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- 15/04/2024 - Alunos de Física Médica visitam o IPENNo dia 15 de abril, 40 alunos do curso de Física Médica da USP de Ribeirão Preto visitaram as instalações do Reator IEA-R1.
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- 12/04/2024 - Alunos de Física visitam o IPENNo dia 12 de abril, o IPEN recebeu a visita de 36 alunos do curso de Física da Universidade Federal de Mato Grosso. Os visitantes conheceram as instalações do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, Irradiador Gamacell e Acelerador de Elétrons.
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- 22/03/2024 - Parceria Museu do Ipiranga e IPEN: Tratamento de acervo com raios gamaFonte: Perfis do Museu do Ipiranga no Instagram e Facebook
Cuidar do acervo do Museu do Ipiranga, com mais de 450 mil itens, requer um complexo trabalho que envolve desde ações simples até, ocasionalmente, o uso das mais sofisticadas tecnologias.
Nossas coleções são compostas pelos mais diversos tipos de itens, como objetos tridimensionais, impressos, manuscritos e acervos iconográficos com pinturas, desenhos, fotografia e cartografia.
A maior parte tem como suporte o papel, para o qual a conservação preventiva é a principal estratégia de preservação. Entretanto, há situações nas quais uma ação mais interventiva é necessária.
Um exemplo é a infestação por insetos xilófagos. Papel e madeira servem de alimento para animais como cupins e brocas e o clima quente e úmido favorece o rápido aumento desses insetos.
Para enfrentar tal problema, nosso acervo de jornais e cartografia, com mais de 10 mil itens como encadernados, documentos avulsos e plantas, recebeu o valioso auxílio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado de São Paulo.
No IPEN, nossos papéis foram submetidos à ionização gama. O processo é feito em uma instalação denominada Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, utilizada pelo IPEN há 20 anos em seu Centro de Tecnologia das Radiações – CETER.
Os raios gama utilizados têm uma grande capacidade de penetração nos materiais, percorrendo toda extensão de um objeto em pouco tempo, mesmo de grande porte e se torna uma excelente alternativa rápida e eficaz para tratamentos em massa.
A ionização gama age de forma letal em microrganismos e insetos que provocam a biodeterioração de materiais orgânicos, sendo uma alternativa eficiente quando comparada com outros métodos que podem oferecer riscos tanto para o acervo quanto para a saúde dos colaboradores.
Além de colaborar com mais de 50 instituições de preservação como é o caso do Museu do Ipiranga, o IPEN atua em vários setores da atividade nuclear, cujos resultados vêm proporcionando avanços significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o país. -
- 22/03/2024 - IPEN realiza 'Primeiro Encontro da Colaboração ISIS-Brasil para Nêutrons'O evento aconteceu no dia 18 de março e teve como objetivo discutir uma parceria científica entre o Brasil e o Reino Unido na área de dispersão de nêutrons.
O evento aconteceu no dia 18 de março e teve como objetivo discutir uma parceria científica entre o Brasil e o Reino Unido na área de dispersão de nêutrons.
Em um esforço colaborativo para impulsionar a pesquisa científica, o IPEN-CNEN sediou o "I Encontro de Colaboração ISIS-Brasil para Nêutrons” no dia 18 de março de 2024. Esse evento marcou um passo significativo para as pesquisas relacionadas à dispersão de nêutrons e suas aplicações e a parceria entre o IPEN-CNEN e o ISIS Neutron and Muon Source, no Laboratório Rutherford Appleton, em Oxfordshire, Inglaterra. O ISIS participa do Science and Technology Facilities Council (STFC), cuja missão é estimular e fornecer apoio para pesquisas no Reino Unido e em países parceiros em pesquisas fundamentais nos ramos da Física, Ciências da Computação, Astronomia e Ciências
O encontro teve como foco a troca de informações sobre pesquisas envolvendo nêutrons, além de estabelecer uma base sólida para projetos de colaboração conjunta. Um dos pontos altos foi a discussão sobre o desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), projeto de arraste da Comissão Nacional de Energia Nuclear que poderá tornar o País autossuficiente na produção de radioisótopos para uso na medicina nuclear e se transformar em um pólo de inovação e pesquisa.
Sob a coordenação de José Augusto Perrotta, assessor técnico do RMB e Pesquisador Emérito do Instituto em 2022, o evento refletiu o entusiasmo e a dedicação dos envolvidos. Perrotta foi um dos principais articuladores deste encontro, demonstrando o potencial transformador da pesquisa com nêutrons para diversas áreas, desde a medicina até a indústria.
Participaram do evento, que contou com palestras e mesas redondas, Goran Nilsen, Helen Walker e Philip King, todos do ISIS-UK e pesquisadores do IPEN.
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- 21/03/2024 - Ciclo de combustível e minerais estratégicos necessitam de valor agregado, apontam especialistas, durante Conferência Temática promovida pela CNENA Conferência Temática "Ciência e Tecnologia Nuclear", foi realizada como evento preparatório para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI a ser realizada em junho
A Conferência Temática "Ciência e Tecnologia Nuclear", foi realizada como evento preparatório para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI a ser realizada em junho
O Brasil tem um grande potencial como reserva mundial de urânio e minerais estratégicos, mas é essencial que haja investimento em novas tecnologias para se conhecer e acessar as reservas de urânio existentes no país. Essa foi a tônica dos debates no painel "Ciclo do Combustível, Minerais Estratégicos”, da Conferência Temática Ciência e Tecnologia Nuclear, realizada nos dias 20 e 21, na sede da CNEN, no Rio de Janeiro.
Um dos participantes foi o geólogo e pesquisador do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Hugo Polo. Ele ressaltou o potencial do Brasil, mas advertiu que os avanços dependem também de pessoal qualificado e de um sistema de dados que apontem áreas produtivas, possibilitando mais conhecimento sobre as reservas de urânio no Brasil. O uso da tecnologia vai impactar o ciclo do combustível e de minerais estratégicos para o setor nuclear, segundo Hugo.
Francisco André Barros Conde, secretário de acompanhamento e gestão de assuntos estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional (SAGAE-GSI/PR), ratificou a capacidade estratégica que o Brasil tem para desenvolver e aprimorar as tecnologias no setor de combustíveis nucleares, "mas faltam mais investimentos”.
"A capacidade estratégica já faz parte do nosso poder nacional. O Brasil lutou muito para atingir umaciência e tecnologia avançada no setor nuclear e que agora não pode ser perdida”, destacou Francisco André Conde.
Conde salientou que as discussões sobre a produção de combustível nuclear pela indústria brasileira estão ligadas aos projetos estruturantes coordenados pela CNEN, como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Laboratório de Fusão Nuclear (LFN), e também aos projetos da Marinha do Brasil.
"Estes projetos vão trazer um arrasto tecnológico muito grande para o País e por isso é essencial criar toda uma atratividade para garantir pessoal qualificado para esta indústria”, finalizou.
Maximiliano Delany Martins, chefe da Divisão de Segurança Nuclear e Radiológica (DISER-CNEN) e mediador do painel, afirmou que a discussão sobre o ciclo de combustível nuclear e os minerais estratégicos foi rica e importante ao evidenciar a necessidade de transformar as reservas minerais de urânio e outros materiais que compõem os elementos radioativos nucleares em bens e riqueza para a sociedade.
"Todos foram unânimes em dizer que o país é rico em recursos para a área nuclear e, por isso, necessitamos de uma indústria que consiga extrair e agregar valor a estes recursos para que não seja importado o que temos aqui”, explicou Maximiliano Martins.
As demandas levantadas durante a conferência temática farão parte do documento que será elaborado e apresentado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na 5a Conferência Nacional, que será realizada no mês de junho em Brasília, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e inovação (MCTI).
O painel "Ciclo de combustível e minerais estratégicos” contou ainda com as participações dos palestrantes: Adauto Seixas, representando as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Luís Cláudio Farina, oficial das Forças Armadas da Marinha do Brasil (MB) e John M. A. Forman, consultor independente/INB.
