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- 02/12/2016 - Rosatom e CK3 assinam Memorando de Entendimento sobre o desenvolvimento de centro de irradiação no BrasilFonte: ABENA corporação estatal de energia atômica da Rússia, Rosatom, através de sua subsidiária United Corporation for Innovations (UCI), e a empresa brasileira CK3 assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento, construção e operação de um centro de irradiação no Brasil. Do lado russo, o documento foi assinado pelo diretor-geral da United Corporation for Innovations, Denis Cherednichenko, e por parte do Brasil, assinou o diretor-geral da CK3, Renato Cherkezian.
O memorando estabelece cooperação entre as partes e envolve a coordenação de esforços para implementar e operar projetos de centros de irradiação no Brasil, utilizando tecnologias baseadas no uso de aceleradores de elétrons para a esterilização de produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos de saúde, entre outras aplicações.
O projeto vai combinar, de um lado, as competências e realizações da Rússia no campo da tecnologia de radiação, e de outro, a experiência brasileira com o mercado local, bem como as experiências da CK3 destinadas a atrair clientes, seguindo a estratégia da Rosatom de aumentar sua participação no mercado latino-americano.
"Vemos um grande potencial no mercado brasileiro na área de produtos de esterilização médica, por meio de tecnologias de irradiação. O uso de tecnologias de irradiação na área brasileira de saúde pode melhorar significativamente a segurança e qualidade dos bens e serviços. Produtos médicos hermeticamente embalados podem ser eficazmente esterilizados, o que reduz o risco de contaminação na fase de produção. Produtos tratados com o método de esterilização por radiação também irão aumentar o potencial de exportação das empresas brasileiras que se dedicam à produção de produtos médicos", disse Cherednichenko.
Segundo ele, a diferença fundamental das propostas da Rosatom no campo da esterilização por radiação é que a empresa oferece a criação de um centro "turn-key". "Nós não só criamos um projeto e equipamos o centro de irradiação, mas também treinamos os funcionários e prestamos serviços. A nossa abordagem tem foco principal no cliente. Oferecemos soluções comprovadas e tecnologias modernas e flexíveis ajustadas às necessidades de cada cliente. Assim, nós realmente acreditamos que este memorando irá servir como o início de uma cooperação bem-sucedida entre as nossas empresas", acrescentou Denis Cherednichenko.
"Estamos estudando o mercado de irradiação por algum tempo, e apesar de ser relevante no mundo, tem pouco investimento em nosso país. Os potenciais deste setor levaram à nossa decisão de investir na diversificação do nosso portfólio", diz Rodrigo Cherkezian. "Acreditamos firmemente que, depois de muitas negociações, encontramos o parceiro certo, porque a Rosatom tem tecnologias avançadas neste campo e, ao mesmo tempo, tem presença internacional bem reconhecida. As competências complementares a esta união nos permitem ter uma estratégia de entrada agressiva neste mercado", acrescenta Chekezian.
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- 30/11/2016 - Nova diretoria assume comando da Associação Brasileira de Energia NuclearFonte: ABENEleita para o biênio 2016/2018, toma posse na próxima terça-feira, dia 6 de dezembro, a nova diretoria da Associação Brasileira de Energia Nuclear - Aben. A sessão solene será às 17h30 no salão nobre do Clube de Engenharia.
A presidência ficará a cargo de Olga Simbalista, formada em Engenharia Elétrica, com mestrado em Engenharia Nuclear e especialização em Termohidráulica de Reatores na Alemanha. Olga Simbalista é uma das mais experientes profissionais do setor, reunindo, em seu currículo, cargos de destaque nas principais empresas e órgãos da área de energia.
Como vice-presidentes, tomarão posse Ivan Pedro Salati de Almeida e Luciano Pagano Junior.
Curriculum Vitae de Olga Côrtes Rabelo Leão Simbalista
Sua formação Acadêmica inclui a graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado em Engenharia Nuclear (UFMG/Cnen) e especialização em Termohidráulica de Reatores na Gesellshaft für Kerntechnik im Shifbaum und Shiffhart - GKSS, na Alemanha.
Dentre suas principais atividades profissionais, foi Chefe do Laboratório de Termohidráulica do Instituto de Pesquisas Radioativas - IPR, chefe da Assessoria de Estudos Estratégicos e superintendente de Planejamento da Nuclebrás, coordenadora de planejamento da Eletronuclear, assistente da Diretoria Financeira de Furnas Centrais Elétricas, dos presidentes de Furnas, Eletrobras e Eletronuclear.
Diretora de Gestão de Negócios e de Participações de Furnas no período 2011 a 2016.
Nas áreas de ensino e pesquisa foi membro do Corpo Docente dos Cursos de Mestrado em Ciências e Técnicas Nucleares (UFMG/Cnen), em Engenharia Térmica (EEUFMG) e do MBA em Energia da Gama Filho e vários trabalhos publicados, no país e no exterior, tendo orientado oito teses.
Em paralelo a sua atividade profissional, participa em diversas entidades, como a Seção Latino Americana da American Nuclear Society, onde foi, sucessivamente, secretária, vice-presidente e presidente, neste caso, como a única mulher a exercer tal função ao longo dos 39 anos de existência desta organização e vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear - Aben.
Atualmente é presidente do Conselho de Energia, membro do Conselho Diretor e do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Associação Comercial do Rio de Janeiro - ACRJ, do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio - CNC e membro do Conselho de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas.
No contexto das Nações Unidas, foi representante da América Latina no Consultancy Group for Nuclear Forecasts, da Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA, em Viena, de 2002 a 2011 e consultora da Cepal, na área de energia.
Foi membro dos Conselhos de Administração da Ceal - Companhia de Eletricidade de Alagoas e do Cepel - Centro de Estudos e Pesquisas da Eletricidade, do Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro - RESEB/MME e do Conselho Diretor do Clube de Engenharia.
Sua atuação no processo de desenvolvimento social, econômico e político da mulher tiveram início em 1993, no Conselho da Seção Rio de Janeiro do Banco da Mulher, sendo, posteriormente, no âmbito da Rede Nacional do Banco da Mulher, membro do Conselho Diretor, diretora, vice-presidente e presidente. Em 2014, foi eleita Personalidade do Ano 2014 pela WEB da ONU.
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- 30/11/2016 - CNRS e Cnen assinam termo de cooperação técnicaFonte: ABENA Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), assinou hoje (30/11), em Brasília, termo de cooperação técnica com o Centre National de La Recherche Scientifique (CNRS), instituição francesa que é um dos maiores centros de pesquisa do mundo. O objetivo é definir meios de interação entre as duas instituições de forma a promover intercâmbio de informações científicas, definir e implementar ações cooperativas em áreas como engenharia nuclear, física nuclear, química, tecnologia científica e formação de recursos humanos.
O acordo foi assinado pelo presidente da Cnen, Renato Machado Cotta, e pelo diretor da Direction Europe de la Recherche et Coopération Internationale (Derci/CNRS), Patrick Nedellec. A assinatura ocorreu dentro da programação do seminário Cooperação Científica Franco-Brasileira em Perspectiva, que ocorre nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. O encontro é uma organização conjunta do MCTIC, CNRS, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Embaixada da França no Brasil, entre outras instituições.
O CNRS possui cerca de 32.000 colaboradores e seu orçamento no ano passado foi de 3,3 bilhões de euros. A instituição atua em quase todas as áreas do conhecimento, através de mais de 1.100 unidades de pesquisa e de serviços. Um dos indicativos da qualidade do trabalho realizado são os 20 prêmios Nobel já conquistados pelos integrantes de seus quadros.
