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- 17/01/2023 - Inscrições para programa de estímulo a startups pela Incubadora USP-IPEN-CIETEC estão abertas até 31/01Os interessados no Programa DNA poderão participar de palestra no próximo dia 17/01, às 15h, no prédio de Ensino do IPEN
Os interessados no Programa DNA poderão participar de palestra no próximo dia 17/01, às 15h, no prédio de Ensino do IPEN
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP-IPEN/CIETEC está com inscrições abertas até o próximo dia 31 de janeiro para a seleção de 30 startups que receberão capacitação voltada ao desenvolvimento de negócios no Programa DNA – Descoberta, Negócios e Aceleração. O programa é direcionado para startups nas áreas da Saúde, Ciências da Vida, Tecnologias Verdes, Tecnologia da Informação, Indústria 4.0 e Educação. A gerência é realizada pelo Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC).
Destacando uma política de inclusão, 50% das vagas para empreendedores serão destinadas a mulheres, pessoas negras, pardas, de povos originários, com deficiência e LGBTQIA+. Para participar do Edital não é necessário possuir CNPJ.
A metodologia do Programa DNA utiliza mentorias coletivas e individuais, aulas, workshops e demais atividades que estimulem o empreendedorismo.
A Incubadora USP-IPEN/CIETEC recebeu recentemente o CERNE 4 - o mais alto nível de reconhecimento pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).Palestra
Interessados em conhecer o Programa DNA e participar do Edital poderão assistir a uma palestra que será proferida pela diretora-presidente do CIETEC, Paula Helena Ortiz Lima, na próxima terça-feira, 17 de janeiro, às 15h, no auditório Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco, prédio de Ensino do IPEN.
Interessados em conhecer o Programa DNA e participar do Edital poderão assistir a uma palestra que será proferida pela diretora-presidente do CIETEC, Dra. Paula Helena Ortiz Lima, na próxima terça-feira, 17 de janeiro, às 15h, no auditório Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco, prédio de Ensino do IPEN.
Informações e inscrições para o Programa DNA no link:
https://inscricoes.cietec.org.br/incubadora-usp-ipen/ -
- 16/12/2022 - IPEN realiza o 4º Workshop Anual do Reator de Pesquisa - WARP 4O evento foi realizado no dia 16/12 no Prédio de Ensino do Instituto
O evento foi realizado no dia 16/12 no Prédio de Ensino do Instituto
Na quarta edição do WARP, coordenado pelo Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ) do IPEN, pesquisadores destacaram a utilização do Reator IEA-R1 - em operação desde 1957 - em seus vários campos de pesquisa, como a saúde, a indústria, o meio ambiente e a física nuclear.
O objetivo do encontro foi divulgar as atividades realizadas no CERPQ, possibilitando maior interação e colaboração entre os grupos de pesquisa do Instituto.
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- 14/12/2022 - Devin Shaffer, da Universidade de Houston, profere palestras no IPENAs palestras serão realizadas no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) e no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA)
As palestras serão realizadas no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) e no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA)
O Dr. Devin Shaffer, professor assistente e pesquisador da Universidade de Houston, EUA, profere a palestra "Membranas de Peneira Molecular para Separação em Líquidos" nos dias 12 de dezembro, às 14h, no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), e 14 de dezembro, às 14h, no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA) do IPEN.
Dr. Shaffer é mestre e PhD em Química e Engenharia ambiental. Tem especialidade no tratamento de água utilizando membranas poliméricas epeneiras moleculares desenvolvidas por sua equipe. Também tem experiência na utilização de neutrongrafia para analisar propriedades que influenciam no desempenho das membranas.
Possui colaboração com o IPEN, por meio do projeto de cooperação técnica com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) -TC BRA2019, de tratamento dos efluentes radioativos gerados na produção dos elementos combustíveis, coordenado pelo pesquisador Rafael Henrique L. Garcia, do Centro do Combustível Nuclear (CECON) e conta com a participação das pesquisadoras Solange Sakata e Yasko Kodama, do CETER.
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- 07/12/2022 - IPEN sedia encontro internacional sobre uso de radiação ionizante e recuperação de resíduos plásticosRepresentantes dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe estiveram reunidos para debater spectos técnicos e a viabilidade econômica de projeto
Representantes dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe estiveram reunidos para debater spectos técnicos e a viabilidade econômica de projeto
Com a participação de Enrico Mazzoli, como expert da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o IPEN/CNEN sediou, no período de 21 a 25 de novembro, o "Regional Training Course on Scale-Up of Radiation”. O encontro teve como objetivo de apresentar os aspectos técnicos e a viabilidade econômica do Projeto ARCAL CLXXIX (RLA1020) – "Promoting Radiation Technology in Natural and Synthetic Polymers for the Development of New Products, with Emphasis on Waste Recovery”.
O projeto, que em português significa "Promovendo a Tecnologia da Radiação em Polímeros Naturais e Sintéticos para o Desenvolvimento de Novos Produtos, com Ênfase na Valorização de Resíduos”, é coordenado pelo pesquisador Wilson Calvo, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), superintendente do IPEN e anfitrião do evento.
"A reunião foi excelente, tivemos tempo de abordar temas relacionados à tecnologia, os conceitos teóricos de irradiação e modificação de polímeros, mas, ao mesmo tempo, discutimos a parte mais econômica, mais difícil para os experts técnicos entenderem como ela se insere no conceito de desenvolvimento de uma ideia, de negócio, propriamente”, disse Mazzoli.
Para ele, o fato de a reunião ter sido realizada no IPEN deu a oportunidade aos participantes de visitarem os Centros de Pesquisa e conhecer o que se faz no Instituto. "Isso foi excelente porque, muitas vezes, em vários países, eles têm uma estrutura, uma tecnologia, mas faltam outras. E o Brasil tem um Instituto excelente porque tem muita tecnologia, diferentes aplicações, tem uma incubadora de empresas aqui dentro, que faz exatamente o que a gente tentou falar aqui, de conectar o mercado com os provedores da tecnologia. Então, foi, de verdade, muito bom”, acrescentou Mazzoli.
Calvo fez uma apresentação do projeto, mostrando a expertise do Brasil na área, as instalações do IPEN para a promoção dos objetivos do ARCAL, entre elas o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 e os Aceleradores Industriais de Elétrons, ambos localizados no CETER, e ressaltou que os propósitos do projeto estão relacionados ao escopo do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), no âmbito do Plano Plurianual- PPA (2020-2023) – Desenvolvimento, Produtividade e Inclusão Social.
No PPA 2020-2023, os desafios do projeto são endereçados no Programa de Política Nuclear (Programa 2206), conduzido por Diretrizes Estratégicas, cuja premissa é promover ciência, tecnologia e inovação e estimular o desenvolvimento, aumentando a produtividade, a competitividade e o sustentabilidade da economia.
Calvo abordou ainda as ações no IPEN, tais como a irradiação por feixes de elétrons na degradação de compostos farmacêuticos e têxteis, e sua a eficácia na remoção de resíduos orgânicos, e apresentou potencialidades econômicas da reciclagem e na modificação de polímeros por radiação gama, feixe de elétrons e raios X, os resultados que se espera alcançar e os novos produtos esperados, em acordo aos objetivos do projeto. Por fim, falou da Unidade Móvel com um acelerador de feixe de elétrons para tratar efluentes industriais e sua reutilização.
De acordo com Calvo, visando ampliar a capacidade nacional de tratar efluentes industriais usando aceleradores de feixe de elétrons, a unidade móvel, adequada a locais a partir de 1m3/h até 1000m3/dia, ou seja, em escala piloto, pode ser eficaz e estratégica nas plantas industrias em grande escala. "Nosso objetivo é difundir e demonstrar essa capacidade e transferir a tecnologia”.
Reunião na Coreia
Ainda no escopo do Projeto ARCAL CLXXIX (RLA1020), Calvo participou do Workshop de Lançamento da Diretriz para Integração da Tecnologia por Feixe de Elétrons na Reciclagem de Polímeros, na cidade de Jeongeup, na República da Coreia, de 17 a 21 de outubro. Na ocasião, fez visitas técnicas ao "Advanced Radiation Technology Institute (ARTI)”, à "Korean Society of Radiation Industry (KSRI)” e ao "Korea Institute of Radiological & Medical Sciences (KIRAMS)”.
"O Workshop apresentou as informações mais recentes relacionadas ao uso da tecnologia por feixe de elétrons na reciclagem de plásticos, com o propósito de lançar uma Diretriz para Integração da Tecnologia por Feixe de Elétrons na Reciclagem de Polímeros Naturais e Sintéticos, a ser adotada nos projetos P&D e Inovação, com a participação da Sociedade Civil, Empresa, das Universidades/ICT's e dos Governos Federal/Estadual, no IPEN-CNEN”, relatou Calvo.
Integração
O ARCAL – Acuerdo Regional de Cooperación para la Promoción de la Ciencia y Tecnologia Nucleares en América Latina y el Caribe é o acordo entre a maioria dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe para cooperação técnica e econômica para promover o uso de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento.
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- 07/12/2022 - Seminário Anual dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN - 2022 mantém formato on-lineO Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI será realizado nos dias 7 e 8 de dezembro com participação de 62 alunos de iniciação científica e tecnológica dos institutos da CNEN
O Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI será realizado nos dias 7 e 8 de dezembro com participação de 62 alunos de iniciação científica e tecnológica dos institutos da CNEN
Apesar do retorno gradativo às atividades presenciais desde o final de 2021, o crescente número de casos de COVID-19 e as orientações de segurança sanitária, levaram os organizadores do Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI a manterem o formato on-line do evento. A transmissão on-line se mostrou bem sucedido ao permitir a participação de mais interessados nas apresentações que poderão ser acompanhadas pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) no link:
https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/conferencia-web-ipen-ensino
O 28º Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica(PIBIC), o 19º Programa de Bolsas de Iniciação Científica(PROBIC) e o 12º Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação(PIBITI) reunirão as apresentações de bolsistas das várias unidades científicas da CNEN que, por ter transmissão online, poderão ampliar o público participante.
A palestra de abertura "O desafio das mudanças climáticas globais e o caminho para a sustentabilidade” será proferida pelo Prof. Dr. Paulo Artaxo Netto, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, no dia 7/12, a partir das 10h, logo após a cerimônia de abertura do evento.
