, no Paraná, e Blumenau, Santa Catarina.A Medical confirmou que o furto do seu veículo com o material radioativo ocorreu por uma falha operacional do motorista. Ele deveria ter levado o carro com o produto para uma das unidades da empresa antes de seguir para o Sul, mas do invés disso decidiu deixá-lo na frente de sua residência, onde foi furtado."A MEDICAL é uma empresa regulamentada pela CNEN e ANVISA e o material que nos transportamos é um material de cunho Oncológico para diagnostico e tratamento do câncer. Ao ano transportamos mais de 5.000 Radiofármacos para todo o país, com segurança e rastreabilidade", informa nota transportadora. -
- 05/07/2024 - CNEN realiza operação em São Paulo, onde foi encontrada embalagem de 99Mo/99Tc, e não detecta risco de contaminaçãoFonte: CNEN
Publicado em 05/07/2024 - 13h23
Atualizado em 06/07/2024 - 13h55CNEN realizou operação para monitoramento de radiação no Jardim Iguatemi, Zona Leste de São Paulo, na manhã deste sábado, 6, onde foi encontrada uma embalagem com geradores de 99Mo/99Tc, e não detectou risco de contaminação. Do ponto de vista radiológico, a área está liberada, após 13 horas de interdição. O trabalho foi realizado com apoio da equipe de Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros, que ajudou na remoção de material pesado, o que possibilitou uma varredura mais precisa.
De acordo com a equipe técnica da CNEN, o nível de radiação detectado no local foi considerado seguro, proveniente da radiação ambiente, que é a radiação natural, e não oferece risco algum para a população do entorno, liberado por volta das 9h30. A embalagem continha blindagem de gerador de 99Mo/99mTc exaurido (já utilizado), que, no entanto, não foi encontrada.
Também não foram ainda localizadas outras três embalagens com o mesmo material (também já exauridos) e uma quarta contendo uma dose de 27,9 mCi de atividade do gerador de 68Ge/68Ga, que seria utilizada para um único exame de cintilografia, ou seja, é uma dose muito baixa e um volume muito pequeno.
O balde vazio de gerador de 99Mo/99Tec e a tampa foram apreendidos e levados para o IPEN/CNEN. A área, que esteve isoladas das 20h de sexta-feira, 5, até às 9h40 deste sábado, 6, já foi liberada. As investigações do caso permanecem pelo 49º DP, que realiza diligências visando à identificação da autoria e recuperação total da carga. Caso seja encontrado o restante do material ou parte dele, a CNEN deverá ser acionada, para nova operação de monitoramento.
Nota de Esclarecimento
No dia 5 (sexta-feira), a Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS/CNEN), publicou a nota de esclarecimento:
Esclarecimento à sociedadeA empresa de Transporte MEDICAL ALD por meio de e-mail à Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS) da CNEN, às 21h57 do dia 30/06/2024, comunicou o furto do veículo de transporte de material radioativo de marca/modelo VW saveiro, placa RFI873 que continha um gerador de 68Ge/68Ga e 4 unidades de blindagens de geradores de 99Mo/99mTc exauridos. A referida empresa, que possui Supervisor de Proteção Radiológica em Transporte e Plano de Proteção Radiológica para Transporte aprovado pela CNEN, estava a serviço da R2PHARMA - Radiofarmácia Centralizada LTDA, que por sua vez, também enviou comunicação à DRS dia 01/07 comunicando o ocorrido.
Segundo relatos, o veículo transportava a fonte geradora de radiofármacos rumo às cidades de Curitiba/PR e Blumenau/SC para uso médico. Essa fonte de Germânio/Gálio (68Ge/68Ga) foi fabricada pela empresa Eckert & Ziegler e possui uma atividade corrigida de 29,73mCi, segundo sua última calibração realizada em 11/12/2023.
Segundo o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) essa fonte, por sua baixa atividade, se enquadra na categoria 4, representando risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente.
Um boletim de ocorrência foi aberto pelo representante da empresa na MEDICAL ALD junto à 49º D.P. SÃO MATEUS, no dia 01/07/2014 às 12h22, relatando o ocorrido. Consta que, por imprudência do motorista, que decidiu levar o automóvel para local diverso do pátio seguro onde o veículo deveria ficar abrigado durante à noite, o veículo foi furtado.
Desde então, o corpo técnico da CNEN está agindo no sentido de levantar informações sobre a fonte roubada e já apurou que o cadastro da empresa transportadora está regular junto ao órgão regulador, estando autorizada a realizar operações de transporte de materiais radioativos.
Ao mesmo tempo, preparou-se uma divulgação para imprensa informando a população sobre o furto e que, apesar da baixa atividade da fonte e de não se esperar efeitos determinísticos imediatos, a manipulação inadequada e de forma constante, ainda pode vir a causar danos à saúde do manipulante.
Solicitou-se que caso a fonte seja encontrada/localizada, imediatamente seja informada a CNEN pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763, e também, a Polícia. Apesar da pouca relevância em termos de risco radiológico à população, a CNEN, de forma protocolar e atendendo aos acordos internacionais firmados, fez um informe ao Programa ITDB (Incident and Trafficking Data Bank) da IAEA e também ao Grupo de Trabalho de Combate ao Tráfico Ilícito de material nuclear radioativo do MERCOSUL.