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- 30/11/2016 - Brasil e França reforçam cooperação com acordo na área de fármacos e fusão nuclearConvênio é mais um passo para a internacionalização da ciência brasileira, diz presidente do CNPq. Parceria entre Brasil e França resultou na conquista da Medalha Fields pelo pesquisador brasileiro Artur Avila, do Impa
Convênio é mais um passo para a internacionalização da ciência brasileira, diz presidente do CNPq. Parceria entre Brasil e França resultou na conquista da Medalha Fields pelo pesquisador brasileiro Artur Avila, do Impa
Fonte: MCTICO presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Renato Cotta, assinou nesta quarta-feira (30), em Brasília, um acordo de cooperação com o Centro Nacional da Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), que prevê a colaboração em pesquisas na área de fármacos e física pelos próximos quatro anos. O convênio foi assinado durante o "Seminário Cooperações Científicas Franco-Brasileiras em Perspectivas - Estruturas Conjuntas de Pesquisas Internacionais", realizado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que marca a celebração dos 40 anos de parceria entre o CNPq e o CNRS.
"O CNRS é a maior instituição de pesquisa da França com cerca de 30 mil pesquisadores cobrindo diversas áreas do conhecimento. Nós buscamos essa aproximação que vai nos permitir colaborar em áreas fundamentais, como física de partículas e fusão nuclear, mas também em áreas bastante aplicadas como produção de radioisótopos e aplicação de radiofármacos para saúde humana", explicou Cotta.
Para o presidente do CNPq, Mario Neto Borges, o acordo contribui para a "internacionalização" da ciência, que considera um "pilar fundamental para o avanço da ciência brasileira". "Não na quantidade, mas na qualidade da ciência produzida. Nesse sentido, o CNPq tem desenvolvido um papel fundamental nessa parceria com a França e agora estamos revitalizando as parcerias com agências francesas para trazer maiores oportunidades para os nossos pesquisadores", disse.
O diretor do CNRS no Brasil, Olivier Fudym, ressaltou que a cooperação franco-brasileira tem propiciado bons resultados nesses últimos anos, entre eles, a conquista da Medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel Matemática, recebida pelo pesquisador Artur Avila, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em 2014. Com 35 anos de idade, Artur foi o primeiro brasileiro a vencer a Medalha Fields. "Essa vitória foi fruto da cooperação franco-brasileira em matemática", disse.
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- 30/11/2016 - “Últimas decisões do Congresso impactarão negativamente o futuro do País por longo tempo”, diz presidente da SBPCO Senado aprovou na noite desta terça feira a PEC 55 em primeira instância. Na mesma noite, a Câmara desfigurou as 10 medidas do pacote anticorrupção
O Senado aprovou na noite desta terça feira a PEC 55 em primeira instância. Na mesma noite, a Câmara desfigurou as 10 medidas do pacote anticorrupção
Fonte: Jornal da Ciência"Apesar de todos os esforços da comunidade acadêmica, científica, tecnológica e de inovação, o Congresso virou as costas para o desenvolvimento do País”, declarou a presidente da SBPC, Helena Nader, na manhã desta quarta-feira, 30 de novembro. Com 61 votos favoráveis, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos públicos federais à taxa de inflação pelos próximos 20 anos, foi aprovada em primeiro turno no Senado Federal na noite desta terça-feira, 29 de novembro. Apenas 14 senadores votaram contra. Na mesma noite, a Câmara aprovou o projeto que cria as 10 medidas anticorrupção, mas excluiu pontos-chave do texto, mantendo apenas duas medidas com a versão original. A SBPC considera gravíssima tais decisões.
"As últimas decisões do Congresso Nacional impactarão negativamente, por um longo tempo, o futuro do País, comprometendo educação e CT&I”, declara a presidente da SBPC.
Nader ressaltou o empenho de toda a comunidade nos últimos meses para evitar a aprovação da PEC 55, desde documentos demonstrando os retrocessos para a economia e desenvolvimento social do País, até corpo-a-corpo com os parlamentares, na Câmara e no Senado. Segundo ela, os parlamentares tomaram uma decisão sem levar em conta a opinião pública. "Primeiro foi a Câmara. Agora o Senado, em primeira instância, que virou as costas para o povo brasileiro. Uma mudança desse porte na Constituição teria que ter uma constituinte, porque isso altera para sempre o futuro do País”, afirma.
Segundo a presidente da SBPC, o congelamento das despesas pelos próximos 20 anos vai na contramão do que todos os países que hoje estão entre os mais desenvolvidos do mundo colocaram em prática nos momentos de crise. "A Coreia, em 1999, no meio de uma crise econômica semelhante à brasileira, fez um estudo com várias alternativas e viu que a única solução de longo prazo para sair da crise era investindo em CT&I, além da educação. Hoje é um dos países cuja economia mais cresce no mundo”, destaca.
Esse é o momento de o Brasil copiar os modelos de países como Coreia, China, Estados Unidos e Europa, que para sair da crise, investiram mais nessas áreas. "Educação, ciência, tecnologia e inovação é investimento, não é gasto”, afirma.
Nader disse ainda que a mudança nas dez medidas do pacote anticorrupção também é chocante: "O Congresso virou as costas duas vezes essa noite. Primeiro com a PEC 55 e, depois, com o pacote anticorrupção”.
"A SBPC há 69 anos luta ao lado do povo brasileiro para o desenvolvimento do Brasil. A gente quer que o País dê certo. Estamos chocados”, disse Nader.
A votação em segundo turno da PEC do Teto de Gastos está programada para 13 de dezembro.
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- 30/11/2016 - Debate mostra divergência sobre segurança de Angra 3Sidney Rabello, da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear, disse que a construção deve se manter paralisada e o projeto de contenção do edifício deve ser reformulado
Sidney Rabello, da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear, disse que a construção deve se manter paralisada e o projeto de contenção do edifício deve ser reformulado
Fonte: Jornal da CiênciaAudiência pública promovida nesta terça-feira (29) pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) expôs divergências sobre a construção da Usina de Angra 3, uma das principais metas do programa nuclear brasileiro. De um lado, acusações de que o projeto seria anacrônico e não incorporaria medidas de proteção contra acidentes recomendadas depois de desastres como os de Chernobyl (Ucrânia), em 1986, e de Fukushima (Japão), em 2011. Do outro, a garantia de que a obra segue as mais atualizadas normas de segurança adotadas no mundo.
Para o engenheiro de Segurança Nuclear e membro da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear (Afen), Sidney Luiz Rabello, as normas de segurança de Angra 3 se restringem às que estavam em vigência na Alemanha e no Brasil entre 1975 e 1981.
Ainda segundo Rabello, o projeto não incorpora as regras da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que foram elaboradas após o acidente do reator de Three Mile Island, nos EUA, em 1979. A fusão do núcleo do reator revelou deficiências nas bases de projeto de todas as usinas da década de 1970.
Segundo ele, Angra 3 deveria incluir uma obra de contenção do núcleo do reator capaz de resistir à fusão total de seu núcleo e à liberação de material radioativo para o meio ambiente. As obras foram alvo das investigações da Operação Lava Jato e estão paradas desde setembro do ano passado.
- É uma lata velha da década de 70 em termos de segurança nuclear. Minha proposta é manter a construção parada e refazer o projeto de contenção do edifício - defendeu Rabello.