Participam 62 alunos do CDTN, CRCN-CO, CRCN-NE, IEN, IPEN e IRD
A programação completa com os nomes dos alunos, temas de suas apresentações e demais informações podem ser obtidas link:
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- 16/11/2022 - IV Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeO evento acontece em 16 de novembro no Prédio de Ensino do IPEN, a partir das 13h30
O evento acontece em 16 de novembro no Prédio de Ensino do IPEN, a partir das 13h30
Em sua quarta edição, o Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde terá em sua programação duas palestras e uma sessão de pôsteres com os trabalhos desenvolvidos pelos alunos do curso. O evento tem coordenação da física Denise Zezell, pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN e responsável pelo curso de Pós-Graduação Profissional.
Previsto para iniciar às 13h30 no Prédio de Ensino do IPEN, o Workshop contará com a presença do coordenador adjunto da área de Medicina II da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Carlos Antônio Caramori, que apresentará o tema "Visão e Avaliação da Pós-Graduação Profissional", às 14h.
A sessão de pôsteres contará com 12 trabalhos desenvolvidos por alunos das turmas 2, 3 e 4 que serão avaliados por uma comissão e premiados ao final do evento.
O responsável pelo setor de Radioterapia do Hospital Sírio-Libanês, o médico João Luís Fernandes da Silva, realizará a segunda palestra do workshop comentando sobre a história e evolução das técnicas de radioterapia prevista para começar às 17h.
Mais informações e inscrições no link.
Programação -
- 11/11/2022 - Palestra sobre corrosão atmosférica no IPEN-CNENO evento acontecerá no próximo dia 11 de novembro, sexta-feira, às 10h, no auditório Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco, IPEN
O evento acontecerá no próximo dia 11 de novembro, sexta-feira, às 10h, no auditório Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco, IPEN
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN-CNEN, recebe a visita do engenheiro químico Walney Silva Araújo, professor associado da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. Na oportunidade, Araújo proferirá a palestra intitulada "Estudo da Corrosão Atmosférica em Ambiente de Elevada Agressividade”.
A palestra será realizada no dia 11 de novembro, sexta-feira, a partir das 10h, no auditório Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco (sala 143), no primeiro andar do Prédio de Ensino do IPEN-CNEN.
Sobre o palestrante
Araújo graduou-se em Engenharia Química pela UFC em 1996. Concluiu o Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais e, 1999 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O título de Doutor em Engenharia Metalúrgica e de Materiais foi obtido em 2003 na UFRJ.
Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais da UFC e o Laboratório de Pesquisa em Corrosão. Seus temas de atuação são revestimentos anticorrosivos, inibidores de corrosão e testes eletroquímicos.
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- 10/11/2022 - Seminário no IPEN-CNEN discute inovações e perspectivas para a Engenharia TecidualO evento gratuito tem o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA na sigla em Inglês) e conta com a participação de especialistas nacionais na área de tecidos
O evento gratuito tem o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA na sigla em Inglês) e conta com a participação de especialistas nacionais na área de tecidos
O IPEN-CNEN sedia no próximo dia 10 de novembro, quinta-feira, das 9h às 17h, o "Seminário Latino-Americano de Ensaios Pré-Clínicos e Clínicos: Atualizações e Perspectivas para a Engenharia Tecidual” com o objetivo de apresentar um painel dos desenvolvimentos realizados no campo da engenharia e banco de tecidos, biomateriais e tecnologia de processamento utilizando radiação ionizante. O evento estimulará a discussão do tema e suas perspectivas no cenário nacional.
Temas e palestrantes
O seminário abre com tema relacionado aos aspectos regulatórios no desenvolvimento de produtos de engenharia tecidual focando em normas da Anvisa e será apresentado pelo responsável da Gerência de Sangue, Tecidos, Células, Órgãos e Produtos de Terapia Avançada (GSTCO) da Anvisa, João Batista da Silva Junior.
A utilização de enxerto de tecido irradiado será apresentada pela médica otorrinolaringologista do AME de Santa Bárbara do Oeste, Amanda Bueno de Araújo.
A co-fundadora da startup 3DBS - 3D Biotechnology Solutions, Ana Luiza Millas discorrerá sobre biofabricação de tecidos humanos e modelos in vitro.
O médico André Paggiaro, Chefe do Banco de Tecidos e Unidade de queimados do ICHC-FMUSP, apresentará o tema ”Utilização Clínica da Membrana Amniótica como Arcabouço para Cultivo Celular”.
Em seguida, terapias cell-free na Engenharia de Tecidos Dentários será abordado pela médica Maria Stella Moreira, do Programa de Pós-Graduação da Universidade Ibirapuera.
A última apresentação terá por tema Contagem Celular e Impacto no Controle de Qualidade: ISO 20391-2019, apresentada por José Mauro Granjeiro, especialista sênior em Metrologia e Qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Professor Associado da Universidade Federal Fluminense.
O evento realiza-se concomitante ao "Regional Training Course on Pre-Clinical Practice of New Materials for Regenerative Medicine”, que será sediado no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) e com parte das aulas práticas no Centro de Biotecnologia (CEBIO) do IPEN, durante o período de 7 a 11 de novembro, inserido no "Acuerdo Regional de Cooperación para la Promoción de la Ciencia y Tecnologia Nucleares en América Latina y el Caribe” (ARCAL) da IAEA.
Coordenam o seminário a pesquisadora Mônica Mathor, do CETER do IPEN, Fabiana Medeiros da Silva, pesquisadora e docente da pós-graduação do IPEN, e Patrícia Santos Lopes, professora associada da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Informações e Inscrições
Mais informações sobre o seminário e seus palestrantes, acesse:
site: https://sites.google.com/alumni.usp.br/arcal-rla-1018/in%C3%ADcioA participação no evento é gratuita e as inscrições devem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/FXbBFnYShZRrWKmu7
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- 08/11/2022 - XIII Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2022O evento acontece de forma híbrida no período de 8 a 11 de novembro e terá como tema 'Tecnologia Nuclear, Amiga do Clima, do Homem e do Planeta´
O evento acontece de forma híbrida no período de 8 a 11 de novembro e terá como tema 'Tecnologia Nuclear, Amiga do Clima, do Homem e do Planeta´
O XIII Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2022) pretende ser um amplo painel de discussão sobre as várias aplicações da tecnologia nuclear em seus mais diversos campos de atuação. O evento, que retorna às atividades presenciais mas manterá transmissão on-line, discutirá as oportunidades de negócios na área nuclear desde a mineração, radiofármacos para uso em medicina nuclear, irradiação de alimentos e a retomada de Angra 3 além projetos para novas usinas nucleares.
O evento se completa com o Encontro de Comunicação no Setor Nuclear (ENCOM) e será realizado no período de 8 a 11 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). No último dia, está prevista uma visita à Central Nuclear de Angra dos Reis.
Realizado pela Casa Viva Eventos, o SIEN 2022 tem o apoio da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), da Sociedade Brasileira de Física (SBF), da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) entre outras instituições.
A programação completa com a relação dos palestrantes pode ser conferida no site: www.sienbrasil.com.br .
Mais informações na Casa Viva Eventos, tel. 21 3301-3208 / 99699-1954, e-mail: siennuclear@gmail.com -
- 07/11/2022 - IPEN-CNEN participa do PINT Of SciencePesquisadores do IPEN participam pela terceira vez do evento de divulgação científica Pint Of Science nos dias 7 e 8 de novembro
Pesquisadores do IPEN participam pela terceira vez do evento de divulgação científica Pint Of Science nos dias 7 e 8 de novembro
A Direção do IPEN convida todos os servidores, colaboradores e alunos a prestigiarem as apresentações do Instituto no evento Pint Of Science, que acontecerá no período de 7 a 9 de novembro, das 19h às 21h15. O tema "Energia Nuclear” será debatido nos dias 7 e 8, por pesquisadores e parceiros do IPEN, conforme detalhamento abaixo.
O Pint of Science é um festival mundial de divulgação científica que leva pesquisadores a bares e restaurantes para compartilhar suas pesquisas, em todas as áreas do conhecimento. A ideia é promover conversas e debates acerca dos temas selecionados. Esta é a terceira vez que o IPEN participa, após o sucesso das apresentações em 2019 e 2021 (virtual).
O evento acontece de 7 a 9 de novembro, das 19h às 21h15 em várias cidades do País. O IPEN concentrará suas apresentações na Cervejaria Zuraffa, Rua Artur de Azevedo, 1902, Pinheiros, São Paulo.
Primeira noite – 7 de novembro
Título: "Tecnologia nuclear para conservação de obras de arte e outras aplicações”
Participantes: Pesquisadores Dr. Pablo Vásquez e Dra. Maria José Alves; Adriana Pires, restauradora do Acervo Artístico Pos palácios do Governo de São Paulo (parceiros do IPEN)
Segunda noite – 8 de novembro
Título: "Reatores Nucleares + Acidente de Goiânia: o que aprendemos com ele?”
Participantes: Pesquisadores Drs. Frederico Genezini, Roberto Vicente e Sandra Bellintani
Para mais informações sobre o Pint Of Science em São Paulo, acessar este link.
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- 19/10/2022 - Equipe do IPEN vence a primeira edição do HackAtom, competição científica promovida com apoio da RosatomAtividade fez parte do acordo bilaterial IPEN/MEPhI. Próxima etapa é viabilizar a dupla titulação para impulsionar carreira de futuros pesquisadores
Atividade fez parte do acordo bilaterial IPEN/MEPhI. Próxima etapa é viabilizar a dupla titulação para impulsionar carreira de futuros pesquisadores
A equipe HackIPEN, do IPEN, foi a vencedora do Brazil HackAtom, competição científica por equipes com a finalidade de desenvolver ideias sobre um tema relacionado à energia nuclear. Promovida pelo Instituto, em parceria com o Instituto de Engenharia Física (MEPhI) de Moscou e Corporação Estadual de Energia Atômica Rosatom, a disputa envolveu nove equipes de até cinco participantes para a realização de duas tarefas e aconteceu de forma híbrida, nos dias 18 e 19.