A contar pela presença dos representantes das instituições, a participação do público e a intensidade das discussões durante as mesas, o evento pode ser considerado um sucesso. Os resultados sobre tudo que foi discutido nos dois dias será apresentado na 5ª Conferência Nacional de CT&I, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizada em Brasília no mês de junho de 2024.
Segundo o diretor de pesquisa e desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, todos os temas apresentados e discutidos durante a conferência temática "Ciência e Tecnologia Nuclear”, foram importantes. Porém, as discussões que focaram nas pessoas e na gestão do conhecimento foram os maiores ganhos por terem destacado a importância dos atores (públicos e privados) que fazem o setor nuclear brasileiro acontecer.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
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- 20/03/2024 - Questões cruciais para o setor nuclear marcam o primeiro dia da Conferência Temática realizada pela CNEN, no Rio de janeiroDiscussões realizadas em dois dias vão nortear propostas do setor nuclear a serem apresentadas durante a 5ª CNCT&I organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Discussões realizadas em dois dias vão nortear propostas do setor nuclear a serem apresentadas durante a 5ª CNCT&I organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
A julgar pelo nível das apresentações e o envolvimento nos debates ocorridos na manhã desta quarta-feira, 20, durante o painel "Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”, na abertura da Conferência Temática Ciência e Tecnologia Nuclear, o setor nuclear será bem representado na 5ª Conferência Nacional de CTI (5ª CNCTI), nos dias 4, 5 e 6 de junho de 2024.
Organizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no Rio de Janeiro nos dias 20 e 21 de março, a Conferência Temática conta com a participação de especialistas da própria CNEN e de várias instituições do setor nuclear brasileiro, como Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), Amazul, Marinha do Brasil, Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), WiN Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Faperj, entre outras.
Durante os painéis de abertura, os mecanismos de transferência tecnológica, inovação e empreendedorismo, e os instrumentos de fomento, cooperações nacionais e internacionais renderam debates importantes para o setor.
Paula Helena Ortiz Lima, diretora-presidente do Centro de Inovação e Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC), comentou que a área nuclear tem um grande potencial de inovação, entretanto, esse potencial está represado, seja pela questão do parque de equipamento instalado, considerado obsoleto para realização de pesquisas de ponta, seja pela falta de recursos humanos especializados.
"É primordial a necessidade da renovação de recursos humanos. Existe o potencial, mas ultimamente o setor enfrenta grandes desafios. Acredito que melhorando a questão da comunicação, fazendo com que a sociedade e o governo entendam a importância da área nuclear brasileira em diferentes áreas de atuação como a medicina nuclear, sustentabilidade até as contribuições na agricultura o cenário evolua”, pontuou Paula Lima.
Incentivadora de redes de inovação, Paula destacou, ainda, que, indo ao encontro da descarbonização, a energia nuclear é uma fonte de energia limpa e é a partir daí que o potencial do setor pode ser destacado.
Segundo o pesquisador e membro da Diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação do
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), Marcos Toscano, é muito importante para o setor nuclear a realização desses eventos preparatórios, pois o setor é estratégico para o Brasil.Ele destacou que um dos maiores desafios do setor é explicar para a sociedade a sua missão de forma clara, compreensível e concreta, deixando evidente o que entrega hoje e o que pode entregar no futuro.
"Estamos em um momento crítico para o setor nuclear do Brasil. Isso ocorre por conta do modelo jurídico que foi pensado para ele, no passado. Hoje, há desafios a serem superados no que diz respeito à possibilidade de interação entre o setor público, universidades e empresas particulares. Isso ocorre porque temos um arcabouço jurídico que, na minha opinião, poderia ser repensado para gerar modelos de negócios mais flexíveis”, disse Toscano.
Um novo modelo, segundo ele, poderia "incentivar um florescimento de um ecossistema de empresas nacionais que trabalhem com inovação no setor nuclear, tanto na área de mineração quanto no desenvolvimento de novos modelos de reatores, como também em a linha de P&D aplicada ao setor nuclear, como o que está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo”. Toscano acredita que, somente a partir daí, será possível capacitar o setor, atrair gente jovem das universidades e da iniciativa privada para atuar em cooperação.
Maurício Guedes, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, que mediou as primeiras apresentações do dia, destacou que é de suma importância falar sobre a inovação do setor nuclear e sobre os mecanismos de transferência de tecnologia para a sociedade e para a comunidade científica do mundo inteiro.
"Temos a obrigação de gerar conhecimentos e soluções para o Brasil, mas temos uma grande dificuldade de criar caminhos para transferir esse conhecimento, principalmente na forma de produtos e serviços que possam ser oferecidos para a sociedade. Como essa transferência, normalmente, se faz por meio de empresas, é um grande desafio desobstruir esses canais de comunicação entre o setor privado e as instituições de ciência e tecnologia da área nuclear. Só assim a sociedade vai se beneficiar com a oferta de produtos e serviços inovadores”, finalizou Guedes.
O mediador destacou que os palestrantes e os debatedores do painel "Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”, no primeiro dia da Conferência Temática, certamente, levantaram pontos relevantes para serem levados adiante nas discussões para a formulação do relatório final que será submetido à Conferência Nacional.
A Conferência temática termina no dia 21 com uma série de discussões relevantes que envolvem os programas e projetos estratégicos para o setor e o ensino, formação especializada, mercado de trabalho e comunicação pública.
Para assistir a Conferência, clique aqui.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 18/03/2024 - IPEN-CNEN promove palestras com experts internacionais sobre como iniciar startups de BiotecnologiaAs apresentações gratuitas aconteceram de forma híbrida em 18/03, das 9h às 12h, no Prédio de Ensino do IPEN
As apresentações gratuitas aconteceram de forma híbrida em 18/03, das 9h às 12h, no Prédio de Ensino do IPEN
O setor de Internacionalização do IPEN-CNEN recebeu os especialistas Mikkel Bender e Brian Lohse para ministrarem duas palestras que discutiram temas relevantes na área de inovação e empreendedorismo para cientistas, empreendedores e profissionais que atuam com inovação e patentes. As palestras destacaram questões relativas à criação de startups na área de Biotecnologia.
Mikkel Bender é sócio-fundador e responsável pela equipe de Ciências da Vida da COPA Copenhagen Patents. O tema de sua apresentação será "How to startup a biotech company – Building assets”.
Bender é um dos consultores técnicos e de direito de patentes mais experientes da Dinamarca e atua há anos em processos de litígio, liminares, infração e nulidade, também consultor .
Lohse tem sólida experiência em Química e Biofarmacêutica , sendo responsável pelo Center for Advanced Sensor Technology. É gerente de projetos de pesquisa e desenvolvimento e diretor científico da Serpentides, na Dinamarca. Sua palestra intitula-se "From academy to industry & from fangs to pharmacology”.
As palestras foram realizadas em 18 de março, segunda-feira, das 9h às 12h, no Auditório Alcídio Abrão (sala 155), 1º andar do prédio de Ensino do IPEN, Av. Prof. Lineu Prestes, 2.242.
Currículo dos palestrantes:
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- 12/03/2024 - Comitiva da Marinha ligada ao desenvolvimento nuclear e tecnológico visita o IPEN-CNEN para falar sobre projetos estratégicos e inovadoresOs visitantes foram recebidos pela superintendente do IPEN, Isolda Costa, pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Júnior, e pelo diretor de pesquisa e desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo
Os visitantes foram recebidos pela superintendente do IPEN, Isolda Costa, pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Júnior, e pelo diretor de pesquisa e desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo
No dia 12 de março, uma comitiva da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), liderada pelo Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, esteve no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), vinculada ao MCTI, na cidade de São Paulo.
De acordo com a superintendente do IPEN, Isolda Costa, o Instituto é um colaborador e parceiro da Marinha do Brasil em temas que envolvem desenvolvimento nuclear e tecnológico no país, tornando a parceria entre ambas instituições vital para o Programa Nuclear Brasileiro.
