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IPEN e Universidad del Este formalizam colaboração acadêmica no âmbito da pós-graduação em tecnologia nuclear

Acordo permitirá a mobilidade de alunos e docentes pesquisadores da instituição paraguaia e, ao mesmo tempo, impulsionará o Programa de Internacionalização do Instituto

O superintendente do IPEN, Wilson Calvo, e o decano da Universidad Nacional del Este (UNE), Eustaquio Alcides Martínez Jara, representado por Alejandro Peruzzi Bardella, assinaram um "Memorando de Acordo de Pesquisa e Educação”, com o objetivo de promover intercâmbio de experiências no âmbito da docência e da pesquisa. A reunião para anunciar a colaboração ocorreu na manhã desta quarta-feira, 6, na Superintendência, e contou com a participação também do diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Marcelo Linardi, e da gerente do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM), Sonia Mello.

O Acordo contempla a mobilidade de alunos e docentes pesquisadores da instituição paraguaia – a UNE está localizada em Ciudad del Este – para qualificação no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. Ao mesmo tempo, impulsiona a Internacionalização no IPEN, cuja proposta é aglutinar pesquisas e parcerias com instituições do exterior e, nessa troca, se consolidar como referência mundial nas áreas de atuação, tendo o ensino como a principal ferramenta – na última avaliação quadrienal da Capes, divulgada em 2017, a pós-graduação do Instituto recebeu nota 6, confirmando a excelência.

O foco do intercâmbio será em ciência de materiais. Inclusive, Bardella, que é professor do Departamento de Engenharia Elétrica, da Facultad Politécnica da UNE, já iniciou estágio de pós-doutorado no Instituto, com supervisão do pesquisador Rubens Nunes de Faria Junior, do CCTM/IPEN. Acordo semelhante será firmado também com a Universidad Nacional de Assunción (UMA), que anunciou o interesse em criar, a médio, logo prazo, uma pós-graduação em na área de materiais "com selo IPEN”, a partir da expertise alcançada por seus pesquisadores meio dessa colaboração com o IPEN, segundo adiantou Linardi.

"Eu estive na UNA em setembro, para apresentar o IPEN e discutir a possibilidade de colaboração. Professores da Universidad del Este estavam presentes e se interessaram, e então a UNE se antecipou, e hoje estamos aqui. Mas é uma questão de tempo para formalizar a colaboração, porque, na prática, já recebemos alunos aqui na nossa pós, o próprio Fernando”, disse o diretor da DPDE, referindo-se Fernando Gabriel Benítez, mestrando no IPEN, convidado para a reunião por ter intermediado as conversas entre IPEN-UNA. A ideia, de acordo com Linardi, é formar um triângulo de colaboração UNA-UNE-IPEN.

Wilson Calvo ratificou a importância do Acordo para o Programa de Internacionalização do IPEN e comentou que o tema tem sido amplamente debatido no âmbito das universidades brasileiras. Salientou ainda que colaborações internacionais têm sido apoiadas e estimuladas não apenas por agências de fomento brasileiras, como CNPq, Capes e Fapesp, mas também por apoiadores internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e os Brics, grupo político de cooperação formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

"Esse Acordo legitima o compromisso do IPEN em firmar parceria com universidades que são expressões internacionais, dos Estados Unidos e da Europa, mas, principalmente, da América Latina, que vivem as mesmas dificuldades e têm estruturas muito próximas às brasileiras. É um dos nossos papeis, no IPEN, fomentar esse tipo de colaboração e de crescimento para a região. É fundamental que resultados de sucesso possam chegar à sociedade e a outros países vizinhos, promovendo a melhoria de qualidade de vida”, declarou o superintendente do IPEN.

Para Bardella, é preciso que os países latino-americanos "conversem mais”, no sentido de promover ações de parceria em vários campos do conhecimento. "Essa região, o Mercosul, tem as maiores reservas de água, de energia, de minerais... é uma região que está para crescer. Por que não cresce? Porque nós não interagimos positivamente. Então, esse tipo de convênio vai possibilitar mais interação positiva, sobretudo para formação de novos pesquisadores e líderes. Certamente, será a base para construirmos realmente algo muito importante a longo prazo”, diz o pesquisador, que é físico especialista em ciência de materiais.

Sonia Mello destacou a importância, para o Brasil, de "ocupar espaços” de liderança no continente. "Qualquer interação com países latino-americanos é importante para o Brasil porque é uma oportunidade de divulgar nossos conhecimentos e experiências, e assim contribuir de forma decisiva para alavancar o desenvolvimento tecnológico na América Latina, formando novas lideranças de pesquisa. É um espaço que o Brasil deve ocupar, de alavancar mentores de desenvolvimento, e nos temos todas as condições para isso”.

"Há um claro interesse da instituição parceira em vincular o maior número possível de novos alunos ao nosso programa, o que é muito bom, porque já começa com material humano engajado ao Acordo. Então, acreditamos que a parceria dará muitos frutos tanto para nós quanto para eles”, acrescentou Isolda Costa, gerente do Programa de Internacionalização do IPEN, que também é pesquisadora do CCTM e se integrou grupo na reunião. 

"É gratificante saber que as duas importantes instituições paraguaias têm esse interesse, pra que floresçam novas lideranças na ciência latino-americana. Outros virão”, concluiu o superintendente Wilson Calvo.

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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM
Assessoria de Comunicação Institucional

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