Noé Gabriel Pinheiro Machado, Sandro Minarrine Cotrim Schott, Priscila Santos Rodrigues e Maria Eduarda Zaganin Rigo, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, e Jabison Rafael de Aguiar Bezerra, graduando de engenharia nuclear e bolsista de inicação científica, foram os vencedores. Em segundo lugar, veio a equipe Hackerspace, com estudantes do Instituto de Física da USP (IFUSP) e também do IPEN, e em terceiro, a Nuclear, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira tarefa foi mais simples. As equipes receberam vários dados brutos de consumo de energia de uma usina nuclear e precisavam analisar esses dados e elaborar um algoritmo que previsse o futuro da usina (em relação ao consumo, não à geração), com escala temporal definida pelos próprios estudantes, desde que coerentes com a proposta. As três primeiras colocadas concluíram o trabalho com êxito, de acordo com Julian Shorto, pesquisador do IPEN e um dos coordenadores do HackAtom.
O desafio maior, segundo Shorto, foi na segunda tarefa, em que as equipes receberam dados brutos de temperatura e pressão uma usina nuclear, durante um período de tempo, e também alguns sinais na instrumentação, como detetores de vibração, e teriam que encontrar a correlação entre esses dados e elaborar uma previsão. "Foi mais difícil, porque, aparentemente, não havia correlação. Eles tentaram, usaram técnicas de inteligência artificial, mas nenhum conseguiu resolver totalmente”.
Shorto atribui a dois fatores: o tempo de 24h para a resolução do desafio – muito curto, na avaliação dele, e o fato de os participantes não terem vivência de uma usina, o que torna missão quase impossível correlacionar dados "sem a prática da vida real”, o que, conforme o pesquisador, "naturalmente indicaria pistas para eles atuarem”. "Para quem não conhece nada de uma usina, ter apenas 24 horas é bem difícil. Eles foram até surpreendentes nos resultados obtidos”, avaliou.
Na reta final, das nove equipes inscritas, apenas quatro se mantiveram na disputa. Shorto acredita que, apesar do pouco tempo para o grau de complexidade dos desafios, o Brazil HackAtom cumpriu seu objetivo, de incentivar o interesse de alunos da física nuclear e de outras ciências exatas e tecnologias pela área nuclear. "O que podemos melhorar, em edições futuras, é o contato com as equipes, talvez oferecendo um tutor para cada uma, por exemplo, e também trabalhar com um pouco mais tempo, antes do evento, sobre questões gerais”.
A equipe de professores foi composta por oito membros, sendo três do IPEN – Shorto, Delvonei Andrade e Luis Antonio Albiac Terremoto. Da Rússia, participaram Dmitry Samokhin, Alex Nakhabov, Dmitry Raspopov, Alla Udalova, Dmitry Savkin. Cada avaliador deu duas notas, uma para o resultado em si e outra para a apresentação da equipe. Ao final, a equipe vencedora obteve maior pontuação com sete dos oito avaliadores.
Parceria promissora
Niklaus Ursus Vetter, gerente de Internacionalização do IPEN, comentou sobre "o estreitamento dos laços acadêmicos entre MEPhI e IPEN”, que, por meio de um acordo bilateral, propiciou intercâmbio de vários alunos de pós e de cursos de pós-graduação da USP ministrados por professores russos em colaboração com docentes do IPEN. "Com a realização do evento HackAtom no IPEN, esse acordo chega a outro patamar. Estamos visando, agora, a dupla titulação IPEN – MEPhI, para oferecer aos alunos um mestrado internacional que possa resultar em um aumento de suas oportunidades de carreira”.
"Para nós, o HackAtom não é apenas um evento para promover a tecnologia nuclear, é uma possibilidade de interagir com os jovens talentosos capazes de apresentar soluções realmente interessantes e inovadoras. Estamos realizando este evento no Brasil pela primeira vez em conjunto com nosso parceiro IPEN e esperamos que o HackAtom se torne nosso evento anual comum e atraia o maior número possível de participantes de diferentes universidades e institutos”, disse Valery Karezin, diretor de Projetos do Escritório de Projetos para o Desenvolvimento da Educação e Cooperação Internacional da Rosatom, após o anúncio dos vencedores.
Ruan Nunes, vice-diretor do Centro Regional da Rosatom para a América Latina, falou sobre a "grande satisfação” de poder promover e acompanhar a primeira edição do HackAtom e destacou a disposição e a participação "notáveis” das equipes. "A capacidade de resolver problemas complexos em 24 horas demonstra o quão preparados são os cientistas e estudantes da área. Nada resta além da dar os parabéns aos participantes, ao IPEN e a MEphi. Vamos aguardar ansiosos a próxima edição no ano que vem”.
Wetter, Karezin, Nunes e Dmitry Savkin, vice-reitor de Relações Internacionais do MEPhI participaram do anúncio dos vencedores. Está programada para o final do mês uma cerimônia de premiação. O HackAtom é realizado fora da Rússia desde 2021, a primeira competição foi organizada na Bulgária e depois em outros países, entre eles, Hungria e Argentina.
Equipes
1o lugar: HackIPEN – Noé Gabriel Pinheiro Machado, Sandro Minarrine Cotrim Schott, Jabison Rafael de Aguiar Bezerra Priscila Santos Rodrigues, Maria Eduarda Zaganin Rigo.
2o lugar: Hackerspace (FUSP/IPEN): Victor Keichi Tsutsumiuchi, Cristhian Ferreira Talacimon, Ícaro Vaz Freire, Ricardo Laranjeira Couro Pitta e Júlio de Oliveira Júnior.
3o lugar: Nuclear (UFRJ): João Victor Faria de Souza, João Victor Sigaud Andrade Guimarães, Gabriel Faria Beserra, William Luna Salgado e Vinícius Souza Pinheiro Silva
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- 17/10/2022 - XXI Workshop da pós em Tecnologia Nuclear debate temas inéditos e homenageia Shigueo WatanabeEvento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado 'um sucesso' pelos participantes, com uma programação 'enriquecedora e diversificada', segundo a diretora Isolda Costa.
Evento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado 'um sucesso' pelos participantes, com uma programação 'enriquecedora e diversificada', segundo a diretora Isolda Costa.
O XXI Workshop da Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, realizado na manhã de sexta-feira, 14, mostrou por que continua sendo a principal referência na área nuclear, no Brasil. "Os números indicam o tamanho do Programa”, afirmou o professor Reinaldo Giudici, da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), convidado para apresentar o colóquio "Área de Engenharias II: Desafios e Futuros”. De fato, alguns indicadores impressionam: só de alunos ativos são 428, e o total de 91 docentes credenciados.
De acordo com o presidente da Comissão de Pós-Graduação (CPG), Eduardo Landulfo, em termos de metas para o próximos anos, o Programa vai apoiar a participação de alunos e docentes em eventos científicos nacionais e internacionais, a publicação de artigos em periódicos e os trabalhos de campo, além de promover a manutenção de laboratórios e de seu funcionamento interno. Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar, cujos integrantes foram citados nominalmente como forma de agradecimento.
"São eles que tocam o dia a dia de toda a área de ensino do IPEN, e eu quero aqui apresenta-los e fazer um agradecimento especial a cada um”, disse Landulfo. Além dele, fazem parte da equipe os pesquisadores Martha Marques Vieira, coordenadora do Centro de Ensino, e Almir Oliveira Neto, vice-presidente da CPG, Elsa Papp, Ilze Puglia, Andressa Santos, Bruna Roque, Érika Martins, Nathalia Kodama, Paula Oliveira, Thiago Hossaka, Paulo Balan, José Paulo Cupertino.
Landulfo também apresentou a prestação de contas dos recursos da CPG, relacionando as demandas e a utilização, o edital de credenciamento 2022, o calendário 2023 e as mudanças encaminhadas para apreciação e avaliação, tais como extensão do prazo de credenciamento para quatro anos, depósito digital de teses e dissertações, artigos como trabalho de conclusão e critérios de credenciamento e recredenciamento.
Colóquios e Prêmio
O professor Ricardo Teixeira, da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), abriu a programação do XXI Workshop apresentando o colóquio "Saúde Mental e Aprendizado”. Ele é o coordenador da Diretoria de Saúde Mental e Bem-Estar Social, vinculada à recém-criada Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da USP. Sanitarista com larga experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), Teixeira apresentou dados alarmantes: 25% da comunidade faz uso de medicamento psiquiátrico e 50% referiu ter tido problemas de saúde mental no último ano.
Na sequência, o professor Cláudio Schön, da Poli-USP, apresentou o colóquio "A Graduação em Engenharia Nuclear”, que conta com a expertise do IPEN e a disponibilização de seus laboratórios e instalações nucleares. Aprovado em 2020 pelo Conselho Universitário da USP, com 89 votos favoráveis, nenhum contrário e apenas duas abstenções, o curso teve início em 2021, como habilitação do Departamento de Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear.
Falando sobre os desafios e as perspectivas futuras para a área de Engenharias II, Reinaldo Giudici (Poli-USP) começou seu colóquio falando sobre o sistema nacional de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que possui 49 áreas avaliação organizadas em três grandes campos: ciências da vida, exatas e humanidades.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi o anúncio da criação do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese IPEN, com a presença do homenageado, que fez questão de falar, mesmo com sua limitação auditiva. Antes, Isolda Costa, fez um breve relato sobre sua trajetória acadêmica e científica, e destacou a "inestimável” contribuição do professor Shigueo ao ensino e à pesquisa no IPEN. "Eu fico muito contente quando vejo alunos que depois fizeram o curso comigo e continuaram suas carreiras. Muito obrigado a todos vocês”, disse Shigueo Watanabe, antes da foto com seus ex-alunos presentes.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, também participou do XXI Workshop, compondo a mesa ao lado da diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, dos palestrantes convidados e da coordenadora de Ensino, Martha Vieira. O evento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado "um sucesso” pelos participantes, com uma programação "enriquecedora e diversificada”, segundo as palavras de Costa.
