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- 08/12/2017 - 'Show de Física' abre programação do IPEN de Portas AbertasProjeto criado pelo físico Fuad Daher Saad, do Departamento de Física Experimental do Ifusp, inicia a série de atividades programadas para o dia em que o Instituto oferece diversas atrações
Projeto criado pelo físico Fuad Daher Saad, do Departamento de Física Experimental do Ifusp, inicia a série de atividades programadas para o dia em que o Instituto oferece diversas atrações
O "Show de Física”, uma seleção de experimentos que demonstram alguns princípios da Física de forma criativa e interativa, abrirá a edição 2017 do evento "IPEN de Portas Abertas”, que acontece no próximo dia 12 (terça-feira), no campus do Instituto. Dirigida principalmente ao público infanto-juvenil, a atração, apresentada por monitores do Instituto de Física da USP (Ifusp), começa às 10h, no Auditório Rômulo Ribeiro Pieroni (anexo ao Bloco A), após uma breve sessão de "boas-vindas” do superintendente do IPEN, Wilson Calvo.
O projeto, criado pelo físico Fuad Daher Saad, do Departamento de Física Experimental do Ifusp, foi apresentado em edições anteriores sempre grande interesse e participação da plateia. Além do "Show de Física”, os visitantes poderão conhecer três espaços expositivos do Instituto: o Espaço Cultural Marcello Damy, que traz a linha do tempo do IPEN desde quando ainda era o Instituto de Energia Atômica (IEA), o Nuclespaço, onde noções sobre radioatividade e energia nuclear são apresentadas de forma didática, e o Espaço de Memória Reator IEA-R1 - Benedicto Ramos Parente, recém inaugurado durante as comemorações dos 60 anos de operação do reator mais antigo do Hemisfério Sul.
De acordo com Edvaldo Paiva da Fonseca, um dos coordenadores do "IPEN de Portas Abertas”, haverá visitas guiadas ao novo espaço de exposição com duração de uma hora, a partir das 11h até as 15h. A inscrição e o acesso para as visitas serão pela portaria do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq). Além da réplica da primeira mesa de controle do IEA-R1, também estarão disponíveis alguns óculos para realidade virtual que permitirão uma visão do núcleo do reator IEA-R1.
Outra atração será um computador com link para jogo online, desenvolvido pela Australian Nuclear Science and Technology Organisation – ANSTO (Organização Australiana de Ciência e Tecnologia Nuclear), e que dá noções sobre a produção de radiofármacos em reatores nucleares (http://www.ansto.gov.au/static/halflifehero/). Para os visitantes que desejarem compartilhar nas redes sociais essa experiência, a coordenação do evento sugere as hashtags #ipenportasabertas #eunoreator, #eunoipen #openhouseipen,. "Desse modo, será possível acompanharmos as postagens”, diz Edvaldo.
Um trenzinho "turístico” percorrerá as alamedas centrais do campus do IPEN, no período das 10h às 15h, com ponto inicial de trajeto em frente ao Centro do Reator de Pesquisas (CRPq). O Instituto ocupa uma área de 500.000m2, em uma paisagem bastante florida e agradável. "Esse passeio turístico costuma fazer muito sucesso. Entretanto, ao contrário do que realizávamos em algumas edições anteriores, não será possível descer no caminho”, explica Edvaldo.
Outra novidade é que, este ano, a direção o IPEN decidiu abrir o evento para os familiares dos colaboradores terceirizados, devidamente cadastrados. Todos os menores deverão estar acompanhados por seus responsáveis. Caso alguém se perca, o ponto de encontro sugerido, será em frente ao Bloco A, nos mastros das bandeiras.
Uma área gastronômica, uma pequena praça de alimentação, será formada por cinco food trucks(veículos que servem diferentes tipos de comidas) atrás do prédio do Ensino. Na marquise, serão colocadas algumas mesas e cadeiras, cedidas gentilmente pelo GREIC – Grêmio dos Funcionários do IPEN/CTMSP. Por conta da localização, o estacionamento do Prédio de Ensino estará reservado para o público.
As opções de alimentação são: Um, Dois, Três... Pizza do Chef Food Truck, que oferece pizzas salgadas e doces; PãodeLove, de cups cakes e brigadeiros; FamiLee, com cafés, bolos, tortas e massas (salgado e doce); Parada do Cone, com hotdog, pasteis em cone e crepes; e Truck do Barba, opção de hamburgueres artesanais. O restaurante do IPEN, a lanchonete Espaço Legal e a Rainha das Saladas também estarão atendendo normalmente.
A expectativa, segundo Edvaldo, é de que o evento permita uma maior compreensão das atividades desenvolvidas pelo Instituto, "ao mesmo tempo em que fortaleça os vínculos afetivos e proporcione a criação de ótimas lembranças".
O evento conta com o apoio da Minc Corretora, Tokio Marine, Porto Seguro e Sul América.
ServiçoO quê: IPEN de Portas AbertasQuando: 12 de dezembroHorário: Das 10h às 15hEndereço: Avenida Lineu Prestes, 2242 – Cidade UniversitáriaMais informações pelo e-mail pergunta@ipen.br ou pelos telefones 3133-9092/9095
-----Ana Paula Freire, jornalistra MTb 172/AMAssessoria de Comunicação
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- 08/12/2017 - Pesquisadora do CQMA/IPEN é contemplada com R$ 6,1 mi da Aneel para projeto em termelétrica do ParanáUsina Termelétrica de Figueira está sendo modernizada e o projeto a ser desenvolvido pelo IPEN visa a redução de impactos ambientais
Usina Termelétrica de Figueira está sendo modernizada e o projeto a ser desenvolvido pelo IPEN visa a redução de impactos ambientais
A pesquisadora Denise Alves Fungaro, Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA), foi contemplada com R$ 6.142.523,61 para executar o projeto de pesquisa e desenvolvimento "Sustentabilidade da Usina Termelétrica: Tratamento Integrado de Efluentes Líquido, Sólido e Gasoso”, na Usina Termelétrica de Figueira, no Paraná. A planta pertence à Copel Geração e Transmissão S/A - Copel-GeT, que participa e financia o projeto no âmbito do programa de P&D regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com Fungaro, a Copel está modernizando a planta da Usina envolvendo a troca das atuais caldeiras de carvão pulverizado por uma caldeira de leito fluidizado borbulhante. Essa modificação resultará na produção de cinzas sulfatadas com características diferentes das cinzas silico-aluminosas geradas anteriormente na combustão de carvão pulverizado.
"Uma das maneiras de reduzir os impactos ambientais decorrentes da sua disposição consiste na ampliação das potencialidades de utilização com agregação de valor. Assim, a motivação desta pesquisa será buscar a possibilidade de obtenção de produtos de valor agregado usando as cinzas sulfatadas”, explica a pesquisadora.
As cinzas sulfatadas, segundo Fungaro, serão a matéria-prima na produção de material adsorvente, o qual será utilizado no tratamento dos efluentes líquidos gerados pelas pilhas de rejeito presentes nos aterros da usina, bem como na captura do gás carbônico, o principal gás do efeito estufa. "É um processo integrado de reciclagem das cinzas e tratamento dos principais efluentes da própria usina”, diz.
Com previsão para quatro anos, mas podendo ser prorrogado, o projeto será executado em etapas: caracterização de matéria-prima, avaliação de pozolanicidade, síntese e aplicação de material adsorvente a partir das cinzas sulfatadas. O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) é a unidade do IPEN responsável pela formalização do acordo interinstitucional.
O projeto foi submetido em 2016, e o resultado, divulgado em 20 de novembro, com um parecer de avaliação "muito positivo”. "O projeto tem excelente qualidade e mérito científico, o que pode ser demonstrado pela nota calculada da avaliação”, diz o parecer.
Para Fungaro, o resultado já era esperado. "Eu coordeno Projetos de P&D&I sobre esse assunto há 20 anos, tenho mais de 50 artigos publicados, seis capítulos de livro, depósito de oito patentes. Orientei três doutorados e oito mestrados. Atualmente, oriento dois doutorados, cinco mestrados e um pós-doutorado. A pesquisa foi premiada muitas vezes, inclusive em um Congresso sobre água, na França. Então, nós esperávamos uma avaliação positiva”, afirmou a pesquisadora.
Outro aspecto importante do projeto diz respeito à capacitação de recursos humanos, conforme destaca Fungaro: "Possibilitará a formação de mestres e doutores, a participação de pós-doutores, a participação em congressos, a publicação de artigos internacionais, o depósito de patentes e a modernização de equipamentos de laboratório com treinamento incluso”.
A pesquisadora se diz satisfeita com o fato de seu trabalho ser valorizado por outras instituições. "É uma satisfação ter o reconhecimento externo da qualidade da pesquisa que eu desenvolvo há 20 anos no IPEN, principalmente envolvendo um recurso financeiro de tal montante com possibilidade de renovação após os quatro anos. O legado a ser deixado para os futuros pesquisadores será considerável em todos os sentidos”, conclui.
Do IPEN, além de Fungaro, fazem parte os servidores Anderson Andrade, Sandra Maria Cunha, Sabine Neusatz Guilhen e Iara Maria Carneiro Bignardi, e os alunos Felipe Campelo, Davi Homem de Melo Castanho, Juliana Izidoro, Lucas Grosche, Tharcila Bertolini, Suzimara Rovani, Caio Miranda, carlos Eduardo de Souza e Thiago Luis Zanin, último aluno de doutorado da pesquisadora. Da Copel, Eliseu Esmanhoto.
