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'Bolsa de pesquisa não é esmola', diz Luciana Santos ao assumir Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Ex-vice-governadora de Pernambuco é atualmente presidente nacional do PCdoB. Ela é a primeira mulher a comandar a pasta de maneira efetiva.

Fonte: Portal G1

Por Beatriz Borges, g1— Brasília

Luciana Santos tomou posse nesta segunda-feira (2) como ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Lula.

A cerimônia de transmissão de cargo aconteceu nesta segunda no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em Brasília. O termo de posse foi assinado neste domingo (1).

Em seu discurso, Luciana reforçou a importância da ciência e da inovação. Ela disse que, entre as prioridades da pasta, estão os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a ampliação de bolsas do CNPq.

A ministra afirmou ainda que "bolsa de pesquisa não é esmola" e que tentará atualizar os valores das bolsas da Capes e do CNPq.

"Trabalharemos ainda pela atualização das bolsas de pesquisa do CNPq e da Capes, que, vinculada ao Ministério da Educação, é essencial na formação de capital humano. As bolsas de pesquisa não podem ser tratadas como esmola, mas como um investimento no futuro do país", disse.

Em dezembro, pesquisadores relataram dificuldades para receber bolsas, entre elas, de mestrado e doutorado.
Na cerimônia desta segunda, estiveram presentes as ministras da Saúde, Nísia Trindade, do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Turismo, Daniela Carneiro.

Além delas, os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) acompanharam a transmissão de cargo.

O ministro da Ciência, Tecnologia e inovação da gestão anterior Paulo Alvim participou do evento. Alvim fez um discurso onde destacou a importância da ciência. Em sua fala, ele não citou o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atribuições da pasta

Entre outras atribuições, a pasta é responsável por políticas nacionais de pesquisa científica e tecnológica e de incentivo à inovação.

O MCTI também coordena políticas nas áreas de biossegurança, espacial e nuclear.

Primeira mulher

Luciana é a primeira mulher a assumir efetivamente o posto - o ministério foi comandado interinamente por uma mulher em 2016.
Em seu discurso, ela disse que irá "fazer valer o fato histórico".
"Essa gestão vai honrar as milhares de mulheres que produzem e pesquisam nesse país, e sua luta por respeito, inclusão e valorização. Vai honrar a luta antirracista e de luta das pessoas negras por espaço nas pós-graduações e no campo de pesquisa", afirmou.

Orçamento da ciência

A nova ministra disse que atuará para recompor o orçamento da ciência brasileira.

"Atuaremos recompor o orçamento da ciência brasileira. Faremos isso com toda a nossa capacidade de trabalho e de articulação com o Congresso Nacional", afirmou.

Recursos FNTC

A ministra também relatou que pretende pedir a revogação de uma medida provisória, editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto, que limitou o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
"Vivemos recentemente um verdadeiro apagão no financiamento da ciência brasileira. Para se ter uma ideia, os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal fonte de financiamento público da ciência, foram reduzidos de 5 bilhões e meio de reais em 2010 para apenas 500 milhões de reais em 2021", disse.
Ainda, segundo Luciana, os recursos são utilizados em diversas áreas, entre elas, pesquisas sobre tratamento de doenças e para produção de vacinas.

"São recursos que seriam aplicados no desenvolvimento e na produção de medicamentos e vacinas e em pesquisas sobre tratamento de doenças, como o câncer", afirmou a ministra.

Perfil

Luciana é engenheira eletricista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Antes de ser ministra, Luciana já ocupou os cargos de deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária de ciência, tecnologia e meio ambiente, deputada federal e vice-governadora de Pernambuco.
A nova ministra ingressou na política em 1984 por meio do movimento estudantil. Em 1996, foi eleita para assumir seu primeiro mandato como foi deputada estadual.

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