Alessandro Facure,
Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear(DRS/CNEN)Ciência e Tecnologia
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- 03/07/2024 - Laboratório do IPEN/CNEN contribui para a atualização da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA)Fonte: CNENO projeto de pesquisa intitulado "Determinação de contaminantes inorgânicos (minerais) em alimentos” que vem sendo desenvolvido por meio de um convênio firmado em 2023 entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN, unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) está contribuindo para atualizar a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA).O objetivo principal do convênio consiste em aprimorar e aplicar as metodologias analíticas em alimentos, cujos dados obtidos serão disponibilizados na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, sendo as análises realizadas no Laboratório de Análises Química e Ambiental (LAQA) do Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA/IPEN).O coordenador do projeto no IPEN, pesquisador João Cristiano Ulrich, explica que na prática o IPEN está recebendo o material encaminhado pela USP para análise, como temperos, carnes, plantas comestíveis, entre outros alimentos, por meio das metodologias e equipamentos disponíveis no laboratório do IPEN. As análises identificam e medem as quantidades de alguns minerais como Cálcio, Ferro, Sódio, Magnésio, Fósforo, Potássio, Manganês, Zinco, Cobre, Selênio, presentes nas amostras."Nós já recebemos dois lotes de amostras para tratamento e processamento para identificarmos a existência e as quantidades destes minerais. Após as análises elaboramos um relatório e repassamos os dados ao Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center/FoRC) na USP e estes disponibilizam as informações nas atualizações da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TBCA”, destacou João Ulrich.O pesquisador, que é o responsável direto pelas análises, destaca que o laboratório de análises Química e Ambiental do IPEN é um dos poucos em São Paulo que se dispôs e tem condições de executar todo o processo de identificação de minerais em um único local, desde o processamento das amostras, o que requer uma digestão por sistema de micro-ondas com a ajuda de ácidos, até a leitura dos minerais a partir da amostra líquida que é pulverizada em um espectrômetro de emissão ótica que identifica e quantifica os minerais presentes em cada amostra.O diferencial deste estudo é o nível de detalhamento das informações geradas sobre cada amostra que é analisada, em duas ou mais versões: in natura, cozida, refogada ou frita dependendo do material. Desta forma é possível conhecer a presença dos minerais em diferentes situações.Segundo a nutricionista e pesquisadora do FoRC, Eliana Bistriche Giuntini, que trabalha com avaliação e compilação de dados de composição de alimentos e gerencia a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da USP, sendo uma das pesquisadoras envolvidas na parceria com o IPEN para a realização de análise de minerais em alimentos, as informações obtidas a partir deste convênio servirão como referência no Brasil para compor os rótulos de produtos que necessitam apresentar as composições por miligrama (mg) nas tabelas de informações nutricionais de todo alimento embalado e comercializado."Dados de composição química de alimentos, e sua apresentação em Tabelas de Composição de Alimentos, são importantes porque permitem fazer avaliação de consumo alimentar de populações e esses dados fornecem subsídios para estudos relacionando nutrientes, saúde e doença, para determinar recomendações de ingestão de nutrientes, propor políticas públicas visando a segurança alimentar, além da prescrição de dietas. Esses dados também são usados como base no desenvolvimento de produtos, avaliação de novas formas de plantio, cruzamento de variedades e espécies, por exemplo, porque a composição depende de vários fatores, incluindo, variedade solo e clima”, esclarece Eliana Giuntini.A pesquisadora ainda explica que os dados obtidos a partir das análises são inseridos na TBCA na forma bruta, como ingrediente, e podem ser usados pela população e por profissionais da área de Nutrição e ainda das áreas de Saúde e Engenharia. "Os dados desses ingredientes são utilizados para estimar a presença dos minerais nas preparações consumidas pela população brasileira, que em sua maioria são calculadas a partir de receitas com dados analíticos de seus ingredientes”, concluiu a pesquisadora.Para João Cristiano participar desse projeto de pesquisa é muito importante tanto para ele enquanto pesquisador quanto para o CEQMA e o IPEN. "Além de realizar pesquisas nosso objetivo aqui no IPEN é gerar benfeitorias para a sociedade, exatamente como os resultados deste trabalho com a TBCA”, finaliza.Sobre o CEQMAO Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA) do Ipen promoveu nos últimos anos a união de três fatores primordiais para colaborar na segurança e com pesquisas na área de alimentos, a aquisição e manutenção de equipamentos de ensaio, treinamento de seus colaboradores e a implementação do sistema de gestão da qualidade em laboratórios