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Tese do IPEN ganha Prêmio Capes na área de Engenharias II

Maria José (esq.) e sua sua orientadora Duclerc Parra, com amostra de membrana desenvolvida no IPEN. Tese premiada pela Capes

 

A química Maria José Alves de Oliveira acaba de ser outorgada com o Prêmio Capes de Tese 2014 da área de Engenharias II pela tese "Obtenção de membranas de hidrogéis para tratamento alternativo de Leishmaniose Tegumentar”, defendida no ano de 2013, no âmbito do Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN-USP. A pesquisa resultou em um produto que já está patenteado e futuramente poderá ser utilizado em larga escala, após testes clínicos em humanos, com a vantagem de ter baixo custo de produção.

Orientada pela pesquisadora Duclerc Fernandes Parra, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA), Maria José desenvolveu uma membrana à base de água gelatinizada (hidrogel) usando uma matriz polimérica modificada por radiação ionizante fonte de cobalto (60CO), para a liberação do glucantime (antimoniato). Esse curativo foi indicado para leishmaniose tegumentar, e obteve excelentes resultados nos testes com camundongos da linhagem Balb/c (muito utilizada em pesquisas do sistema imune). A pesquisa foi coorientada por Valdir Sabbaga Amato, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

A vantagem do curativo é que o tratamento é tópico, isto é, no próprio ferimento, a liberação da substância é controlada, não cai diretamente na corrente sanguínea, reduzindo a toxicidade, e o paciente vai poder fazer uso sem correr risco. "A leishmaniose é uma doença crônica, você trata a ferida, ela fecha, mas pode voltar. Quando volta, geralmente é no mesmo lugar. Então, fazer um tratamento que seja eficiente e ao mesmo tempo que não represente risco ao paciente, e a custo baixíssimo, é uma importante contribuição, uma opção para dar qualidade de vida ao paciente”, diz Maria José.

Com a conquista na área de concentração, Maria José agora concorre ao Grande Prêmio Capes de Teses 2014. A cerimônia de premiação acontecerá em Brasília, no dia 10 de dezembro. A pesquisadora já garantiu uma bolsa de pós-doc e pretende fechar o ciclo fazendo testes clínicos em humanos. "Quando o produto estiver ajudando a população, melhorando a condição de vida do paciente, eu me darei por satisfeita, missão cumprida nessa área”. Maria José recebeu bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)

Saiba mais na edição do Órbita IPEN nº 75

 

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