"Nós conseguimos, através dessa parceria, grandes conquistas no passado, como o domínio do ciclo do combustível nuclear e também a construção de um reator com toda a tecnologia nacional, envolvendo o IPEN e a Marinha, o Reator IPEN/MB-01, que é genuinamente brasileiro, concebido por pesquisadores e engenheiros do Instituto, financiado e construído pela Marinha do Brasil, operando desde 1988”, lembrou.
Parcerias atuais
Atualmente a continuidade da parceria entre IPEN-CNEN e a Marinha se dá por meio de cinco projetos vigentes, sendo quatro de desenvolvimento tecnológico e um de formação de operadores que qualifica e certifica militares como operadores do Reator IEA-R1 do IPEN. Já foram formados dez operadores, outros nove em fase de qualificação e mais 15 novos iniciando treinamento.
Durante a visita os representantes da Marinha conversaram sobre pesquisas, projetos estratégicos de interesse comum, como o projeto para a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e conheceram o funcionamento do Reator Nuclear de Pesquisa, IEA-R1 onde o treinamento para operadores é realizado.
Segundo o presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Júnior, "a CNEN hoje está trabalhando para que o Programa Nuclear Brasileiro se solidifique e seja reconhecido a partir de resultados concretos, da mesma forma que aconteceu com o projeto do submarino nuclear brasileiro que tive conhecimento há cerda de 40 anos e hoje está perto de se tornar uma realidade. Por isso estamos à disposição da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha”, adiantou Rondinelli Júnior.
Ao final do encontro o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello fez um agradecimento ao IPEN-CNEN pela parceria que propiciou à Marinha brasileira fazer parte do Programa Nuclear Brasileiro na parte de infraestrutura e com um trabalho extremamente profissional. "A expectativa é que outros projetos aconteçam de forma sinérgica em breve. Sempre uma instituição contribuindo com a outra neste sentido”, finalizou, entregando para a superintendente do IPEN, Isolda Costa, uma miniatura do submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear, principal projeto do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, previsto para operar em 2033.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 11/03/2024 - IPEN se reúne com membros da Procuradoria-Geral Federal para discutir a criação de um novo modelo de gestão para a RadiofarmáciaEncontro serviu para que as procuradoras e demais membros da PGF conhecessem as instalações, os serviços e produtos voltados à medicina nuclear a fim de otimizar a produção de radiofármacos para o Brasil pelo IPEN-CNEN.
Encontro serviu para que as procuradoras e demais membros da PGF conhecessem as instalações, os serviços e produtos voltados à medicina nuclear a fim de otimizar a produção de radiofármacos para o Brasil pelo IPEN-CNEN.
Uma visita ao Centro de Radiofarmácia e uma reunião na superintendência do IPEN marcaram o encontro, no dia 11 de março, da superintendente do Instituto, Isolda Costa e do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, com a procuradora-geral federal, Adriana Venturini, a procuradora regional federal da 3ª Região, Danielle Prezia Aniceto, o consultor federal de Educação, Ciência e Tecnologia da PGF, Jezihel Pena Lima, e dos representantes da procuradoria federal – CNEN, Romulo de Castro Lima e Fernanda Mesquita Ferreira.
A visita se deu por conta da importância e responsabilidade que a Radiofarmácia do IPEN tem para com as milhares de pessoas que dependem da medicina nuclear brasileira, principalmente nos casos que envolvem o diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças em todo o território nacional, pois o IPEN é hoje o principal fornecedor de radiofármacos para clínicas e hospitais públicos e particulares.A vinda deles ao IPEN foi idealizada pela própria procuradora-geral federal, para conversar sobre as possibilidades de mudança e modernização do modelo de gestão para a Radiofarmácia como já vem sendo trabalhado em outras instituições públicas brasileiras com o objetivo de tornar mais ágeis os processos de gerenciamento, aquisições de matéria prima e de produção, por exemplo.
Segundo a superintendente, Isolda Costa, conhecer a Radiofarmácia e sua estrutura atual são fundamentais para que a procuradora e sua equipe consigam analisar e identificar as possibilidades de modelos de gestão e sugerir possíveis mudanças. "A vinda deles ao IPEN significa conhecer a nossa estrutura, as nossas necessidades e a partir do aspecto jurídico apontar as possibilidades para que nós possamos considerar, analisar, avaliar e tomar decisões, junto a nossa diretoria, sobre como podemos conduzir melhor a Radiofarmácia, de forma a garantir a prestação de serviços contínuos à sociedade”, explicou Isolda Costa.
O Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, destaca que hoje o IPEN tem, por exemplo, a capacidade técnica de produção e execução, de modernização das instalações e os profissionais, mas é necessária a modernização, não só para pesquisa, desenvolvimento e inovação. "O que precisamos não é só modernizar as instalações, mas também os mecanismos jurídicos que regem os procedimentos e as Resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs) da Anvisa. Além de construir nós precisamos manter toda a estrutura da Radiofarmácia e fazer com que isso ocorra de forma sustentável a partir de um modelo jurídico mais abrangente e adequado a nossa realidade”.
Calvo lembra que o Instituto Butantan e a Fiocruz são exemplos de sucesso nesta renovação do modelo de gestão, pois estas instituições conseguem atingir muito mais rápido a sociedade, inclusive com novos medicamentos. No caso do IPEN, nós estamos buscando essa segurança jurídica, para que possamos agilizar os processos para atender de forma rápida as demandas da sociedade pelos cerca de 460 hospitais e clínicas no país e milhares de pacientes.
Ao fim da reunião a procuradora-geral federal, Adriana Venturini, destacou que durante a visita conheceram e conversaram bastante sobre o trabalho realizado pelo IPEN. "Quando falamos em radiofármaco, temos um conceito muito indefinido ou abstrato do que isso representa. Sabemos que é algo importante para a saúde, mas qual o percentual de utilização disso pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? Para quais doenças, de fato, os radiofármacos contribuem para o tratamento? Que procedimentos médicos dependem de radiofármacos para sua realização? Nós precisamos fazer, de fato, uma conexão do que é produzido aqui e o que isso representa para a vida do cidadão brasileiro”, afirmou Adriana Venturini.
A procuradora destacou ainda que a partir de agora eles vão poder criar, dentro da procuradoria, uma modelagem jurídica que possa viabilizar isso dentro de uma estrutura legal existente e de acordo com os melhores instrumentos jurídicos disponíveis a fim de que a Radiofarmácia alcance o seu máximo de produtividade, com o menor risco possível.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 08/03/2024 - IPEN-CNEN homenageia servidoras, colaboradoras e alunas no Dia Internacional da MulherNa data que marca a luta pelos direitos de igualdade feminina, o IPEN-CNEN promoveu ação em homenagem às mulheres que formam sua comunidade
Na data que marca a luta pelos direitos de igualdade feminina, o IPEN-CNEN promoveu ação em homenagem às mulheres que formam sua comunidade
Uma singela homenagem surpreendia todas as mulheres que acessavam o campus do IPEN-CNEN em 8 de março, data que marca o Dia Internacional da Mulher. Uma equipe formada por servidores do Serviço de Comunicação Institucional, da Diretoria do IPEN (DIPEN) e colaboradores do Setor de Transporte recepcionava o contingente feminino que trabalha e estuda no Instituto com uma mensagem de gratidão e reconhecimento pela dedicação, esforço e comprometimento nas mais diversas áreas de atuação da Instituição.
Agentes de segurança, colaboradoras terceirizadas, alunas, servidoras das áreas administrativas e técnicas sentiram-se acolhidas e estimuladas pela ação desenvolvida com o apoio voluntário de representantes do Conselho Técnico Administrativo do IPEN. A ação foi realizada das 7h às 9h junto às duas portarias da Instituição, no campus da USP, em São Paulo.
