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Pesquisadora do IPEN é laureada com título de 'Emérita' pela International Irradiation Association

Maria Helena de Oliveira Sampa, que durante anos trabalhou no CTR e hoje integra o projeto RMB, teve seu trabalho reconhecido no International Meeting on Radiation Processing (IMRP19)

A química Maria Helena de Oliveira Sampa, pesquisadora aposentada do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) e atualmente consultora do Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), foi laureada com o título de "Pesquisadora Emérita” no International Meeting on Radiation Processing (IMRP19), realizado em Strasbourg, França, no período de 1 a 5 de abril. Ela não pode estar presente para a homenagem, tendo sido representada pelo superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo.

De volta ao Brasil, Calvo recebeu Sampa nesta segunda-feira, 8, na sala de reuniões da Superintendência, para entregar-lhe o certificado e transmitir a mensagem da International Irradiation Association (IIA), organizadora do IMRP19. "Por todo o histórico de seu trabalho no IPEN, promovendo a interação entre a parte acadêmica e a indústria, ao longo de anos, intensificada quando ela foitecnical officerna AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica], a comissão da IIA foi unanime na escolha”, afirmou o superintendente.

Dizendo-se "muito honrado”, pelo IPEN, ao receber a homenagem da IIA em nome de Sampa, Calvo destacou a trajetória acadêmico-científica da pesquisadora, que, dentre tantas funções, foi presidenta da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), no período de 2000 a 2002, e membro da Sociedade Nuclear Americana –Seção Latino-Americana (ANS/LAS). Organização científica e educacional internacional sem fins lucrativos, a ANS conta com aproximadamente 11 mil cientistas, engenheiros, educadores, estudantes e outros membros associados.

De acordo com o superintendente, a indicação de Sampa foi uma surpresa. "Nós realmente fomos surpreendidos com o prêmio da Maria Helena, só soubemos lá, na hora. Quando foi anunciado o nome dela, o Martin [Comben, gerente da IIA], leu sua biografia, agradeceu seu trabalho e sua dedicação, destacando a sua experiência na área de radiação ionizante, e eu me comprometi que assim que voltasse repassaria todas as palavras de agradecimento e reconhecimento, que também representam o que nós, do IPEN, sentimos”, disse Calvo, dirigindo-se à homenageada.

Sampa foi chefe da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do CTR, cujas principais atividades eram gerenciar e coordenar projetos de pesquisa e desenvolvimento no campo de aplicação de radiação ionizante (aceleradores de feixe de elétrons e radiação gama) em processo industrial e ambiental. Nesse período, foram desenvolvidos novos produtos de síntese e esterilização, que formaram a base para a implementação de novas tecnologias no Brasil.

"Maria Helena sempre esteve à frente dessas atividades e sempre aceitou os desafios que foram surgindo ao longo de sua carreira. Inclusive, eu comentei, lá em Strasbourg, durante a premiação, a respeito do seu mais novo desafio: o de trabalhar pelo desenvolvimento do RMB. É realmente gratificante poder contar com a sua colaboração nesse projeto, depois de todo o legado deixado no CTR. Então, gostaria, aqui, de mais uma vez destacar o seu legado para o Instituto”, acrescentou Calvo, ressaltando a emoção dos membros da IIA ao falar da pesquisadora.

"Fiquei surpresa quando recebi a foto da placa que o Calvo me mandou, e depois tantas outras pessoas também me enviaram mensagens de parabéns na sexta-feira [dia da premiação]. E é como eu disse: esse prêmio não é meu, é do Brasil. Quando eu fui para Viena trabalhar na Agência [Internacional de Energia Atômica], eu tive a oportunidade de lidar com outros países e vi o quanto o nosso País está avançado nessa área”, afirmou Sampa.

Segundo ela, as condições adversas enfrentadas pelo IPEN só engradecem e valorizam a premiação. "Às vezes com menos recursos e outras limitações, ainda assim nós sempre procuramos estar no na linda de frente. Então, eu fui indicada, mas o prêmio representa cada um do CTR e, principalmente, representa o nosso País. Porque quando vemos a infraestrutura do Japão, da Coreia, realizamos que o CTR faz muito, estamos sempre ali. Lutar contra essas potências nos engradece e engradece o Brasil”, acrescentou Sampa, emocionada.

A pesquisadora recebeu outros prêmios no campo nuclear: em 2001, a Medalha "Carneiro Felipe”, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia à qual o IPEN está vinculado, e, em 2002, a Medalha "Amigos da Marinha”, concedida pela Marinha do Brasil. Com muitas publicações na área, Sampa é consultora em tecnologia de processamento de radiação para a indústria, preservação do meio ambiente, descontaminação de objetos de arte e instalações de irradiação para a AIEA, o IPEN e a CNEN.

Na ocasião da entrega do prêmio a Maria Helena Sampa pelo superintendente Wilson Calvo, também foi homenageado Lucas Freitas de Freitas, pós-doc do CQMA contemplado com o prêmio "IIA Scientific Award” de melhor trabalho em pôster, na sessão "Young Scientific Session do mesmo IMRP19. Participaram da cerimônia a gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), Margarida Hamada, do coordenador técnico do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), José augusto Perrotta, da gerente do CQMA, Maricel Barbosa, e do pesquisador Ademar Benévolo Lugão, também do CQMA.

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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AM
Assessoria de Comunicação Institucional

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