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- 04/10/2022 - Webinário internacional 'Tecnologia das Radiações' está com inscrições abertas; IPEN representa o BrasilPesquisador Pablo Vasquez, do Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto, participa de dois trabalhos com estudantes de doutorado
Pesquisador Pablo Vasquez, do Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto, participa de dois trabalhos com estudantes de doutorado
"Tecnologia das Radiações” será tema do webinário que o Organismo Internacional de Energía Atómica (OIEA) e o Arcal promovem no próximo dia 4 (quarta-feira), das 15h às 17h45, com a participação de Brasil, Peru, México e Argentina. Representando a ciência nuclear brasileira, a equipe do pesquisador Pablo Vasquez, responsável pelas atividades de pesquisa e aplicação para preservação de objetos de patrimônio cultural com radiação ionizante no Instituto. Os interessados devem se inscrever nesse link.
Arcal é o acrônimo para Acuerdo Regional para la Promoción de la Ciencia y Tecnologías Nucleares en América Latina y el Caribe (Acordo Regional para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e no Caribe, em tradução livre). Trata-se de um pacto de cooperação técnica e econômica para promover o uso de técnicas nucleares para fins pacíficos e de desenvolvimento. Criado em 1984, o Arcal abrange as prioridades de desenvolvimento da região e se concentra em necessidades relacionadas à segurança alimentar, saúde, meio ambiente, energia e indústria, e segurança radiológica.
A participação do IPEN está relacionada a duas apresentações abordando as principais aplicações desta tecnologia na preservação de acervos, com os temas "Por una conservación más sostenible: la preservación de materiales arqueológicos y etnográficos por médio de la radiación gamma” e "Colecciones en papel y fotográficas: contribución del procesamiento con radiación ionizante”.
Ambas as palestras estão vinculadas às pesquisas desenvolvidas, respectivamente, por Ana Carolina Delgado Vieira, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE/USP), e Malu Nagai, do Centro de Apoio à Pesquisa em História - CAPH (FFLCH/USP), durante o desenvolvimento do seu doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN-USP, orientadas por Vasquez.
"A AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica], nos últimos anos, tenta "inovar” o uso da tecnologia nuclear, isto significa ‘aplicar’ os resultados das pesquisas realizadas atingindo o usuário final. Nesse sentido, mais do que alunas e colaboradoras, elas são "end-users”, pois trabalham diretamente na conservação e preservação de materiais de valor cultural tangível. São trabalhos pioneiros, de extrema importância e que ajudam a difundir ainda mais o uso da energia nuclear para fins pacíficos e o papel de liderança do IPEN nessa área”, afirmou o pesquisador.
A principal instalação do Instituto para esse fim – o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 – é um empreendimento 100% nacional e bastante utilizado por museus e acervos particulares para a desinfestação de obras e objetos de arte.
Além de Vasquez, participam Susana Gonzáles (Instituto Peruano de Energía Nuclear/IPEN, Peru), Eduardo Robles Piedras e María Dolores Tenorio (Instituto Nacional de Investigaciones Nucleares/ININ, México), Alberto Muciño Vélez (Universidad Nacional Autónoma de México), Alfonso Ramón García Cueto (Instituto Mexicano de Ensayos No Destructivos, México) e Yesica Magali Dalto (Comisión Nacional de Energía Atómica/CNEA, Argentina).
Projetos
Visando fornecer estrutura para colaboração entre os Estados Membros, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Arcal conta com inúmeros projetos que contribuem para ampliar o uso das técnicas nucleares nos países beneficiários, nas áreas de segurança alimentar (agricultura, alimentação, veterinária), saúde humana (medicina nuclear, radioterapia, física médica, radiofarmácia), meio ambiente (atmosfera, recursos hídricos, ambientes terrestre e marinho), energia e indústria, e segurança radiológica (aspectos normativos de proteção ao público e ao meio ambiente).
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- 30/09/2022 - Com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica, IPEN promove curso sobre Segurança CibernéticaParticipantes abordaram a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações, essencial para a área nuclear no Brasil.
Participantes abordaram a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações, essencial para a área nuclear no Brasil.
A resposta a incidentes de segurança computacional é um aspecto importante da Segurança Nuclear, especialmente se considerarmos que os sistemas computacionais estão cada vez mais suscetíveis a ataques cibernéticos. Foi com a proposta de aprimorar os processos de gestão de incidentes cibernéticos nas organizações da área nuclear que o IPEN/CNEN solicitou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o CyberSecurity Incident Response Team (CSIRT), encerrado nesta sexta-feira, 30.
Durante toda a semana, 23 participantes representando sete instituições participaram do treinamento técnico, que teve como focos os guias da AIEA e as boas práticas internacionais de resposta a incidentes de segurança computacional, voltados às instalações nucleares e radiativas, vitais para desenvolver e aprimorar as práticas de gestão. O curso foi baseado no documento intitulado Computer Security Incident Response Planning at Nuclear Facilities e incluiu conceitos da Nuclear Security Series (NSS), ambos da AIEA.
De acordo com Paulo Henrique Bianchi, chefe Serviço de Gestão de Redes e Suporte Técnico e coordenador pelo IPEN/CNEN, a iniciativa de promover o treinamento partiu do superintendente do Instituto, Wilson Calvo, por meio de tratativas iniciadas ainda em 2021 com Rodney Busquim e Silva, da Divisão de Segurança Nuclear da AIEA. "É um tema de extrema relevância para a área nuclear no Brasil, visto que os ataques cibernéticos estão aumentando cada vez mais, inclusive tendo como alvo órgãos governamentais”, disse.
Bianchi ressaltou o interesse do IPEN/CNEN, ao buscar essa parceria com a AIEA, de proporcionar a formação de recursos humanos especializados em Segurança Computacional "para termos condições de nos defender destas ameaças”. As expectativas se confirmaram: os participantes abordaram, no treinamento, a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações. Além disso, aprenderam como avaliar a capacidade de responder a incidentes de segurança computacional.
"Esperamos, com o término do curso, que os participantes estejam capacitados a aprimorar os processos de gestão de incidentes cibernéticos dos seus órgãos, com base nas melhores práticas sugeridas pela AIEA. Além disso, a realização do curso promoveu a cultura de segurança cibernética, reforçando aos participantes a grande importância da segurança computacional, que podem se tornar multiplicadores desta cultura em seus órgãos de origem”. Afirmou Bianchi.
Para Rodney Busquim e Silva, um dos instrutores, chamou a atenção o engajamento dos alunos, segundo ele "foi muito acima do esperado”. "Eles tiveram a oportunidade de assistir a aulas de instrutores internacionais e também de realizarem exercícios práticos em dois ambientes distintos: o ambiente hospitalar e uma planta nuclear. O ponto alto do treinamento foi no penúltimo dia [quinta-feira, 29], quando fizemos um exercício realista e imersivo durante todo o dia, onde puderam aplicar o conhecimento obtido no período do curso”, salientou.
Silva também mencionou o "fantástico apoio” do IPEN na execução do exercício, "inclusive permitindo que os alunos tivesses oportunidade de visitar o reator [IEA-R1] do Instituto e conversar a respeito de como uma instalação nuclear opera”. Além dele, também foram instrutores Ricardo Paulino Marques, da Escola Politécnica da Universidade de SãoPaulo (Poli/USP), Francesca Soro, do Austrian Institute of Technology (Áustria), Christophe Martin, da Électricité de France (França), e Gustavo Berman, da Comisión Nacional de Energía Atómica (Argentina).
Outro aspecto interessante do curso foi o fato de os participantes terem formações diversas. Não houve restrições quanto ao tipo de vinculação com o órgão de origem, isto é, puderam participar servidores, terceirizados e alunos da pós-graduação, que atuam ou possuem interesse no tema.
"Consideramos que a cultura de segurança cibernética, para ser efetiva, deve ser promovida para todos os colaboradores da empresa, sem distinção”, argumentou Bianchi. Para ele, durante o curso, ficou evidente a necessidade de envolver mais profissionais das áreas de Instrumentação e Controle e de Tecnologia Operacional (TO) nas atividades e treinamentos relacionados à Segurança Computacional, tendo em vista que cada vez mais dispositivos considerados críticos para a operação de instalações nucleares e radiativas estão se tornando digitais e conectados a dispositivos de Tecnologia da Informação (TI).
"Sempre vigilantes”
O analista em ciência e tecnologia do IPEN/CNEN e profissional de TI, Anderson Andrade, foi um dos participantes e destacou a importância do CSIRT devido ao aumento da presença das empresas no meio digital, que por consequência, acabam sendo alvos e podem sofrer incidentes de segurança Digital. "Além, é claro, do ganho de consciência e maturidade por parte das organizações quanto às necessidades de práticas de gerenciamento de riscos nessa área”, afirmou.
Andrade mencionou novas leis que têm surgido, como a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD 13709/2018, a fim de nortear a maneira como as organizações passam a tratar e proteger suas informações e de seus clientes. "Um CSIRT pode exercer tanto funções reativas, quanto proativas, auxiliando na proteção e segurança das organizações. Para os serviços reativos, podemos citar alertas de segurança, tratamento de vulnerabilidades, de incidentes de segurança e de artefatos, como worms, vírus, trojans, ransonwares, entre outros”.
No caso do Risco de Incidente de CyberSegurança Nuclear, Andrade avalia que há um risco maior relacionado aos ambientes de OT Operational Tecnology, "que podem ser afetados indiretamente por ações maliciosas e criminosas como hacker-ativismo, sabotagem, espionagem industrial e por aí vai. Também podem gerar falhas em sistemas críticos dos reatores de pesquisa e potência, além de causar diversos problemas similares em hospitais e clínicas que utilizam terapias nucleares. Por isso, temos que estar sempre vigilantes, atentos”.
Ele cita que o treinamento ofereceu a possibilidade de se trabalhar com um caso que pode se enquadrar em uma situação real. "Nos deparamos com uma circunstância em que um simples pen-drive causou um impacto de alguns milhões de dólares, além de criar riscos nucleares e contra a vida de diversos funcionário da Usina Nuclear estudada”, ressaltou. Para Andrade, ao oferecer o curso, "o IPEN demonstra seu protagonismo e antecipação de ocorrências, se preocupando sempre com o bem-estar de seus colaboradores e com a população em geral”.