Embora a parcela feminina de servidores efetivos do IPEN seja de 26%, é destacada sua participação nas atividades institucionais. Nos últimos anos a atuação feminina tem aumentado nos cargos de gerência chegando, atualmente, a 35%.
Estímulo a futuras cientistas
Uma ação mais reflexiva e potente sobre a participação feminina na área de pesquisa será realizada no IPEN durante o III Encontro de Meninas e Mulheres na Ciência, no período de 14 a 16 de maio. O evento promovido pelo IPEN em parceria com a organização internacional Women in Nuclear (WiN Brasil) terá entre seus objetivos estimular alunas do Ensino Médio de escolas públicas da região do Butantan a buscarem carreiras na área das ciências exatas.
Entrevista com a superintendente do IPEN
Isolda Costa, engenheira química que iniciou carreira no IPEN como bolsista, tornou-se a primeira superintendente do IPEN. A entrevista que concedeu à Rádio IPEN está disponível na seção de podcasts da Rádio IPEN.
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- 27/02/2024 - IPEN e ACIESP estudam parceria visando a popularização das tecnologias energéticas e nuclearesCiclo de visitas ao IPEN é importante para que a sociedade perceba a importância das pesquisas, das ações no ensino, da produção de radiofármacos e do fornecimento de serviços para a sociedade.
Ciclo de visitas ao IPEN é importante para que a sociedade perceba a importância das pesquisas, das ações no ensino, da produção de radiofármacos e do fornecimento de serviços para a sociedade.
Membros da Diretoria e do Conselho da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) conheceram no dia 27 de fevereiro, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Criada em 1974, a ACIESP é uma organização que congrega pesquisadores para a promoção da ciência, do desenvolvimento tecnológico e da educação na cidade de São Paulo.
Além de conhecerem o Reator Nuclear IEA-R1, eles conversaram com a superintendente do IPEN, Isolda Costa, que destacou a importância social do Instituto tanto para a população, quanto para a formação de recursos humanos e para o atendimento à questão da saúde.
"Na visita que fizeram hoje ao reator de pesquisa eles conseguiram perceber o quão vital é o IPEN para o Brasil e como é importante que ele tenha longa vida mantendo acesa a chama da pesquisa e da inovação que movem essa instituição”, destacou Isolda Costa.
Esta também foi a impressão do presidente da ACIESP, Adriano Andricopolo. "Todos nós da ACIESP ficamos muito impressionados com a qualidade do trabalho que é feito, a importância da ciência, da educação, do desenvolvimento tecnológico praticados aqui. O IPEN se mostra na vanguarda, desenvolvendo um trabalho importantíssimo para o nosso país. Estamos hoje aqui muito contentes e muito bem impressionados com o que vimos”, finalizou Andricopolo.
Para Carlos Greff, membro do conselho da ACIESP, que também esteve no IPEN, este contato pode, a partir de agora, render bons frutos. "É muito importante que a ACIESP tenha uma conexão com elementos ativos da sociedade relacionados com pesquisa, desenvolvimento, inovação, este é o caso do IPEN. Dentre as missões da Associação, em especial naquelas relacionadas à divulgação científica, promoção da ciência para a população percebemos um potencial grande de trabalho em conjunto com o IPEN”, explicou Greff.
Ao final da visita, Isolda Costa destacou que o IPEN é uma instituição importante para o Brasil e para a América Latina e por isso é essencial que haja essa interação e parcerias com as sociedades organizadas, como é o caso da ACIESP. "É imprescindível que a sociedade conheça a importância das nossas pesquisas, das ações no ensino, da produção de radiofármacos para medicina nuclear e do fornecimento de vários serviços para a sociedade”, destacou Costa.
Mais informações no site do IPEN. (www.ipen.br) e no site da ACIESP (https://aciesp.org.br)
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- 26/02/2024 - IPEN/CNEN estuda parceria com Insper (SP) para fomentar o desenvolvimento tecnológico e a aplicação de pesquisasDois projetos de pesquisas do Centro de Laser e Aplicações chamaram a atenção pelo potencial tecnológico e interesse social durante a visita.
Dois projetos de pesquisas do Centro de Laser e Aplicações chamaram a atenção pelo potencial tecnológico e interesse social durante a visita.
Professores do Insper, instituição de nível superior e pesquisas sediada em São Paulo, estiveram nesta terça-feira, 26, visitando as Instalações do IPEN/CNEN para conhecer as pesquisas com potencial de inovação e transferência tecnológica. A visita começou pelo Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), onde o grupo foi recebido pelos pesquisadores Niklaus Wetter e Wagner de Rossi, respectivamente coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino e gerente do Centro.
Antes, os visitantes se reuniram com a diretora-superintendente do IPEN/CNEN, Isolda Costa, conheceram um pouco sobre a história do Instituto percorrendo o Espaço Cultural Marcello Damy e manifestaram o interesse do Insper em manter um vínculo com o IPEN com vistas a investir em pesquisas que tenham potencial de mercado, conforme puderam observar no CELAP, quando conheceram um pouco sobre a aplicação de laser na agricultura e também para a otimização da produção de radiofármacos.
A diretora de Pesquisa do Insper, Cristiane de Xavier Pinto, enfatizou o interesse da instituição em P&D, a fim de torná-las de fato aplicáveis e com retorno para a sociedade, e visando elevar o TRL (Nível de Maturidade Tecnológica, do inglês Technology Readiness Level) das que têm potencial de inovação tecnológica. Para Isolda Costa, a visita foi promissora e, futuramente, poderá resultar em um acordo para fomentar novos negócios, por meio das tecnologias já disponíveis nos centros de pesquisas do IPEN.
Prioridade para área de saúde
"A gente demonstrou duas tecnologias, uma do Dr. Wagner, que é um circuito microfluídico para a fabricação de FDG (Fluordexogliocose) utilizado em exames PET-CT, e outra, um laser que já está pronto, no qual será acoplado um drone para fazer controle de pragas na agricultura. Eles ficaram bastante interessados, gostaram muito de ver que a gente já consegue levar uma pesquisa, uma tecnologia com TL3 ou TL4”, disse Wetter, referindo-se ao "nível de maturidade tecnológica”.
O próximo passo, segundo Wetter, é apresentar ao Insper uma relação de mais três ou quatro tecnologias. "Eles vão avaliar seis tecnologias no total e vão elencar duas que julgam com mais potencial para desenvolver e abrir um startup. Mas existe também a possibilidade de financiamento para transferência dessas tecnologias, uma vez desenvolvidas pelos alunos, para uma empresa ou para outro órgão de instituição privada”, acrescentou o coordenador do IPEN/CNEN.
Ainda de acordo com Wetter, o Insper demonstrou mais interesse em pesquisas da área de saúde. Além do CELAP, os Centros de Química e Meio Ambiente (CEQMA), de Biotecnologia (CEBIO), de Tecnologia das Radiações (CETER) e de Radiofarmácia (CERCF) também atuam nesse campo. No caso do CECRF, estão sendo desenvolvidos estudos com novas moléculas para radiofármacos. Ao final, o grupo conheceu o Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1 – em operação no Instituto desde a década de 50 –, seu funcionamento e potencialidades, e alguns laboratórios e pesquisas do IPEN/CNEN.
Sobre o Insper
O Insper é uma instituição de ensino superior e de pesquisa sem fins lucrativos, que reverte todo o resultado operacional para a realização de sua missão de promover a transformação do Brasil por meio de formação de líderes inovadores e pesquisa aplicada — atuando com excelência acadêmica e visão integrada das áreas de conhecimento. Por meio por meio do potencial de aplicação da pesquisa, procura acelerar transformações de alto valor econômico e social.
Mais informações no site https://www.insper.edu.br/
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 21/02/2024 - IPEN-CNEN e Instituto de Engenharia (IE) assinam termo de cooperação para ampliar divulgação de pesquisas e ações que envolvam tecnologia nuclearA assinatura foi nesta terça-feira, 20, na sede do Instituto de Engenharia em São Paulo e contou com a presença de representantes das duas instituições e de setores com interesse no tema.