Mas o diretor-presidente da Eletrobras Eletronuclear, Bruno Campos Barretto, assegura que tanto o projeto de Angra 3 quanto as outras usinas em operação - Angra 1, que começou a funcionar em 1985, e Angra 2, em operação desde 2001- adotam as recomendações de segurança:
- Temos revisões técnicas sobre processos e gestão a cargo de entidades independentes internacionais. Isso é contínuo. Tanto a Agencia Internacional de Energia Atômica quanto a associação de operadores nucleares nos submetem a missões que emitem recomendações que nós seguimos fielmente - disse.
O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletrobras Eletronuclear, Leonam Guimarães, reforçou que o projeto de Angra 3, reapresentado em 2010, é o que há de mais atual em termos de segurança. Ele descartou a necessidade de uma obra de contenção do núcleo do reator:
- O projeto não é o mesmo da década de 70. Ele incorporou uma série enorme de melhorias e adaptações às novas normas e requisitos, em especial requisitos de segurança - sustentou.
Irregularidades em licitação
André Pacheco Assis, professor da Universidade de Brasília (UnB), pediu que o projeto seja revisto em razão das irregularidades apontadas pela Operação Lava Jato no processo de licitação das obras.
- Isso certamente afeta a segurança dos usuários. Muitas vezes a qualidade do asfalto abre um buraco, que pode ser apenas um custo de manutenção, mas também pode provocar um acidente - exemplificou.
Para o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), o Senado precisa aprofundar o debate sobre a segurança das usinas nucleares.
- Poucas usinas no mundo deram problemas, mas aquelas que deram causaram tragédias monumentais - afirmou o senador.
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- 30/11/2016 - Para especialistas, redução de prazo não resolve problema do registro de patentesO Inpi está com 250 mil processos de propriedade intelectual por analisar, o chamado backlog. O presidente atual do instituto, Luiz Otávio Pimentel, e representantes dos servidores criticaram a falta de profissionais para examinar os pedidos. Segundo Pimentel, o backlog por examinador é 19 vezes maior que o dos Estados Unidos, por exemplo
O Inpi está com 250 mil processos de propriedade intelectual por analisar, o chamado backlog. O presidente atual do instituto, Luiz Otávio Pimentel, e representantes dos servidores criticaram a falta de profissionais para examinar os pedidos. Segundo Pimentel, o backlog por examinador é 19 vezes maior que o dos Estados Unidos, por exemplo
Fonte: Jornal da CiênciaNove especialistas ouvidos nesta terça-feira (29) pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços disseram que o Projeto de Lei 3406/15, do Senado, não resolverá os problemas de registro de patentes no Brasil.
A proposta altera a Lei de Patentes (9.279/96), definindo prazo máximo de 180 dias para exame de pedidos de registro.
Ex-presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Otávio Brandelli afirmou que a demora nos processos beneficia as empresas que fizeram o pedido.
"Existe um quase monopólio por quase 12 anos. Quem fez o pedido de patente tem expectativa de direito. Há um quase monopólio ilegítimo”, disse. O instituto é o responsável pela análise de patentes no Brasil.
Segundo Brandelli, esse monopólio gera distorções como dispensa de licitação na compra de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirmou que, atualmente, mais de 80% dos pedidos de patente ultrapassam o período de dez anos. Na lei atual, há uma cláusula que garante um prazo adicional quando houver atraso de mais de dez anos por inércia do INPI.
Falta de profissionais
O INPI está com 250 mil processos de propriedade intelectual por analisar, o chamado backlog. O presidente atual do instituto, Luiz Otávio Pimentel, e representantes dos servidores criticaram a falta de profissionais para examinar os pedidos. Segundo Pimentel, o backlog por examinador é 19 vezes maior que o dos Estados Unidos, por exemplo.
Graziela Zucoloto, técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirmou que a proposta atual pode levar a uma judicialização do processo de patentes. "Podemos ter concessão ou indeferimento generalizado. Aí é muito preocupante, vamos ter uma judicialização. Tenho dúvidas se o Judicário pode com a demanda. Os principais beneficiários podem ser os estrangeiros [que solicitaram 85% das patentes]”.
Essa é a mesma opinião do analista de Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Fabiano Barreto. "Com a imposição de 180 dias para o exame de patentes, estamos repassando o backlog do INPI para o Judiciário.”
Medida insuficiente
O deputado Helder Salomão (PT-ES), que solicitou a audiência, afirmou que a proposta teve o mérito de suscitar o debate, mas é insuficiente.
O projeto é um remédio que ataca as consequências e não as causas. Se nós aprovarmos o texto e fizermos um encontro com a reestruturação do INPI poderemos ter resultados melhores”, avaliou.
A comissão irá discutir, a pedido de Salomão, um anteprojeto de lei que propõe a reestruturação do instituto e está, desde 2014, no Ministério do Planejamento. A proposta do deputado é elaborar um documento do colegiado para pedir mais agilidade na análise do texto.
Relatoria
O presidente da comissão, deputado Laercio Oliveira (SD-SE), decidiu tirar o projeto de pauta para que seja mais discutido. Oliveira, que também é o relator da proposta e apresentou parecer favorável ao texto, afirmou que pode rever sua opinião.
"O parecer é pela aprovação, mas depois desse debate teremos um dever de casa a fazer. Não deprecia em nada recolher o projeto e mudar a relatoria”, disse.
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- 29/11/2016 - Agência nuclear reafirma compromisso de ajudar Brasil no combate ao zikaDurante visita ao Brasil na semana passada, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, reafirmou o compromisso do órgão da ONU de ajudar o Brasil no combate ao vírus zika com a utilização de técnicas avançadas de radiação para a esterilização de mosquitos transmissores.
Durante visita ao Brasil na semana passada, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, reafirmou o compromisso do órgão da ONU de ajudar o Brasil no combate ao vírus zika com a utilização de técnicas avançadas de radiação para a esterilização de mosquitos transmissores.
Fonte: ABENDurante visita ao Brasil na semana passada (23 a 25), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, discutiu o uso de técnicas avançadas de radiação para a esterilização de mosquitos transmissores do vírus zika.
Amano recebeu informações sobre a situação do zika no Brasil e os passos que estão sendo tomados pelo país no combate à disseminação do vírus.
A AIEA disse que continuará compartilhando sua expertise na técnica de esterilização de mosquitos transmissores e no uso de uma técnica de diagnóstico molecular que pode classificar o vírus rapidamente, disse o diretor-geral da agência da ONU.
Brasil, Cuba e México estão entre os países que recebem apoio técnico para o planejamento e implementação das técnicas de esterilização de mosquitos para combater o zika.
Outras áreas de discussão incluíram o fortalecimento dos serviços de radioterapia e de recursos humanos para o tratamento do câncer e outras doenças não transmissíveis, além da importância de garantir produção de alta qualidade de fontes de braquiterapia (radioterapia interna), imagens moleculares acuradas e treinamento abrangente para pessoal médico usando aplicações clínicas de medicina nuclear.
Amano enfatizou o apoio da AIEA ao Brasil em uma série de aplicações pacíficas da tecnologia nuclear, incluindo a construção de capacidades para conservação do solo e da água.
Ele também visitou a usina nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e recebeu informações sobre o papel da energia nuclear na matriz energética brasileira. Amano também se reuniu com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e com o chefe da Marinha brasileira, Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
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- 28/11/2016 - Comissão vai discutir com especialistas prazo para registro de patentesO debate será realizado nesta terça-feira (29) na Câmara dos Deputados
O debate será realizado nesta terça-feira (29) na Câmara dos Deputados
Fonte: Jornal da CiênciaA Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços promove audiência pública na terça-feira (29) para discutir o Projeto de Lei 3406/15. A proposta altera a Lei 9.279/96, para definir prazo máximo para o exame de pedidos de registro de marcas e de patentes.