Prêmios – A pesquisadora Denise Alves Fungaro tem um histórico de premiações pessoais e para seus alunos. Entre eles, o 1o Prêmio Enfil de Inovação em Tecnologia Ambiental, Enfil S/ASoluções Ambientais (2013), o Prêmio FIEMA, Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (2008), o Prêmio Internacional da Água e da Ciência do Simpósio de Água de Cannes (França), UNESCO; Cidade de Cannes; Universidade das Nações Unidas e Universidade de Nice Sophia Antipolis (2006), o Prêmio Fernando Cervino Lopes- Novas Técnicas de Reciclagem (2005) e Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2016, dentre outros.
-----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AmAssessoria de Comunicação Institucional -
- 07/12/2017 - Brasil é liderança em políticas públicas de imunização, diz pesquisadora do ButantanWaldely Dias, do Centro de Biotecnologia do Instituto Butantan, abriu o Seminário Anual de Iniciação Científica e Tecnológica com palestra sobre vacinas
Waldely Dias, do Centro de Biotecnologia do Instituto Butantan, abriu o Seminário Anual de Iniciação Científica e Tecnológica com palestra sobre vacinas
Quando se fala em vacina e política pública de imunização, o Brasil tem uma atuação muito importante no cenário mundial, por meio de seu Programa Nacional de Imunizações – PNI, do Ministério da Saúde (MS). O Instituto Butantan, em São Paulo, é o principal centro de pesquisa e produção de imunobiológicos do País, responsável por grande porcentagem da produção nacional de soros hiperimunes e de antígenos vacinais, que compõem as vacinas utilizadas no PNI e são distribuídos de forma estratégica e gratuita à população.
No Centro de Biotecnologia do Instituto, a pesquisadora Waldely Dias coordena e participa de projetos de desenvolvimento de novas vacinas para coqueluche e tosse convulsa, altamente contagiosas e perigosas para as crianças, dentre outros estudos. Ela esteve no IPEN nesta quarta-feira (6) para proferir a palestra de abertura do Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI, cujo tema foi "Os Programas de Imunização no Brasil: da Revolta das Vacinas ao Controle de Doenças”.
Doutora em microbiologia e imunologia, com pós-doutorado no Institut Pasteur (França), começou sua palestra fazendo uma retrospectiva histórica das vacinas, que, segundo ela, "se confunde com a história do homem”, desde a época da chamada "variolização” – o pus de uma ferida de alguém com varíola era introduzido em um pequeno corte no braço de uma pessoa saudável, que ficava doente por um tempo e, depois de curada, nunca mais tinha varíola – até os dias de hoje. "Tentava-se provocar a moléstia de forma branda, para que o indivíduo sobrevivesse”, disse.
Nesse percurso, o médico inglês Edward Jenner teve um papel importante: ao observar um número expressivo de pessoas imunes à varíola depois de terem sido contaminadas com cowpax (doença de gado semelhante à varíola), inoculou um menino de oito anos, James Phipps, com pus retirado de uma pessoa doente, o garoto contraiu uma infecção benigna e ficou curado. Meses depois, Jenner inoculou Phipss com pus varioloso, e ele não adoeceu. "Era descoberta a vacina”, contou Waldely.
Émile Roux, Alexander Yersin, Emil Ehring, Jonas Salk e Albert Sabin, esses últimos "pais” da vacina contra a poliomielite, também foram fundamentais nessa trajetória. "Nenhum imunizante contribuiu tanto para a popularização das vacinas como o contra a poliomielite”, salientou Waldely. Mas foi Louis Pasteur quem "revolucionou a ciência” ao obter as primeiras vacinas seguindo uma metodologia científica. "Isso foi no final do séc. XIX. Depois, foram surgindo outras importantes vacinas, como a Tríplice, que resultou no primeiro Prêmio Nobel de Medicina, em 1901, para Emil Behring, e BCG”.
Revolta – No Brasil, a primeira vacinação, contra a varíola, data de 1804. Depois, em 1885, foi introduzida a primeira geração da vacina antirrábica, e em 1897, contra a peste. Em 1904, foi colocada em prática a campanha de vacinação obrigatória. "Era uma boa causa, mas grande parte da população, alarmada, não sabia o que era vacina e tinha medo de seus efeitos. Era a revolta da ignorância”, acrescentou Waldely, referindo-se ao movimento popular de rejeição à vacina contra a varíola, que ficou conhecida como a "Revolta da Vacina”.
O sanitarista Oswaldo Cruz, cientista homenageado no Seminário, foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Teve participação fundamental para a aprovação da Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de Outubro de 1904, que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. Valia tudo para erradicar a varíola, e o médico convenceu o Congresso disso, tendo a lei sido aprovada, tornando-se o estopim da revolta. Em 5 de novembro, a oposição criou a Liga contra a Vacina Obrigatória. Mas a situação foi normalizada e o processo de vacinação, reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada do Rio de Janeiro.
Waldely também apresentou um histórico das vacinas no Brasil, explicou sobre os diferentes tipos de vacina, as etapas desde a pesquisa até a distribuição no mercado, e finalizou com dados significativos: mais de 10 Milhões de crianças morrem por ano, antes de completarem cinco anos de idade. "2,5 milhões dessas mortes poderiam ser evitadas com vacinas já disponíveis ou em desenvolvimento”.
-----Assessoria de Comunicação Institucional -
- 05/12/2017 - EGP no Portal IPEN: mais uma opção de acesso à gestão de projetos no InstitutoPágina do EGP traz informações sobre os projetos ativos, o sistema de gestão e também orientações a pesquisadores e demais interessados
Página do EGP traz informações sobre os projetos ativos, o sistema de gestão e também orientações a pesquisadores e demais interessados
O Escritório de Gestão de Projetos (EGP) do IPEN, vinculado à Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), acaba de lançar a sua página no Portal IPEN (www.ipen.br), com o objetivo de facilitar o acesso de pesquisadores e demais interessados no gerenciamento de seus projetos científicos individuais, temáticos ou institucionais. Para acessá-la, basta clicar no botão "Gestão de Projetos” na barra de menu que fica à esquerda da tela ou diretamente neste link.
Nesse caminho, há uma página de apresentação e mais três sub menus. Na página "Projetos Ativos”, serão encontrados os projetos de diversas agências de fomento, entre elas a FAPESP, bem como outros projetos institucionais, gerenciados pelo Escritório. Ao clicar no título de cada projeto, outras informações serão exibidas. "Disponibilizamos na página ‘Sistema de Gestão de Projetos’ o acesso ao sistema. Este acesso é restrito aos coordenadores, por meio de senha”, explicou Fernando Moreira, gerente do EGP.
Segundo ele, também está disponível a página "EGP Orientações”, baseada nas principais ocorrências do trabalho realizado pelo Escritório, bem como nas diligências que chegam das Auditorias, a partir das prestações de contas. "São orientações para que os coordenadores/pesquisadores possam atuar de forma mais eficiente na gestão dos documentos e procedimentos gerenciais dos projetos”, acrescentou Moreira, salientando a sua "imensa satisfação” ao anunciar esse canal facilitador.
"A intenção é que tenhamos um canal de comunicação disponível 24 horas, as páginas estarão sempre em atualização, dada a dinâmica do nosso trabalho junto aos pesquisadores”, disse Moreira. O gerente do EGP fez questão de agradecer ao diretor da DPDE, Marcelo Linardi, pelo "incentivo”, ao servidor Franz Arnold, da Gerência de Desenvolvimento de Sistemas (GDS) do IPEN, pela construção da página, e ao funcionário terceirizado Weder Silva, pela "inestimável colaboração”. "Esperamos que seja de grande valia para os nossos pesquisadores”, concluiu Moreira.
Treinamento – A equipe do Escritório de Gestão de Projetos do IPEN está habilitada como EAIP – Escritório de Apoio Institucional ao Pesquisador, que é a denominação utilizada pela FAPESP, após a realização de curso naquela Fundação. O EGP recebeu a visita do Grupo de Trabalho da FAPESP cujo objetivo foi conhecer como o apoio aos pesquisadores tem se desenvolvido no Instituto, como está a adesão dos pesquisadores a esse serviço, como estão sendo feitos o controle e manutenção das atividades e,por fim, para informar-se acerca das ferramentas e sistemas utilizados. Outras instituições também foram visitadas.
Em sua página institucional, a FAPESP afirma ter recebido o feedback de pesquisadores que usufruíram dos serviços prestados e "manifestaram-se muito satisfeitos com o resultado atingido”. Essas visitas ocorreram após um treinamento promovido pela FAPESP direcionado aos Escritórios de Apoio Institucional ao Pesquisador (EAIP) das instituições de ensino e pesquisa, que demandaram por esse auxílio.
De acordo com o divulgado no site da FAPESP, o treinamento foi uma demanda da comunidade científica, que buscava auxílio para atuar na pesada carga de trabalho exigida para gestão e administração de projetos de pesquisa. Desse modo, o pesquisador pode se dedicar mais à pesquisa e a orientação dos alunos do que a burocracia da gestão. "Tem sido uma parceria na qual todos, FAPESP, Instituição e Pesquisadores ganham”, diz o site da FAPESP.
Mais informações sobre os EAIP em http://www.fapesp.br/eaip, onde está mencionada a iniciativa do IPEN.
