Clipping de Notícias
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- 05/06/2018 - Prêmio Capes - Natura Campus de Excelência em Pesquisa recebe inscriçõesFonte: Agência Fapesp
A Natura, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) abriu inscrições até 4 de julho de 2018 para o Prêmio Capes - Natura Campus de Excelência em Pesquisa. A premiação tem como objetivo estimular a pesquisa e a produção de artigos científicos de alto impacto acadêmico nas áreas de Sustentabilidade e Biodiversidade.Em sua segunda edição, o prêmio de 2018 selecionará artigos nos temas: "Biodiversidade: Bioconversão de resíduos de cadeia amazônica” e "Conservação: Prospecção de microrganismos potenciais para bioativos”.
Os autores vencedores serão premiados com o valor de R$ 25 mil, passagem aérea e diária para comparecerem à cerimônia de premiação, além da obtenção de certificado.
Podem concorrer ao prêmio trabalhos individuais ou em coautoria de portadores do título de mestre ou doutor ou matriculados em programas de mestrado ou doutorado, vinculados a uma instituição de pós-graduação e pesquisa reconhecidos pelo Ministério da Educação.
Os artigos devem ter sido publicados em periódico científico de alto impacto a partir de 2016 até a data de encerramento das inscrições. Os interessados devem se inscrever pelo site da Capes. A publicação dos premiados será feita no Diário Oficial da União até 18 de setembro.
Mais informações: www.capes.gov.br/bolsas/premios/premio-capes-natura
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- 04/06/2018 - Investigadores europeus desenvolvem aparelho para a segurança nuclearFonte: Euronews
Facilitar a inspeção de um sítio subterrâneo de armazenamento dos resíduos nucleares. É o objetivo de um scanner 3D desenvolvido por investigadores europeus. O aparelho está a ser testado na Finlândia, no futuro armazém de resíduos nucleares de Onkalo.
O labirinto de túneis de vários quilómetros encontra-se a 450 metros de profundidade. O local deverá ser inspecionado de forma regular, de acordo com as normas europeias. O novo scanner 3D deverá facilitar as inspeções. O português Vítor Sequeiro é um dos cientistas responsáveis pela investigação.
"A principal inovação do sistema é que conseguirmos ter um modelo em tempo real e ter a posição em tempo real. Permite-nos obter a posição em ambientes em que não existe GPS. Podemos ver, em tempo real, as diferenças entre o modelo de referência e o modelo atual", explicou o cientista português Vítor Sequeira, investigador do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia e especialista em inovação e robótica.
Graças ao aparelho, é possível detetar eventuais mudanças ao nível da estrutura do local. Uma informação preciosa para os inspetores da Comissão Europeia e da Agência Internacional de Energia Atómica e para a empresa finlandesa que gere o sítio.
"Estamos a construir áreas subterrâneas de grande dimensão, por isso, precisamos de tecnologias eficazes para realizar as inspeções de forma rápida e eficaz .Ajudámos a desenvolver estas técnicas de inspeção e disponibilizámos o nosso sítio como local de teste", disse Mari Lahti, responsável pela segurança da Posiva company, na Finlândia.
A demonstração baseia-se num mapa realizado há vários anos e que serve de referência. As alterações de estrutura aparecem a vermelho no ecrã do aparelho.
"Aqui é muito visível. Este túnel que estão a ver ali, não existiu durante a referência. A outra coisa que também não existia, está assinalada a vermelho, é esta porta que é uma divisão para o resto da galeria", detalhou o investigador português.
A tecnologia foi desenvolvida no Centro comum de Investigação da Comissão Europeia onde foi mostrada aos inspetores. O aparelho é fácil de usar mas para concebê-lo foi necessário enfrentar vários desafios.
"O mais complexo é o facto de trabalharmos com dados que adquirimos enquanto nos movemos. Por isso precisamos de sensores muito rápidos. No caso desta cabeça que temos aqui temos dez rotações por segundo, mais de meio milhão de pontos, meio milhão de medidas por segundo, com dois centímetros de precisão", disse Carlos Sánchez Belenguer, investigador na área da robótica.
O sistema começou a ser comercializado, mas, as investigações prosseguem, de modo a melhorar o desempenho do aparelho, nomeadamente ao nível da geolocalização.
"Atualmente, o sistema precisa de uma referência , no início. O que queremos, no futuro, com as técnicas de inteligência artificial, é que essa referência não seja necessária. O sistema automaticamente conseguirá localizar-se", frisou Vítor Sequeira.