Paulo Bianchi mencionou o "apoio essencial” da Fundação de Apoio e Fomento à Inovação Tecnlógica Pesquisa e Ensino – FAFITPE, "sem a qual o evento não teria sido possível”. Ao final, em nome da organização do evento, por parte do IPEN e da AIEA, agradeceu também à equipe da Comunicação Social, à Diretoria do Instituto e à Superintendência, bem como às suas secretarias, à COPLG e aos colaboradores do SEGRS que tanto nos ajudaram na organização do evento.
Ao final, o gurpo teve a oportunidade de conhecer o Reator Nuclerar de Pesquisas IEA-R1, do IPEN, em operação desde 1957, quando atingiu sua primeira criticalidade.
"Memorável oportunidade"
Nas boas-vindas aos instrutores e participantes, a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, e o superintendente Wilson Calvo comentaram brevemente sobre o Instituto, seu pioneirismo e liderança em pesquisas nucleares no Brasil. Costa disse que era "um prazer recebê-los" e "uma honra" para o Instituto proporcionar um curso tão importante com apoio da AIEA.
Calvo mencionou alguns indicadores, destacando os mais de 3 mil titulados no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP e a consolidação de pesquisas e de tecnologias nucleares aplicadas à saúde, indústria, agricultura e meio ambiente. "É uma oportunidade memorável de troca de experiências e conhecimento na área de segurança computacional para instituições nucleares".
Instituições participantes
Além do IPEN, o treinamento contou com a presença de representantes da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), das Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul), da Eletronuclear e do Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP).
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- 15/09/2022 - Acidentes em usinas nucleares será tema de live com participação de pesquisador do IPEN-CNENO evento virtual, organizado pela Comissão Técnica de Energia do CRQ-IV, acontece no próximo dia 15/09/2022, às 19h30, no canal do Conselho no YouTube.
O evento virtual, organizado pela Comissão Técnica de Energia do CRQ-IV, acontece no próximo dia 15/09/2022, às 19h30, no canal do Conselho no YouTube.
O engenheiro químico Carlos Alberto Zeituni, gerente do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, participará de live sobre Acidentes em Usinas Nucleares promovida pela Comissão Técnica de Energia do Conselho Regional de Química – CRQ-IV.
A live será realizada a partir das 19h30 de 15/09/2022, quinta-feira, no canal do CRQ-IV no YouTube .
Zeituni destacará o funcionamento de usinas nucleares, os principais riscos que levam a um acidente nuclear, os diferentes projetos de usinas nucleares.
O evento é gratuito e não é necessária inscrição prévia.
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- 15/09/2022 - Curso Pré-Congresso de Imersão no Teranóstico de Neoplasia de PróstataO evento ocorrerá no dia 15 de Setembro de 2022 no IPEN, em São Paulo
O evento ocorrerá no dia 15 de Setembro de 2022 no IPEN, em São Paulo
O workshop conjunto da SBMN (Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear) e IPEN terá como foco um dos temas mais relevantes da atualidade da Medicina Nuclear mundial: o diagnóstico e tratamento de câncer de próstata explorando PET-PSMA e terapias com radionuclídeos.
Estarão presentes convidados internacionais, incluindo o Dr. Enrique Estrada (México), Dr. Phillip Kuo e Dr. Abass Alavi (EUA), Dr. Stefano Severi (Itália) e Dr. Vasko Kramer (Chile), além de especialistas do Brasil como Dra. Elba Etchebehere, Dr. Emerson Bernardes, Dr. Juliano Cerci, Dra. Leticia Rigo, Dr. Paulo Rosado e Dr. Sérgio Altino, em um ambiente de imersão para a intensa discussão e aprendizado no assunto.
O evento é gratuito e as inscrições podem ser realizadas até o dia 09/09 através do e-mail secretaria.cr@ipen.br
Acesse aqui o programa
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- 01/09/2022 - 'Pertencimento, parceria e propósito são os pilares que melhor representam o IPEN', diz ministro Paulo AlvimSessão solene comemorativa, com a presença de autoridades, ocorreu nesta última quarta-feira (31), no Auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni
Sessão solene comemorativa, com a presença de autoridades, ocorreu nesta última quarta-feira (31), no Auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni
Pertencimento, parceria e propósito. Foram esses os três pilares que mais representam o IPEN-CNEN, na visão do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. Na cerimônia pelo 66º aniversário do Instituto, após assistir à apresentação da linha do tempo do Instituto – sua fundação, conquistas e as perspectivas para o futuro –, Alvim destacou a contribuição "inestimável” do IPEN para ciência brasileira na área nuclear e reafirmou o compromisso com a continuidade do empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
"Esses momentos de celebração e reconhecimento nos dão muito orgulho. Os nossos heróis da ciência precisam ser reconhecidos. O que se faz, num espaço como o IPEN, são trabalhos que não têm hora nem dia e cuja contribuição fica para a posteridade. São 66 anos de muita contribuição”, declarou o ministro, pontuando os três pilares que fazem do IPEN a instituição de referência que é para o Brasil. "Todas as pessoas que passam por aqui têm o conceito de pertencimento, por isso se dedicam, contribuem e continuam trabalhando como voluntários”.
O segundo "p” elencado por Alvim é de parceria: "Essa é uma instituição que pratica parcerias. Aqui, parceria é a palavra-chave”, acrescentou o ministro, em alusão aos projetos de arraste que o IPEN desenvolve em colaborações nacionais e internacionais. O ministro foi enfático ao mencionar o terceiro pilar: "propósito”. "Essa é uma instituição que tem um propósito. Não apenas de avanço, é mais do que isso. Quando vemos os cinco pontos de pesquisa do IPEN, vemos como a sociedade evoluiu”, completou.
Alvim se referia aos cinco focos de atuação do IPEN mencionados pela diretora substituta, Isolda Costa, em sua apresentação "Passado, Presente e Futuro”. Por fim, o ministro se dirigiu a José Augusto Perrotta – pesquisador emérito do IPEN e engenheiro que concebeu o projeto do RMB, garantindo os esforços para assegurar o fluxo estável e permanente de recursos, visando a implementação do empreendimento, que, segundo ele, é fundamental para o País.
"É uma estrutura de conhecimento do Estado, e precisa ser tratado como tal. E estamos nessa missão. O RMB não é relevante apenas para o IPEN, é para a pesquisa do País. É uma infraestrutura que vai transbordar conhecimento”, disse o ministro, lembrando que, atualmente, há uma posição favorável da comunidade científica brasileira em favor dos investimentos para o projeto – a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) aprovou, em sua última Assembleia Geral (no mês de julho), a Moção "Independência tecnológica e soberania nacional na área de radiofármacos e a finalização do RMB”.
Linha do Tempo – Passado
Para iniciar a cerimônia, Isolda Costa fez apresentação sobre a história do IPEN-CNEN, destacando as pesquisas e tecnologias desenvolvidas durante os 66 anos do Instituto. Também mencionou os 60 anos da então Divisão de Metalurgia Nuclear, hoje Centros de Tecnologia dos Materiais (CECTM), e Divisão de Engenharia Química, atual Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA).A tônica foram as conquistas nas seis décadas, até o momento atual, começando pela criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em 1956, do Instituto de Energia Atômica (IEA), em 1957, até sua mudança para IPEN, em 1970. Entre as conquistas da década de 60, destaque para o início dos estudos de purificação do urânio (1960), da produção de radiofármacos de forma rotineira (1962) e da fabricação de elementos combustíveis para todos os reatores nacionais (1964).
Na década de 70, Costa mencionou o estabelecimento de novas linhas de pesquisa
sob a liderança do professor Shigueo Watanabe (1972), o início do programa das aplicações das radiações na indústria e engenharia (1972), a criação do Centro de Processamento de dados do Instituto (1974) e da Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear em associação com a USP (1976).Nos anos 80, começou o projeto de conversão de urânio (1980), início da produção dos geradores de Tecnécio-99 (1982), atuação no acidente radiológico com o Césio-137 em Goiânia (1987) – o IPEN foi o primeiro ator presente no local e a inauguração do Reator de potência zero, IPEN/MB-01 (1988).
Na década seguinte, houve uma "mudança de paradigma”, com destaque para a Integração das atividades de pesquisas ambientais, marco do atual Programa de Meio Ambiente do Instituto (1996), a irradiação na agricultura (1996), a conclusão do projeto de modernização do IEA-R1, que chegava a 40 anos de atividade (1997) e a instalação do Cíclotron de alta energia (1999), dentre outros.
Os anos 2000 foram marcados pelo início do programa de células a combustível (2000), a inauguração do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, uma tecnologia 100% nacional (2004), e do Laboratório de Laser de Altíssima Potência (2005), a marca de 1 mil teses e dissertações defendidas (2009) na pós-graduação e a inauguração do Espaço Marcello Damy (2010).
De 2011 a 2018, o IPEN foi muito longe: chegou à marca do 100º elemento combustível produzido para o Reator IEA-R1 (2011), criou o Prêmio de Inovação Tecnológica (2014) e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São
Paulo IPEN/USP consolida-se com 109 empresas incubadas e 264 patentes e
marcas protocoladas (2014).Em 2016, os 37 radiofármacos do IPEN são protocolados na Anvisa. Em 2018, o Instituto desenvolveu a arquitetura do Projeto da Unidade Móvel de Radiação, foi contemplado em Edital da FAPESP para a modernização institucional e aquisição do SNOM e teve seu Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde aprovado na CAPES.
De 2019 a 2022
Em 2019, o IPEN produz 19 elementos combustíveis para o Reator IPEN/MB-01, um feito inédito. O ano de 2020, quando foi decretada a pandemia da Covid-19, o Instituto protagonizou uma série de ações de enfrentamento, entre eles, a esterilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), em colaboração com outros órgãos e entidades, e a inativação do SARS-CoV-2 por radiação ionizante para a fabricação de soro anti-Covid-19, em parceria com o Instituto Butantã.Neste ano, chegou ao Centro de Lasers e Aplicações o equipamento SNOM, o que há de mais avançado em microscopia sub-nano a laser. Em colaboração com a Poli-USP, foi aprovada a Graduação em Engenharia Nuclear. Além desses feitos, foi firmado acordo com a Nissan para desenvolvimento de um veículo movido por Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC). Em 2021, a incrível marca de 3 mil teses e dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear.