----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMda Assessoria de Comunicação Institucional -
- 05/12/2017 - Seminários com pesquisadores franceses tratam de corrosão e métodos eletroquímicosOs seminários internacionais serão realizados no dia 05/12, a partir das 14h, no auditório Alcídio Abrão, Prédio de Ensino do IPEN
Os seminários internacionais serão realizados no dia 05/12, a partir das 14h, no auditório Alcídio Abrão, Prédio de Ensino do IPEN
Em visita ao IPEN, os pesquisadores franceses Nadine Pébère, do Centro Intra-universitário de Pesquisa e de Engenharia de Materiais (CIRIMAT/ENSIACET) da Universidade de Toulouse, França e Vincent Vivier, da Universidade Pierre e Marie Curie (UPMC-CNRS), em Paris, proferirão no dia 5 de dezembro, a partir das 14h, no auditório Alcídio Abrão, no prédio de Ensino, os seguintes seminários:
- Corrosion Behavior of Rare-earths Magnesium Alloy - Dra. Nadine Pébère - CIRIMAT/ENSIACET
- New transient electrochemical methods for revisiting passive film behavior - Dr. Vincent Vivier - UPMC-CNRS
O intercâmbio tem o apoio do Projeto CAPES/COFECUB - 806/14.
Informações com Dra. Isolda Costa (tel. 11 3133-9226 - e-mail: icosta@ipen.br) pesquisadora do Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CCTM) do IPEN , também responsável pelo setor de Internacionalização do Instituto.
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- 01/12/2017 - Workshop sobre reatores de pesquisa e segurança nuclear celebra os 60 anos de operação do reator IEA-R1De 28 de novembro a 1o. de dezembro, O IPEN sediou o "International Workshop on Utilization of Research Reactors” que marcou as comemorações pelos 60 anos de operação segura do Reator Nuclear para Pesquisa IEA-R1
De 28 de novembro a 1o. de dezembro, O IPEN sediou o "International Workshop on Utilization of Research Reactors” que marcou as comemorações pelos 60 anos de operação segura do Reator Nuclear para Pesquisa IEA-R1
O Reator Nuclear IEA-R1 teve sua primeira operação em 16 de setembro de 1957, um ano após o início de sua construção no campus da USP em Sã Paulo. Marco tecnológico e considerado o primeiro reator nuclear de pesquisa da América Latina, o IEA-R1 completa 60 anos de operação segura e como ferramenta essencial para a comunidade científica em diversos ramos da pesquisa.
Para celebrar a data, o IPEN, por meio de seu Centro do Reator de Pesquisa (CRPq), organizou o "International Workshop on Utilization of Research Reactors” durante o período de 28 de novembro a 1º de dezembro, em seu auditório. O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais, estudantes e interessados que trocaram informações e conhecimento sobre diversos estudos realizados em reatores nucleares de pesquisa e sua segurança nuclear.
Durante a abertura do evento, em 28 de novembro, foi inaugurado o Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1 – Carlos Benedicto Ramos Parente – com réplica da primeira mesa de operação do reator exibindo instrumentos originais. Parente, físico nuclear que ingressou no IPEN ainda em 1965 após conclusão do curso no Instituto de Física e que permaneceu na instituição até completar 70 anos, foi homenageado dando seu nome ao novo espaço expositivo do instituto.
O workshop contou com painéis, mesas redondas e palestras. Dentre os temas apresentados, destacaram-se segurança nuclear e a diversidade de pesquisas e serviços prestados por reatores de pesquisa, desde aplicações na saúde, pesquisa básica e arqueologia, entre outros campos.
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- 01/12/2017 - Ministro da Saúde visita estande do IPEN e ratifica apoio ao Reator Multipropósito BrasileiroRicardo Barros ficou pouco tempo, mas o suficiente para confirmar apoio do MS ao Projeto RMB e conhecer algumas tecnologias aplicadas à saúde com potencial para serem incorporadas ao SUS
Ricardo Barros ficou pouco tempo, mas o suficiente para confirmar apoio do MS ao Projeto RMB e conhecer algumas tecnologias aplicadas à saúde com potencial para serem incorporadas ao SUS
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou nesta quinta-feira, 30, o estande do IPEN-CNEN/SP no evento "Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Conectando Pesquisas e Soluções”, que aconteceu no Hotel Transamérica Expo Center, em São Paulo. Na oportunidade, ratificou o apoio financeiro do Ministério da Saúde (MS) ao empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que dará ao Brasil autossuficiência para a produção de radiofármacos – atualmente, a principal matéria-prima, o molibidênio-99, é totalmente importada.
"O RMB é essencial para o Brasil, e o Ministério da Saúde tem todo o interesse em apoiar o financiamento desse projeto”, disse. Barros também ficou "impressionado” com as tecnologias apresentadas pelo IPEN. Os curativos avançados de hidrogel com nanopartículas de prata, para feridas com infecções locais, e a bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando óxido de grafeno incorporado, para cardiopatas que utilizam prótese em substituição à válvula cardíaca, chamaram a atenção do ministro.
"Nós adotamos, como estratégia de ‘marketing’, falar sobre os produtos expostos no estande e em seguida apresentar vídeos com a explicação dos pesquisadores coordenadores dos projetos que geraram as tecnologias. Acredito que deu certo, porque os visitantes, inclusive o ministro, olhavam o resultado concreto e depois assistiam a um breve comentário sobre como se chegou àquele produto. Nossa participação, eu diria, foi muito proveitosa. Temos que fazer mais isso no Instituto”, afirmou Anderson Andrade, um dos expositores do IPEN.
O IPEN tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento. Nessa exposição, foram mostradas apenas as relacionadas à saúde, foco do evento. Todas com grande potencial para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). Um pôster apresentando o novo mestrado profissional do Instituto, denominado "Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde”. A proposta já foi submetida à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e aguarda aprovação. Serão duas áreas de concentração: Processos de Radiação na Saúde e Radiofarmácia e Medicina Nuclear.
O evento foi organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS (Decit/SCTIE/MS), com o objetivo de debater os maiores avanços científicos de temas emergentes da agenda de saúde, visando a troca de conhecimento e o estímulo à inovação no país. "Nós desenvolvemos muitos produtos e processos inovadores, mas que ainda não são conhecidos do setor produtivo. Para isso estamos aqui”, afirmou Anderson Zanardi de Freitas, gerente do Núcleo de Inovação do IPEN.
Além de Anderson Andrade, Maria José Alves de Oliveira, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA/IPEN), Letícia Henn Fereira – NIT/IPEN, e Mara De Mello Leite Munhoz, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR/IPEN) participaram como expositores no estande do Instituto. O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro.
----Ana Paula Freire, Jornalista MTb 172/AMcolaboração Anderson AndradeAssessoria de Comunicação Institucional -
- 30/11/2017 - 'Vacinação' será tema de palestra na abertura do Seminário Anual de Iniciação Científica e TecnológicaCom o avanço de grupos contrários à imunização, debater o tema torna-se oportuno. Neste ano, o cientista homenageado no evento será o médico brasileiro Oswaldo Cruz.
Com o avanço de grupos contrários à imunização, debater o tema torna-se oportuno. Neste ano, o cientista homenageado no evento será o médico brasileiro Oswaldo Cruz.
A palestra "Os Programas de Imunização no Brasil: da Revolta das Vacinas ao Controle de Doenças”, a ser proferida pela pesquisadora Waldely de Oliveira Dias, do Instituto Butantan, abrirá o Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI, às 10h, no próximo dia 6 de dezembro, no prédio do Ensino localizado no campus do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Cidade Universitária, São Paulo. Este ano, o cientista homenageado será o médico brasileiro Oswaldo Cruz (1972-1917). O evento vai até o dia 7.
A biografia de Oswaldo Cruz, pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, dentre outras realizações, já possibilitaria uma conferência à parte. Contudo, o seu legado para os estudos, avanços e benefícios da imunização foi escolhido como tema da palestra devido ao alcance e resultados que colocam o Brasil em posição de protagonismo mundial – o país tem um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente.
Apesar desse protagonismo, grupos contrários à vacinação avançam no País, preocupando o Ministério da Saúde (MS). Em 2016, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo. Esses movimentos, que são mundiais, estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas.
No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas na rede social Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas. Nesse sentido, o tema da palestra é "bastante oportuno”, principalmente em um evento de iniciação científica, quando novos potenciais cientistas estão sendo formados e terão oportunidade de conhecer o legado de Oswaldo Cruz e também compreender que as vacinas ainda são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos.
"Num período em que várias doenças consideradas extintas estão reaparecendo de forma significativa, febre amarela, dengue, zica, dentre outras, pensamos em homenagear Oswaldo Cruz e trazer como palestrante a Dra. Waldely por sua experiência na área de epidemiologia”, diz Martha Marques Ferreira Vieira, gerente da Coordenação de Ensino e Informação Científica (CEI) do IPEN e coordenadora do Seminário.
No Centro de Biotecnologia do Instituto Butantan, Waldely Dias coordena e participa justamente de projetos de desenvolvimento de novas vacinas pertussis (para doenças como coqueluche e tosse convulsa, causadas pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussisuma e parapertussis, altamente contagiosas e perigosas para as crianças). Seu grupo de pesquisa também estuda uma nova vacina pneumocócica celular e a elaboração de um kit para diagnóstico rápido de pneumococcos (infecções nos pulmões, no sangue ou na membrana que reveste o cérebro).