A assinatura foi nesta terça-feira, 20, na sede do Instituto de Engenharia em São Paulo e contou com a presença de representantes das duas instituições e de setores com interesse no tema.
Desmistificar a radiação, as tecnologias nucleares e difundir o potencial benéfico da energia nuclear para a sociedade, este foi o tom da cerimônia de assinatura do termo de compromisso entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN-CNEN e o Instituto de Engenharia, nesta terça-feira, 20, em São Paulo.
Na prática, o termo de cooperação, que envolverá os docentes, pesquisadores e tecnologistas do IPEN e profissionais do setor de engenharia, visa promover e divulgar as atividades das áreas da tecnologia nuclear para a cidade de São Paulo e para o Brasil, de forma que os interessados participem de eventos em diferentes mídias e promovam a produção de materiais didáticos e de divulgação sobre o uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos a para a melhoria da qualidade de vida da população.
De acordo com a diretora superintendente do IPEN, Isolda Costa, em quase 70 anos de atuação o Instituto vem acumulando uma grande quantidade de informações, conhecimentos e tecnologias que precisam chegar à sociedade. Ela citou o que já vem sendo feito como as ações da Radiofarmácia, que abastece mais de 430 clínicas e hospitais no Brasil com produtos utilizados na medicina nuclear, sendo o IPEN responsável, atualmente por, pelo menos, 80% dos radiofármacos produzidos no Brasil utilizados em terapias e diagnósticos de doenças diversas.
Isolda citou ainda o potencial dos programas de pós-graduação mantidos pelo IPEN-USP, sendo um acadêmico, com mais de duas mil teses e mais de mil dissertações defendidas, e o outro, um mestrado profissionalizante, voltado para capacitação de profissionais para o mercado de trabalho, com mais de 40 dissertações de mestrado já defendidas.
"Este acordo de cooperação envolve várias ações que serão muito úteis para ambas as instituições. Visa a promover a ciência, a engenharia e a trazer mais alunos e pessoas interessados nas áreas de atuação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Esta parceria deverá unir forças para divulgar a sua missão e a sua função e, junto com o Instituto de Engenharia, promover a colaboração com outras instituições representantes de vários setores da engenharia no País”, destacou Isolda Costa.
Para o presidente do IE, José Eduardo Jardim, a ideia, a partir de agora, é intensificar os trabalhos para desmistificar a preocupação da população com a energia nuclear e mostrar os pontos positivos e produtivos para a transição energética e para o bem da sociedade.
"Vamos dar continuidade a um plano de colaboração conjunta entre o IPEN e o IE, a fim de divulgar os benefícios, a importância e as responsabilidades destas duas instituições. Contar com o IPEN hoje é um orgulho e uma honra para o nosso país, e isso precisa ser divulgado adequadamente”, destacou o presidente do IE.
Durante a cerimônia, três desafios iniciais foram lançados: o primeiro, mostrar que a radiação é um bem para a sociedade por meio de ações de divulgação. O segundo é a realização de um evento a ser realizado no IE para desmistificar a irradiação de alimentos, e o terceiro, uma visita técnica ao IPEN para conhecer as áreas de atuação do Instituto por meio dos 11 centros de pesquisas e o setor de ensino.
O IPEN é uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, tecnologia e Inovação (MCTI).Ulysses Varela
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- 09/02/2024 - Alunos da Pós-Graduação do IPEN-USP conquistam diploma de mestrado na RússiaDe volta ao Brasil com diploma na mão, três estudantes relatam experiências e ganhos após aceitar o desafio de estudar sobre tecnologia nuclear em outro país por meio de intercâmbio
De volta ao Brasil com diploma na mão, três estudantes relatam experiências e ganhos após aceitar o desafio de estudar sobre tecnologia nuclear em outro país por meio de intercâmbio
Os resultados de uma parceria firmada pela Internacionalização do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) envolvendo o intercâmbio de estudantes brasileiros do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN-USP com o Instituto de Física de Moscou (MEPhI) – Universidade de Engenharia Nuclear, na Rússia, já são uma realidade.
Três alunos da Pós-Graduação, João Vitor Soares, orientado por Almir Oliveira Neto, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO); Júlio de Oliveira, orientado por Roberto Vicente, do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) e Levy Scalise, orientado por Artur Wilson Carbonari, do Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ), todos do IPEN, retornaram ao Brasil trazendo na bagagem, além da experiência única de estudar sobre as tecnologias nucleares na Rússia, um diploma de mestrado internacional para enriquecer os currículos.
Para diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) do IPEN-CNEN, Niklaus Wetter, que acompanhou o processo de implantação do mestrado sanduiche desde 2019, enquanto era gerente de Internacionalização, esta foi uma oportunidade que certamente estes estudantes souberam aproveitar.
"A ideia inicial era que os estudantes ficassem apenas um ano estudando fora do Brasil, mas a partir de um acordo, eles conseguiram renovar as bolsas por mais um ano o que lhes garantiu obter o diploma de mestrado da Universidade de MEPhI, independente do diploma deles da Pós-Graduação no IPEN. Isso, certamente, facilitará na hora em que forem buscar empregos nacionais ou internacionais. Além de mostrar que eles têm um conhecimento um pouco maior em tecnologia nuclear e do mundo”, afirma Niklaus Wetter.
Para ficarem dois anos fora do Brasil os estudantes contaram com bolsas de estudos integrais oferecidas pela Companhia Estatal de Energia Nuclear da Rússia (ROSATOM). Eles fazem questão de destacar o quanto esta experiência foi benéfica para cada um deles tanto na área acadêmica quanto na área cultural.
Novas experiências
Aluno do programa de doutorado direto do IPEN na área de Aplicações de Tecnologia Nuclear, Júlio de Oliveira destaca que aceitou o desafio porque a Rússia é um país referência em tecnologias de bateria nuclear, que é parte do tema do seu projeto de doutorado aqui no Brasil.
"Apesar de, na Rússia, eu não poder trabalhar com bateria nuclear, por ser um assunto restrito e estratégico deles, eu desenvolvi uma pesquisa sobre os reatores espaciais que usam um sistema de baterias parecido. Boa parte dos sistemas são os mesmos usados na bateria nuclear, então consegui tirar proveito para me aprofundar na aplicação da tecnologia em si, o que já me ajudou muito”, destaca Júlio de Oliveira.
O estudante defende ainda que agora ele tem um leque mais amplo de temas em que pode atuar, pois aprendeu mais sobre reatores, tendo contato com os processos que trabalham com os rejeitos dos reatores. Agora ele se sente apto para trabalhar em usinas nucleares.
O outro estudante, Levy Scalise, explica que ter ido estudar na Rússia foi uma experiência muito boa, porque mesmo nunca tendo saído do Brasil, sabia que estudar fora daria a ele a oportunidade de enriquecer seu currículo enquanto pesquisador com experiência internacional, sem falar no ganho cultural.
"Ver como funciona a cultura de outro país serve para valorizarmos o que aqui no Brasil é melhor. Ter conhecido pessoas de várias nacionalidades foi uma troca tão boa quanto o conhecimento técnico e científico adquirido. Percebi que a nossa formação aqui no Brasil também é muito boa e isso deu um upgrade na minha formação. Agora, tenho certeza que com esta experiência internacional no currículo eu posso fazer a diferença no mercado de trabalho cada vez mais globalizado”, afirmou Levy Scalise.
O estudante destaca ainda que a Rússia é referência mundial na área nuclear e isso tornou a experiência muito proveitosa, pois lá existem profissionais muito bem preparados, com o know-how na área nuclear tanto na academia quanto nas organizações particulares.
Ele explica que lá na universidade russa pesquisou os impactos da radiação no meio ambiente com destaque para o controle e o monitoramento constante de áreas onde existem instalações nucleares, sendo esta, segundo ele, uma área de estudo essencial por estarem expansão no Brasil.