Além das inspeções aos sítios nucleares, o aparelho poderá ser usado no domínio industrial e da preservação do património. -
- 04/06/2018 - AIEA pede que Irã forneça mais informações e coopere com inspeções nuclearesFonte: Jornal do Brasil
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, reiterou um pedido para Irã que forneça "cooperação oportuna e proativa" nas inspeções que fazem parte do acordo destinado a impedir o desenvolvimento de armas nucleares.
Amano falou nesta segunda-feira ao conselho de diretores da AIEA em Viena. No mês passado, em seu primeiro relatório desde que os EUA saiu do acordo nuclear de 2015 - que Israel também se opõe -, a AIEA disse que o Irã continua abaixo do nível máximo permitido para enriquecer urânio e parece estar cumprindo outras obrigações. No entanto, disse que a execução é lenta quando se trata de inspeções de "acesso complementar".
Amano disse que "a cooperação oportuna e proativa do Irã no fornecimento de tais informações facilitaria a implementação e aumentaria a confiança". Fonte: Dow Jones Newswires.
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- 03/06/2018 - Pesquisador associado à Ufes está entre os melhores do mundo na pesquisa sobre energia limpa não radiativaFonte: Século Diário
A maior máquina do mundo, dedicada a uma das mais complexas áreas de investigação científica – a fusão por confinamento inercial – que reúne (e desafia) diversos segmentos da moderna Física. Credenciados para utilizá-la em seus experimentos, os melhores especialistas em fusão nuclear do mundo. E, compondo esse seleto time, o pesquisador de Física de Altas Energias, associado à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Carlos Lobo.Mineiro de nascimento, capixaba de coração – mora no Espírito Santo há 40 anos – o cientista da computação Carlos Lobo é um dos poucos latinoamericanos a integrar o grupo de usuários da National Ignition Facility (NIF), vinculada ao Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL), instalado na Califórnia/Estados Unidos.
"Essa máquina condensa 100 anos de suporte científico em vários segmentos da Física”, enuncia Carlos, citando a Astrofísica Nuclear, a Física Subatômica e o Laser, como um dos exemplos. "E reproduz os primeiros segundos do universo, o Big Bang, em escala pequena”, diz.
Em linhas gerais, o que se faz na NIF é lançar 196 feixes de laser sobre uma esfera de dois milímetros de diâmetro. Com o impacto, a esfera implode, gerando variados gases e muita energia, um "mini Big Bang”. Isso é o acontece de fato.
A partir daí, bem, o objetivo é capturar essa energia e dominar sua produção, para, futuramente, usá-la como combustível nas mais diversas máquinas hoje operadas pelo ser humano, de eletrodomésticos a espaçonaves. O problema é que, até o momento, após a implosão e consequente geração de gases e energia (limpa e não radiativa), a esfera explode, dispersando a preciosa energia gerada.
Encontrar a receita perfeita – a composição química da esfera, o tipo de feixe de lasers e a interação entre esses dois – é o que centenas de cientistas ao redor do mundo perseguem, há uma década.
Trata-se da realização de um grande sonho: a geração contínua de energia limpa não radiativa. "Ou seja: ‘adeus petróleo’”, brinca, Carlos Lobo, entre confiante e esperançoso. Utópico? Garante que não. "Eu não tenho dúvida de que vamos conseguir ”, declara, ressaltando que a data ainda é impossível de prever.
Primeiro, explica, é preciso conseguir realizar o feito em laboratório. Depois, trabalhar o processo de distribuição e "o equacionamento dos problemas gerados em escala internacional, para substituir todo tipo de energia”, referindo-se às fontes fósseis, atômicas, hidrelétricas e todas as demais em utilização atualmente no mundo.
O sol como referência
A NIF possui 300 metros de comprimento por 50 metros de altura. É de dentro dela que saem os feixes de laser que irão implodir – e, algum dia, não explodir em seguida – a pequena esfera de 2 mm, instalada em uma grande esfera de 10 metros de diâmetro. A NIF levou vinte anos para ser construída.
A pequena esfera é de um plástico super-reforçado e contém deutério e trítio, dois gases fundamentais, gerados nos primeiros segundos do universo, há 12,7 bilhões de anos. A potência de laser que a atinge promove a fusão atômica do deutério com o trítio, processo semelhante ao que ocorre continuamente dentro do sol.