O deputado Helder Salomão (PT-ES), que solicitou o debate, assinalou que apesar de legítimo o intuito de querer que os exames de patentes e de marcas sejam analisados no prazo máximo de 180 dias contados do depósito no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi), o projeto não deve solucionar os problemas enfrentados pelo Inpi. "Muito pelo contrário. Esse exame ultrarrápido, que nem em países mais evoluídos acontece, iria colocar pás de cal e institucionalizar o caos no Inpi, vez que os exames seriam feitos às pressas e sem a devida atenção necessária. O Inpi passaria a ser um órgão meramente carimbador. Muitos pedidos temerários provavelmente passariam a ser concedidos, em desrespeito à livre concorrência - já que a patente dá ao suposto inventor um monopólio jurídico exclusivo de exploração ampla e total pelo prazo de 20 anos.”
Hoje o prazo para exame de patentes é superior a 12 anos. "Reduzir esse prazo em 24 vezes, por meio de um artifício legal, trará mais prejuízos do que benefícios à inovação do Brasil. Empresas estrangeiras seriam beneficiadas, vez que cerca de 85% dos pedidos de patentes vêm do exterior. E dos restantes 15%, muitos são de empresas de capital estrangeiro com CNJP em nosso País.”
O parlamentar ainda falou sobre o mecanismo da cópia lícita, que considera essencial para o desenvolvimento tecnológico. "Foi assim, por meio das cópias lícitas, que a Holanda desenvolveu sua indústria química. Copiando sua vizinha, Alemanha. Para tanto, a Holanda aboliu sua lei de patentes por 47 anos. Depois de ter livremente copiado as inovações alemãs, aí sim passou a conceder patentes. Não podemos abolir nossa lei de patentes. Tanto porque a OMC não permitiria, como porque não seria prudente.”
Salomão acrescentou que a proposta não garantiria um Inpi mais funcional. "Aliás, o penúltimo presidente do Inpi, Otávio Brandelli, fez diversas propostas para o quadro funcional da autarquia, justamente para que os examinadores do instituto sejam tratados com prioridade e como quadros de Estado, e não de governo.
Estão convidados para o debate:
– diretor do departamento do Mercosul do Ministério de Relações Exteriores, Otávio Brandelli;– diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa da Silva Jr;– presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), Luiz Otávio Pimentel;– técnica de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Graziela Ferrero Zucoloto;– analista de Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabiano Barreto;– presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha;– presidente da Associação dos Funcionários do INPI (Afinpi), Fernando Feruti;– diretora Jurídica da Interfarma Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Tatiane Schofield;– coordenador do Grupo de Trabaho sobre propriedade intelectual (GTPI), Pedro Villardi.
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- 28/11/2016 - Simpósio de Lasers e Aplicações - Agência FapespEvento do Ipen aberto a estudantes de graduação e pós terá atividades no Centro de Lasers e Aplicações e visitas a laboratórios
Evento do Ipen aberto a estudantes de graduação e pós terá atividades no Centro de Lasers e Aplicações e visitas a laboratórios
Fonte: Agência Fapesp
O Simpósio de Lasers e Aplicações será realizado no dia 30 de novembro de 2016 pelo Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo.O evento, das 9h às 17h15, em sua sexta edição, tem como objetivo divulgar as atividades da área e abrir oportunidades para iniciação científica aos graduandos e também para a pós-graduação.
Nesta edição de 2016, o foco será exclusivo nas atividades realizadas no CLA, isto é, não haverá apresentação de palestrantes externos. Na abertura, será exibido um vídeo sobre as principais pesquisas do centro, seguida de apresentação do Ipen, unidade vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do próprio CLA e do curso de pós-graduação em Tecnologia Nuclear Ipen/USP. Na sequência, os participantes poderão fazer seus questionamentos aos pesquisadores.
A programação da manhã tem ainda aula do professor Ricardo Samad sobre laser e suas diversas aplicações, seu funcionamento e sua interação com diferentes materiais.
Na parte da tarde estão programadas visitas a laboratórios do Ipen, quando cada grupo de pesquisa apresentará suas atividades e fará demonstrações experimentais.
As inscrições estão abertas e custam R$ 20. O número de vagas é limitado e é necessário preencher o formulário de inscrição.
Mais informações: http://laserseaplicacoes.wixsite.com/simposio e (11) 3133-9375.
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- 28/11/2016 - Associação reúne informações sobre gestores de pesquisaFundada em 2013, ABGEPq tem como objetivo promover o desenvolvimento e o reconhecimento da atividade profissional em gestão da pesquisa científica, entre outras iniciativas
Fundada em 2013, ABGEPq tem como objetivo promover o desenvolvimento e o reconhecimento da atividade profissional em gestão da pesquisa científica, entre outras iniciativas
Fonte: Agência Fapesp
A Associação Brasileira de Gestores de Pesquisa (ABGEPq), fundada em 2013 com o objetivo de promover o desenvolvimento e o reconhecimento da atividade profissional em gestão da pesquisa científica, entre outras iniciativas, está reunindo informações sobre pessoas que atuam na gestão da pesquisa em São Paulo e em todo o país.
Num primeiro momento, a expectativa é identificar onde os gestores atuam, entender quais são as expectativas e o que a associação poderia fazer por esse grupo.
A Associação divulga o endereço de seu site (www.bramabrazil.org) e convida a todos que atuam na área de gestão de pesquisa que se associem e que contribuam com a ABGEPq no estabelecimento de boas práticas em gestão de pesquisa no Estado de São Paulo e no país.
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- 27/11/2016 - Representante da ONU elogia projeto brasileiro de produção de radiofármacosFonte: Isto ÉEm visita à sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na última semana, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, elogiou o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), desenvolvido pela comissão com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e que será instalado em Iperó, no interior de São Paulo. A AIEA é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).Segundo Amano, o reator representará avanços na área da medicina nuclear do Brasil, que vão beneficiar a população com a produção de radioisótopos utilizados em radiofármacos aplicados em tratamentos de câncer e em diagnósticos de doenças do coração e do cérebro, entre outras. "Vai beneficiar milhões de pessoas em seu país”, disse.
O presidente da CNEN, Renato Cotta, admitiu que há um atraso no desenvolvimento do projeto do RMB, mas disse que há expectativa de liberação de recursos do governo ainda este ano para a contratação do projeto executivo de engenharia, que deve levar dois anos. Depois disso, são necessários mais dois anos para construção do reator. "Nossa perspectiva é essa. Se continuar o nosso cronograma de assinatura do projeto executivo agora e construção logo a seguir, a gente está com isso concluído em 2020”, disse.
Segundo Cotta, o Brasil produz atualmente uma série de radiofármacos de meia-vida curta, com efetiva aplicação por um período de duas horas, mas o radioisótopo de vida-longa, que pode durar até 60 horas, ainda precisa ser importado, o que deixa o país dependente do mercado internacional. Com o RMD, essa dependência e a demanda reprimida pelos medicamentos serão reduzidas. Hoje, a medicina nuclear no Brasil é responsável por dois milhões de procedimentos médicos, um terço da demanda real por tratamentos desse tipo, segundo o presidente da CNEN.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Cláudio Tinoco Mesquita, com a produção a partir da entrada em funcionamento do reator, o Brasil se tornará autossuficiente em radiofármacos. "Não vai mais precisar importar nada. É um projeto para a autossuficiência total. O Brasil tem toda a capacidade para produzir aqui. Só precisa que haja o investimento.”
