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Comissão de senadores aprova diplomata historiadora para representar o Brasil na AIEA

Em seu relatório, a senadora Dorinha Seabra (União-TO) destacou a relevância cada vez maior da energia nuclear para o Brasil.

A diplomata Claudia Vieira Santos teve o nome aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), nesta quinta-feira, 22, para chefiar a representação do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fica em Viena, na Áustria. A Mensagem (SF) 33/2023, com sua indicação, segue agora para análise do Plenário do Senado. O relatório foi feito pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que destacou a relevância cada vez maior da energia nuclear para o Brasil.

Formada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diplomata tem mestrado em Relações Internacionais e Comunicação pela Boston University, em Massachussetts (EUA), tendo entrado para o Instituto Rio Branco, do Itamaraty, em 1994. Serviu ao Brasil em Moscou, Roma, Tóquio, Paris e Nova Delhi. Entre 2013 e 2015, trabalhou no gabinete do ministro das Relações Exteriores. Desde 2022, é ministra de primeira classe e, atualmente, é diretora do Departamento de Energia do Itamaraty.

A indicação ganha relevância visto que o Governo já anunciou a retomada do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Na sabatina, Santos destacou oaprofundamento da percepção mundial sobre o papel que a energia nuclear poderá vir a desempenhar no futuro, tanto para a garantia da segurança energética dos países, como também no cumprimento de metas visando à descarbonização das economias. Segundo ela, a energia nuclear pode constituir alternativa ambientalmente vantajosa ao uso de combustíveis fósseis.

A diplomata lembrou que, em 2021 — pela primeira vez desde o acidente de Fukushima, no Japão, dez anos antes —, a AIEA revisou para cima a projeção sobre o crescimento potencial da capacidade de geração de energia nuclear para as próximas décadas, tendência que se repetiu em 2022. Estima-se que a energia nuclear poderá vir a representar até 14% da matriz mundial de eletricidade em 2050. A proporção atual é de 9,8%. Segundo o relatório Nuclear Technology Review (da AIEA), mencionado pela diplomata, chegam a 50 o número de países que teriam demonstrado interesse em desenvolver um programa nuclear.

Santos também chamou atenção para vantagens do Brasil em relação ao uso de energia nuclear, pois, além de o país dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio e deter importantes reservas do mineral, a extensão e heterogeneidade de seu território torna a fonte nuclear alternativa estratégica para garantir a segurança energética, sobretudo em áreas remotas. "Na implementação e consolidação das vertentes do programa nuclear relativas à energia nuclear, o Brasil só tem a ganhar no aprofundamento de sua parceria nesse campo com a AIEA, que reúne conhecimento e experiência sem paralelo na área”.

O de Dorinha Seabra enfatiza a relevância do uso da energia nuclear para o Brasil. Segundo ela, "é uma questão de grande interesse estratégico”, considerando que o país conta com as usinas Angra 1 e 2, e a possibilidade de Angra 3 ser concluída nos próximos anos. "Produzimos e comercializamos materiais nucleares, como urânio enriquecido. Além disso, está em fase final o desenvolvimento do sistema de propulsão nuclear de submarinos, com a realização do teste de imersão em grande profundidade do submarino Humaitá em março”, disse a senadora.

Com informações da Agência Senado, texto original neste link.

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