O futuro
Ao projetar o futuro do Instituto, Costa seguiu com a temática do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), tema do colóquio e razão da homenagem a José Augusto Perrotta, com sua indicação como Pesquisador Emérito, no primeiro dia de comemoração ao 66º aniversário do IPEN-CNEN, terça-feira, 30."Acreditamos que o RMB é o futuro e queremos dar continuidade a esse projeto, que possibilitará a produção de radioisótopos para mais de 30 tipos diferentes de radiofármacos, vai dobrar, imediatamente, o número de procedimentos anuais em medicina nuclear e garantir a estabilidade do fornecimento de radioisótopos no País, além de contribuir para a ampliação do número de clínicas e hospitais que oferecem serviços em medicina nuclear e promover economia de mais de 15 milhões de dólares por ano com custos de importação”, pontuou a diretora substituta.
Costa acrescentou que tanto o projeto RMB quanto os trabalhos anteriores do Instituto têm sido realizados "tendo em vista a missão do IPEN”. "É o compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira: produzindo conhecimentos científicos, desenvolvendo tecnologias, gerando produtos de maneira segura e formando recursos humanos para a área nuclear”, destacou.
Antes da sessão solene, Costa e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, representando o presidente Paulo Pertusi, receberam o ministro Alvim, sua comitiva e demais convidados no espaço cultural Marcelo Dammy. Na sequência, para conhecer as instalações do Reator IEA-R1, no Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), onde foram recebidos pelo gerente da área, Frederico Genezini.
Após a visita ao Reator, foi dado início à sessão solene, com execução do hino nacional brasileiro e a formação da mesa de honra, com a presença de Costa, Alvim, Almeida, e da professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, vice-reitora da USP, Zeina Latif, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, vice-Almirante (EN) Guilherme Dionízio Alves, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S. A. (AMAZUL), e Sergio Freitas de Almeida, secretário Executivo do MCTI.
Missão e parcerias
Representando o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, Arminda ressaltou a missão do Instituto e o notável "respeito em relação ao IPEN, por cumprir uma importantíssima missão que engrandece esse país”. "É a aplicação generosa dos resultados da pesquisa, na área da saúde, do meio ambiente e, ao mesmo tempo, sem se descurar da importância da ciência para a mudança e o desenvolvimento do país”, acrescentou.A secretária Zeina Latif ressaltou dois fatores do Instituto que chamaram a atenção. O primeiro foi "a clareza da missão do IPEN. Segundo ela, "isso não é tão presente nesse chamado ecossistema de inovação”, mas é um fator fundamental.O segundo fator é as parcerias: "tenho convicção que essas parcerias são essenciais.Quanto mais aprofundarmos essas parcerias, mais eficiente vai ser todo o investimento feito”
Latif também disse que o objetivo é aumentar essas parcerias e que espera que a visita seja o início de uma jornada de estreitamento das relações com o IPEN-CNEN. Por último, ressaltou o caráter inovador das pesquisas do instituto e disse pretender "usar da melhor forma o serviço público” e "trazer o setor privado” para atuar em conjunto.
Também falando sobre as parcerias, Almeida Costa destaca o vínculo com o IPEN-CNEN, como uma das formas de "superar uma série de dificuldades da cultura do país, para que a população entenda a importância das pesquisas realizadas no instituto”. "A história do IPEN sempre foi focada no limite da ciência e da tecnologia, daquilo que é o avanço, que não tem de onde tirar”, acrescentou.
Dionízio Alves ressaltou a importância da parceria existente entre a Marinha e o IPEN, que vem de "mais de quatro décadas”. Também destacou as qualidades e importância das competências do Instituto, como o domínio dos ciclos do combustível e do urânio. "Poucos têm, no mundo”, enalteceu
Madison Almeida mencionou que o IPEN é o maior instituto da América Latina edestacou todas as atividades do Instituto, que atribuiu ao legado do professor Marcelo Dammy."Hoje todos estão em prol da missão e, mais do que isso, da visão do IPEN. A CNEN é muito grata ao IPEN. Sempre lembramos e passamos para a sociedade e demais autoridades que o IPEN tem o seu famoso núcleo, seus 11 centros de pesquisa. Se o IPEN tem hoje os reatores nucleares, os aceleradores de partículas de elétrons e seus irradiadores gama, também tem as tecnologias correlatas intermediando a área nuclear. São inúmeras possibilidades”, disse.
Homenagens
Dando sequência ao evento, foi realizada uma "homenagem in memoriam” aos 19 servidores falecidos entreagosto de 2021 e agosto de 2022. Em seguida, o ministro Alvin entregou certificado de menção honrosa ao pesquisador Lalgudi Ramanathan, em nome dos aposentados, e a Mitiko Saiki e Rajendra Narain Saxena, representando os colaboradores voluntários após a aposentadoria. Após o pronunciamento do ministro, a solenidade foi encerrada.-------
Leonardo Novaes, estagiário
(Com supervisão) -
- 31/08/2022 - Colóquio, nova marca do IPEN e homenagens na pós-graduação encerram primeiro dia de comemoraçõesRepresentantes de áreas do IPEN envolvidas no RMB expuseram detalhes do projeto, desde a sua concepção, e CPG homenageia docentes que não orientam mais no programa. Nova 'cara' do Instituto também foi apresentada.
Representantes de áreas do IPEN envolvidas no RMB expuseram detalhes do projeto, desde a sua concepção, e CPG homenageia docentes que não orientam mais no programa. Nova 'cara' do Instituto também foi apresentada.
Como parte da programação do primeiro dia de aniversário do IPEN, nesta terça-feira, 30, o Colóquio "A contribuição do IPEN-CNEN para o RMB”, reuniu representantes de áreas do Instituto envolvidas no projeto. A mesa foi formada pelos gerentes Elita Urano, do Centro do Combustível Nuclear (CECON), e Frederico Genezini, do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq), José Claúdio Dellamano, do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR), Nilson Dias Vieira Junior, ex-superintendente do IPEN e pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), Patrícia Silvia Pagetti de Oliveira, atual coordenadora técnica do RMB, e Ulysses D’Utra Biteli, gerente adjunto do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG).
O tema do Colóquio foi o mote para a homenagem ao ex-coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta, que recebeu o título de "Pesquisador Emérito", abrindo a programação do dia. Ele também participou do diálogo com os pesquisadores. A mediadora foi a diretora de Produtos e Serviços (COPRS), Tereza Cristina Salvetti. Ela conta que buscou direcionar a conversa para trazer um pouco da história do RMB, partindo, desde o início, da ideia do projeto com Perrotta. "E fomos conduzindo até chegar na conclusão dos licenciamentos e a expectativa, quem sabe no futuro, de que realmente seja implementado”.
Salvetti ressaltou que, apesar de o RMB ser um projeto da DPD (Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento) e contar com a participação de outras instituições, dos próprios institutos da CNEN, o IPEN teve uma participação muito importante, "porque os líderes do sistema todo eram pessoas do IPEN”, destacando a interação e a importância do Instituto para a realização do empreendimento. Ela começou pedindo a Perrorra que detalhasse mais o começo de tudo.
Na época, o superintendente do IPEN/CNEN era Vieira Junior, que falou sobre a concepção do RMB e a interface em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, a CNEN e o MCTI. O desenvolvimento do elemento combustível para o RMB foi tema comentado principalmente por Elita e Ulysses, devido suas contribuições específicas. As aplicações também foi um dos aspectos comentados, e, por último, houve maior espaço para a atual coordenadora técnica e do licenciamento nuclear do projeto, Patrícia Pagetti.
"Transmitir os grandes feitos”
O colóquio abordou todos os tópicos do RMB, "desde as licenças legais, o planejamento para a montagem do reator, os laboratórios de apoio e as aplicações que o reator terá”. Para Genezini, o principal destaque ficou por conta de o evento ter proporcionado "transmitir os grandes feitos” e resultados obtidos até o momento. Segundo o gerente do CRPq, a riqueza de detalhes transmitidos proporcionou que os próprios servidores do IPEN/CNEN tivessem maior conhecimento do empreendimento."Grande parte da comunidade do IPEN não conhecia muito, foi interessante o retorno que tivemos”, disse, lamentando não ter sido possível, dentro do tempo previsto, falar sobre "todos os esforços já dedicados ao RMB, projeto que ressalta já vir de "muito tempo” e que considera "muito maduro”. "Foi possível ter uma ideia dos resultados que já atingimos, mas não do ‘trabalho de formiguinha’ de todos os líderes presentes no colóquio. Em especial o Perrotta, de ir em universidades, eventos e fazer palestras”, concluiu.
Patrícia Pagetti participou do colóquio representando a contribuição do CEENG para o projeto do RMB e também as atividades que conduz "na parte de licenciamento ambiental e licenciamento nuclear do RMB junto aos órgãos e às autoridades competentes”. "São vários servidores do CEENG – engenheiros e físicos –, que participaram desde o começo do projeto de concepção, das discussões sobre avaliação e da análise crítica do projeto básico dos sistemas do reator”, disse.
Segundo Pagetti, cerca de 50% dos servidos do CEENG participam da implantação do RMB. "Em fase mais recentes, foram realizadas muitas reuniões técnicas com as empresas contratadas, que estavam desenvolvendo o projeto. E o pessoal do CEENG participando da avaliação crítica do projeto, colaborando para melhorar, evoluir. Além disso, temos uma participação bem forte na parte do licenciamento ambiental e do licenciamento nuclear pelo órgão regulador nuclear, para poder "começar a produzir o RMB”.
De "cara nova”
Ainda como parte da programação, o chefe da Assessoria de Comunicação do IPEN, Edvaldo Paiva, apresentou o Manual de Aplicação da Marca IPEN, elaborado pelo Design Lab, Núcleo Experimental do curso de Design da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em parceria com o Instituto. Foram apresentados o símbolo – elipses estilizadas em tons de azul, o logotipo, que são a composição da logo nova, agora mais moderna e dinamizada.Paiva explicou que houve a preocupação de passar aos designers a importância de a logo do IPEN "conversar” com as de outras unidades técnico-científicas da CNEN, com a elipse "em movimento”, simulando a energia de órbitas de um átomo. Também mostrou as diferentes formas de aplicação e as submarcas. Para as diretorias, foi mantido um tom de azul. Já os centros de pesquisa são grafados na cor laranja, a mesma da marca CNEN. Por fim, os núcleos, que serão representados pela cor lilás.