Prêmio
Yukiya Amano recebeu da CNEN o Prêmio Octacílio Cunha, concedido desde 1981 a entidades que contribuem para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro. Entre os premiados deste ano também estão a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e a Amazônia Azul Tecnologia de Defesa (Amazul).
A premiação encerrou a agenda de Amano no Brasil, que incluiu uma reunião com o ministro Gilberto Kassab e visitas ao Centro Experimental de Aramar, em Iperó, no interior de São Paulo, e à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), onde estão instaladas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e o canteiro de obras de Angra 3.
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- 25/11/2016 - Mundo MCTIC leva pesquisas e atividades científicas ao Parque da Cidade em BrasíliaExposição organizada pelo MCTIC apresenta a ciência e a tecnologia produzidas nos institutos de pesquisa. Evento será realizado de 28 de novembro a 4 de dezembro e tem a participação das escolas públicas do Distrito Federal.
Exposição organizada pelo MCTIC apresenta a ciência e a tecnologia produzidas nos institutos de pesquisa. Evento será realizado de 28 de novembro a 4 de dezembro e tem a participação das escolas públicas do Distrito Federal.
Fonte: CNPqO Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) apresenta o trabalho de seus institutos à população de Brasília na mostra Mundo MCTIC - Pesquisa e Desenvolvimento de Ponta no Brasil, de segunda-feira (28) a domingo (4), das 9h às 18h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.
A mostra possui 25 estandes de agências, empresas estatais, organizações sociais e unidades de pesquisa do MCTIC, com atividades lúdicas, experimentos científicos, exibições de vídeos em terceira dimensão (3D), exposições tecnológicas e visitas virtuais.
Na quinta (1º) e sexta-feira (2), essa grande exposição científica ficará ainda mais interessante com o4º Circuito de Ciênciasdas escolas da rede pública, que a Secretaria de Educação do Distrito Federal promove das 9h às 17h. Na etapa final do circuito, serão apresentados 197 trabalhos classificados em fases locais das 14 coordenações regionais de ensino, com alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional.
Estandes
A Agência Espacial Brasileira (AEB) leva ao Mundo MCTIC oVeículo de Sondagem Booster 30 (VSB-30), foguete de 12 metros e mais de duas toneladas doado ao Planetário de Brasília. A AEB desenvolveu a tecnologia em cooperação com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). O estande inclui maquetes de satélites, um planetário inflável, trajes de astronauta para fotografias e o boneco Cosminho, mascote do Programa Espacial Brasileiro.
O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) apresenta parte do material planejado para o Biênio da Matemática no Brasil,aprovado pelo Congresso Nacionalpela realização da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), em 2017, e do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM), em 2018. Dentre as atividades, estão parábolas que mostram relações da natureza com a disciplina, indicação de páginas eletrônicas a estudantes interessados em se aprofundar, brincadeiras de lógica e quebra-cabeças.
Já o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) oferece ao público experimentos de realidade virtual desenvolvidos com laboratórios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio). As simulações compreendem navegação dentro do útero durante a gravidez; visualização de robô da Petrobras em águas profundas; volta aérea pelo Cristo Redentor, escaneado em 3D pordrones; e passeios de barco e bicicleta pelas praias cariocas, em dia de sol.
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) reedita uma exposição fotográfica sobre a biodiversidade de polinizadores, uma das atividades da mostraCiência amigas das abelhas, presente na 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Jardim Botânico de Brasília.
A exposição Banco de Abrolhos: Maior Complexo Coralíneo do Atlântico Sul, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), remete ao documentário homônimo,lançado durante a 68ª Reunião Anualda Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro (BA). O pesquisador Fernando Moraes, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), aborda a área marinha entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo.
Haverá um estande institucional do MCTIC e espaços das secretarias de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), de Política de Informática (Sepin), de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), de Radiodifusão (SRAD) e de Telecomunicações (Setel).
Completam a mostra Mundo MCTIC trabalhos de divulgação científica do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), do Laboratório Nacional de Computação Cientifica (LNCC), do Museu de Astronomia e Ciência Afins (Mast), da Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep), do Observatório Nacional (ON) e da Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras).
Serviço
Evento:Mundo MCTIC -Pesquisa e Desenvolvimento de Ponta no Brasil
Data:28 de novembro a 4 de dezembro
Horário:9h às 18h
Local:Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade
Cidade:Brasília (DF) -
- 25/11/2016 - Galhos e raízes da árvore da ciênciaProjetos começam a reconstituir a genealogia acadêmica de pesquisadores brasileiros
Projetos começam a reconstituir a genealogia acadêmica de pesquisadores brasileiros
Fonte: Revista FAPESPEm 2017, cerca de 4,5 milhões de pessoas, como estudantes, professores e pesquisadores com currículos registrados na Plataforma Lattes, poderão identificar por meio de uma busca na internet as árvores genealógicas acadêmicas às quais pertencem, reconstituindo laços entre orientadores e seus pupilos construídos nos últimos 75 anos. Uma versão piloto de um sistema web está sendo criada por pesquisadores das universidades Federal do ABC (UFABC) e de São Paulo (USP), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além do Lattes, o sistema será abastecido por outras duas fontes: o banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com mais de 600 mil documentos, e uma lista de membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC). "Estamos fazendo o cruzamento de dados de pesquisadores para complementar informações e evitar possíveis registros duplicados”, explica Jesús Pascual Mena-Chalco, professor do Centro de Matemática, Computação e Cognição da UFABC e coordenador do projeto.
A genealogia acadêmica organiza os vínculos entre gerações de pesquisadores. O orientador é considerado o "pai” dos mestres e doutores que ajudou a formar. Esses, por sua vez, poderão gerar "netos” acadêmicos e assim por diante. A abordagem ganhou expressão com o lançamento de plataformas internacionais disponíveis na internet, como o Mathematics Genealogy Project e o Neurotree Project, que permitem mapear ancestrais acadêmicos em matemática e neurociência. O projeto brasileiro tem a ambição de ser mais amplo e abranger pesquisadores do país em todas as áreas do conhecimento. Segundo Mena-Chalco, isso é possível graças à Plataforma Lattes, que se tornou fonte de informações para pesquisadores que buscam dados sobre a ciência brasileira a fim de estudar seus fenômenos e tendências (ver Pesquisa FAPESP nº 233). "O Brasil é o único país com uma plataforma que registra as atividades de toda a sua comunidade científica”, diz.
Os usuários poderão colaborar, fornecendo dados que estejam faltando. "A ideia é que o sistema seja permanentemente atualizado. Quanto mais antigo o vínculo, menor a chance de encontrarmos referências sobre ele na Plataforma Lattes. E há casos de pesquisadores que se esquecem de informar o nome de seus orientadores”, explica Mena-Chalco. Além de fomentar estudos em história e sociologia da ciência, a genealogia acadêmica tem aplicações potenciais no campo da avaliação, medindo a influência que um cientista teve nas gerações seguintes. Em 2015, Mena-Chalco e colaboradores propuseram em um artigo científico um novo indicador, o índice-h genealógico, para avaliar o êxito de um cientista na tarefa de formar sucessores. Um pesquisador com índice-h genealógico 5 é aquele que teve ao menos cinco "filhos” acadêmicos (orientandos), sendo que cada um deles orientou pelo menos cinco pesquisadores. "Trata-se de uma proposta de indicador para avaliar a fecundidade acadêmica de um pesquisador”, diz.