baseado na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025.Com estas ações garante o desenvolvimento, validação e implantação de metodologias analíticas direcionadas para a determinação de contaminantes inorgânicos em alimentos, bem como de minerais em geral. Além de contribuir de modo inequívoco para o aprimoramento da TBCA, o projeto está colaborando para a formação de profissionais e ampliação de serviços analíticos oferecidos pela Instituição.Centro de Pesquisa em Alimentos – FoRCA missão do Centro de Pesquisa de Alimentos é melhorar e promover a saúde e o bem-estar através da pesquisa, educação e inovação em ciência dos alimentos. Os objetivos são realizar pesquisas básicas avançadas e aplicação interdisciplinar da ciência dos alimentos; estabelecer e fortalecer alianças com organizações profissionais que possuam objetivos compatíveis; educar comunidades diversas com relação à ciência dos alimentos, nutrição e saúde; promover o crescimento profissional e desenvolvimento de professores, estudantes e profissionais nessas áreas.A criação do FoRC foi uma iniciativa dos pesquisadores da USP no sentido de serem pioneiros na concepção do primeiro centro de pesquisa focado em alimentos e nutrição no Brasil. Além disso, ele explora o fato da nutrição e saúde apresentarem um caráter multidisciplinar, empreendendo diferentes contextualizações que os vários perfis de profissionais podem elaborar acerca de um mesmo tema.A Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA) é um produto do trabalho conjunto dos pesquisadores do FoRC, que permeia a ciência, a inovação e a disseminação do conhecimento.O projeto, iniciado em 1998 na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, passou a ser coordenado pelo FoRC e foi totalmente reformulado. Atualmente, a versão 7.2 contém dados de mais de 5.700 alimentos, sendo mais de 4000 preparações, dos diferentes tipos de alimentos (preparação com alteração de textura, sem glúten, sem lactose e/ou vegana e vegetariana), com o objetivo de permitir a avaliação da ingestão de nutrientes e facilitar a avaliação do consumo alimentar, além da elaboração de planos alimentares da população brasileira.Saiba mais sobre o Centro de Pesquisa em Alimentos - FoRC, aquiSaiba mais sobre a TBCA, aquiUlysses Varela - Jornalista Científico - Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 03/07/2024 - Governo de SP prepara criação do primeiro Distrito de Inovação de São PauloFelicio Ramuth autorizou a assinatura de um protocolo de intenções para implementação do primeiro Distrito de Inovação da capital paulista
Felicio Ramuth autorizou a assinatura de um protocolo de intenções para implementação do primeiro Distrito de Inovação da capital paulista
Fonte: Perfil
O governador em exercício Felicio Ramuth autorizou nesta terça-feira (2) a assinatura de um protocolo de intenções para implementação do primeiro Distrito de Inovação da capital paulista. A ação formaliza a iniciativa de criação de um ambiente de troca de experiência entre universidades, empresas, institutos de pesquisa, instituições de fomento, startupse outros órgãos para impulsionar o desenvolvimento de projetos de inovação e tecnologia em São Paulo.
"Estou muito feliz por esse momento, pois aqui a gente abre o caminho para aproveitar a expertise e o esforço que a união de todos os institutos referência para o Estado de São Paulo e para a América Latina podem gerar. E o resultado só pode ser um: o avanço exponencial em ciência, em ciência aplicada e, consequentemente, em inovação. É nisso que a gente acredita”, afirmou Felicio."Então começamos com esse grupo de trabalho, fazendo um trabalho interno, para que a gente possa tão logo implementar uma infraestrutura física para complementar as outras estruturas que já existem e produzem inovação e tecnologia em São Paulo”, acrescentou.
A cerimônia no Palácio dos Bandeirant esteve a presença do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, parlamentares estaduais e municipais, reitores de universidades estaduais, gestores de institutos de pesquisa e representantes do ecossistema de inovação e tecnologia de São Paulo, que vão integrar o projeto.
O Distrito de Inovação na capital conta com a participação de grandes nomes da inovação paulista, como USP (Universidade de São Paulo), IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e Instituto Butantã. A iniciativa traz como parceiros também a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que apoia o trabalho de pesquisadores dessas instituições, e a Prefeitura de São Paulo, que assina o documento em conjunto com os demais fundadores e participa de várias etapas, do projeto à implantação.
"São centenas de laboratórios e toda uma estrutura grande e valiosa, com profissionais que vão interagir para benefício mútuo das organizações participantes e da sociedade, com a finalidade de solucionar entraves relacionados à competitividade e à produtividade, por exemplo. O Governo do Estado está apoiando a iniciativa para que o distrito venha a ser um catalisador de inovações, um importante ponto de encontro colaborativo”, afirma Vahan Agopyan, secretário da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação.
