Indústria nuclear defende criação de agência reguladora para o setor
Segundo presidente da associação setorial, é preciso separar as atividades de regulação e fiscalização, hoje reunidas num mesmo agente
"Um dos grandes nós do setor está na regulação e na fiscalização”, disse o executivo, durante cerimônia do prêmio "Reconhecimento Nuclear”, promovido pela entidade, no Rio.
"O mercado anseia por uma definição sobre a separação das funções regulatórias e de fiscalização da Cnen. A criação de uma autoridade regulatória ou uma agência forte, ágil e independente é algo aguardado por todos, inclusive pelos próprios organismos internacionais”, completou.
Ele destacou que, "com o aquecimento do mercado nuclear”, a indústria não pode ser freada pela área regulatória.
Em apresentação no evento nesta sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou a intenção do governo de duplicar a participação da energia nuclear na matriz energética brasileira.
A capacidade de energia nuclear no Brasil hoje é da ordem de 2 mil megawatts (MW). Angra 3, projeto de usina nuclear que teve as obras interrompidas em 2015 e que o governo pretende retomar em 2020, terá 1,4 mil MW.