O Manual completo estará disponível em breve no site do IPEN, para download e orientações aos usuários. Aos poucos, a logo antiga será substituída em todos os documentos, produtos, serviços e material de divulgação. "A importância de ter o manual de fácil acesso vai possibilitar a uniformização e a organização do conjunto de manifestações visuais do Instituto”, disse Paiva.
Homenagens
Dando sequência à programação, a Comissão de Pós-graduação (CPG) de Tecnologia Nuclear homenageou os docentes que orientavam de forma voluntária no programa e que decidiram não continuar por motivos diversos. "Eles optaram por tomar novos rumos, mas não podem ser esquecidos em sua contribuição para a formação de recursos humanos – inclusive muitos de nós somos egressos, e então quisemos fazer essa homenagem”, explicou Eduardo Landulfo, presidente da CPG.A diretora do Centro de Ensino, Martha Marques Vieira, acrescentou que os homenageados deram uma contribuição "muito relevante” nos últimos 15 anos. Foram chamados os pesquisadores Nilson Dias Vieira Junior e Marina Koskinas, que representaram todos os docentes que não estão mais credenciados. Na sequência, a CPG e a direção do IPEN fizeram uma surpresa à Martha Vieira, ofertando-lhe um buquê de flores, por sua dedicação ao ensino, em todos os níveis, no Instituto.
A cerimônia foi aberta pela diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, e pelo superintendente do Instituto, Wilson Calvo, que fizeram uma saudação de boas-vindas aos convidados.
A celebração do 66o aniversário do IPEN continua na quarta-feira, 31, com as presenças confirmadas do ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, da secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE/SP), Zeina Latif, do diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S. A. (AMAZUL), vice-almirante (EN) Newton de Almeida Costa Neto, do secretário Executivo do MCTI, Sergio Freitas de Almeida, do titular da DPD/NEN, Madison Coelho de Almeida, do diretor do CTMSP, vice-almirante (EN) Guilherme Dionízio Alves e da vice-reitora da USP, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda.
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- 31/08/2022 - 'Não desisti da minha missão na área nuclear e não abandonei o RMB', diz Perrotta, em celebração no IPENAposentado recentemente, ex-coordenador técnico do empreendimento é homenageado com o título de Pesquisador Emérito do IPEN no primeiro dia de ecelebração dos 66 anos de fundação do Instituto
Aposentado recentemente, ex-coordenador técnico do empreendimento é homenageado com o título de Pesquisador Emérito do IPEN no primeiro dia de ecelebração dos 66 anos de fundação do Instituto
"Não desisti da minha missão na área nuclear, não renunciei ao meu conhecimento adquirido e não abandonei a implantação do Empreendimento RMB. É uma forma de mudança de atitude para uma busca de soluções. Penso que devo me posicionar em defesa dos nossos ideais, das nossas instituições, da preservação da ética, da competência e da meritocracia nessa nossa área estratégica e importante da tecnologia nuclear.”
A afirmação é do engenheiro José Augusto Perrotta, a propósito de sua aposentadoria "não programada” e a consequente saída da coordenação técnica do Projeto Reator Multipropósito Brsileiro (RMB). Homenageado pelo IPEN/CNEN como "Pesquisador Emérito” no primeiro dia de celebrações do 66º aniversário do Instituto, terça-feira, 30, Perrotta fez um discurso emocionado e contundente sobre sua carreira e a importância do empreendimento para o Brasil.
Dizendo-se preocupado com "o futuro da instituição, do projeto RMB e da área de tecnologia nuclear do País", Perrotta mostrou os "números superlativos” do empreendimento: o investimento necessário de US$ 500 milhões, o terreno de 2 milhões de m2 com uma área de proteção ambiental de 730 mil m2, um reator de pesquisa de 30 MW e laboratórios de processamento e manuseio de radioisótopos, de feixe de nêutrons, de análise por ativação neutrônica e de análise pós-irradiação de combustíveis e materiais.
"São mais de 20 instalações suporte, mais de 60 mil m2 de construções e 10 Km de vias internas”, ressaltou Perrotta. E os números superlativos não param por aí. De acordo com Perrotta, já foram produzidos mais de 16 mil documentos de engenharia, com mais de 2 milhões de homens-hora de engenharia, mais de 2.500 reuniões técnicas realizadas e quatro projetos de encomenda do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e um total investido de R$ 280 milhões.
O pesquisador também mencionou as 10 mil mudas de árvores nativas plantadas para recomposição de mata ciliar do Ribeirão do Ferro, que corta o sítio do RMB, ratificando a preocupação para que o empreendimento seja "ambientalmente correto”, um dos pilares de sustentabilidade do projeto. Perrotta destacou a "grande missão” do RMB, de ser nuclear em dois sentidos, o de embrionário de um grande centro de pesquisas e tecnologia, na área nuclear.
"O RMB não é apenas o projeto de construção de um reator de pesquisa, mas sim, a exemplo do que ocorreu com a implantação do reator IEA-R1 para o IPEN, é o estabelecimento de um grande centro de tecnologia nuclear que nasce com a construção do reator de pesquisa e instalações associadas. Ele é efetivamente um projeto de arraste e estruturante para o Programa Nuclear Brasileiro. Ao redor do reator se expandirão laboratórios, conhecimento, desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos, inovação e suprimento da sociedade com os produtos e serviços que trazem consigo os benefícios da utilização pacífica da energia nuclear”.
Em seu discurso, Perrotta fez um retrospecto da carreira e comentou que o interesse pela área nuclear surgiu quando ainda era criança, aos 10 anos. "Me lembro, ainda criança, talvez uns 10 anos, moleque de rua – eu vivia na rua jogando bola, soltando pipa –, no bairro do Engenho Novo, no Rio de Janeiro, que, numa dessas resenhas da molecada, veio a pergunta "o que eu seria quando crescesse”. Lembro, perfeitamente, até hoje, essa cena, e eu disse sem hesitar ENGENHEIRO NUCLEAR!!”, exclamou.
Vocação predestinada
Prestes a completar 69 anos (28 de outubro), Perrotta nasceu no "Dia do Funcionário Público” e dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, no mesmo ano do lançamento do Programa Átomos para a PAZ (8 de dezembro de 1953). Três anos depois, em 1956, veio a criação da CNEN, e, em 1957, a fundação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e do Instituto de Energia Atômica (IEA), atual IPEN. "Portanto, nasci na era da aplicação da energia nuclear para fins pacíficos em benefício da sociedade”, brincou.O pesquisador acredita ter nascido com a missão de atuar na área nuclear e de contribuir para esse fim. "A vida sempre me encaminhou nesse caminho. Vários foram os sinais de estímulos a perseverar, não desanimar, e os apoios e cuidados recebidos para que isso ocorresse foram muitos”, afirmou. Perrotta fez questão de mencionar que sempre estudou em escolas públicas, do então primário à faculdade, tendo se formado em dezembro de 1977 como engenheiro civil, no Instituto Militar de Engenharia (IME – Rio de Janeiro).
Em janeiro de 1978, casou-se com Rosângela, presente na cerimônia, e brincou que nem teve tempo de curtir o momento. "Nem tivemos lua de mel, pois já estava fazendo o mobralzinho do PRONUCLEAR para mestrado em Engenharia Nuclear no próprio IME. Ganhei a bolsa e fiz o mestrado especial que dava o direito de ir fazer doutorado nos Estados Unidos, mas preferi concluir no País”. Perrotta dedicou um agradecimento especial à esposa, a quem "deve grande parte do sucesso da carreira”.
Carreira de sucesso
O pesquisador mencionou sua passagem pelo Departamento do Combustível Nuclear de Furnas, onde acredita ter feito um trabalho "marcante” e "fantástico”, que se tornou metodologia padrão de Furnas para as curvas operacionais de valores de reatividade de barras de controle do reator. Gostava do trabalho, mas, após a morte do pai, a quem ajudava na função de jornaleiro, aceitou mudar para São Paulo e trabalhar no Programa Autônomo de Tecnologia Nuclear (PATN) e no IPEN.Com os dois filhos ainda pequenos – Gabriela tinha 3 anos e o André ainda não havia completado um ano – e sabendo que seria uma dificuldade maior para a esposa Rosangela, tinha consciência do grande desafio que lhe esperava, no auge de seus 29 anos. "Era para trabalhar no desenvolvimento autônomo da tecnologia nuclear nacional. Hoje tenho certeza de que esse era meu destino e foi uma decisão acertada”, disse, referindo-se à tarefa de projetar o combustível e o núcleo do reator de propulsão naval.
Foi na metade dos anos 90, em decorrência da famosa "pá de cal” no PATN, que passou a se dedicar à Divisão de Engenharia do Núcleo do Departamento de Reatores do IPEN (RT) e concluiu seu doutorado, sob a orientação de José Rubens Maiorino. "E convidamos, não por acaso, o Dr. Rex Nazareth, principal responsável do PATN, a fazer parte da banca da minha defesa”, afirmou. No final da década, ajudou na criação do Centro de Engenharia Nuclear, tendo sido o primeiro gerente eleito pelos pares no IPEN.
Em 2002, foi convidado a trabalhar na Seção de Segurança de Reatores de Pesquisa da AIEA, em Viena, onde atuou no esforço inicial do trabalho conjunto dos Departamentos de Segurança, de Energia e de Aplicações para organização de guias, documentos técnicos e serviços sobre os reatores de pesquisa para suporte aos países membros da Agência. "Hoje existem mais de cem documentos emitidos e vários serviços disponíveis aos países membros. O RMB também utiliza alguns desses documentos da IAEA”.
Em 2003, voltou ao Brasil para contribuir na estruturação do Programa de Células a Combustível, aglutinando os vários grupos técnicos que estavam se desenvolvendo na área. "Ganhamos projeção nacional e, através do MCTI, fomos indicados coordenadores do Programa Nacional de Células a Combustível (PROCAC) em projeto de encomenda através da FINEP”, contou.