Avaliação externa
O Seminário foi organizado em apresentações orais, uma forma de o bolsista aprimorar a atuação acadêmica em relação ao domínio do conteúdo e desenvoltura para disseminá-lo. As sessões acontecerão no dia 6, período da tarde, e no dia 7, durante todo o dia. Serão concedidos prêmios para a melhor exposição em todas as sessões de apresentação oral.
Todos os anos, a avaliação dos trabalhos é feita por pesquisadores representando o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Neste ano, estão confirmados os professores doutores Cristiano Luís Pinto de Oliveira e Rafael Sá de Freitas, do Instituto de Física da USP – IFUSP; Daniel Carvalho Pimenta – Instituto Butantan; Maurício Yonamine, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas FCFUSP; e Denise de Oliveira Silva e Thiago Regis Longo César da Paixão, do Instituto de Química da USP – IQUSP.
Sobre a palestrante
Waldeli de Oliveira Dias é graduada em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde também concluiu o mestrado e doutorado, na área de Microbiologia e Imunologia. Realizou estágios de Pós-doutorado no Institut Pasteur Paris, Laboratoire de Biotechnologies e no Food and Drug Administration (FDA), USA, Laboratory of Pertussis. Foi professora titular de Microbiologia e Imunologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. É professora colaboradora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, na disciplina "Técnicas Aplicadas no Desenvolvimento de Processos Biotecnológicos”, para o curso de graduação em Química. É Pesquisadora Científica VI do Instituto Butantan e docente no Curso de Pós-graduação Interunidades Butantan/IPT/USP.
Mais informações sobre a programação e contatos podem ser feitos aqui
ServiçoO quê: Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITIOnde: Prédio do Ensino do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária – ButantãData / Horário:6 de dezembroManhã: 10h - Sessão de Abertura e palestraTarde – de 14h às 18h: Apresentações orais7 de dezembro – Das 8h às 12h30 e das 14h às 18h: Apresentações orais
-----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 30/11/2017 - XVII Curso de Radioterapia de última Geração e Controle de Qualidade - Novas TendênciasA 17ª edição do curso Radioterapia e Controle de Qualidade do Hospital Sírio-Libanês tem o apoio do IPEN e da AIEA
A 17ª edição do curso Radioterapia e Controle de Qualidade do Hospital Sírio-Libanês tem o apoio do IPEN e da AIEA
O evento acontece de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2017, no Instituto de Ensino do Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, São Paulo. O curso é voltado para radio-oncologistas, físicos, residentes, técnicos em radioterapia, estudantes e profissionais relacionados com a especialidade.
Palestras e debates discutirão as perspectivas da Radioterapia. Tratamentos para câncer de próstata e braquiterapia também serão temas de destaque.
Participam palestrantes internacionais, como Patrick Kupelian, da UCLA Medical Center,EUA, David Jaffray, do Techna Institute Princess Margaret Cancer Centre, daUniversity Health, Canadá, Larry DeWerd, da UW-ADCL e Laurence Court, da University of Texas MD Anderson Cancer Center, EUA.
Os pesquisadores do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), do IPEN, Maria Elisa C. M. Rostelato e Carlos Alberto Zeituni compõem a coordenação do evento que conta ainda com o Dr. João Luis Fernandes da Silva e a física Cecília Kalil Haddad.
Mais informações no site do Hospital Sírio-Libanês, tel.: 55 11 3394-0100
PROGRAMA (atualizado em 16/11/2017)
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- 29/11/2017 - Congresso de metrologia debate garantia da qualidade e homenageia Linda CaldasDurante o Congresso de Metrologia 2017, realizado em Fortaleza, CE, a pesquisadora Linda Caldas, do IPEN, foi homenageada
Durante o Congresso de Metrologia 2017, realizado em Fortaleza, CE, a pesquisadora Linda Caldas, do IPEN, foi homenageada
Profissionais e pesquisadores estiveram reunidos de 26 a 29 de novembro, em Fortaleza, para o Congresso Metrologia 2017, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Metrologia, Inmetro e IRD, que tem como objetivo disseminar a cultura da metrologia e avaliação da conformidade como fatores essenciais ao desenvolvimento sustentável. Da mesa de abertura participaram o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda; o presidente do Inmetro, Carlos Augusto Azevedo; o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Paulo Roberto Pertusi; o presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia, João Carlos Guimarães Lerch; o diretor do Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Renato Di Prinzio; o presidente do Congresso, Américo Tristão Bernardes.
O evento reuniu seis encontros científicos simultâneos, na área de metrologia, entre eles a quarta edição do Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes. Demanda por calibração, preço do produto e garantia da qualidade foram temas do CBMRI, já em sua quarta edição. O IRD levou à área de exposições do evento uma apresentação em realidade virtual dos laboratórios da área de metrologia.
Promovido pela Sociedade Brasileira de Metrologia, Inmetro e IRD, o congresso geral reuniu 300 trabalhos inscritos, sendo 273 aprovados para apresentação em 35 sessões paralelas e duas sessões pôster. Destes, 100 serão publicados em periódico internacional. Dos trabalhos apresentados no CBMRI, foram 59 em formato poster e sete em formato oral. Os melhores foram selecionados para publicação no Journal of Physics: Conference Series.
Homenagem
A pesquisadora do Ipen Linda Caldas foi a homenageada desta edição do CBMRI, que anualmente destaca personalidades importantes na área, por seu trabalho dedicado, pioneirismo e inovação na área de metrologia das radiações ionizantes no Brasil.
Desde o início dos anos 70, ainda como aluna de graduação de física da USP, Linda Caldas ingressou no grupo de dosimetria do Ipen e desde então vem atuando na área de metrologia das radiações. Nunca deixou de atuar como pesquisadora, mesmo assumindo atividades de direção. Foi chefe da divisão de calibração e dosimetria, gerente do centro de metrologia das radiações e diretora de segurança nuclear do instituto. Já orientou 59 alunos de pós graduação, sendo 27 de mestrado e 32 de doutorado, e outros 14 de pós-doutorado. Publicou 236 trabalhos científicos e coordenou 22 projetos nos editais Pro-engenharia, Pro-equipamentos, Procad, temáticos da Fapesp, entre outros. Em 2012 se tornou membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo
"Se olharmos o panorama nacional na área de calibração e dosimetria, vamos encontrar seus alunos, que hoje são orientadores e professores, em diversas instituições. Ela sempre se empenhou em apoiar instituições parceiras, principalmente da região Nordeste, por meio da coordenação de projetos multi-institucionais. O mais impactante talvez tenha sido o INCT, que beneficiou oito instituições públicas em todo o Brasil", frisou em discurso o coodenador do CBMRI, José Guilherme Pereira Peixoto. "Por trás da profissional competente há uma mulher extremamente sensível, humilde e disposta a ajudar sempre com educação e delicadeza características", acrescentou.
Texto e fotos: Lilian Bueno/ Ascom IRD
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- 29/11/2017 - Acidente com Césio-137 em Goiânia ainda comove, 30 anos depoisTécnico Ricardo Nunes de Carvalho, que participou da missão pelo IPEN/CNEN, prendeu a atenção dos participantes de evento internacional ao relatar histórias do maior acidente radiológico do mundo
Técnico Ricardo Nunes de Carvalho, que participou da missão pelo IPEN/CNEN, prendeu a atenção dos participantes de evento internacional ao relatar histórias do maior acidente radiológico do mundo
Um assunto sensível que ainda mexe com as emoções de quem se envolveu direta ou indiretamente com o acidente com o Césio-137, ocorrido em setembro de 1987, em Goiânia, foi assunto de palestra nesta quarta-feira, 30, às 16h, no "International Workshop on Utilization of Research Reactors”, evento que marca as comemorações dos 60 anos do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, do IPEN. Ricardo Nunes de Carvalho, um dos técnicos do Instituto que estiveram presentes nas operações em Goiânia, depois que foi detectado que se tratava de material radioativo, apresentou o tema "Histórias de Goiânia”.
Ele começou sua palestra trazendo dados anteriores ao acidente: foi ainda em maio daquele ano (1987) que Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), onde estava a fonte selada com Cs-137 começou a ser desativado – ele estava abandonado desde 1985. Uma liminar determinou a interrupção dos trabalhos de desativação. No prédio, que estava abandonado, foi deixado o aparelho de radioterapia contendo a fonte com o material radioativo. Em 13 de setembro, o equipamento foi encontrado, desmonstado, e cápsula contendo o Cs-137 acabou indo parar num ferro velho. A partir daí, tudo o que se sabe sobre o maior acidente radiológico do mundo.
Ricardo apresentou números do acidente: 112.800 pessoas monitoradas, das quais 6.500 classificadas como vítimas (apresentavam alguma taxa de dose de radiação ionizante); dessas, 249 também estavam significativamente contaminadas interna e/ou externamente. Os mais graves foram hospitalizados no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) e no Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD). Dos internados nesse último, quatro vieram a falecer.
"Os que estavam com um grau de contaminação externa transferível ficaram isolados em uma das instalações da Febem [Fundação do Bem-Estar do Menor] e outras foram alojadas no Albergue Bom Samaritano, apesar de estarem descontaminadas não podiam retornar as suas casas, pois estas estavam interditadas. E isso foi doloroso de assistir: as pessoas, de uma hora para outra, perderam tudo, tiveram que deixar para trás sua casa, seus objetos e sua história”, disse Ricardo, emocionado.