O terceiro aluno a retornar com o título de mestrado, João Vítor Soares, é formado em Engenharia de Controle e Automação e agora tem também um mestrado em Engenharia Nuclear e Física Térmica. Ele destaca a forma e os métodos como os professores russos ensinam.
"Os professores russos foram essenciais para o meu aprendizado, até porque eles têm uma metodologia muito diferente dos professores brasileiros para ensinar. Eles fazem o aluno pesquisar e aprender de fato. Posso afirmar que comecei a aprender a pesquisar mais por conta deles. De forma geral, ter um mestrado internacional me permitiu tomar um rumo enquanto pesquisador, porque eu aprendi russo, fiquei fluente em inglês e treinei o alemão, então isso foi muito bom para mim”, enfatiza João Vitor.
Em termos acadêmicos o estudante pretende continuar a pesquisar a área de Engenharia de Controle e Automação. Na prática, ele pretende se especializar em equipamentos como os geradores de vapor que necessitam de monitoramento e controle constante para evitar danos e também melhorar a performance. "O controlador pode permitir uma eficiência melhor. Diferentes de sistemas automatizados, trabalhamos com a ideia de um controle mais humanizado, não apenas com lógica de 0 e 1 ou baixo e alto ou quente e frio, sempre existe um meio termo. Um controlador experiente pode ter respostas variadas, mais rápidas e mais humanas, isso permite uma eficiência melhor e não deixa acontecer o estresse mecânico”, explicou João Vitor.
Continuidade
Segundo Niklaus Wetter é grande a possibilidade dessa parceria continuar, pois há um claro desejo do Itamarati e Brasília, a continuação das parcerias com a Rússia. "A previsão é que haja a seleção de novos alunos em outubro de 2024. Desta vez os alunos podem conquistar um diploma com dupla nacionalidade, terminando um curso no IPEN com dois mestrados e sem ter que ficar os dois anos na Rússia. Com esta facilidade esperamos conseguir mais alunos se dispondo a participar desta experiência”, finalizou.
Ouça a entrevista dos alunos na seção de podcasts da Rádio IPEN
Ulysses Varela
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- 23/01/2024 - Reitor da USP conhece infraestrutura e atividades do IPEN-CNEN e destaca a importância de parceriasA visita de Carlos Gilberto Carlotti Junior ao IPEN serviu para estreitar os laços entre as duas instituições responsáveis por pesquisas e formação de pessoal em São Paulo
A visita de Carlos Gilberto Carlotti Junior ao IPEN serviu para estreitar os laços entre as duas instituições responsáveis por pesquisas e formação de pessoal em São Paulo
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que é uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), recebeu no último dia 23 de janeiro o Reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Ele foi recebido pela diretora superintendente, Isolda Costa, e pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, no Espaço Cultural Marcello Dami, na Superintendência do Instituto, onde eles conversaram sobre as atividades que o IPEN-CNEN desempenha no campo das pesquisas energéticas e nucleares por meio dos seus 11 centros de pesquisas e o de ensino.
Por meio da exposição permanente "O IPEN e sua História”, o reitor conheceu os principais destaques das atividades desenvolvidas no Instituto ao longo dos anos, como a unidade móvel para aceleradores de elétrons, uma estação móvel de radiação de materiais que será útil às indústrias, e o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que será instalado em Iperó, no interior de São Paulo. Outro ponto de destaque foi o programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear oferecido pelo IPEN em parceria com a USP, desde 1976 e que resulta em mais de 3 mil titulações.
Questões internas ligadas à infraestrutura do IPEN além de outros assuntos foram tratados durante a visita, que terminou nas instalações do Centro de Radiofarmácia do IPEN, um setor que é responsável por produzir e distribuir radiofármacos para clínicas e hospitais que atuam com medicina nuclear no Brasil. No local, ele foi recebido pela gerente de garantia da qualidade do centro, a farmacêutica Elaine Bortoleti de Araújo e pelo gerente de produção, o químico Luís Alberto Pereira Dias. O físico Niklaus Wetter, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, participou da visita.
O reitor conheceu de perto as instalações onde são preparados alguns produtos utilizados essencialmente para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear.
Sendo da área de saúde ele se surpreendeu com a importância das atividades desenvolvidas pelo Instituto e destacou a relevância do IPEN campo da tecnologia nuclear brasileira.
"A USP tem uma parceria de muitos anos com o IPEN. A visita de hoje estabelece uma nova fase entre as instituições para que nos próximos anos nós possamos trabalhar ainda mais em conjunto para poder servir ao estado de São Paulo e ao Brasil”, destacou o reitor.
Ulysses Varela
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- 22/01/2024 - Visita de alunos de universidade americana a centros de pesquisas do IPEN-CNEN é marcada por novas experiênciasPor meio da Internacionalização do IPEN-CNEN, delegação de alunos estrangeiros fez experimentos para extrair moléculas benéficas à saúde a partir de veneno de serpentes
Por meio da Internacionalização do IPEN-CNEN, delegação de alunos estrangeiros fez experimentos para extrair moléculas benéficas à saúde a partir de veneno de serpentes
Entre os dias 15 e 24 de janeiro, um grupo de doze estudantes da Universidade SOKA, localizada na Califórnia, participaram de atividades de ensino e pesquisa no IPEN-CNEN e no Instituto Butantan.
Sob a supervisão da professora do departamento de Biologia da Universidade de SOKA, a bioquímica Susan Walsh e do pesquisador e biólogo Patrick Spencer, do Centro de Biotecnologia (CEBIO) do IPEN, responsável pela área de Internacionalização do IPEN, eles realizaram um treinamento básico em química de proteínas nos laboratórios da Instituição conjuntamente com o Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantã.
O intercâmbio serviu para que os alunos realizassem experimentos nos laboratórios do CEBIO do IPEN a fim de isolar e caracterizar moléculas com atividade antimicrobiana a partir de veneno de serpentes. Para isso eles receberam aulas e treinamentos em laboratórios específicos.
A partir desta interação os estudantes tiveram a oportunidade de se familiarizar com algumas técnicas de purificação, screening in vitro, espectrometria de massas e bioinformática. Para a estudante brasileira que cursa ciências neurobiológicas na Universidade de SOKA, Beatriz Ulian, tanto ela quanto os demais colegas tiveram uma nova experiência.
"Lá na Universidade de Soka nós não temos a oportunidade de conhecer tudo isso que estamos vendo aqui. Tenho certeza que na área de neurobiologia eu poderei no futuro aplicar conhecimentos com radiação para fazer marcação de órgãos durante exames”. Explicou a estudante.
Segundo Spencer, esta visita foi importante para a Internacionalização do IPEN, mas também para estes acadêmicos e a professora que os acompanha, pois no Instituto eles puderam observar como se faz pesquisas em outros países, no caso, aqui no Brasil.
"Esta troca de experiências contribui para incrementar a Internacionalização do IPEN por meio do intercâmbio de alunos, professores e de profissionais para a troca de conhecimentos e a divulgação do nosso Instituto como um todo”, finalizou Patrick.
O Centro de Biotecnologia do IPEN tem forte tradição em pesquisas na área de biofármacos e hormônios, além de contribuir para a formação de profissionais e estudantes tanto na graduação quanto na pós-graduação.
Visitas a Centros de Pesquisas
Além de atividades laboratoriais e salas de aula, os estudantes visitaram outras instalações do IPEN como Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) onde foram recebidos pelo gerente de Produtos e Serviços, Samir Luiz Somessari, que explicou o funcionamento do Centro e as principais atividades voltadas para aplicações da tecnologia das radiações no país direcionadas para a indústria, a saúde e ao meio ambiente.
Durante outra visita, ao Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), o grupo foi recebido pelo pesquisador Anderson de Freitas e outros pesquisadores. Os visitantes estrangeiros conheceram alguns laboratórios e equipamentos de última geração, além de diversas pesquisas de ponta que utilizam a aplicação de laser na área de saúde, processamento de materiais, monitoração ambiental e na área nuclear.