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- 03/07/2024 - Centro de Inovação Teranóstica em Câncer oferece bolsa de treinamento técnicoCandidato deve estar cursando o último ano do ensino médio técnico, sem reprovações no histórico escolar
Candidato deve estar cursando o último ano do ensino médio técnico, sem reprovações no histórico escolar
Fonte: Agência FAPESPO Centro de Inovação Teranóstica em Câncer (CancerThera) oferece uma vaga de treinamento técnico nível dois (TT-2) em biologia molecular e farmácia. O prazo de inscrição vai até 13 de julho.O CancerThera é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).O bolsista será responsável por promover suporte técnico para a realização das atividades laboratoriais, incluindo cultura de células, manter meios de cultivo estéreis e auxiliar em análises básicas de biologia molecular, como PCR, ensaios de viabilidade, apoptose e afins.O candidato deve estar cursando o último ano ou ser egresso do ensino médio técnico, sem reprovações em seu histórico escolar.Mais informações sobre a vaga e as inscrições em: www.fapesp.br/oportunidades/7143/.A Bolsa TT-2 tem valor de R$ 1.110,40 mensais a partir de 1º de agosto e é voltada para alunos de cursos técnicos de nível médio e superior, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício, para dedicação de 16 a 40 horas semanais (o valor da bolsa a ser paga será proporcional ao número de horas semanais) às atividades de apoio ao projeto de pesquisa.Mais informações sobre as bolsas de Treinamento Técnico da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades. -
- 03/07/2024 - Orion será o primeiro laboratório de biossegurança máxima do mundo acoplado a uma fonte de luz síncrotonPrevista para começar a operar em 2028 no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, instalação permitirá, pela primeira vez na América Latina, estudar vírus de risco biológico classe 4, a mais alta existente
Prevista para começar a operar em 2028 no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, instalação permitirá, pela primeira vez na América Latina, estudar vírus de risco biológico classe 4, a mais alta existente
Fonte: Agência FAPESPAndré Julião | Agência FAPESP – Ao lado do prédio que abriga o Sirius, que pôs o Brasil no restrito clube de países que possuem uma fonte de luz síncrotron de quarta geração, outro complexo inovador já começou a ser erguido no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Trata-se do Orion, o primeiro laboratório de biossegurança de nível 4 (NB4) da América Latina.Até a pandemia de COVID-19, o Brasil tinha poucos laboratórios de biossegurança de nível 3 (NB3), que permitem analisar patógenos como o SARS-CoV-2. Agentes infecciosos mais perigosos do que isso, como o vírus Sabiá, tinham de ser enviados para estudos fora do país.Contar com o Sirius foi um fator de peso para que o CNPEM fosse a instituição escolhida para abrigar o primeiro NB4 das Américas que não estará nos Estados Unidos ou no Canadá."Um laboratório desses, ligado a uma fonte de luz síncrotron, é algo que nunca foi feito no mundo, o que traz uma série de desafios para nós”, conta Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, à Agência FAPESP.Um dos principais obstáculos é justamente abrigar as três fontes de luz criadas para o Orion, batizadas de Sibipiruna, Timbó e Hibisco, numa estrutura NB4. Afinal, esses patógenos precisam ser completamente isolados para que não haja nenhum vazamento que os exponha ao meio externo. Ao mesmo tempo, estruturas de síncrotron nunca antes foram usadas nesse contexto de mais alto nível de biossegurança."O ambiente em que ficam os experimentos é extremamente complexo. Não há como pôr todo o equipamento da fonte de luz num nível 4 de biossegurança. O que está sendo desenvolvido é uma solução em que a amostra, que é o potencial contaminante, vai ficar totalmente isolada no mais alto grau de biossegurança. Para realizar isso, contamos com uma consultoria internacional bastante experiente em NB4”, explica Roque da Silva.Questão de soberaniaAtualmente, só se conhece um vírus com origem no Brasil que exige uma estrutura NB4 para ser manipulado, o Sabiá, causador da febre hemorrágica brasileira. E nada impede que outro apareça vindo de algum país vizinho ou mais distante.Para um patógeno se enquadrar nesse nível de contenção, além dos requisitos dos NB3 – causar doença e não haver imunizantes ou tratamentos –, a letalidade deve ser maior do que 60%.É o caso do ebola, Marburg e Nipah, mas também de vírus que causam febre hemorrágica encontrados em outros países da América Latina, o Junín, o Guanarito e o Machupo."Existe um potencial imenso de parcerias com outros países latino-americanos para estudar doenças que podem causar epidemias no continente, mas estamos realizando também parcerias com Alemanha, Suécia e Estados Unidos, que se mostraram bastante empolgados com o nosso projeto”, comenta Roque da Silva.A pandemia de COVID-19 mostrou a importância de ter laboratórios que pudessem armazenar, replicar e estudar os microrganismos causadores de epidemias e pandemias para desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Nada impede que uma próxima pandemia seja de um patógeno NB4, o que torna urgente a criação não apenas de um, mas de alguns laboratórios desse nível.O vírus Sabiá matou duas pessoas em 2019 em São Paulo. Grupos brasileiros que gostariam de estudá-lo não puderam. Felizmente, não se tornou uma epidemia. Hoje, está armazenado nos Estados Unidos."Um laboratório como o que está sendo construído no Orion é um instrumento de soberania nacional. Com ele, não dependemos de outras nações para compreender os agentes causadores de nossas próprias epidemias e podemos desenvolver nossas próprias vacinas