A equipe de Mena-Chalco tem realizado projetos pontuais para testar a proposta. No início do ano, ele publicou um artigo na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, em colaboração com as biólogas Maria Carolina Elias, pesquisadora do Instituto Butantan, e Lucile Floeter Winter, professora da USP, que identifica as raízes históricas da protozoologia no Brasil, área que investiga os protozoários, alguns deles causadores de doenças como leishmaniose, malária e Chagas. A partir de análises do Currículo Lattes e do banco de dados da Capes, foi possível reconstituir a árvore genealógica da área, tendo como base um conjunto de 248 cientistas que contribuíram de maneira relevante na formação de pesquisadores em protozoologia, ao orientarem, cada um, pelo menos 10 teses de doutorado. No final, a árvore reuniu 1.997 pesquisadores, dos quais 20 destacaram-se como pioneiros (ver ilustração). O médico Carlos Chagas (1879-1934) aparece como fundador da linhagem, depois de ter elucidado o mecanismo da doença que leva seu nome, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. O levantamento também apontou pioneiros mais recentes, como o bioquímico Walter Colli, professor da USP, e o microbiologista Isaac Roitman, da Universidade de Brasília.
Segundo Maria Carolina Elias, o objetivo do trabalho era mensurar a contribuição dos pioneiros, mas também foi possível avaliar outras características na protozoologia no Brasil. "Ao rastrear as relações entre orientadores e orientandos, conseguimos observar como a área evoluiu e qual é o cenário atual”, diz ela. Observou-se, por exemplo, que 68,4% dos pesquisadores que obtiveram o título de doutor em protozoologia continuam atuando na área, enquanto 16,7% migraram para outros campos. O estudo também mostra uma relação entre o aumento do contingente de pesquisadores e a expansão de políticas de apoio à pesquisa nessa área. Entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1990, houve um crescimento da comunidade científica em protozoologia em consequência da criação do Programa Integrado de Doenças Endêmicas, o Pide, financiado pelo CNPq, que investiu US$ 12 milhões em cerca de 200 projetos de pesquisa sobre doenças endêmicas entre 1976 e 1986. "O programa teve um impacto enorme. Nesse período, vemos mais pesquisadores sendo orientados na área”, diz Maria Carolina.
O grupo de Mena-Chalco também está mapeando árvores genealógicas individuais. A primeira foi a de Etelvino José Henriques Bechara, professor do Instituto de Química da USP (ver entrevista em Pesquisa FAPESP nº 229), apresentada em novembro de 2015 em uma homenagem feita na USP para comemorar os 70 anos do pesquisador. O levantamento mostra que Bechara tem 34 filhos acadêmicos, ou seja, pessoas orientadas por ele no mestrado e/ou doutorado ou supervisionadas no pós-doutorado, além de 582 descendentes. "Já tenho tataranetos acadêmicos e nem os conheço”, diz Bechara. "É gratificante saber que meus alunos seguiram adiante orientando outras pessoas, que por sua vez já estão formando outra geração”, afirma o químico, que trabalha com radicais livres desde o doutorado, conduzido sob a orientação do italiano Giuseppe Cilento, professor da USP nos anos 1950 e 1960 e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre os anos 1960 e 1970. Para Bechara, árvores genealógicas acadêmicas mostram dimensões do trabalho dos pesquisadores que os indicadores tradicionais não registram. "Tenho 48 anos de vida universitária e a qualidade do meu trabalho sempre foi medida pelos artigos que publiquei. A genealogia mostra se fui capaz de formar pesquisadores qualificados e de passar adiante meus valores científicos”, afirma.
A busca por ancestrais acadêmicos às vezes traz boas surpresas. Foi o que aconteceu com o matemático francês naturalizado brasileiro Jean-Yves Béziau, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que há 10 anos começou a investigar suas raízes. "Fiquei surpreso ao ver que sou descendente acadêmico do matemático e filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-1716)”, diz. A descoberta ocorreu depois que Béziau foi convidado a participar do Mathematics Genealogy Project, um dos repositórios de genealogia acadêmica mais antigos. Criado em 1997 pelo Departamento de Matemática da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, mantém registros que remontam ao século XIV. No total, são mais de 200 mil doutores em matemática e áreas correlatas, como engenharia. Para chegar até Leibniz, Béziau partiu de seu orientador, o matemático Daniel Andler, professor da Universidade Sorbonne, em Paris, e viu que mais 11 pessoas o separavam de Leibniz.
O Mathematics Genealogy Project é um exemplo de projeto que conseguiu ir longe no tempo. Um dos desafios para quem faz pesquisa nessa área é identificar os orientadores mais antigos. O sistema de currículo Lattes foi lançado em 1999 e contém poucas menções a pioneiros da ciência brasileira. Com frequência, é preciso recorrer a registros históricos para reconstituir a árvore. "Parte de nosso trabalho com a genealogia acadêmica na área de protozoologia foi manual”, ressalta Maria Carolina. Jesús Mena-Chalco destaca outra dificuldade. "No passado, não existia a figura do orientador como a conhecemos hoje. Por isso, tivemos de recorrer a outras fontes para identificar ancestrais acadêmicos”, explica.
Desafios desse tipo são também enfrentados por Alberto Laender, professor titular do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele iniciou no ano passado, juntamente com o seu colega Fabrício Benevenuto, um projeto em genealogia acadêmica denominado The Science Tree, que pretende reunir dados genealógicos de pesquisadores dos mais diversos países. O objetivo é estudar a formação, a evolução e a disseminação de grupos de pesquisa ao redor do mundo. Os dados estão sendo coletados de diversas fontes, entre elas a Networked Digital Library of Theses and Dissertations (NDLTD), que possui registradas mais de 4,5 milhões de teses e dissertações do mundo todo, e também da Plataforma Lattes, o que permitirá integrar as árvores dos pesquisadores brasileiros que se formaram em instituições do exterior com as de seus orientadores.
De acordo com Laender, sua equipe trabalhou inicialmente com dados de apenas 638 mil pesquisadores, com os quais gerou uma floresta de cerca de 98 mil árvores. "Os dados da NDLTD são registrados por instituições acadêmicas de diversos países e muitas vezes não são preenchidos de forma apropriada. Muitos trabalhos não contêm, por exemplo, o nome do orientador”, explica. Uma das principais dificuldades, ele diz, é obter dados que possam ser identificados e processados automaticamente. "Ainda que a disponibilidade de dados sobre pesquisadores seja muito maior do que no passado, estudos de genealogia acadêmica ainda exigem um trabalho de limpeza, mas que no fim vale a pena”, diz Laender. Os primeiros resultados da pesquisa foram apresentados em uma conferência internacional sobre bibliotecas digitais realizada em Newark, Estados Unidos.
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- 24/11/2016 - Diretor da Agência de Energia Atômica destaca importância do Reator MultipropósitoO diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, foi recebido em audiência pelo ministro Gilberto Kassab, que considerou a reunião uma oportunidade para consolidar a cooperação com a agência
O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, foi recebido em audiência pelo ministro Gilberto Kassab, que considerou a reunião uma oportunidade para consolidar a cooperação com a agência
Fonte: MCTICO diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, ressaltou a importância do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) para dar autonomia ao país na produção de radioisótopos. Durante encontro com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, nesta quinta-feira (24), Amano disse que o RMB é essencial em um país de grande dimensão e população.
Para o ministro, a visita do diretor-geral da AIEA ao Brasil possibilitará a avaliação das ações desenvolvidas no país na área de energia nuclear e também para consolidar a cooperação com a agência.
