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Centros do IPEN mantêm Certificação ISO 9001:2015 por mais três anos

Desafio, agora, é assegurar que a gestão da qualidade no IPEN seja vista como "muito mais do que preencher os requisitos da ISO 9001, afirma Tereza Salvetti,coordenadora da Gestão de Qualidade do Instituto.

Três unidades do IPEN – os Centros de Engenharia Nuclear (CEN), Radiofarmácia (CR) e do Reator de Pesquisa (CRPq) – receberam recertificação NBR ISO 9001:2015 pelos próximos três anos, depois de auditoria realizada pela Funação Vanzolini, no período de 1 a 8 de dezembro. Foram avaliadas, principalmente, as práticas de gestão de cada Centro e o envolvimento da direção da casa com o Sistema de Gestão da Qualidade, conforme explicou Tereza Salvetti, coordenadora da Gestão de Qualidade do Instituto (CQUAL). 

"Nas versões anteriores à 2015, o foco principal da NBR ISO 9001 era o cliente. Agora, com a mudança da norma, continua a abordagem por processo e a necessidade de atender o cliente, mas com forte ênfase na gestão e a participação efetiva da Alta Direção, identificando, inclusive os riscos e ameaças para atingir os objetivos do Instituto”, afirmou Salvetti.  

Os escopos auditados foram: "Prestação de Serviços Tecnológicos em Sistemas Energéticos e Nucleares” (CEN); "Pesquisa e Desenvolvimento, Produção, Controle de Qualidade e Comercialização de Radiofármacos e Produção de Radioisótopos em Ciclotron” (CR) e "Operação e Manutenção do Reator IEA-R1 e Prestação de Serviço de Irradiação” (CRPq). 

Apesar de a recertificação ter o prazo de até três anos, nos próximos dois anos haverá auditorias de manutenção e acompanhamento. "Na prática, somos avaliados a cada ano. Não havendo qualquer não conformidade séria (maior), a certificação é mantida. Ou seja, precisamos manter as nossas boas práticas, até porque esse deve ser sempre o nosso compromisso”, reitera Salvetti.   

A manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade é uma tarefa que exige muita dedicação, ressalta. Para adequação do Sistema de Gestão do IPEN à norma 2015, foi criado um Grupo de Transição, que promoveu várias reuniões e discussões. Foi elaborado um calendário contendo todas as ações para esta adequação do SGQ, incluindo o atendimento às exigências regulamentares tais como as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e aos requisitos da CNEN, para garantia da qualidade. 

"Tudo fica mais fácil se trabalharmos com organização e planejamento. É fundamental acompanharmos mensalmente todos os indicadores da qualidade, fazermos reuniões periódicas a fim de encontrar possibilidades de melhorias nos processos, realizarmos auditorias internas e reuniões de análise crítica periódicas”, observa Salvetti. 

Para ela, a equipe de auditoria interna  e o Grupo de Transição "tiveram forte protagonismo no sucesso na realização da auditoria externa”. Salvetti salienta que, com base no resultado da última auditoria externa e das auditorias internas, é realizada uma operação "pente fino” para garantir que tudo esteja em plena conformidade. "Tudo é verificado com atenção sem se esquecer de itens como análise crítica, organização dos documentos e pastas de procedimentos”, acrescenta. 

Uma das principais dificuldades enfrentadas nessa tarefa, segundo Salvetti, diz respeito aos servidores envolvidos de fato com o Sistema. "Temos pessoas que colaboram muito e não se negam em auxiliar, mas estão, normalmente, sobrecarregadas com atividades específicas, sobrando pouco tempo para dedicar-se à melhoria dos processos”, lamenta. 

Mas, apesar dessa e de outras questões, como a pouca experiência de gestão por parte dos servidores e principalmente pesquisadores, Salvetti afirma que tinha boa expectativa quanto à recertificação, que "significa muito” para o IPEN. "Considero um avanço para o Instituto, porque, historicamente, o IPEN é muito técnico, até por sua especificidade. Então, podemos dizer que houve um upgrade na gestão do Instituto, uma preocupação de olhar de forma mais holística essa questão”. 

Pensando no futuro, Salvetti ressalta a importância de assegurar que a gestão da qualidade no IPEN seja vista como "muito mais do que preencher os requisitos da ISO 9001” e "que realmente ajude o Instituto a atingir sucesso em longo prazo”. Para ela, essa recertificação significa "promover a qualidade no sentido amplo da palavra”. 

"[A recertificação] foi só um pontapé inicial, mas devemos permanecer atentos à qualidade no Instituto como um todo. Nesse momento, tivemos que introduzir a gestão como prática, agora, o desafio é disseminar e melhorar os conceitos de gestão no Instituto e ela precisa ser de forma permanente”, concluiu, destacando o apoio que a equipe recebeu da Alta Direção do IPEN e dos servidores envolvidos. "Será um grande desafio, mas plenamente possível de ser superado com a imensa e imprescindível colaboração de todos”.

A auditoria foi realizada pela Fundação Vanzolini.

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Ana Paula Freire, jornalista MTb172/AM
Assessoria de Comunicação Institucional

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