A professora Susan Walsh destacou a satisfação com a experiência dela e de seus alunos no IPEN. "A visita foi além do que esperávamos. Não é possível fazer isso em qualquer lugar e isso fez valer a pena vir até o Brasil. Os alunos tiveram uma experiência rica tanto nos laboratórios quanto trabalhando e conversando com cientistas incríveis e suas pesquisas extraordinárias, isso sem falar no ganho cultural, de comer comidas típicas conhecer são Paulo e a avenida Paulista onde até dançaram samba na chuva”, finalizou.
Ulysses Varela
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- 12/01/2024 - Resultado de pesquisa sobre radiofármacos desenvolvida pelo IPEN-CNEN recebe prêmio internacionalO trabalho premiado reúne profissionais de dois centros de pesquisa do Instituto e é inovador ao utilizar microusinagem com laser de femtosegundo para sistema microfluídico na produção de radiofármacos
O trabalho premiado reúne profissionais de dois centros de pesquisa do Instituto e é inovador ao utilizar microusinagem com laser de femtosegundo para sistema microfluídico na produção de radiofármacos
O trabalho "Circuito microfluídico aplicado à concentração de 18F (Flúor-18) para produção de radiofármacos”, que é parte da pesquisa de doutorado em andamento, desenvolvida pelo aluno da pós-graduação do IPEN, Antonio Arleques Gomes, conquistou o 1º lugar com a láurea "Marcos Pinotti Barbosa”, concedida à melhor pesquisa estudantil apresentada durante o XII Congresso Latino-Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (COLAOB/2023) realizado no período de 12 a 15 de dezembro de 2023 em Mar del Plata, Argentina.
O prêmio, inédito para o programa de pós-graduação do IPEN, é considerado um dos mais importantes para a comunidade científica da Sociedade Latino-Americana de Biomateriais e Órgãos Artificiais (SLABO), organizadora do evento, e presta homenagem ao professor Marcos Pinotti (1965-2016) reconhecido como um dos principais cientistas brasileiros nas áreas de Biomimética e Bioengenharia e cofundador da SLABO.
A pesquisa, escolhida entre 69 trabalhos apresentados durante o congresso, está sob a orientação do professor Dr. Wagner de Rossi, gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) e coorientada pelo farmacêutico Dr. Emerson S. Bernardes, gerente do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN. Também contou com a importante participação do radioquímico Dr. Arian Pérez Nario, bolsista de pós-doutorado do IPEN e do físico Dr. André Luis Lapolli, responsável pelo Serviço de Operação de Aceleradores Cíclotron do instituto.
Na prática, a pesquisa visa desenvolver um sistema microfluídico por meio de técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos para a produção de radiofármacos a partir de Flúor-18. No trabalho, foi produzido um circuito microfluídico dedicado chamado de "Microcartucho de troca aniônica” destinado ao primeiro estágio de obtenção de qualquer radiofármaco; um produto utilizado essencialmente para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear.
O processo compreende duas fases distintas. Na primeira, o Flúor-18 obtido em cíclotron fica retido no microcartucho. Na segunda, de eluição, o Flúor-18 é extraído resultando em um eluente líquido com uma concentração significativamente elevada do radionuclídeo.
Além de inédito no Brasil, o resultado da pesquisa desenvolvida no IPEN-CNEN pode ser considerado significativo uma vez que conseguiu uma concentração do eluente com Flúor-18 de seis a dez vezes maior que a obtida por meio de outros processos convencionais na primeira etapa de produção de radiofármaco, como, por exemplo, o Fluordexogliocose (FDG).
"Ter sido premiado com o trabalho de maior importância e relevância científica em um congresso desse nível é, sem dúvida, uma grande satisfação para mim e acredito, de grande importância para o IPEN”, destacou o doutorando Antonio Gomes, o qual enfatiza a dedicação do prêmio ao seu grupo de pesquisa e, em especial, a seu orientador pelo apoio incondicional.
O doutorando explicou ainda que os resultados apresentados, bem como o desenvolvimento da técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos, posicionam o IPEN como uma instituição de destaque na inovação tecnológica e científica nesta área do conhecimento.
Uma das principais missões do IPEN é tornar a medicina nuclear cada vez mais acessível à sociedade brasileira e o Flúor-18 tem destaque em exames que se utilizam de equipamentos de tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT).
"O próximo passo após a conclusão da pesquisa é buscar parcerias no setor produtivo para disponibilizar para a sociedade radiofármacos mais eficazes para a medicina nuclear”, finaliza Gomes.
Para o físico Dr. Wagner de Rossi este prêmio coroa um trabalho que iniciou há alguns anos a partir de uma sugestão de Dr. Jair Mengatti, gerente da Radiofarmácia na época.
"Nós encaramos a sugestão como um desafio para produzir radiofármacos com microfluídica. O trabalho ainda não está concluído, pois o prêmio se refere apenas a uma parte já desenvolvida, mas demonstra que estamos num bom caminho para conseguir produzir radiofármacos a partir de um sistema inovador que vai trazer inúmeras vantagens para o processo”, conclui Rossi.
Ulysses Varela
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- 05/01/2024 - Pesquisadores do IPEN-CNEN desenvolvem bateria nuclearA pesquisa, inédita no País, demonstra a capacidade técnica de reciclar rejeitos radioativos de baixa intensidade, utilizando-os como fonte de energia.
A pesquisa, inédita no País, demonstra a capacidade técnica de reciclar rejeitos radioativos de baixa intensidade, utilizando-os como fonte de energia.
Equipe multidisciplinar de pesquisadores do IPEN-CNEN realizou estudo pioneiro para o desenvolvimento de uma bateria nuclear utilizando Amerício-241.
A pesquisa foi conduzida nos Centros de Engenharia Nuclear (CEENG) e de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN-CNEN com objetivo de encontrar uma alternativa energética para locais de difícil acesso ou em que haja necessidade de um fluxo ininterrupto de energia.
O projeto foi desenvolvido pelo CEENG e a bateria foi montada pelos pesquisadores do CETER, usando como combustível pastilhas de Amerício-241 que se encontravam no Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR).
O pesquisador Eduardo Cabral, do CEENG, explica que a bateria nuclear é um dispositivo que utiliza o calor produzido pelo decaimento radioativo para gerar energia elétrica. Entretanto, para que o calor originado seja utilizado. é necessário um sistema de conversão de energia que, neste caso, são pastilhas termelétricas que geram energia elétrica quando submetidas a um gradiente de temperatura.
Embora o conceito seja simples e baterias nucleares sejam conhecidas desde no início do século XIX, a execução é complexa por razões que envolvem danos de materiais e proteção radiológica.
Carlos Alberto Zeituni, gerente e pesquisador do CETER, comenta que diversos radionuclídeos podem ser utilizados em uma bateria nuclear, dependendo do tempo de duração e potência desejados. Entre os mais utilizados, encontram-se o Estrôncio-90, o Plutônio-238 e o Amerício-241, que são materiais obtidos por meio do reprocessamento de combustível nuclear utilizado em reatores. Essa etapa do ciclo do combustível nuclear não é realizada no país.
Nessa bateria foram utilizadas 11 fontes de Amerício 241, que estavam armazenadas no SEGRR como rejeitos radioativos. Com autorização do Serviço de Radioproteção (SERAP) do IPEN, essas fontes, com cerca de 2,9 Ci, seguiram para os laboratórios do CETER após análise de estanqueidade efetuada no SEGRR.
No CETER, foi realizada a análise dimensional e de atividade das fontes. Com essas informações, pesquisadores do CEENG definiram os termelétricos e projetaram um invólucro para transformar. de forma eficiente, a energia do decaimento radioativo das fontes em energia elétrica.