Perrotta também falou de sua passagem pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Material Nuclear (ABACC), onde coordenou o desenvolvimento e a qualificação do método inovador de amostragem de UF6 em plantas de enriquecimento para determinação de teor isotópico. "Denominamos esse método de ABACC-Cristallini em homenagem ao Dr. Osvaldo Cristallini que trabalhava conosco. Esse é um fato relevante para a ABACC”.
No seu retorno ao IPEN, passou a dirigir projetos especiais. Segundo Perrotta, a cronologia dos fatos de certa forma o empurrou para o que considera o grande projeto de sua carreira profissional e talvez a grande missão que teria a realizar e para a qual foi preparado ao longo dos vários anos de trabalho: o Projeto RMB. No Programa de Ação Em Ciência Tecnologia e Inovação (PACTI 2007-2010) do então MCT, havia destaque para a área nuclear com a recomendação de construir um reator para autonomia nacional na produção dos radioisótopos para a medicina nuclear.
Liderado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN, o projeto seria tocado por líderes e executores oriundos dos institutos da CNEN e a parceria do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Perrotta foi designado como coordenador de gestão e coordenava os trabalhos dos vários especialistas. Chegou a ser titular da DPD de julho de 2011 a outubro de 2012, concomitantemente, e, pela função de direção, tornou-se membro do Conselho Superior do IPEN.
"Como diretor da DPD fui designado Membro do Conselho Superior do IPEN e contribuí para a renovação do convênio CNEN-IPEN-SDE-SP-USP que é de grande importância à CNEN, ao IPEN e ao RMB”, disse Perrotta. Para ele, "muito foi realizado no projeto RMB, mas, ainda, aquém do que foi inicialmente planejado”. Essa realização – COMPLEMENTA – existiu por vontade dos muitos que apoiaram o projeto desde seu início,” como é o caso do IPEN, instituição líder do projeto”.
Antes de encerrar seu discurso com os agradecimentos, Perrotta mencionou a expansão do acordo de parceria com a empresa de engenharia Amazônia Azul (AMAZUL), também da Marinha, em 2017, para apoio na implantação de engenharia do empreendimento. Citando algumas das realizações do empreendimento, afirmou que, nos últimos sete anos, a falta de recursos financeiros e a falta de apoio efetivo e político contribuíram para que a construção do RMB não fosse iniciada.
Por fim, agradeceu os pares, afirmando que "todos os trabalhos e realizações se devem ao grupo de pessoas, técnicos, e especialistas que comigo trabalharam”. Perrotta lembrou de apoiadores do projeto "que nos deixaram ao longo do caminho”, entre eles, Afonso Aquino, que foi colaborador na área de comunicação do RMB, fez uma saudação especial ao atual superintendente do IPEN, Wilson Calvo, e agradeceu à diretora substituta, Isolda Costa, e aos ex-superintendentes Claudio Rodrigues e Spero Morato, "entre outros de igual importância”.
Emocionado, dirigiu-se à espoca Rosângela, com quem está casado há 44 anos, dizendo que tudo que fez ou pode fazer profissionalmente foi porque teve o seu incentivo e suporte. "Toda vez que decidi mudar de serviço e cidade, viajar por longos períodos e me dedicar à minha profissão tive seu apoio e compreensão. Eu ficava tranquilo sabendo que ela realizava todo o necessário para cuidar de nossa família. Grande parte do sucesso da minha carreira se deve a você Rosangela. Muito Obrigado! Beijo”.
Também foram citados os filhos Maria Gabriela e André e as netas Isabella e Valentina, presentes na cerimônia, "por nos dar brilho nos olhos”. Fez um agradecimento à mãe, dona Maria, ainda viva, 99 anos) e à irmã Carmen, que sempre o ajudaram e o acolheram nas idas de trabalho ao Rio de Janeiro. "Casa da mamãe é hotel 10 estrelas”, brincou.
Encerrou com uma dedicatória especial: "Gostaria também de dedicar essa homenagem de pesquisador emérito ao meu pai. Imigrante italiano, na década de 30, ainda jovem, foi de verdade um grande brasiliano que criou raízes, constituiu família e contribuiu para o crescimento do país através do seu trabalho honesto e dedicado, e na criação e educação da geração que o sucedeu. Meu orgulho e admiração por ele, a quem dedico essa homenagem”.
"Perrotta é Multipropósito”
Antes de Perrotta receber o diploma de Pesquisador Emérito, coube ao amigo e testemunha de sua dedicação ao RMB e à área nuclear brasileira, Francisco Rondinelli Júnior apresentar o homenageado aos presentes. Atual coordenador geral de Aplicações das Radiações Ionizantes da CNEN, Rondinelli mencionou aspectos da carreira de Perrotta e ressaltou o fato de ele ser oriundo da rede pública de ensino, um exemplo "do mérito do ensino público brasileiro”.Enquanto elencava os trabalhos realizados por Perrotta, Rondinelli brincou dizendo que "Perrotta é multipropósito”, levando a plateia ao riso. Destacou que o homenageado foi o engenheiro que concebeu o RMB e que "o desenho do seu pensamento” está preservado em um quadro e deve ser guardado para a posteridade. Mencionou ainda outros prêmios e honrarias concedidos a Perrotta e encerrou dizendo que ainda "faltam 30 páginas a serem preenchidas com coisas a fazer”, elogiando a "forma humana com a qual Perrotta dedicou ao País”.
A celebração do 66o aniversário do IPEN continua na quarta-feira, 31, com a presença do ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, da secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE/SP), Zeina Latif, do diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S. A. (AMAZUL), vice-almirante (EN) Newton de Almeida Costa Neto, do secretário Executivo do MCTI, Sergio Freitas de Almeida, do titular da DPD/NEN, Madison Coelho de Almeida, do diretor do CTMSP, vice-almirante (EN) Guilherme Dionízio Alves e da vice-reitora da USP, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda.
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Texto: Ana Paula Freire
Colaborou Leonardo Novaes, estagiário -
- 24/08/2022 - IPEN celebra 66 anos de criação destacando sua contribuição para o desenvolvimento científico nacionalO evento acontece nos dias 30 e 31 de agosto e contará com um colóquio sobre a contribuição científica e tecnológica desenvolvida por pesquisadores, tecnologistas e demais profissionais do Instituto para o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)
O evento acontece nos dias 30 e 31 de agosto e contará com um colóquio sobre a contribuição científica e tecnológica desenvolvida por pesquisadores, tecnologistas e demais profissionais do Instituto para o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) completará 66 anos de existência na próxima quarta-feira (31). Para comemoração da data, será realizada cerimônia no auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni, anexo ao bloco da Administração da Instituição.
O evento acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto de 2022. No primeiro dia, será realizado um colóquio com o tema "A contribuição do IPEN-CNEN para o Reator Multipropósito Brasileiro - RMB”. O objetivo é reunir pesquisadores, engenheiros e demais servidores que participaram ativamente do projeto para o RMB e apresentarem depoimentos que resgatem o legado em conhecimento, tecnologia, inovação produzidos no Instituto desde 2008.
A abertura será realizada pela diretora substituta Isolda Costa. Na ocasião, será apresentado o manual de uso da marca do novo logotipo do IPEN, desenvolvido pelo Design Lab da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O Presidente da comissão de Pós-Graduação IPEN-USP, Eduardo Landulfo, e a gerente do Centro de Ensino, Martha Marques Ferreira Vieira, homenagearão docentes que após décadas de contribuição para formação acadêmica de aproximadamente três mil profissionais, deixam o curso.
Pesquisador Emérito
O evento também contará com anúncio do Pesquisador Emérito do IPEN 2022, José Augusto Perrotta, até recentemente coordenador técnico do empreendimento RMB. O coordenador Geral de Aplicações das Radiações Ionizantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Júnior, saudará Perrotta e prestará agradecimentos. O título de Pesquisador Emérito é concedido a pesquisadores aposentados e que tiveram valorosa contribuição na área do desenvolvimento científico e tecnológico no País.
Perrota foi tecnologista sênior da CNEN, exercendo a função de Coordenador Técnico do RMB, e se aposentou em 2022. Possui graduação em Fortificação e Construção pelo Instituto Militar de Engenharia (1977), mestrado em Engenharia Nuclear pelo Instituto Militar de Engenharia (1980) e doutorado em Tecnologia Nuclear pelo curso de Pós-Graduação IPEN-USP (1999).
O colóquio "A Contribuição do IPEN-CNEN para o RMB” será mediado pela coordenadora de Produtos e Serviços do IPEN,Tereza Cristina Salvetti. Ela anunciará os participantes que discorrerão sobre suas experiências no projeto e os desenvolvimentos alcançados.
Além de Perrotta e Salvetti, estão confirmadas as participações dos Drs. Elita Fontenelle Urano de Carvalho, Frederico Antônio Genezini, José Claudio Dellamano, Nilson Dias Vieira Junior, Patrícia da Silva Pagetti de Oliveira, e Ulysses D’Utra Bitelli.
Sessão Solene e homenagens
No dia 31, data de fundação do Instituto, a sessão solene comemorativa terá início às 10h, com a formação de uma mesa de honra e saudações de autoridades de instituições parceiras.
Isolda Costa, diretora substituta do IPEN-CNEN, destacará, na abertura, os principais desenvolvimentos realizados pelo Instituto cujos Centros de Ciência e Tecnologia dos Materiais e de Química e Meio Ambiente completam 60 anos de atividades. Também serão mencionados os 65 anos de operação do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1.
A sessão contará com pronunciamentos de autoridades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (AMAZUL), Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), Universidade de São Paulo (USP), Secretaria de Estado do Desenvolvimento econômico Sustentável (SDE/SP) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O evento encerra-se com a homenagem aos servidores que completaram 20, 25, 35, 40, 45 e 50 anos de atividades no IPEN. O servidor com mais tempo de atividade no Instituto representará os demais ao receber Menção Honrosa das mãos do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. Na sequência, serão lembrados os servidores aposentados e os colaboradores voluntários que prestam serviços ao Instituto, muitos ainda na orientação de trabalhos acadêmicos.
Leonardo de Novaes, estagiário
(com supervisão)
Arte: Mário Lima