e tratamentos”, afirma.Não à toa, o Orion entrou para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que disponibilizou R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para construí-lo até 2026 e torná-lo operacional até 2028. Além do espaço NB4, o prédio terá laboratórios nos níveis 1, 2 e 3, a exemplo de outros complexos como esse pelo mundo."Ao visitar diversos laboratórios, percebemos que a parte NB4 é a menor de todas, metade da NB2, em alguns casos. Justamente porque nesse nível menor de segurança é feita a maior parte das preparações, culturas de células, testes em animais etc.”, explana Roque da Silva.O Orion prevê ainda instalações para testes pré-clínicos em primatas não humanos, atualmente inexistentes no Brasil. Este é um passo fundamental para desenvolver vacinas e tratamentos sem depender de parceiros estrangeiros."O Orion vai colocar o país em outro patamar para diversas atividades, não só com vírus como com bactérias, fungos e mesmo vetores como artrópodes. E tudo aberto à comunidade científica, como é o princípio do CNPEM e dos laboratórios que o compõem”, diz Roque da Silva, referindo-se aos laboratórios nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), que já foi dirigido por ele, Biorrenováveis (LNBr), Biociências (LNBio) e Nanotecnologia (LNNano).GovernançaSe o Orion terá pesquisadores contratados ou realizará chamadas para atender projetos específicos, ainda não está definido. Segundo Roque da Silva, o modelo de governança está sendo debatido pela comunidade científica. É certo, porém, que vai exigir pessoal qualificado para atender aos pesquisadores, fora toda a operação de manutenção e higienização. Afinal, o laboratório NB4 é uma estrutura sem igual no continente e trabalhar nele demanda um treinamento que pode chegar a 12 meses.Por isso, uma das primeiras contratadas foi justamente a coordenadora dos treinamentos, Tatiana Ometto, que realizou iniciação científica, doutorado e pós-doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), com bolsas da FAPESP.Tendo realizado ainda estágio nos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, a pesquisadora trabalhou com alguns dos vírus mais perigosos do mundo, como ebola, Marburg e Nipah, que são agentes de classe de risco 4 e com recomendação de trabalho no NB4.Na pandemia de COVID-19, passou a atuar justamente com treinamento de pessoal para uso de EPIs em hospitais e empresasDesde que ingressou no CNPEM, Ometto já realizou uma série de treinamentos, tendo sido certificada pela Universidade da Califórnia, em Irvine. A instituição norte-americana foi indicada como referência por parceiros nos National Institutes of Health (NIH), onde seus profissionais realizam os treinamentos para atuar em laboratórios de alto nível de biossegurança naquele país."Temos um espaço que simula o ambiente dos laboratórios NB3 e NB4, em que as pessoas devem se comportar exatamente como se estivessem num lugar desses. Mesmo para quem tem experiência no NB3, é preciso estar atento a uma série de procedimentos que só o treinamento pode proporcionar”, diz Ometto.Pelo Programa de Treinamento & Capacitação em ambientes NB3 e NB4 do CNPEM, como foi batizado, já passaram dezenas de pessoas desde 2022. A fila para as próximas turmas é grande. A depender desses profissionais e dos parceiros que já manifestaram interesse, não faltará gente capacitada para manter o Orion em constante atividade. -
- 02/07/2024 - Brasil deve ter repositório definitivo para rejeito nuclear até 2029Estimativa é da Comissão Nacional de Energia Nuclear
Estimativa é da Comissão Nacional de Energia Nuclear
Fonte: Agência Brasil
O Brasil deve ter um repositório definitivo para rejeitos nucleares até o início de 2029. A instalação concentrará por séculos o armazenamento de materiais que resultam de operações que produzem rejeitos radioativos, como usinas nucleares, indústrias médicas e alimentícias.
A estimativa de conclusão do repositório, batizado de Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena), é da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão regulador da atividade nuclear no país, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Agência Brasil mostrou que a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que reúne as usinas Angra 1 e Angra 2, armazena rejeitos radioativos como ferramentas e uniformes contaminados em galpões que ficam próximo às usinas, cercados de procedimentos de segurança e monitoramento rigoroso, para que não haja poluição ambiental e risco às pessoas dentro e fora da central nuclear.
Esse material é isolado em tonéis de aço e em pequenos contêineres para serem levados à Central de Gerenciamento de Rejeitos (CGR), um depósito formado por três galpões. Atualmente, há cerca de 7,9 mil volumes estocados no espaço.
Os galpões das usinas de Angra têm capacidade para receber material até 2030. A Eletronuclear, estatal que opera as usinas, afirmou que, caso não haja a sinalização de uma solução da Cnen até 2028, a empresa buscará uma alternativa no próprio terreno da central nuclear, seja por construção de outro galpão ou encontrando nova tecnologia de armazenamento.
De acordo com a descrição do projeto Centena, o novo espaço prevê um período de operação da instalação de 60 anos e de vigilância, após seu fechamento, de 300 anos.
Para a coordenadora técnica do Projeto Centena, Clédola Cássia Oliveira de Tello, a implantação passará por fases de licenciamento até o início da operação. "A primeira é relativa ao local; a segunda, ligada à construção; e a última refere-se à operação”, disse ela.
Ainda não foi informado qual lugar do país receberá o Centena. "No momento, a previsão para entrada em operação é no fim de 2028, início de 2029”, afirmou a coordenadora técnica.