"No sol há uma fusão de dois átomos de hidrogênio e a transformação em um de hélio. Essa fusão entre dois átomos é que produz energia pra que ele continue funcionando, liberando energia suficiente pra aquecer a Terra e não deixar a gente morrer congelado”, explana Carlos, descrevendo o supremo exemplo de geração contínua de energia limpa e não radiativa de todo o Sistema Solar.
A fusão atômica não é radiativa, completamente diferente, portanto, da fissão nuclear, que quebra o núcleo do átomo. A fissão, no entanto, é muito mais simples de realizar, sendo utilizada desde o início do século XX, na construção das bombas atômicas lançadas contra o Japão na Segunda Guerra Mundial e nas usinas nucleares ao redor do mundo, inclusive as brasileiras instaladas em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro.
O lixo radioativo é extremamente perigoso e letal. Um problema sem solução efetiva, pois qualquer vazamento é devastador para a saúde das pessoas e do ambiente atingido. Mesmo assim, há quem classifique a energia atômica de "limpa”. Por isso Carlos Lobo ressalta os dois adjetivos atrelados ao tipo de energia que quer ajudar a gerar: limpa e não-radiativa – uma verdadeira redenção para a humanidade, caso ela não vire um trunfo exclusivo da indústria bélica e seja de fato popularizada, substituindo as atuais fontes comerciais.
Do cósmico ao nano
Voltemos então ao sol, a grande inspiração para os experimentos de fusão por confinamento inercial. Nosso astro-rei tem cerca de um milhão e quatrocentos mil quilômetros de diâmetro e o calor dentro de seu núcleo chega a incríveis cinco milhões de graus Celsius.
Temperatura semelhante é alcançada pelos feixes de laser da NIF lançados contra a pequena esfera, esta, com, também incríveis, duzentos e setenta graus Celcius negativos.
Outro corpo celeste importante para entender o experimento de Carlos Lobo é a estrela de nêutrons. "As estrelas de nêutrons iluminam o coração da nossa galáxia”, poetiza o cientista, chamando de "coração” um "super-massivo-buraco-negro equivalente a cinco milhões de sóis”, ao redor do qual orbitam mais de dez mil buracos negros (veja foto abaixo).
As estrelas de nêutrons, continua, são como flashes, pulsando a cinco mil rotações por segundo. "Como pulsam muito forte, e o tipo de pulso que elas têm é o pulso de raios gama, elas iluminam a região do buraco negro”, descreve. "Você consegue enxergá-lo”, vibra.
Em seu experimento, o objetivo é produzir energia limpa não radiativa formando uma nanoestrela de nêutrons, ou seja, uma estrela de nêutrons de tamanho microscópico, nano, lembrando que um nano é o mesmo que 0,000000001 metro!
Apesar da medida nano, a nanoestrela de nêutrons elaborada por Carlos no Laboratório de Informática na Educação (LIED) da Ufes é poderosa, pois "tem o equivalente a um raio de 10km e o peso do sol”, diz. "Tem uma gravidade muito pesada, gira cinco mil vezes por segundo e não produz calor como a gente conhece, a temperatura chega a apenas 5 mil graus, são raios gama. É uma estrela fria”, explica.
O experimento será submetido à avaliação do corpo diretor da NIF no próximo dia 21 de junho. Sendo aprovado, dentro de aproximadamente um ano de preparativos necessários, poderá ser realizado pela primeira vez na grandiosa máquina.
Este ano também Carlos foi convidado para disputar, com outros quatro candidatos, uma das duas vagas abertas para o Comitê de Usuários – espécie de "conselhos gestor” – de outra máquina do LLNL, da qual ele também já é usuário: a Jupiter Laser Facility (JLF). Associada à NIF, a Jupiter tem 278 usuários, com mandatos de dois anos.
Para além da NIF e da Jupiter, e da expectativa que envolve realizar uma meta cobiçada por tantas mentes brilhantes há tantas décadas, existe a parte quântica da pesquisa de Carlos Lobo. Esta, já apresentada e aprovada em dezenas de conferências internacionais nos últimos anos.
As próximas apresentações já estão agendadas, em palestras na China, França e Estados Unidos. E no meio disso, ainda acontecerá mais uma eleição, para a direção científica do Instituto Perimeter de Física Teórica, em Waterloo/Canadá.
'Ao Buda ou à bomba?'