Ele destacou a participação de Maria Elizabeth Graciotti, a enfermeira Beth, cuja ajuda aos técnicos do IPEN/CNEN na organização dos radioacidentados no HGG foi essencial. "Ela fez uma grande diferença na minha vida e de muitos que estavam naquela situação”, disse Ricardo. Graciotti faleceu em 2010, vítima de câncer.
Medo e preconceito foram grandes empecilhos durante os trabalhos. Dentre as muitas histórias tristes – e inusitadas – Ricardo contou um colega do IPEN que estava no HGG – o qual ele foi "render” – protagonizou um episódio curioso. Ele já havia trabalhado mais de 12 horas de plantão, estava cansado e abatido, e enquanto conversa com Ricardo na troca do plantão, uma senhora abriu a porta, colocou apenas a cabeça para dentro e perguntou se teria algum problema limpar a área onde ambos estavam.
"Mesmo depois de explicar que aquele local era uma área controlada para que não houvesse contaminação, a senhora mantinha-se temerosa. Meu colega, não tendo mais argumentos para apresentar, num ato inesperado, sentou no chão e começou a arrastar-se, dizendo - Eu não estaria fazendo isso se tivesse algum problema aqui. Aquilo me pareceu um tanto insano, mas funcionou. Convencida, a senhora entrou, passou o pano no chão e recolheu o lixo. Situações ´insanas´ como esssa foram necessárias porque havia muita desinformação”, disse Ricardo.
Outras situações foram relatadas, e a cada lembrança, a emoção de Ricardo. Ele falou do esforço da equipe do IPEN/CNEN para resgatar objetos pessoais das casas interditadas – "aquelas pessoas haviam perdido tudo, qualquer lembrança era muito importante para elas” – uma "missão dolorosa”, também lembrou de episódios em que as pessoas se aproveitavam da notoriedade que o acidente teve para "aparecer” na mídia – "todo mundo achava que podia falar alguma coisa” – e, encerrando sua participação, salientou que o trabalho trouxe aprendizados pessoais e profissionais para toda a vida das pessoas que trabalharam na missão. "Alguns colegas retornaram antes porque não suportaram tanto sofrimento”, disse.
No debate, foram feitas três perguntas: a primeira, se a imprensa ajudou mais ou atrapalhou a missão; a segunda, qual o momento mais doloroso para ele; e a terceira, se houve um plano de gestão de informação, depois que perceberam o desencontro das informações. Ricardo respondeu na sequência: "A imprensa estava no papel dela, a questão eram as pessoas que queriam aparecer a qualquer custo. No balanço geral, acho que ajudou sim. O momento mais difícil para mim [nesse momento, se emociona de novo] foi ver que, de uma hora para outra, aquelas pessoas perderam tudo, parte das suas vidas se foi com o acidente. Quanto à gestão da informação, sim, nós percebemos as falhas e organizamos para que apenas determinadas pessoas falasse a respeito”, finalizou.
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Ana Paula Freire, Jornalista MTb 172-AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 29/11/2017 - Homenagem emociona o físico Carlos Parente em inauguração do Espaço que leva seu nomePesquisador foi pioneiro em pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil, ainda na década de 60. Nas comemorações dos 60 anos Reator IEA-R1, é homenageado pelos colegas.
Pesquisador foi pioneiro em pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil, ainda na década de 60. Nas comemorações dos 60 anos Reator IEA-R1, é homenageado pelos colegas.
"Gostaria de agradecer por esta homenagem, que me deixa muito comovido. Acho que fiz o meu trabalho, tive acertos, cometi erros, mas procurei, de toda forma, contribuir para o desenvolvimento da instituição”. Com essas palavras, e visivelmente emocionado, o pesquisador Carlos Benedicto Ramos Parente inaugurou o Espaço de Memória que leva o seu nome, no prédio do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) do IPEN. A inauguração, ocorrida na manhã desta terça-feira, 28, marcou o primeiro dia das comemorações pelos 60 anos de operação do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, o pioneiro no Brasil.
A homenagem a Parente, como é carinhosamente chamado pelos colegas, foi iniciativa dos operadores do IEA-R1, com o total apoio do Centro e da direção do IPEN, em reconhecimento à "inestimável contribuição” que o físico deu ao longo de 52 anos – ele ingressou oficialmente no Instituto como pesquisador em 1965. Neste mesmo ano, foi o responsável pelo projeto e pela construção do difratômetro de nêutrons (denominado "Neutron Diffractometry") do IPEN, financiado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Este, aliás, foi o seu "maior legado”, segundo ele próprio.
"Eu penso que uma das formas de contribuir para o desenvolvimento científico é viabilizar instrumentos de pesquisas. Eu consegui o primeiro difratômetro de nêutrons para o IPEN e desse primeiro, fiz um upgrade, como se fala, do instrumento, de maneira a torná-lo mais moderno. Esse instrumento possibilitou contribuirmos para uma parte da pesquisa do Instituto, que foi desenvolvida por nós, também publiquei alguma coisa... é isso. Não teria muito mais a dizer. Apenas procurei fazer o meu trabalho. O que eu acertei, nessa trajetória, está aí, para que outros aproveitem”, disse Parente.
O upgrade a que se referiu diz respeito ao difratômetro de nêutrons equipado com detector sensível à posição, obtido por projeto financiado pela Fapesp, com o nome "Aperfeiçoamento das Condições de Difratometria de Nêutrons do IPEN", em 2005.
"Ele está sendo modesto. Desenvolveu excelentes pesquisas na área de cristalografia, tendo sido inclusive presidente da Sociedade Brasileira de Cristalografia, foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar com difratômetro de nêutrons no mundo e é reconhecido internacionalmente na área. Imagine que os reatores são da década de 50, e já na década de 60 ele iniciou pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil. O significado disso para nós é muito maior do que o que sua modéstia coloca”, declarou Frederico Genezini, gerente do CNPq.
Cristalografia é o ramo da ciência que lida tanto com as formas geométricas de cristais quanto com suas estruturas internas e propriedades. Parente tem larga experiência em cristalografia aplicada à área de engenharia de materiais e metalúrgica, com ênfase em estrutura dos metais e ligas, atuando principalmente nas linhas de difração múltipla, difração de nêutrons, textura cristalina, análise quantitativa de fases por Rietveld e estruturas magnéticas. "Ele não diz, mas é um notável cristalógrafo”, acrescenta Genezini, destacando também o espírito "pioneiro” de Parente.
A opinião é compartilhada por quem trabalha com ele há quase quatro décadas, como a pesquisadora Vera Lucia Mazzocchi, responsável pelo Laboratório de Difratometria de Nêutrons do IPEN. "Como pesquisador, ele sempre procurou desenvolver pesquisas pioneiras, publicando-as em revistas de impacto e desenvolvendo, quando necessário, a instrumentação para a resoluçāo dos problemas”.
Mazzocchi se emociona ao descrever o perfil de Parente como pesquisador e considera a homenagem um reconhecimento à sua história no Instituto. "Falar sobre o Parente é sempre muito emocionante. Nesses 37 anos em que trabalhei a seu lado, sempre vi um homem e um profissional bastante sério e competente, um verdadeiro mestre: bastante rigoroso, mas sempre disposto a passar todo o seu conhecimento. Trabalhar a seu lado foi uma grande honra. Das homenagens já recebidas, acredito que essa foi para ele a mais emocionante, porque veio de colegas que conviveram com ele todos esses anos. Não tenho dúvidas que foi bastante merecida”, disse.
Apesar da dificuldade de locomoção, Parente ainda está em atividade. Fez questão de ressaltar o acolhimento que recebe dos colegas do IPEN e diz que, enquanto puder, continuará contribuindo com a Instituição. "Infelizmente, estou numa condição meio difícil de continuar aproveitando como gostaria, mas a gente faz o possível, né?”, brincou. Sua dedicação é reconhecida pelos pares. "Como gerente do Centro, me sinto muito feliz com essa justa homenagem ao Parente, por tudo o que ele fez e ainda faz, nestes seus quase 80 anos, pela ciência brasileira”, salientou Genezini.
"Mestre" – O professor Luiz Carlos de Campos, do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, foi aluno de doutorado do professor Parente, no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. O "mestre”, como ele se refere ao ex-orientador, foi "o grande responsável” pelo seu crescimento acadêmico e profissional. "Existem pessoas que conhecemos em nossas vidas e que nos marcam definitivamente. O professor Parente foi meu mestre, meu orientador no doutorado e o grande responsável pelo meu crescimento acadêmico e profissional. Essa homenagem que ficará para sempre na memória dos pesquisadores do IPEN", disse.
Sobre o homenageado – Carlos Benedicto Ramos Parente é bacharel e licenciado em Física (1966) e doutor em Ciências (1973) pela Universidade de São Paulo. Em 1973, realizou Pós-Doutorado no Brookhaven National Laboratory (B.N.L.), nos Estados Unidos e em 1980 no Kernforschungsanlage (KFA), na Alemanha. Também atuou como professor de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 28/11/2017 - Professor da Universidade de Nebraska-Lincoln visita IPEN para consolidar acordo de cooperação científicaSudeep Banerjee proferiu palestras e participou de experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Centro de Lasers e Aplicações, a convite do pesquisador Nilson Dias
Sudeep Banerjee proferiu palestras e participou de experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Centro de Lasers e Aplicações, a convite do pesquisador Nilson Dias
O professor Sudeep Banerjee, da University of Nebraska–Lincoln (UNL), que desde o dia 20 está em visita ao IPEN a convite do pesquisador Nilson Dias Vieira Junior, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA), encerra sua agenda de atividades nesta quarta-feira, 29, com participação em experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Instituto. Trata-se de um projeto de cooperação científica que tem como objetivo viabilizar a aceleração de elétrons por laser e a geração de raios X para aplicações oncológicas.
A vantagem de se acelerar elétrons por laser está principalmente na compactação destes aceleradores. "Aceleradores lineares ocupam uma dimensão enorme, principalmente para altas energias, o que pode ser reduzido por um fator de 100 a 1000, além de eliminar a necessidade de blindagens para o laser de aceleração”, explica Nilson Dias.
A visita foi planejada por ocasião da FAPESP Week Nebraska-Texas, realizada no período de 18 a 22 de setembro, na UNL. "Tive o privilégio de proferir uma palestra sobre nossas atividades em lasers de alta intensidade aqui no IPEN – temos o laser mais intenso do hemisfério sul – e quando fomos ciceroneados pelo professor Banerjee em visita ao laboratório dele, cujo laser é um dos mais potentes do mundo, combinamos sua vinda ao IPEN para iniciarmos a cooperação científica”, relatou Nilson Dias.
Após cumprir extensa agenda científica, que incluíram palestras no próprio IPEN, no Instituto de Física da USP (IFUSP) e no Instituto de Física da Unicamp, Banerjee tem participado das atividades com aceleração de elétrons pelo laser de TW (terawatts) do Instituto, utilizando alvos gasosos e a técnica de Laser Wakefield Acceleration. "Ele já está nos ajudando, discutindo nosso arranjo experimental, e vai trazer plásticos cintiladores para a detecção de elétrons. Além disso, participará na definição do alvo gasoso que iremos utilizar no experimento”, acrescenta Nilson Dias.
Palestra – Os "progressos espetaculares” alcançados ao longo da última década na geração de feixes de elétrons de alta energia pelo processo de aceleração do laser wakefield foi apresentado por Banerjee na palestra "Generation of MeV-GeV Energy electron beams using ultraintense lasers”, proferida no IPEN, no IFUSP e no IF-Unicamp. Segundo ele, a primeira demonstração começou em 2004 e hoje ficou demonstrado que os feixes de elétrons de energia multi-GeV podem ser usando pulsos ultracurtos, de pico de potência de PW (milhões de bilhões de Watts).
"Foi discutido o nosso trabalho nesta área nos últimos anos, que inclui a demonstração obtenção de feixes de elétrons com energia sintonizáveis, abrangendo desde 10 MeV a 800 MeV usando uma gama de condições de laser e plasma. Utilizamos alvos únicos e estruturados para controlar o processo de injeção e aceleração e determinamos a influência dos parâmetros do laser na estabilidade e controle do acelerador de elétrons”, afirmou Banerjee.
Segundo ele, os detalhes do mecanismo de aceleração podem ser entendidos pelo uso de simulações com código de partículas em células (PIC). Banerjee explica que o objetivo principal no desenvolvimento do acelerador de elétrons era usá-lo para dirigir uma fonte de raios-X pelo espalhamento do laser pelos elétrons usando o efeito de Compton (fonte que produz feixes altamente colimados de raios X de alta energia), mas, ao mesmo tempo, foram exploradas, de forma independente, outras facetas do processo de aceleração, em particular os mecanismos de injeção para limitar a propagação da energia.
"A primeira medida da emitância [energia emitida pela superfície de um corpo, por segundo e por unidade de área] intrínseca do feixe de elétrons foi realizada usando a dispersão inversa de Compton e mostrou que esse parâmetro está entre os mais baixos já medidos para um feixe de elétrons de alta energia”, explicou Banerjee, que é professor de pesquisa associado no Departamento de Física e Astronomia da UNL.
Antes de ingressar na UNL, Banerjee realizou pesquisa no Center for Ultrafast Optical Sciences, da Universidade de Michigan, onde estudou a interação de elétrons livres com a luz e a geração de raios-x de alta energia usando o sistema laser table-top-terawatt.
"O professor Banerjee tem 20 anos de experiência no assunto e nesta cooperação nos ajudará a superar as dificuldades existentes no estabelecimento, pela primeira vez no Brasil e na America Latina, desta tecnologia e ciência de ponta, que poderá viabilizar aplicações na área oncológica com redução de custo e de espaço, para benefício dos pacientes”, concluiu Nilson Dias.
No IPEN, a palestra ocorreu no dia 22 de novembro e foi transmitida pela web e está disponível aqui.
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- 28/11/2017 - Workshop internacional celebra os 60 anos de operação do reator IEA-R1De 28 de novembro a 1º de dezembro, o IPEN celebra com um encontro internacional os 60 anos de operação do reator nuclear de pesquisa IEA-R1
De 28 de novembro a 1º de dezembro, o IPEN celebra com um encontro internacional os 60 anos de operação do reator nuclear de pesquisa IEA-R1
O Reator Nuclear IEA-R1 teve sua primeira operação em 16 de setembro de 1957, um ano após o início de sua construção no campus da USP em Sã Paulo. Marco tecnológico e considerado o primeiro reator nuclear de pesquisa da América Latina, o IEA-R1 completa 60 anos de operação segura e como ferramenta essencial para a comunidade científica em diversos ramos da pesquisa.
Para celebrar a data, o IPEN, por meio de seu Centro do Reator de Pesquisa (CRPq), promove o "International Workshop on Utilization of Research Reactors” durante o período de 28 de novembro a 1º de dezembro, em seu auditório. O evento reunirá pesquisadores nacionais e internacionais, estudantes e interessados para trocarem informações e conhecimento relacionados aos diversos estudos realizados em reatores nucleares de pesquisa e sua segurança nuclear.
Durante a abertura do evento, em 28 de novembro, está prevista a inauguração do Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1 – Carlos Benedicto Ramos Parente – com réplica da primeira mesa de operação do reator exibindo instrumentos originais. Parente, físico nuclear que ingressou no IPEN ainda em 1965 após conclusão do curso no Instituto de Física e que permaneceu na instituição até completar 70 anos, será homenageado dando seu nome ao novo espaço expositivo do instituto.
O workshop contará com painéis, mesas redondas, palestras e sessão de paineis. Dentre os temas a serem apresentados no workshop, destacam-se segurança nuclear e a diversidade de pesquisas e serviços prestados por reatores de pesquisa, desde aplicações na saúde, pesquisa básica e arqueologia, entre outros campos.
As inscrições são gratuitas e aos alunos de iniciação científica, mestrado ou doutorado será possível a apresentação de pôsteres para divulgação de suas pesquisas.
Informações e inscrições:
https://sites.google.com/view/iear1-60y/general-information
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- 27/11/2017 - “Espaço de Memória” e workshop internacional marcam os 60 anos do IEA-R1, o primeiro reator nuclear de pesquisas o BrasilEntre as atrações do novo "museu",a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores
Entre as atrações do novo "museu",a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores
A inauguração do novo Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1, que vai contar a história do primeiro reator nuclear de pesquisas do Brasil – o IEA-R1, do IPEN – e o "International Workshop on Utilization of Research Reactors”, com a participação de pessoas que partilharam dessa trajetória, como os pesquisadores Shigueo Watanabe e Laercio Vinhas, são as grandes atrações da celebração dos 60 anos do IEA-R1. As comemorações se iniciam nesta terça-feira, 28, às 9h, com sessão solene no Auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, do IPEN.
O novo Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1, que levará o nome do pesquisador Carlos Benedicto Ramos Parente, é, na verdade, um incremento ao que há havia, mas em uma instalação mais moderna e fora do prédio do Reator IEA-R1, que é uma área controlada. Essa era uma reivindicação antiga do pessoal que trabalha na proteção radiológica, segundo Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), onde está localizado o IEA-R1. "Fora da área ‘quente’ [controlada], será possível aos visitantes ficarem por mais tempo no museu, conhecendo a história, os detalhes do funcionamento”.
Genezini se refere à maior novidade do Espaço: a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores. Os visitantes terão uma ideia de como o IEA-R1 era operado no final da década de 50, um acontecimento marcante para a época. O gerente do CRPq também comentou sobre a escolha do físico Carlos Benedicto Ramos Parente para dar nome ao museu: "Ele é o mais antigo pesquisador em atividade aqui no Centro e ainda não havia sido homenageado pela casa. Então, o pessoal da operação quis prestar essa merecida homenagem”.
Para Genezini, a trajetória do IEA-R1 é muito bonita e todo o IPEN deve se orgulhar dela, "pois ele foi ‘a semente’ desse instituto”. Há dois aspectos que serão evidenciados durante o workshop, segundo ele. O primeiro é que, mesmo com o enorme pioneirismo, todas as equipes que trabalharam operando e usando o IEA-R1 sempre primaram pela segurança, nunca sendo registrado nenhum acidente, o que é muito significativo em se tratando de um reator nuclear.
O outro aspecto apontado por Genezini é que, apesar dos seus 60 anos e de ser um dos reatores de pesquisa mais antigos em operação no mundo, o programa permanente de modernização, com forte apoio da direção do IPEN, mantém o reator em ótimas condições de uso. "Esse programa permite que o IEA-R1 continue dando sua contribuição para a sociedade com segurança, por pelo menos mais dez anos e preparando uma nova geração de operadores e cientistas para nosso futuro reator, o RMB [Reator Multipropósito Brasileiro]”, acrescenta.
Passado, presente e futuro
Para o primeiro dia do Workshop estão programadas três sessões: histórica – quando serão apresentados os primórdios do IEA-R1. Participarão os pesquisadores Laércio Vinhas, Rajendra Saxena eRoberto Frajndlich; atual - sobre a utilização de reatores de pesquisa nos dias atuais, essa será feita pelo chefe da seção de física da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Danas Ridikas; e futura – sobre as perspectivas com a entrada em operação do RMB, mencionado por Genezini.
O RMB é a mais importante iniciativa para a pesquisa nuclear no Brasil, na atualidade, e a apresentação desse mega projeto caberá ao coordenador técnico, José Augusto Perrotta. Também nesse primeiro dia haverá uma explanação sobre "Colaboração IEA-R1 – Universidade de São Paulo (USP)”, pelo professor Shigueo Watanabe, do Instituto de Física da USP.
O segundo dia das comemorações terá como foco a "segurança nuclear”, "um tema em evidência no mundo de hoje”, salienta Genezini. Estão programadas mesas-redondas enfatizando o tema "Desafios para a Segurança Nuclear em Reatores de Pesquisas”. Dentre os assuntos, "Natureza transnacional dos incidentes nucleares”, "Riscos, ameaças e conseqüências de segurança nuclear”, "Treinamento para pessoal de segurança nuclear em Reator de Pesquisas”. "Técnicas Analíticas Nucleares” e "Controle do material de fissão” (programação completa no link abaixo).
No terceiro e quarto dias, as sessões serão focadas nos usuários internos e externos do IEA-R1. "Proteção Física de Materiais e Instalações Nucleares Brasileiras: Desafios e Ações”, "Oportunidades de educação em segurança nuclear no Brasil”, "Análise por Ativação de Nêutrons em Arqueologia”,"Radiação de nêutrons aplicada à geocronologia: análise de trilha de fissão”, "O projeto ISOLDE no CERN - De um pequeno experimento a uma grande instalação” e "Difração de nêutrons” serão alguns dos temas apresentados.
"O workshop comemorativo de 60 anos da primeira operação do IEA-R1 é um evento muito importante, pois com ele homenageamos os nomes que fizeram esse empreendimento virar realidade e o conduziram com sucesso até aqui e motivamos as pessoas que estão hoje trabalhando nele a seguir adiante com a mesma qualidade. A sessão solene de abertura contará com a presença de pessoas importantes de nossa comunidade e autoridades ligadas à área nuclear, e o workshop terá importantes pesquisadores e parceiros nacionais e internacionais”, salientou Genezini.
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, será representado por Paulo Roberto Pertusi, presidente da Comissão nacional de Energia Nuclear. Como palestrantes brasileiros, estão confirmados Edson Moreira, José Berretta e Frederico Genezini, do IPEN, Renato Tavares (CNEN), Luis Carlos Machado da Silva (ABACC), Eduardo Goes Neves (Museu de Arqueologia e Etnologia - MAE), Michel Bessa (TRACERCO), Elisabete A. N. Fernandes (Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP-Piracicaba - CENA).
Entre os participantes estrangeiros, além de Danas Ridikas, da AIEA, estão confirmados Togzhan Kassenove (Carnegie Endowment for International Peace), Craig Marianno (Texas A&M University), Patrick Lynch (Oak Ridge National Lab), Craig Moss (Oak Ridge National Laboratory - ORNL), Rita Plá (Comisión Nacional de Energía Atómica - CNEA), Heinz Haas e Juliana Schell (European Organization for Nuclear Research - CERN) e Jeffrey Lynn (National Institute for Standards and Technology - NIST). Haverá tradução simultânea para as apresentações em línguas estrangeiras.
Mais informações sobre o Workshop e a programação completa aqui
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- 27/11/2017 - First Pan American Conference of NanotechnologyO PANNANO acontecerá no período de 27 a 30 de novembro de 2017, em no Guarujá, SP
O PANNANO acontecerá no período de 27 a 30 de novembro de 2017, em no Guarujá, SP
O "First Pan American Conference of Nanotechnology, Fundamentals and Application to Shape the Future" acontecerá
no Hotel Casa Grande ,no Guarujá, SP. Será a primeira conferência nas Américas, sob uma visão sustentável, da nanotecnologia em sistemas biológicos, químicos e ambientais.Também será a primeira e melhor oportunidade de encontrar expertise da área dos principais Centros de Pesquisa, Universidades, Indústrias e Agências Reguladoras da América do Norte, do Sul e Central.
A programação científica conta com a presença de palestrantes de renome internacional e nacional, sendo compostas por plenárias, sessões temáticas sobre interações nano-biológicas, nano-químicas, nano-ecológicas, nano-manufaturas, aspectos legais, econômicos, sociais e educacionais, mesas redondas, apresentações de trabalhos técnicos-científicos na forma oral ou pôster, oportunidade de parcerias científica e indústria.
Concomitante ao Congresso serão realizadas sessões com mesas redondas de pequenas empresas de nanotecnologia incubadas em bases tecnológicas.
Os pesquisadores Solange Kazumi Sakata do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) e o Ademar Benévolo Lugão do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) fazem parte da Comissão Organizadora do evento.
Mais informações no site http://www.panamericannano2017.com -
- 26/11/2017 - Diretor da AIEA visita o IPENChristophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito da AIEA, visitou o IPEN em 26/10
Christophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito da AIEA, visitou o IPEN em 26/10
A recepção a Chistophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito - NEFW - da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA em sua sigla traduzida para o Português), foi realizada na Superintendência do IPEN pelo coordenador técnico do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), José Augusto Perrotta. Participaram desse primeiro encontro com o representante da AIEA os diretores e pesquisadores do instituto: Willy Hope de Sousa, diretor de Planejamento e Gestão (DPG); Frederico A. Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq); Demerval L. Rodrigues, gerente de Radioproteção (CRP); Júllio T. Marumo, gerente de Rejeitos Radioativos (GRR), o pesquisador do Centro do Combustível Nuclear (CCN), Giovanni de Lima C. Conturbia e os pesquisadores do Centro de Engenharia Nuclear (CEN) Ulysses D'Utra Bitelli e Patrícia da Silva P. de Oliveira. A reunião tratou de cooperações técnicas da AIEA ao IPEN.
Após conhecer a exposição permanente sobre a história do IPEN no Espaço Cultural Marcello Damy, Xerry participou de uma reunião com os pesquisadores presentes. Logo após, o diretor da AIEA conheceu as instalações do Reator IEA-R1, no CRPq, do Reator nuclear de Pesquisa IPEN-MB/01, no CEN, e os Centros de Radiofarmácia (CR) e do Combustível Nuclear (CNN). A visita se encerrou com uma reunião com o superintendente do IPEN, Wilson Calvo.
Xerri esteve no Brasil participando da International Nuclear Atlantic Conference (INAC-2017), em 23 de outubro e de visitas ao Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte, MG e na CNEN, Rio de Janeiro.
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- 24/11/2017 - Workshop no IPEN esclarece sobre o TáxiGovWorkshop sobre Transporte de Servidores (TáxiGov), promovido pelo Ministério do Planejamento, apresentará o novo sistema no IPEN em 24/11, às 9h30
Workshop sobre Transporte de Servidores (TáxiGov), promovido pelo Ministério do Planejamento, apresentará o novo sistema no IPEN em 24/11, às 9h30
A Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) realizará o "Workshop sobre Transporte de Servidores (Projeto TáxiGoV)", no dia 24 de novembro, das 9h30 às 12h30, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, anexo ao Bloco A do IPEN.
O objetivo do encontro é apresentar o novo modelo de transporte administrativo para servidores federais criado no Distrito Federal e discutir sua expansão para outros órgãos e entidades localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
No Rio, o evento será no Auditório Carneiro Felippe, da CNEN, dia 23 de novembro às 9h30.
Os interessados deverão confirmar presença até o dia 17 de novembro, pelo e-mail: central.servicos@planejamento.gov.br
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- 23/11/2017 - IPEN apresenta tecnologias inovadoras em evento do Ministério da SaúdeInstituto tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento e vai mostrar três highlights que teriam aplicação em saúde, foco do evento.
Instituto tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento e vai mostrar três highlights que teriam aplicação em saúde, foco do evento.
Uma bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando óxido de grafeno incorporado, um espectrômetro portátil de fluorescência de Raios X para realização de exames clínicos e amostras de curativos avançados de hidrogel com nanopartículas de prata, três produtos desenvolvidos por pesquisadores do IPEN, serão apresentados no evento "Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Conectando Pesquisas e Soluções”, nos dias 29 e 30 de novembro, no Hotel Transamérica Expo Center, em São Paulo. O Instituto terá um estande de 9m2 para expor esses e outros materiais relativos às suas pesquisas em saúde.
De acordo com Anderson Zanardi de Freitas, gerente do Núcleo de Inovação (NIT) do IPEN, a proposta do estande é mostrar tecnologias que já se encontram à disposição do setor industrial para serem produzidas em larga escala e oferecer mais qualidade de vida e saúde à população. "Nós desenvolvemos muitos produtos e processos inovadores, mas que ainda não são conhecidos do setor produtivo. Nossa ideia, com essa exposição, é divulgá-los, na expectativa de que possam surgir empresas interessadas na transferência de tecnologia”, afirmou Zanardi.
Organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Decit/SCTIE/MS), o evento tem como objetivo debater os maiores avanços científicos de temas emergentes da agenda de saúde, visando a troca de conhecimento e o estímulo à inovação no país. "Será um espaço para interlocuções e trocas de experiências e oportunidades de forma a conectar os resultados de pesquisas à geração de soluções em saúde”, segundo divulgação do Decit.
Zanardi ressalta que o IPEN tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento. Porém, como o foco do evento é saúde, foram selecionados três highliths que teriam grande abrangência para a saúde coletiva (ver box) e a custos relativamente baixos para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). "Para os que quiserem conhecer mais do nosso portfólio, teremos material de divulgação disponível no estande. Também apresentaremos radiofármacos produzidos no IPEN e pôster do nosso novo programa de Pós-Graduação”, disse.
Zanardi se refere ao mestrado profissional em "Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde”, com áreas de concentração em: Processos de Radiação na Saúde e Radiofarmácia e Medicina Nuclear. A proposta institucional foi enviada à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outubro deste ano, para avaliação e aprovação, e o resultado será divulgado no final de 2018. "É oportuno divulgar o novo programa num evento cujo foco é saúde”, diz.
Negócios e premiação - Durante o evento, será oferecido um espaço para uma Feira de Oportunidades e Rodas de Conversas, que permitirá aos pesquisadores apresentarem seus produtos/processos diretamente a empresas e a gestores como estratégia de investimento no desenvolvimento tecnológico. Também haverá espaço para órgãos reguladores, a fim de facilitar o acesso e a interlocução dos grupos pertencentes ao setor saúde às entidades relacionadas à inovação (Anvisa, Conep, INPI, CGEN, CTNBIO, Concea, Conitec, etc).
O evento terá como ponto alto a cerimônia de entrega do Prêmio de Incentivo à Ciência e Tecnologia e Inovação para o SUS 2017, cuja finalidade é valorizar a comunidade científica que contribui para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país. O prêmio está na décima sexta edição e contabilizou 522 projetos inscritos em cinco categorias: Trabalho Científico Publicado; Tese de Doutorado; Dissertação de Mestrado; Produtos e Inovação em Saúde e Experiência Exitosa do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS.
Estão confirmados grandes nomes nacionais e internacionais, entre eles Christoph Thuemmler, da Edinburgh Napier University, Robert Negrin, da Stanford Medical School e Department of Chemistry, e Richard Frackowiak, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne. A programação completa neste link.
Tecnologias a serviço da vida
Um produto que vai beneficiar diretamente pessoas cardiopatas que utilizam prótese em substituição à válvula cardíaca. Trata-se da bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando nanocompósito a base de óxido de grafeno incorporado funcionalizado com Amino-PEG à bioprótese, que tem a capacidade de aumentar a resistência mecânica do material e minimizar o processo de calcificação, tornando o material biocompatível e diminuindo a sua toxicidade.
Essa maior durabilidade permite reduzir os gastos na área da saúde, com a diminuição das trocas das biopróteses. Outra vantagem é o que o paciente não necessita de outra cirurgia e a continuará com as suas atividades normais por um período maior. Uma terceira característica importante é a eficiência do uso da radiação ionizante para esterilizar os nanomateriais, não sendo necessário o uso de compostos tóxicos para o mesmo fim.
Espectômetro portátil – Na medicina preventiva, de diagnóstico ou de controle de tratamento de disfunções diversas, são usualmente empregados testes bioquímicos, realizados em soro. Contudo, em regiões de difícil acesso, o caso da Amazônia, por exemplo, onde o transporte ocorre em parte por barco e leva dias, é praticamente impossível esse procedimento convencional. Como alternativa, pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia e Espectrometria das Radiações (LEER/CRPq) do IPEN desenvolveram um procedimento alternativo utilizando espectrômetro portátil de Fluorescência de Raios X.
Trata-se de um sistema portátil de fácil transporte, associado a um procedimento eficaz, rápido e de baixo custo, para prática clínica. Segundo estimativa do último Programa Nacional da Qualidade, ProEx/2017, cerca de 50 milhões de exames bioquímicos podem ser realizados por esse procedimento, cujo equipamento cabe em uma mala pequena. Outras vantagens são maior eficiência no pré-diagnostico e possibilidade de realizar análises clínicas com micro amostra, um benefício ao se considerar a utilização em recém-nascidos e prematuros.
Hidrogel – Todos os anos, milhões de pessoas morrem de queimaduras graves e a maioria dessas mortes é devido à perda da integridade da pele e à invasão microbiana. Feridas crônicas requerem cuidados constantes e por períodos prolongados. Nos últimos anos, é crescente o uso de hidrogéis como curativos para queimaduras e úlceras de pele, tendo em vista que ajudam na cicatrização e proporcionam conforto ao paciente por meio do alívio da dor. Para feridas com infecções locais, o IPEN testou a incorporação da prata, agente antimicrobiano de amplo espectro contra muitos patógenos.
No mercado internacional, esse curativos antimicrobianos baseados em NPAg já estão disponíveis. Porém, não há tecnologia nacional competitiva. Além disso, são curativos de baixo custo e altamente absorventes. Em 2015, a empresa de consultoria LABGRAF estimou o custo de produção piloto em apenas R$ 2 por curativo de 100 cm2 contendo nanopartículas de prata. "Fica a expectativa de que alguma empresa se interesse em produzir o material em larga escala. Temos muito a oferecer", conclui Zanardi.
-----Ana Paula Freire, Jornalista - MTb 172/AMda Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) -
- 22/11/2017 - Consulado Geral da Alemanha promove 'visita cultural' ao Reator IEA-R1 do IPENNa tradição alemã, em vez de "festa" para celebrar o fim do ano, as empresas promovem algum evento cultural para seus funcionários. Neste dia, Consulado parou suas atividades para visitar o IPEN
Na tradição alemã, em vez de "festa" para celebrar o fim do ano, as empresas promovem algum evento cultural para seus funcionários. Neste dia, Consulado parou suas atividades para visitar o IPEN
O IPEN recebeu na manhã desta terça-feira, 21, a visita do cônsul geral da Alemanha, Alex Zeidler, e sua comitiva, composta de 30 pessoas, na Betriebsausflug2017 ("excursão de trabalho”, em português), uma tradição alemã equivalente à confraternização de fim de ano no Brasil. A diferença é que, em vez de "festa”, as empresas promovem algum evento cultural para os seus funcionários. Neste ano, a proposta do Consulado Geral da Alemanha foi de conhecer o Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1 do Instituto.
A comitiva foi recepcionada pelo diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), Marcelo Linardi, que apresentou o "IPEN em números”, com os principais indicadores do Instituto no âmbito da pesquisa, da inovação e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/UPS. Linardi também mencionou o novo mestrado profissional – Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, cuja proposta institucional foi submetida à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outubro deste ano, para avaliação.
Antes da visita ao Reator, o grupo conheceu o Espaço Cultural Prof. Marcello Damy, onde aprendeu um pouco sobre a história e as realizações do IPEN ao longo de seis décadas. Em seguida, a comitiva se dirigiu ao Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) para conhecer Reator IEA-R1, que este ano celebra seis décadas de operação. Durante todas as etapas da visita, os alemães faziam muitas perguntas, inclusive sobre os benefícios da energia nuclear para diversas áreas do conhecimento e a contribuição do IPEN nesse campo.
"Eles não faziam ideia de que tínhamos essa expertise no Brasil”, comentou Linardi, acrescentando que a maioria dos visitantes ficou muito bem impressionada com o Instituto e se disse surpreendida pela beleza do Campus. "Foi muito esclarecedor para nós”, afirmou o cônsul Alex Zeidler, que é físico de formação. Para ele, conhecer as atividades do IPEN, na área nuclear, foi bastante oportuno, sobretudo num momento em que a Alemanha vive um dilema quanto ao uso da energia nuclear no país.
"Há um debate político muito intenso lá [na Alemanha] sobre o que fazer com a energia nuclear no país. Alguns reatores estão sendo desativados, mas eles ainda estão avaliando se serão todos, ou se uma parte continuará em atividade”, explicou Linardi, que morou na Alemanha em dois períodos distintos: de 1988 a 1992 em Karlsruhe, onde cursou o doutorado no Karlsruher Institut für Technologie, e de 1996 a 1997 em Darmstadt, para estágio de pós-doutorado no Technische Universität Darmstadt.
Outro aspecto que chamou a atenção dos alemães foi o campus do IPEN, pois não imaginava uma estrutura tão grande e tão bem preservada. "Eles ficaram muito impressionados com a beleza do nosso campus, essa paisagem privilegiada que temos aqui”, disse Linardi. "Foi uma satisfação recebê-los no IPEN, inclusive salientando os frutos da colaboração passada entre Brasil e Alemanha, que originou o CCCH”, acrescentou o diretor da DPDE, referindo-se ao Centro de Células a Combustível e Hidrogênio, do qual foi gerente e é pesquisador.
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Ana Paula Freire, jornalista - MTb 172/AMda Assessoria de Comunicação Institucional