Países da Europa e Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e África do Sul têm repositórios de rejeitos radioativos.
Apesar de ser mais facilmente associada à geração de energia, por meio das usinas, a atividade nuclear é comumente usada em outras indústrias, como a de medicina, com aplicação em diagnósticos, exames e tratamentos de diferentes doenças. Na indústria alimentícia, está presente a radiação ionizante para eliminar microrganismos nocivos e retardar amadurecimento, prolongando prazos de validade.
Licença de Angra 1
A Cnen faz parte também do processo que decidirá sobre a renovação da licença de operação da usina Angra 1.
Como mostrou a Agência Brasil, a primeira usina nuclear do Brasil está perto de completar quatro décadas de atividade.
O marco representa também o fim da licença de 40 anos para atividade de geração de energia. A autorização termina em 23 de dezembro de 2024, e Angra 1 precisa obter uma renovação para seguir operando em 2025.
O processo foi iniciado ainda em 2019 e a renovação da autorização cabe ao órgão regulador.
Segundo o diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Cnen, Alessandro Facure, mesmo a solicitação tendo sido feita em 2019, ainda há " melhorias e atualizações em sistemas, estruturas e componentes a serem feitas, o que se estenderá, ao menos, pelos próximos cinco anos”.
Para a Cnen, essas melhorias demandam investimentos da Eletronuclear somando US$ 700 milhões.
"A prorrogação da vida útil de uma usina nuclear como Angra 1 envolve um processo complexo, repleto de desafios técnicos e regulatórios”, explica. Nesse contexto, a Cnen, completa Facure, "tem um papel vital nesse processo, garantindo a implementação de todas as medidas necessárias e a manutenção dos mais altos padrões de segurança”.
Diálogo contínuo
A Cnen informou que são feitas reuniões mensais com a Eletronuclear "para assegurar um diálogo contínuo com o operador e a troca de informações críticas”.
Ainda segundo o diretor, "embora não se preveja a rejeição do pedido, é necessário implementar melhorias significativas para conceder a extensão da vida útil da usina”.
Sobre o prazo para atender eventuais exigências pendentes, que podem influenciar a duração total da extensão da vida útil de Angra 1, ao final da vigência da atual autorização, a Cnen afirma que terá "uma visão clara” das pendências identificadas.
"Essa clareza permitirá modular a decisão sobre o período de extensão a ser concedido, vinculando-o à comprovação, nos próximos anos, da implementação de todas as atualizações e melhorias necessárias para garantir a segurança do empreendimento durante o período de extensão”. Facure afirmou que "provavelmente emitirá uma extensão de vida que considere os aspectos citados”.
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- 01/07/2024 - FAPESP anuncia a constituição de 21 novos Centros de Ciência para o DesenvolvimentoSerão investidos aproximadamente R$ 130 milhões nos CCDs aprovados no terceiro edital, que terão a missão de buscar soluções para desafios elencados pelas Secretarias Estaduais
Serão investidos aproximadamente R$ 130 milhões nos CCDs aprovados no terceiro edital, que terão a missão de buscar soluções para desafios elencados pelas Secretarias Estaduais
Fonte: Agência FAPESP
A FAPESP anunciou a constituição de 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) em parceria com universidades, instituições de pesquisas, secretarias de Estado e outros órgãos de governos. O investimento da Fundação será de aproximadamente R$ 130 milhões.
Assim como os demais 25 CCDs já em operação, os novos centros terão a missão de buscar soluções para desafios previamente definidos pelas secretarias estaduais nas áreas de saúde, energia, agricultura, manufatura avançada, cidades inteligentes, segurança pública e meio ambiente.
O Centro de Inteligência de Dados em Saúde Pública (CID-SP Emergências), por exemplo, buscará agilizar o atendimento da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (Cross) que recebe, diariamente, milhares de solicitações de consultas, exames e transferências de pacientes com casos mais graves para hospitais de alta complexidade. O processo de decisão de prioridade no atendimento hoje é realizado em várias etapas, envolvendo telefonemas, envio de e-mails e de relatórios.
O CID-SP terá sede no Hospital das Clínicas de São Paulo, tendo como parceira a Secretaria Estadual de Saúde. Pesquisadores e especialistas das duas instituições utilizarão ferramentas de inteligência artificial, para otimizar esse sistema de atendimento, de modo a gerar informações relevantes, prioritárias e preditivas, para auxiliar na tomada de decisão dos gestores.
"Nosso objetivo é desenvolver instrumentos de inteligência que permitirão regulamentar esta central de forma a identificar as prioridades de transferência e a atualizar os recursos, ou seja, escolher o hospital mais próximo que tem o recurso solicitado, além de priorizar por gravidade e, ao mesmo tempo, possibilitar a capacidade de predição. Pretendemos, com inteligência artificial, moldar o sistema de regulação de urgências e emergências do Estado de São Paulo”, diz à Agência FAPESP Ludhmila Abrahão Hajjar, professora titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e pesquisadora responsável pelo projeto, que será feito em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde.
