Menu Principal
Portal do Governo Brasileiro
Logotipo do IPEN - Retornar à página principal

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ciência e Tecnologia a serviço da vida

 
Portal > Institucional > Notícias > Ipen na Mídia

Sensores de flúor em transformadores podem prevenir acidentes

Sensor cerâmico auxiliaria na prevenção de corrosão do sistema elétrico de transformadores

Fonte: Agência Universitária de Notícias
Por Maria Beatriz Gimbo Melero - maria.beatrizgm@gmail.com
Edição Ano: 47 - Número: 19 - Publicada em: 04/06/2014

Materiais cerâmicos possuem grande importância na composição de alguns tipos de sensores. Um tipo de sensor que de extrema importância é o de sensor de flúor, diz  Reginaldo Muccillo. O sensor de flúor funcionaria como uma medida preventiva contra a corrosão do fios presentes no sistema elétrico dos transformadores de energia.

Segundo Muccillo, se houver umidade dentro dos transformadores ocorre a produção de ácido fluorídrico (HF), que provoca tal corrosão. Por esse motivo, um sensor foi criado pelo Ipen e embora as pesquisas estejam encerradas, o sensor não se encontra no mercado.

Outros sensores

Professor do IpenMuccillo é responsável por inúmeras pesquisas relacionados a materiais cerâmicos que tenham importância tecnológica. Além do sensor de flúor, ele diz que os materiais cerâmicos também podem servir na composição de outros sensores, como os presentes em canos de escapamento de carros e os sensores da indústria siderúrgica.

Os sensores de escapamento, também chamados de lambda, analisam a quantidade de oxigênio nos gases que saem da câmara de exaustão é analisado. Assim, um sinal é mandado para a injeção de combustível, para que haja uma economia na quantidade de combustível injetado e evitar resíduos, como o dióxido de carbono (CO2) e o monóxido de carbono (CO). Seu principal componente é o óxido de zircônio - que tem a propriedade de quebrar a molécula de O2. Dessa maneira,os íons se difundem no material e fornecem um sinal, sendo que o teor do mesmo é proporcional à quantidade de resíduo que sai pelo cano do escapamento. Muccillo conta que dezenas de milhares de carros usam esse sensor, que vem ou da Alemanha ou do Japão. "Aqui, desenvolvemos o material cerâmico que pode ser utilizado nesse sensor”, diz.

O óxido de zircônio também é utilizado em sensores presentes nas usinas siderúrgicas. Este sensor é imerso no aço líquido e detecta qual o teor de oxigênio presente no aço, que deve ser a menor possível para uma liga de alta qualidade. O sensor entra em ação e detecta o oxigênio de maneira bem mais rápida do que antigamente. "As siderúrgicas, antigamente, pegavam tubos de quartzo e jogavam no aço, traziam-no para fora, ele solidificava e levavam-no até um laboratório químico. Mediam o teor de oxigênio e depois voltava [para a siderúrgica] para saber o que fazer com o aço. Isso levava 15 minutos. Agora, com dez segundos você faz isso com esse sensor. Você joga o sensor e instantaneamente ele mede quanto de oxigênio tem lá”.



Eventos