Diante das possibilidades criadas por pesquisas como a sua, sobre produção de energia limpa não radiativa e computação quântica, Carlos diz que uma das discussões recorrentes nos círculos de cientistas de sua estirpe abordam "as fronteiras do possível e do ‘chamado’ impossível”. Então, instiga: "a pergunta interessante é sempre: ‘o que você está enxergando?’ Porque o teu ponto de vista altera o resultado do experimento, na esfera quântica”, diz.
A reflexão é primordial. Afinal, o que veem ou querem ver esses cientistas? Ou, nas palavras do físico austríaco Fritjof Capra, no prefácio à segunda edição de seu best-seller O Tao da Física, em 1982: "Os resultados da Física moderna têm aberto dois caminhos distintos para os cientistas trilharem. Eles podem nos conduzir – colocando o problema em termos extremos – ao Buda ou à Bomba e cabe a cada cientista decidir que caminho escolher. Parece-me que numa época em que quase a metade dos nossos cientistas e engenheiros trabalha para as forças armadas, desperdiçando um enorme potencial de talento e criatividade ao desenvolver meios cada vez mais sofisticados de destruição total, o caminho do Buda, ‘o caminho com um coração’, não pode ser suficientemente enfatizado”.
Albert Einstein, físico austríaco que notabilizou a Física Quântica com sua Teoria da Relatividade Geral, publicada em 1915, entre outras construções científicas geniais, se viu diante desse dilema, ao qual se refere Capra. Em 1939, Einstein escreveu ao então presidente estadunidense Franklin Roosevelt, recomendando a construção de bombas atômicas no país, a partir de formulações suas, para derrotar o grupo ligado à Alemanha do nazista Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. Anos depois, Einstein se arrependeria publicamente.
Para ajudar na reflexão dos leitores, Carlos Lobo sugere o filme "Interestelar”, de Christopher Nolan, onde é possível ver, em belas imagens em movimento, muito do que ele tem estudado em suas pesquisas. O longa-metragem contou com a consultoria cientifica de Kip Thorne, Prêmio Nobel da Física em 2017, que descobriu as ondas gravitacionais descritas na Teoria da Relatividade Geral de Einstein. "Criatividade é a chave que abre as portas da percepção”, orienta.
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- 30/05/2018 - Hidrogel reforçado com fibraFonte: Site Inovação Tecnológica
Químicos da Universidade de Hokkaido, no Japão, desenvolveram um material composto macio reforçado com fibra que é flexível e cinco vezes mais forte do que o aço carbono.O material pertence a uma classe conhecida como hidrogéis reforçados, que têm sido apontados como materiais estruturais para uma série de aplicações, incluindo medicina e robótica macia. O problema é que eles ainda possuem deficiências em termos de propriedades mecânicas, não se comparando, por exemplo, com a resistência dos tendões e ligamentos.
Yiwan Huang superou largamente essa deficiência usando uma técnica simples: Ele mergulhou um tecido de fibra de vidro na solução precursora do hidrogel, criando uma nova classe de materiais, que batizou de "compósito macio reforçado com fibra", ou FRSC ("fiber reinforced soft composites")
O compósito é altamente flexível e cinco vezes mais forte do que o aço carbono em termos da energia necessária para destruí-lo.
A equipe teoriza que a resistência é aumentada por ligações iônicas dinâmicas entre a fibra de vidro e os hidrogéis, e dentro do próprio hidrogel.
Ligamentos artificiais e roupas
O hidrogel reforçado pode ter uma ampla gama de aplicações em áreas onde os materiais estão sujeitos a fortes tensões de carga, de ligamentos e tendões artificiais à robótica flexível e até em artigos de vestuário.
A equipe afirma que o princípio usado neste primeiro experimento deverá funcionar também para fortalecer outros materiais macios, como a borracha. É o que eles pretendem testar a seguir.
Bibliografia:
Energy-Dissipative Matrices Enable Synergistic Toughening in Fiber Reinforced Soft Composites
Yiwan Huang, Daniel R. King, Tao Lin Sun, Takayuki Nonoyama, Takayuki Kurokawa, Tasuku Nakajima, Jian Ping Gong
Advanced Functional Materials
DOI: 10.1002/adfm.201605350
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- 30/05/2018 - A Marinha do Brasil e a engenharia nuclearFonte: Jornal do Brasil
Francis Bogossian*A Academia Nacional de Engenharia e o Clube de Engenharia – Brasil, entidades que tenho e tive, respectivamente, a honra de presidir, receberam o almirante de esquadra Bento Albuquerque, diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, que está à frente do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Construção do Submarino Brasileiro à Propulsão Nuclear, para mostrar à sociedade civil os esforços da Marinha para encarar desafios tecnológicos com tenacidade e patriotismo de profissionais de Marinha de Guerra em defesa da soberania nacional.