Três dos novos centros selecionados nesse edital terão como instituição pública parceira a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, e serão voltados à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas e acessibilidade.
O Centro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária, sediado na Escola Politécnica da USP, por exemplo, irá desenvolver, em parceria com pesquisadores das universidades de Campinas (Unicamp), Estadual Paulista (Unesp), Federal do ABC (UFABC) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tecnologias avançadas, como exoesqueletos e cadeiras de rodas motorizadas. Já o Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras, em parceria com a Faculdade de Engenharia e Computação da Unicamp, utilizará inteligência artificial para a quebra de barreiras de comunicação. E o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistida (CMDTA), em parceria com a Unesp, campus de Bauru, criará tecnologias para sistema braile e novas próteses e órteses.
"Sempre busquei parceria com as universidades para rever uma situação que acontece em todo o país: o difícil acesso à tecnologia assistida por conta de seu alto custo. A grande maioria vem da Europa e dos Estados Unidos, o que encarece muito o produto e dificulta o acesso. Pessoalmente, uso uma prótese americana, já que amputei uma perna abaixo do joelho em decorrência de um acidente. Há 10 anos, o custo foi de R$ 35 mil. Temos que desenvolver tecnologia brasileira para reduzir custo”, avalia Marcos da Costa, secretário estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo. "O meu objetivo é transformar São Paulo num hub de tecnologia assistida na América Latina. Temos capacidade para isso”.
O Centro de Ciência para o Desenvolvimento USP Cidades - Centro para o Desenvolvimento Sustentável das Cidades Paulistas, com sede na Poli-USP, realizará estudos relacionados ao desenvolvimento sustentável das cidades. Um dos temas que serão explorados pelos pesquisadores da instituição, em parceria com pesquisadores das faculdades de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, é o espraiamento urbano. Os estudos serão desenvolvidos em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo.
"As cidades crescem, expandindo sua área urbanizadae, do ponto de vista da sustentabilidade isso é ruim porque, em princípio, causa uma série de consequências negativas, como o aumento das distâncias entre os centros de emprego e os lugares onde as pessoas moram. Além disso, envolve questões ambientais, como a expansão das cidades em áreas que poderiam ser preservadas, e a ineficiência urbana, porque as cidades ficam mais espalhadas e não se cria uma boa dinâmica urbana”, afirma Miguel Luiz Bucalem, professor titular da Poli-USP e pesquisador responsável pelo projeto.
Os pesquisadores pretendem caracterizar o espraiamento nas cidades paulistas, melhorar o entendimento do fenômeno e desenvolver modelos matemáticos e computacionais para simular e propor cenários alternativos.
"Vamos projetar o que aconteceria em cenários futuros de espraiamento para cidades paulistas e elaborar modelos matemáticos para simular cenários alternativos, baseados em políticas públicas. Também vamos olhar junto com a Secretaria da Habitação a efetividade dos instrumentos de política urbana que são pensados para buscar uma cidade mais densa, mais compacta”, explica Bucalem.
Modelo de cofinanciamento
Já estão implantados 25 CCDs, selecionados nas duas primeiras chamadas da FAPESP, em 2019 e 2021. Todos operam em modelo de cofinanciamento: para cada R$ 1 solicitado à FAPESP, contrapartida idêntica é aportada pelas entidades parceiras. O financiamento é de longo prazo, por até cinco anos, e os projetos apresentados devem ter governança clara, mecanismos de revisão ao longo do prazo de execução e metas intermediárias. Os resultados devem promover o avanço no conhecimento e proporcionar a melhoria das políticas públicas.
Os objetivos da FAPESP com o lançamento desse três editais é identificar, mensurar e detalhar grandes desafios públicos do Estado de São Paulo e, a partir deles, reunir e organizar diversos atores institucionais em busca de soluções adequadas para resolver ou diminuir esses gargalos.
Assim, o programa CCDs recebe propostas submetidas por consórcios formados por pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa paulistas, gestores de órgãos do governo estadual e de municípios, além de empresas e organizações governamentais (ONGs).
Na primeira chamada foram selecionados 12 Centros, orientados para a solução de problemas nas áreas de saúde, segurança pública, alimentação e agricultura e desenvolvimento econômico, entre outras.
Na segunda chamada, foram aprovados 15 CCDs, com pesquisas nas áreas de desenvolvimento de biofármacos, inovação em políticas públicas urbanas, inovação tecnológica para emergências em saúde, soluções para resíduos, segurança hídrica, doenças humanas e animais, emissões de gases de efeito estufa e aprimoramento de vacinas, entre outros.
Em 2023, a FAPESP lançou terceira chamada em que foram selecionados os 21 novos CCDs listados abaixo.