De posse de todos os materiais, foi construída a primeira bateria nuclear do Brasil. Em razão da limitação da quantidade de material radioativo, o aumento de temperatura gerado nesse protótipo é pequeno, sendo de cerca de 6º C, que em conjunto com o material termoelétrico utilizado, gera uma tensão elétrica de 20 milivolt. Como a meia vida do Amerício 241 é de 416 anos, após um ano ligada, a bateria mantém o desempenho inicial, produzindo quase a mesma quantidade de energia por centenas de anos.
A coordenadora do projeto, Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do CEENG, ressalta ainda que embora o material utilizado tenha baixa atividade, o experimento comprovou a viabilidade do conceito. Com materiais de maior atividade, seria possível construir uma bateria com capacidade suficiente para energizar, por exemplo, uma estação meteorológica remota.
Este desenvolvimento foi resultado de um projeto de pesquisa financiado por uma grande empresa nacional e seu êxito permitiu que o IPEN fosse agraciado com sua continuidade no intuito de produzir uma bateria nuclear para utilização em locais de difícil acesso.
É importante ressaltar que graças ao esforço conjunto dos pesquisadores de vários centros do IPEN-CNEN e do reaproveitamento de material radioativo armazenado, foi possível desenvolver e construir um protótipo de bateria nuclear, demonstrando a capacidade técnica de produzir esse tipo de equipamento no país.
Esse projeto abre a possibilidade de desenvolvimento de diferentes tipos de baterias nucleares, específicas para diferentes tipos de uso. O trabalho para viabilizar o licenciamento dessas baterias já foi iniciado.
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- 13/12/2023 - Mestrado Profissional do IPEN na área de Tecnologia das Radiações em Saúde realizou seu 5º WorkshopCom palestras e sessão de pôsteres, o evento reuniu alunos, professores e interessados em 13/12, no prédio do Ensino do IPEN
Com palestras e sessão de pôsteres, o evento reuniu alunos, professores e interessados em 13/12, no prédio do Ensino do IPEN
O 5º Workshop do Mestrado Profissional Stricto Sensu em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde foi realizado na tarde de 13 de dezembro, quarta-feira, com uma programação que contemplou palestras e sessão de pôsteres seguida de premiação.
O evento foi aberto pela física Denise Zezell, coordenadora do Programa do Mestrado Profissional e pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN que conduziu todo o evento. Participaram da abertura a diretora do IPEN, Isolda Costa e o Pesquisador Emérito do Instituto, Marcelo Linardi que atuou como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do Instituto de 2014 a 2018.
Após a abertura do evento, seguiram-se duas palestras relacionadas à área da Saúde e do desenvolvimento científico e tecnológico. A física médica com pós-doutorado e docente do Programa de Mestrado Profissional, Carla Daruich de Souza, apresentou o tema "A ABLUO e o desafio da inovação na indústria”. A empresa da qual Souza é responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento, atua na área da Saúde com destaque no campo de nanopartículas e teranóstica. Em seguida, o farmacêutico Emerson Soares Bernardes, docente do Programa e responsável pelas atividades do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN, apresentou a palestra "Situação da Medicina Nuclear no País”.
Sessão de Pôsteres
Após um breve intervalo, iniciou-se a sessão de pôsteres com a apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos do Programa de Mestrado Profissional. Durante duas horas, os alunos puderam apresentar seus trabalhos e serem avaliados por uma comissão formada por orientadores do Programa.
A premiação contou com o apoio da OPTICA – IPEN Student Chapter São Paulo e encerrou o 5º Workshop com o anúncio dos melhores trabalhos apresentados:
1º - "Termal, morphological and optical enamel after removal of ceramic laminates with Er:YAG laser”, apresentado pelo aluno Mateus Cóstola Windlin, orientado pela física Denise Zezell, pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP)
2º - "Desenvolvimento e implementação de um sistema piloto automatizado para gestão de biotérios de roedores”, apresentado pelo aluno Alex Alves Rodrigues, orientado pelo biólogo Daniel Perez Vieira, do Centro de Biotecnologia (CEBIO) do IPEN
3º - "Uso da radiação ultravioleta na desinfecção de polímeros acrílicos impressos em 3D”, apresentado por Marcelo Toshio Tadeu Caliman Sato, orientado pela física Martha Simões Ribeiro, do CELAP
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- 12/12/2023 - Divulgação da ciência e entretenimento no IPEN de Portas AbertasEstimular o interesse pela ciência e fortalecer os vínculos sociais entre seus diversos públicos foram dois objetivos alcançados durante o evento realizado no campus do IPEN em 12 de dezembro
Estimular o interesse pela ciência e fortalecer os vínculos sociais entre seus diversos públicos foram dois objetivos alcançados durante o evento realizado no campus do IPEN em 12 de dezembro
A 15º edição do IPEN de Portas Abertas aconteceu no dia 12 de dezembro após 4 anos de intervalo e recebeu 411 visitantes que se somaram aos cerca de 1.700 servidores, colaboradores e alunos do Instituto. A programação com destaque para atividades de divulgação científica ganhou um forte sentimento de confraternização com a proximidade do Natal e Ano Novo.
Desde suas primeiras edições, o IPEN de Portas Abertas recebe o público com o Show da Física, programa do Instituto de Física da USP (IFUSP) que apresenta de forma participativa e didática princípios científicos. Os monitores Isabella Yumi Hirosue, João Pedro Benites Orlandelli, Laura Leão Borges e Rafael Masatomo Matsuda interagiram com uma plateia entusiasmada de aproximadamente trezentas pessoas, a maioria infanto-juvenil. O programa é coordenado pelos professores Fuad Daher Saad e Paulo Yamamura.
Equipes do Serviço de Proteção Radiológica e do Setor de Transportes apresentaram as viaturas e equipamentos utilizados nos atendimentos a emergências radiológicas e primeiros socorros. Os socorristas e técnicos de radioproteção demonstraram como são utilizados detectores de radiação portáteis e noções de resgaste a acidentados.
No acesso ao bloco de Administração, uma árvore de Natal recebeu mensagens escritas pelo visitantes enquanto o salão de leitura da Biblioteca Terezine Arantes Ferraz, uma das mais especializadas do país na área nuclear, estava aberto à visitação.
As Maravilhas da Luz - ciência e arte
Novidade na programação de 2023, a mostra "Maravilhas da Luz: exposição de fenômenos ópticos" foi uma iniciativa do IPEN Student Chapter, grupo formado por alunos de Pós-graduação do Instituto, notadamente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), com apoio da OPTICA, Optical Society of America.
Instalada no primeiro andar do prédio de Ensino, a exposição recebeu muitos visitantes que conheceram várias aplicações de lasers e noções de óptica. Participaram como monitores da atividade Felipe Maia Prado, atual presidente do IPEN Student Chapter, Ariel dos Reis, Daniella Lúmara Peres, Marcus Vinicius Catarina, Pedro Nonino e Vitória Macedo C. Brandão.
O músico Fábio Martinele Neto apresentou uma instalação interativa e sonora formada por diversos feixes de laser. A interação dos gestos dos visitantes dos feixes de laser produziam diferentes sons aproximando a ciência da arte.
Ricardo Mendes Leal Neto, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CECTM), orientou o público em uma demonstração de realidade aumentada, técnica utilizada em estudos de Cristalografia, entre outras aplicações.
O "Nuclespaço", mostra didática sobre energia nuclear e suas aplicações, teve monitoria de Antonio Fernando Rodriguez Alvarez, do Serviço de Comunicação Institucional (SECOI). Na exposição, maquetes de reatores de pesquisa e potência, radiofármacos e demais equipamentos que ilustram o uso da energia nuclear no cotidiano.
Informações sobre a história do IPEN e suas atividades estavam concentradas no Espaço Cultural Marcello Damy, no 4º andar do Bloco da Administração. Destaque para a maquete do empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Para completar o evento, o tradicional passeio de trenzinho pelas alamedas do IPEN e a distribuição de pipoca e algodão doce no hall do prédio da Administração.
O evento teve o apoio da Tokio Marine Seguradora, da Clear IT, do IPEN Student Chapter e do Grêmio dos Funcionários do IPEN-CTMSP.