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Doutoranda do Ipen é a única brasileira premiada em congresso internacional

Patricia Ferrini é integrante do Laboratório de Aplicações de Laser em Pesquisa Ambiental do Ipen

O estudo "Hygroscopic behavior of aerosols over Sao Paulo metropolitan area" (Comportamento higroscópico de aerossóis sobre a região metropolitana de São Paulo), desenvolvido pela doutoranda Patricia Ferrini Rodrigues, foi o único trabalho de um autor brasileiro premiado no 13º International Global Atmospheric Chemistry (IGAC), o maior evento de química atmosférica do mundo, este ano realizado em Natal-RN, entre os dias 22 e 26 de setembro. Dentre os 430 participantes, 169 eram jovens cientistas, oriundos de 18 países, que concorreram em seis categorias. Do Brasil, foram apresentados 88 trabalhos.

Ferrini venceu na Seção 3: Interactions between aerosols, clouds and precipitation (Interação entre aerossóis, nuvens e precipitação). Integrante do Laboratório de Aplicações de Laser em Pesquisa Ambiental, do Centro de Laser e Aplicações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ela é orientada pelo professor Eduardo Landulfo, no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear (Ipen/USP). O trabalho foi desenvolvido ao longo de três anos de coleta de dados utilizando a técnica de sensoriamento remoto LIDAR (Light Detection and Ranging).

"Esses dados são capazes de fornecer informação a respeito do material particulado presente na atmosfera da capital paulistana, bem como sobre sua interação com vapor de água, importante para compreender a formação de nuvens e sua relação com o balanço radiativo do planeta. Também ajuda a entender melhor os fenômenos relacionados ao aquecimento global e mudanças climáticas", explicou Ferrini.

Para ela, o prêmio representa o reconhecimento da comunidade científica da importância do desenvolvimento das pesquisas na área ambiental com o uso de lasers, principalmente no estudo da interação entre aerossóis e nuvens. "O uso do LIDAR como ferramenta para estudo destes fenômenos se mostra cada vez mais promissor, pois é possível fazer o sensoriamento da atmosfera em condições não perturbadas. Significa também o reconhecimento da comunidade internacional de um trabalho totalmente realizado no Brasil, e possivelmente abrirá muitas portas para todo o grupo", afirmou.

Segundo Ferrini, esse é um dos muitos trabalhos desenvolvidos pelo laboratório, que desenvolve também pesquisas que incluem climatologia de nuvens cirros, monitoramento de material particulado proveniente de queimadas e erupções vulcânicas, transporte de poeira do Saara, entre outros, tanto na capital como em Natal, Florianópolis e na Amazônia. O laboratório conta ainda com importante parcerias, como o NASA Goddard Space Flight Center, o NASA Langley e também é referência para as atividades da Rede Latino-Americana de LIDAR.

"Ela está escrevendo a tese, que é uma fase bem complicada, e a princípio a ida ao IGAC veio em meio a muitos compromissos e acúmulo de trabalho. Mas eu a incentivei bastante porque era um evento internacional, o maior na área; ela preparou o pôster, e o prêmio com certeza é plus na carreira dela e, claro, agrega valor científico ao nosso grupo, ao trabalho que desenvolvemos no âmbito da FAPESP. A Patrícia tem autonomia intelectual e está de parabéns por essa conquista", concluiu Landulfo.

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