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IPT passa a integrar projeto-piloto de ônibus a hidrogênio ao lado da EMTU e da USP


O IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo foi incorporado ao
convênio assinado em agosto de 2023 entre a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e a USP (Universidade de São Paulo, através da Escola Politécnica) para o desenvolvimento de um projeto de ônibus movido a célula a combustível hidrogênio.

O projeto-piloto inclui a construção de uma estação que, conforme anunciado no ano passado, ainda no primeiro semestre de 2024 terá a capacidade de produzir em torno de 5 kg do combustível por hora.

O hidrogênio será obtido a partir do etanol.

Para incluir o IPT no convênio, foi assinado um aditivo na última sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024, que prorroga o prazo de vigência do documento para 20 anos. 

O IPT cria e aplica soluções tecnológicas para setores da economia, governos e sociedade. Vinculado ao Governo do Estado de São Paulo, realiza projetos e estudos desde 1899.



Como mostrou o Diário do Transporte na época, o projeto está estimado em um custo de R$ 182 milhões. A estação conta com edifício, instalações e equipamentos. As células a combustível produzidas pela estação geram eletricidade internamente a partir do hidrogênio.

Os testes vão envolver três ônibus, que circularão pelo Campus da USP, na região do Butantã, zona Oeste da capital paulista, e um carro da Toyota que também participa do projeto, juntamente com a Shell, Raízen, Senai e Hytron.

Os ônibus já circularam pelo Corredor Metropolitano ABD, num projeto que não avançou, e foram reformados pela encarroçadora Marcopolo, por meio de um contrato de R$ 671 mil (R$ 671.624,79), como mostrou o Diário do Transporte no dia 11 de abril de 2023.

O governador Tarcísio de Freitas disse, em nota em agosto de 2023, que devem ser criadas leis e alterada a legislação atual para incentivar a produção de hidrogênio como combustível.

"Vamos estruturar a legislação, marcos regulatórios e fomentar essa produção para que a gente ganhe escala e São Paulo, de fato, seja líder na transição energética que vai diminuir nossa pegada de carbono e dar exemplo de sustentabilidade e economia circular. Estou muito feliz de ser testemunha do esforço, do talento e da criatividade do nosso pesquisador brasileiro, do nosso pesquisador paulista”



Foram apresentados em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, entre 2009 e 2015, quatro ônibus a hidrogênio, que chegaram a circular pelo Corredor Metropolitano ABD, entre a região do ABC e a capital.

O programa de ônibus a hidrogênio foi criado ainda em 1993, com participação do Ministério das Minas e Energia e recursos do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Os veículos estão parados na garagem da concessionária NEXT Mobilidade, na área correspondente ao projeto de hidrogênio da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), gerenciadora, sem continuidade dos estudos.

O projeto Ônibus movido a Célula de Hidrogênio tinha vigência inicial até 31 de março de 2016 e os três veículos mais novos circularam no Corredor ABD até início de junho de 2016.

Na ocasião, a EMTU foi designada para ser a Coordenadora Nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, que entrou com o apoio financeiro do Global Environmental Facility (GEF), além de recursos provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por intermédio do MME. Para o desenvolvimento de todo o projeto foram destinados US$ 16 milhões.


O primeiro ônibus foi apresentado em 2009 e chegou a transportar passageiros em 2010, como também mostrou o Diário do Transporte na ocasião.


O Diário do Transporte cobriu também a apresentação dos outros três ônibus. Os veículos foram mostrados em uma cerimônia no dia 15 de junho de 2015, às 10 horas, na época da gestão de Geraldo Alckmin frente ao Governo de São Paulo.


A reportagem acompanhou as fases de testes.

Relembre:

No dia 10 de agosto de 2023, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e a USP (Universidade de São Paulo) anunciaram o início de um projeto com ônibus movidos à hidrogênio e a construção de uma estação para ter capacidade de produzir em torno de 5 kg do combustível por hora.

O hidrogênio é obtido a partir do etanol. O projeto custou em torno de R$ 182 milhões. A estação conta com edifício, instalações e equipamentos. As células a combustível produzidas pela estação geram eletricidade internamente a partir
do hidrogênio.

Os testes envolveram três ônibus, que circularão pelo Campus da USP, na região do Butantã, zona Oeste da capital paulista, e um carro da Toyota que também participa do projeto, juntamente com a Shell, Raízen, Senai e Hytron.

Os ônibus já circularam pelo Corredor Metropolitano ABD, num projeto que não avançou, e foram reformados pela encarroçadora Marcopolo, por meio de um contrato de R$ 671 mil (R$ 671.624,79), como mostrou o Diário do Transporte no dia 11 de abril de 2023.

Relembre:

O governador Tarcísio de Freitas disse, em nota, que devem ser criadas leis e alterada a
legislação atual para incentivar a produção de hidrogênio como combustível.

"Vamos estruturar a legislação, marcos regulatórios e fomentar essa produção para que a
gente ganhe escala e São Paulo, de fato, seja líder na transição energética que vai diminuir
nossa pegada de carbono e dar exemplo de sustentabilidade e economia circular. Estou
muito feliz de ser testemunha do esforço, do talento e da criatividade do nosso pesquisador
brasileiro, do nosso pesquisador paulista”

Etanol e Hidrogênio:

A USP, o Senai e as empresas Shell Brasil, Raízen e Hytron assinaram em 1º de setembro de 2022, um acordo de cooperação para o desenvolvimento de duas plantas de produção de hidrogênio renovável a partir do etanol.

Serão construídas duas plantas dedicadas à tecnologia de produção de hidrogênio a partir do etanol, uma com capacidade para produzir 5 kg/h de hidrogênio e a outra quase 10 vezes maior, com capacidade de 44,5 kg/h.

Segundo a Universidade, o acordo também contempla a construção de uma estação de abastecimento veicular para os ônibus que circulam pela Cidade Universitária, em São Paulo. Com início da operação previsto para o segundo semestre 2023, a estação será um dos primeiros postos a hidrogênio do mundo, diz a USP.

O modelo utilizar hidrogênio produzido a partir do etanol e motores equipados com células a combustível (fuell cell). A iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para o transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus.

A tecnologia será desenvolvida e fabricada pela Hytron, do grupo alemão Neuman & Esser (NEA), com suporte do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras do Senai Cetiqt.

A Marcopolo foi escolhida para atualizar a carroceria do ônibus movido a hidrogênio obtido do etanol no projeto entre a USP, Raízen e Shell.

Convênio no valor de R$ 671 mil (R$ 671.624,79) entre a encarroçadora e a USP – Universidade de São Paulo (USP/EP, Unidade EMBRAPII Poli USP Powertrain) foi publicado em Diário Oficial do Estado de São Paulo de 11 de abril de 2023.

A assinatura ocorreu um dia antes com validade por 12 meses.

O documento prevê a reforma de inicialmente um dos três ônibus modelo Viale a hidrogênio apresentados em 2015 em um projeto entre EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Se der certo, os outros dois ônibus devem ser reformados.

No projeto apresentado anteriormente no Corredor ABD, os veículos dependiam do hidrogênio obtido pelo processo denominado eletrólise que separa o hidrogênio da água.

Estudos iniciais da USP mostram que este procedimento, para a obtenção do combustível pode ser mais caro e mais poluente do que o hidrogênio a partir do etanol.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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