Durante a reunião, Yukiya Amano lembrou a atuação da agência na aplicação pacífica da energia nuclear em vários setores. Na área da saúde, citou o trabalho no combate ao vírus zika e ao ebola. Ele ressaltou que, atualmente, uma das grandes preocupações da AIEA é com a segurança físico-nuclear e convidou o Brasil para participar de uma conferência internacional sobre o tema, que está sendo organizada para o período de 5 a 9 de dezembro, em Viena, na Áustria. O MCTIC, de acordo com Kassab, enviará uma delegação de técnicos, além de representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Na audiência, o presidente da Cnen, Renato Cotta, revelou que a próxima etapa do RMB (reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos - elementos ativos dos radiofármacos, que são empregados como agentes no diagnóstico e no tratamento de câncer e de outras doenças, construído no Centro Experimental de Aramar, em Iperó-SP), será a assinatura de um contrato de colaboração com a Argentina. O objetivo, frisou, é que o reator brasileiro ofereça a base da radiofarmácia para toda a América Latina. Segundo Cotta, o fundo de cooperação técnica da AIEA é o grande motor das relações multilaterais na área de energia nuclear. "É o que faz os países se falarem numa área tão sensível. É o que faz nós avançarmos de uma maneira mais uniforme, independente de situação política e econômica."
O presidente da Cnen lembrou que a atual gestão do MCTIC conseguiu normalizar a situação do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica, tanto no fundo de cooperação técnica quanto na dotação anual. Yukiya Amano agradeceu a contribuição financeira à agência, mesmo com a atual conjuntura econômica do país, destacando que a iniciativa brasileira serve de incentivo para outros países.
Desafio
O secretário-executivo do MCTIC, Elton Zacarias, ressaltou que o grande desafio do Brasil é o financiamento para a pesquisa e o desenvolvimento na área nuclear, que é extremamente importante. "Nós saímos de um momento difícil, estamos caminhando para a recuperação econômica e o próximo desafio é trazer recursos para sustentar as pesquisas em energia nuclear."
De acordo com o diretor da AIEA, na área nuclear, o apoio político é importante e precisa ser sustentado ao longo do tempo. Ele anunciou que o lema da agência, que comemora 60 anos em 2017, será ampliado do atual "átomos para paz" e passará a ser "átomos para a paz e o desenvolvimento". O ministro Gilberto Kassab reforçou que "a presença do Brasil será sempre solidária e cooperativa para um mundo cada vez mais pacífico, com mais saúde e sustentabilidade."
A Agência Internacional de Energia Atômica é um organismo intergovernamental dedicado às questões de governança global da energia atômica. Ela promove a cooperação técnica internacional no uso pacífico da energia nuclear em diferentes áreas como saúde, agricultura, indústria e energia.
A reunião na sede do MCTIC contou também com a participação da diretora do Departamento de Organismos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Maria Luisa Ecorel de Moraes, e do diretor de Políticas e Programa de Apoio à Inovação, Jorge Campagnolo.
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- 24/11/2016 - Cintra defende mais recursos para CT&I no Senado FederalO presidente da Finep disse que é indispensável priorizar a área de ciência, tecnologia e inovação porque “o sistema está no caminho da insustentabilidade”
O presidente da Finep disse que é indispensável priorizar a área de ciência, tecnologia e inovação porque “o sistema está no caminho da insustentabilidade”
Fonte: Jornal da CiênciaO presidente da Finep, Marcos Cintra, disse na quinta audiência Pública sobre Fundos de Incentivo ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação Comunicação e Informática, no Senado, que é indispensável priorizar a área de ciência, tecnologia e inovação porque "o sistema está no caminho da insustentabilidade”. A afirmação se deu durante os debates sobre a PEC 55. Caso seja aprovada pelo Senado, a proposta congelará o que tem sido considerado o pior orçamento público federal dos últimos sete anos. Ou seja, R$ 4,6 bilhões, aproximadamente 40% menor do investimento de 2013. Cintra já havia falado sobre este assunto em debate ocorrido na própria sede da Finep.
Cintra alertou que o Brasil possui um dos mais complexos sistemas de C&T do mundo, comparável ao Canadá, Itália e aos países que compõem os BRICs. No entanto, os esforços dispendidos nos últimos 30 anos de produção científica começam a ficar comprometidos. Há um gap imenso entre produção e aplicação, o que inviabiliza a inovação. "Não adianta a pesquisa pura e simples se ela não chega à prateleira, ao mercado de trabalho”, assegura.
Além disso, o presidente salientou que a Finep é responsável pela execução dos recursos do FNDCT, principal fonte de apoio ao fortalecimento da base científica e tecnológica do País (infraestrutura, recursos humanos e pesquisa) e à atividade de inovação nas empresas. Alertou que o fundo está sobrecarregado e caminha "rapidamente” para a insustentabilidade do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia. Dados apresentados mostram que de 2001 a 2016 o FNDCT arrecadou R$ 44,5 bilhões. No entanto, apenas R$ 20,4 bilhões foram executados neste período. "A maior parte dos recursos foi contingenciada ou não executada para ajudar na formação de superávit primário do governo”.
O executivo disse, ainda, que o primeiro corte na arrecadação do FNDCT se deu no final de 2013, com a perda do CT-Petro (Fundo Setorial do Petróleo). A partir da PLOA (Lei Orçamentária Anual) de 2014, não foi mais possível contar com os recursos dessa fonte. O segundo corte se dá com a PEC 275, que aumentou a DRU incidente nas receitas vinculadas ao FNDCT de 20% a 30%.
"Enfim, é preciso sensibilizar o Congresso Nacional no sentido de garantir os recursos necessários à manutenção do sistema, de tal forma que se possa alavancar a geração de renda, emprego e qualidade de vida”, complementou.
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- 23/11/2016 - Diretor da AIEA chega ao Brasil para conhecer avanços em medicina nuclearFonte: UOLO diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, iniciou nesta quarta-feira uma viagem pelo Brasil que se prolongará até a sexta-feira para conhecer de primeira mão os avanços do país em matéria de medicina nuclear e explorar possibilidades na luta contra a zika.
Amano visitou o Centro Experimental de Aramar, no município de Iperó (SP), onde se interessou pelo projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, o que permitirá ao país conseguir a autonomia na produção de radioisótopos, usados para diagnóstico e tratamento de algumas doenças.
O representante da agência nuclear da ONU viajará na quinta-feira para Brasília, onde será recebido pelo Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, entre outras autoridades institucionais, segundo um comunicado do governo.
Amano chegará na sexta-feira ao estado do Rio de Janeiro para inspecionar a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto e se reunir com membros da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc) e com funcionários da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O diplomata japonês de 69 anos de idade, que vem de uma visita a Cuba, também está interessado em explorar novas possibilidades para impulsionar o uso e o desenvolvimento de técnicas nucleares que combatam pragas como o vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.
A AIEA desenvolve no Brasil um projeto piloto que permite a criação em grandes quantidades de mosquitos estéreis com objetivo de reduzir gradualmente a população desse inseto.
"Vou ao Brasil para ver o status atual, para saber quais serão as futuras necessidades e ter uma visão do futuro rumo e as ações. Se o projeto for bem-sucedido será uma ótima notícia para outros países", comentou o diretor-geral da AIEA em declarações à Agência Efe em Viena, antes de iniciar a viagem internacional.
