Rosatom propõe modelo de contratação para término de Angra 3
A Rosatom irá se juntar com a Eletronuclear objetivando a conclusão de Angra 3. Kirill Komarov, um dos principais membros da diretoria da Rosatom disse que o melhor modelo para a retomada do projeto seria por meio de contratação. A solução, na visão do executivo, seria a mais barata para o Brasil.
Na última quarta-feira (17) Kirill Komarov afirmou que a Rosatom é flexível em relação a qualquer modelo que o governo brasileiro defina para a retomada das obras, mas a empresa avalia que a contratação de um fornecedor por meio de um contrato de EPC será menos custosa para o país, porque os riscos são menores para os contratados.
A Eletronuclear iniciou este mês um programa de pesquisa e convidou a Rosatom para participar da pesquisa de mercado (market sounding). A ideia é ouvir as opiniões das companhias interessadas no projeto, para ajudar a definir qual o melhor modelo para a formação de uma parceria.
Komarov disse que a Rosatom tem trabalhado com diferentes modelos ao redor do mundo. Hoje, a empresa tem um total de 78 reatores em operação pelo planeta e outros 36 em construção em 12 países. Vice-diretor geral da Rosatom para desenvolvimento corporativo e negócios internacionais, Komarov acrescenta que a empresa está disponível para propor um plano que possa ser confortável para todas as partes envolvidas em Angra 3.
O executivo foi um dos representantes da Rosatom no World Nuclear Spotlight, no Rio de Janeiro, e participou da reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele disse ainda que vê como positivo o cenário do mercado nuclear brasileiro, após as sinalizações do governo em expandir a oferta da fonte no país.
A estatal russa Rosatom é uma das gigantes do setor nuclear, é uma companhia estatal da Federação Russa, responsável pelo complexo energético nuclear do país. Tem sua sede em Moscou.