Propostas selecionadas:
Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro
Pesquisador responsável: Adriano Marim de Oliveira
Instituição-sede: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT)
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São PauloCentro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária
Pesquisador responsável: Arturo Forner Cordero
Instituição-sede: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP)
Instituições públicas parceiras: Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São PauloCentro Paulista de Estudos em Biogás e Bioprodutos - CP2B
Pesquisadora responsável: Bruna de Souza Moraes
Instituição-sede: Núcleo Interdisciplinar Planejamento Energético/Unicamp
Instituições públicas parceiras: Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de CampinasCentro de Ciência de Dados para Estatísticas Públicas – CCDEP
Pesquisador responsável: Carlos Eduardo Torres Freire
Instituição-sede: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados / SGSSP
Instituição pública parceira: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados / SGSSPCentro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistida (CMDTA)
Pesquisador responsável: Carlos Roberto Grandini
Instituição-sede: Faculdade de Ciências de Bauru / Unesp
Instituições públicas parceiras: Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e Secretaria Municipal de Educação de Rio ClaroCentro Avançado de Pesquisa Smart B100 (CCD-SB100)
Pesquisador responsável: Dirceu de Mattos Junior
Instituição-sede: Instituto Agronômico de Campinas / SAASP
Instituição pública parceira: Instituto Agronômico de CampinasCentro de Produção e Imunobiológicos - Vacina da Raiva (CePI - Raiva)
Pesquisador responsável: Esper Georges Kallás
Instituição-sede: Instituto Butantan / SSSP
Instituição pública parceira: Fundação ButantanCentro Paulista de Inovação em Serviços de Iluminação Pública – CePISIP
Pesquisador responsável: Gilberto de Martino Jannuzzi
Instituição-sede: Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético / Unicamp
Instituições públicas parceiras: Prefeitura Municipal de Conchal, Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo e Ministério de Minas e EnergiaDesenvolvimento de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilingue de Surdos - CCD – TAEBS
Pesquisadora responsável: Ivani Rodrigues Silva
Instituição-sede: Faculdades de Ciências Médicas / Unicamp
Instituição pública parceira: Secretaria Municipal de Educação de CampinasCentro de Ciência para o Desenvolvimento de Habilitação de Interesse Social do Estado de São Paulo - CCD HIS SP
Pesquisador responsável: José Arnaldo Frutuoso Roveda
Instituição-sede: Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba / Unesp
Instituições públicas parceiras: Agência Metropolitana de Sorocaba, Agência Metropolitana de Campinas e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São PauloCentro de Ciência para o Desenvolvimento - Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras
Pesquisador responsável: José Maria De Martino
Instituição-sede: Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação / Unicamp
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São PauloCentro de Ciência para o Desenvolvimento - Carbono Neutro
Pesquisadora responsável: Liedi Légi Bariani Bernucci
Instituição-sede: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) /SDE
Instituições públicas parceiras: Prefeitura Municipal de São José dos Campos,Secretaria de Meio Ambiente de Santos,Agência de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba - Inova Sorocaba,Ministério das Cidades,Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional,Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais eSecretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação de São PauloCentro Multidisciplinar de Estratégia, Pesquisa e Inovação da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo - CeMEPI-PGE
Pesquisadora responsável: Luciana Romano Morilas
Instituição-sede: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto – USP
Instituição pública parceira: Procuradoria Geral do Estado de São PauloProjeto CID-SP EMERGÊNCIAS: Centro de Inteligência de Dados em Saúde Pública
Pesquisadora responsável: Ludhmila Abrahão Hajjar
Instituição-sede: Hospital das Clínicas de São Paulo
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual da Saúde de São PauloCentro de Ciência para o Desenvolvimento da Educação Básica: Aprendizagem e Convivência Escolar
Pesquisadora responsável: Marilene Proença Rebello de Souza
Instituição-sede: Instituto de Psicologia – USP
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual da Educação de São PauloAcomodação Sustentável do Crescimento Urbano das Cidades Paulistas
Pesquisador responsável: Miguel Luiz Bucalem
Instituição-sede: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP)
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São PauloCentro de Ciência e Desenvolvimento: Procuradoria, Inovação e Tecnologia - São Paulo (PROINTE-SP)
Pesquisador responsável: Paulo Furquim de Azevedo
Instituição-sede: Insper Instituto de Pesquisas / Insper
Instituição pública parceira: Procuradoria Geral do Estado de São PauloGrupo para Desenvolvimento Avançado - Vacina de Zika (GDA-Zika)
Pesquisador responsável: Renato Mancini Astray
Instituição-sede: Instituto Butantan/SSSP
Instituição pública parceira: Fundação ButantanCentro de Estudos em Implementação de Políticas Educacionais
Pesquisador responsável: Ricardo Corrêa Gomes
Instituição-sede: Escola de Administração de Empresas de São Paulo / FGV-SP
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual da Educação de São PauloObservatório Regional de Saúde em doenças de evolução avançada e cuidados paliativos
Pesquisador responsável: Ricardo Tavares de Carvalho
Instituição-sede: Hospital das Clínicas de São Paulo
Instituição pública parceira: Secretaria Estadual da Saúde de São PauloCentro de Pesquisa de lignina grafitizada para transformação de solos agrícolas e ambientais - C-Liga
Pesquisador responsável: Stanislav Moshkalev
Instituição-sede: Centro de Componentes e Semicondutores / UNICAMP
Instituições públicas parceiras: Instituto de Pesquisas Ambientais e Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo