Conferência de Segurança Nuclear debate sobre proliferação de armas atômicas
A Conferência sobre Segurança Nuclear começou nesta quinta-feira com o objetivo de debater a ameaça da proliferação de armas atômicas e possíveis soluções para o problema.
"É um tema preocupante. Temos que nos unir, nos unir como uma só voz para pressionar os que têm armas nucleares para acabar com esse perigo para sempre", disse Erlan Idrissov, ex-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, durante o evento.
O diplomata cazaque, atualmente embaixador do país no Reino Unido, expressava a opinião de seu país, um dos líderes no movimento para banir as armas atômicas. "Somos um país jovem, de só 25 anos, mas, no momento da independência, em 1992, éramos a quarta potência nuclear mundial", explicou Idrissov.
"Mas destruímos nossa infraestrutura de armas nucleares e os locais de testes. Fomos a primeira potência ex-União Soviética a destruir o maior local de testes nucleares", afirmou, se referindo a Semipalatinsk, a principal instalação do tipo.
Durante a conferência também foi abordada a situação do Banco de Urânio Enriquecido (LEU, na sigla em inglês), uma infraestrutura que fica no Cazaquistão e que pertence à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"O banco do LEU é um bom exemplo de como o Cazaquistão pode ajudar a administrar esse problema. É uma ferramenta importante, um passo prático para garantir que o mundo está um pouco mais a salvo da ameaça nuclear", disse Idrissov.
O banco do LEU pretende proporcionar uma reserva de combustível para ser colocado à disposição dos países-membros da AIEA, a preços de mercado, como último recurso caso eles não sejam capazes de obter urânio enriquecido para a geração de energia no mercado mundial.