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- 23/11/2016 - Diretor-geral da AIEA visitará central nuclear de AngraFonte: ABENNesta sexta-feira (25), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, fará uma visita a Angra para conhecer a central nuclear. Lá, ele será recepcionado pelo presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto, e diretores da empresa.
Amano chegou ao país na terça-feira (22) para ver como anda a crise da zika e qual vem sendo o impacto do auxílio prestado pela AIEA. No início do ano, a agência - braço das Nações Unidas para a energia nuclear - anunciou que ajudaria países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, no combate ao vírus. Nesta iniciativa, figuram a cessão de tecnologia nuclear capaz de detectá-lo e diferenciá-lo de outros, como os da dengue e chikungunya, e treinamento. A entidade promoveu ações semelhantes durante o surto de ebola, na África, em 2014.
Na quarta-feira (23), Amano visitou o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó, responsável pelo projeto do submarino nuclear nacional. Em seguida, conheceu o local adjacente ao CTMSP onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). A cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o RMB produzirá radioisótopos com aplicações na saúde, indústria, meio ambiente e agricultura.
Nesta quinta-feira (24), o diretor-geral da AIEA se encontra em Brasília com os ministros da Saúde; Relações Exteriores; e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além do comandante da Marinha. Ele também faz reunião de trabalho com dirigentes do setor nuclear brasileiro, incluindo o presidente da Eletronuclear.
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- 23/11/2016 - Ministro receberá diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica em BrasíliaNo encontro, será repassado o programa nuclear brasileiro, de responsabilidade do MCTIC, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Também será debatida a ampliação das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor, com a exploração segura e econômica do potencial científico, tecnológico e industrial. A reunião está marcada para 9h desta quinta-feira (24), em Brasília (DF)
No encontro, será repassado o programa nuclear brasileiro, de responsabilidade do MCTIC, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Também será debatida a ampliação das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor, com a exploração segura e econômica do potencial científico, tecnológico e industrial. A reunião está marcada para 9h desta quinta-feira (24), em Brasília (DF)
Fonte: MCTICO ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, recebe nesta quinta-feira (24), em Brasília (DF), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano. O objetivo do encontro é discutir o programa nuclear brasileiro, que é de responsabilidade do MCTIC, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) cujo presidente, Renato Cotta, também participará da audiência.
Na reunião, também será debatida a ampliação das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor nuclear brasileiro, com a exploração segura e econômica do potencial científico, tecnológico e industrial do país.
A cooperação técnica da AIEA tem sido fundamental para fortalecer a preparação e resposta do país a emergências radiológicas e nucleares, a segurança física nuclear, a regulação do transporte de material radioativo e a segurança de rejeitos radioativos.
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- 22/11/2016 - Enquanto ciência for vista como despesa, país não vai avançar, diz secretário do MCTICEm audiência no Senado, Jailson de Andrade defendeu a "qualificação" dos gastos públicos. Já os presidentes do CNPq e da Finep pediram a preservação dos recursos do FNDCT, considerados a "gasolina" da ciência brasileira.
Em audiência no Senado, Jailson de Andrade defendeu a "qualificação" dos gastos públicos. Já os presidentes do CNPq e da Finep pediram a preservação dos recursos do FNDCT, considerados a "gasolina" da ciência brasileira.
Fonte: MCTICCiência, tecnologia e inovação precisam ser reconhecidas pelo Congresso Nacional como investimento para o desenvolvimento do país e não como despesa. A declaração foi feita pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Jailson de Andrade, durante audiência pública nesta terça-feira (22) no Senado Federal.
"Enquanto ciência e tecnologia forem vistas como despesa, certamente, o país não vai avançar. Ciência, tecnologia e inovação precisam ser vistas como investimento, e o Senado Federal e a Câmara dos Deputados têm um papel extremamente importante para afirmar isso. O Congresso Nacional pode dar visibilidade ao tema e ajudar a reordenar o sistema de ciência e tecnologia e o financiamento dessa área no país", disse.
Na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, o secretário mencionou o momento crítico de ajuste fiscal que o país atravessa, mas defendeu o que chamou de "qualificação" de investimentos. "Precisamos qualificar o gasto público, garantir o que for aprovado chegue, de fato, na ponta, seja em educação, saúde ou ciência e tecnologia. No momento em que tivermos foco e qualificação nos gastos públicos, certamente, será possível fazer reajustes dentro do sistema sem grandes traumas."
FNDCT
No debate, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Borges, afirmou que os recursos do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) alimentam ações e programas de pesquisa, como a Chamada Universal, que ele considera a "gasolina" da ciência brasileira. O edital tem por objetivo democratizar o fomento à pesquisa cientifica e tecnológica no país, contemplando todas as áreas do conhecimento. Segundo Borges, o Fundo tem impacto positivo na "ponta da ciência" nacional.
"As redes de pesquisa estão em todo o Brasil. O CNPq está em todos os cantos do país, o que mostra a sua capilaridade. Com a Chamada Universal, atendemos cerca de 5 mil pesquisadores e laboratórios no território nacional e uma série de atividades passam a funcionar envolvendo, por exemplo, as bolsas de iniciação científica", explicou.
Outro ponto importante destacado por ele é a inserção de pesquisadores em empresas nacionais. De acordo com o presidente do CNPq, a maior parte dos pesquisadores está, hoje, nas universidades, mas com o auxílio de bolsas e os recursos do FNDCT, aumentou o contingente desses profissionais nas empresas do país.
"Por meio do programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), o CNPq alcançou 2.172 pesquisadores, sendo que 767 tornaram-se colaboradores diretos de empresas. São mestres qualificados se encaixando no mercado de trabalho. Esse é um programa que pode ser totalmente ampliado, desde que não tenhamos contingenciamento do FNDCT e mantenhamos a regularidade nos recursos", avaliou.
Criado em 1987, o RHAE é uma parceria do MCTIC e do CNPq. Desde 2007, é destinado à inserção de mestres e doutores em empresas privadas, preferencialmente de micro, pequeno e médio porte.
Diminuição
Ao longo da história, a arrecadação do FNDCT sofreu "vários golpes", nas palavras do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra. "Estamos em 2016 com um valor de pagamentos e desembolsos próximos ao da década de 70 e semelhante ao de 80. Apesar disso, construímos uma estrutura de ciência e tecnologia que nos colocou como o 14º país produtor mundial de conhecimento científico e o 76º em inovação. Imaginem o que não seria esse país se tivéssemos conseguido manter uma trajetória ascendente, se o FNDCT tivesse cumprido o papel para o qual foi criado", ressaltou.
Ele criticou o sistema de governança do fundo setorial, que, na sua avaliação, deve ter a estrutura repensada para desburocratizar e acelerar processos. "A ciência caminha mais rápido que o crescimento econômico, que é onde se reproduz o capital. Na ciência, a gente produz capital econômico e humano", disse.
Para o presidente da Finep, o sistema de ciência e tecnologia nacional se equipara ao de países desenvolvidos, mas precisa ser olhado com atenção para contribuir para o desenvolvimento. "Nosso sistema se assemelha ao de países razoavelmente desenvolvidos como Canadá, Espanha e Itália, e superamos a todos os do Brics. Mas somos obrigados a concluir que estamos caminhando para sua insustentabilidade, caso a política adotada perdure como nos últimos anos", alertou.
Debate público
Esta foi a quinta e última audiência sobre a aplicação do FNDCT, eleito pela comissão do Senado como política pública prioritária para 2016. O debate envolve, também, o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), tema abordado pelo diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, em junho. Os requerimentos para o debate foram apresentados pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pelo senador Lasier Martins (PDT-RS), presidente da CCT.