A diretoria-geral de Desenvolvimento Nuclear da Marinha agrega o Centro Tecnológico da Marinha, no Rio, e alguns institutos de ciência e tecnologia na área de simulação, tecnologia da informação, estudos do mar e sensores além da COGESN, criada para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
O Brasil é o sexto país em extensão territorial, o que significa grandes reservas naturais e fronteiras com 10 países. Nossa economia está entre as dez maiores do mundo e é totalmente dependente do comércio, do qual 95% é feito pelo mar, sendo que 10% de carga mundial passam por portos brasileiros.
No que se refere à defesa vale lembrar que a Marinha, desde o início dos anos 2000, passou a mostrar a importância de nossas águas territoriais, batizando-as de Amazônia Azul, região vital para o futuro do país, por suas riquezas, linhas de comunicação marítima e por ser parte de nosso território.
A melhor defesa dessa área é através do emprego de submarinos, mas os convencionais têm limitações que só são superadas pelo uso da propulsão nuclear, que permite uma geração de energia de maneira independente do ar, a manutenção de maiores velocidades com uma mobilidade estratégica impressionante e permite que essa arma possa cobrir extensas áreas de operações, ou seja, o submarino de propulsão nuclear é uma arma de dissuasão notável.
O plano estratégico da Marinha, já na década de 70, indicava a necessidade de capacitação para projetar e construir submarinos de propulsão nuclear. Em 1979 foi iniciado o programa nuclear em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, a fim de dominar o ciclo do combustível e o projeto de reatores.
Mas o programa nuclear da Marinha não é apenas militar, mas de benefícios para a sociedade brasileira. Ele desenvolveu a capacidade de projetar e construir reatores e seus combustíveis, capazes de gerar energia, que é a base de desenvolvimento, embora, no Brasil, 76% da matriz energética advenham de hidrelétricas e apenas 2,2% sejam da energia nuclear. Isso parece um paradoxo, pois num país com a sétima reserva de urânio do mundo, a geração nuclear poderia ter papel importante na nossa matriz energética, provendo energia por 100 anos, ressaltou o almirante Bento, frisando entender que investimento em tecnologia nuclear é um compromisso com as gerações futuras, pois a diversificação da nossa matriz energética significa também segurança.
Outros impactos tecnológicos que o programa da Marinha trouxe ao país, nos últimos 10 anos, envolveu cerca de 700 empresas nacionais, 18 universidades e institutos de pesquisa e, pasmem, 5 mil empregos diretos e 12.500 indiretos.
Vale destacar o trabalho da Marinha junto às indústrias nucleares do Brasil em uma parceria de quase 20 anos, tendo sido já entregue à INB mais de seis cascatas que enriquecem o combustível para as nossasusinas nucleares de Angra dos Reis, sem falar na recente parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como o Ministério da Saúde, mais recentemente, para o desenvolvimento de reator nuclear de pesquisa e produção de radiofármacos.
Para dar força ao programa, a atual prioridade da Marinha é construir a planta de propulsão em terra, o chamado Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, com o início de operações previsto para 2020, cujo primeiro teste foi em 2018.
A criação e a efetivação da nova Agência de Segurança Nuclear e Qualidade, em fevereiro, foi marcante para o licenciamento das nossas instalações e de nosso submarino.
Em 2008 foi assinado acordo com a França para a construção dos quatro submarinos convencionais e um à propulsão nuclear (cujo projeto básico foi certificado em 2017). Esse acordo permitiu à Marinha retomar o projeto e construção de submarinos no país, além de formar e treinar técnicos e engenheiros no exterior, constituindo um patrimônio intangível, pois temos hoje na Marinha 1.140 funcionários altamente qualificados.
Nosso programa nuclear, que teve início em 1988, está dentro dos preceitos legal e constitucional. Já fomos sujeitos a mais de 300 inspeções anunciadas e não anunciadas de Agência Internacional de Energia Atômica e de Agência Brasil Argentina de Contabilidade e Controle, sem nenhum incidente.
A palestra do almirante Bento Albuquerque, que estou tentando reproduzir, retrata que a Marinha do Brasil busca o desenvolvimento da nação, um Brasil melhor para as futuras gerações e de forma transparente, mostra o cumprimento de nossas responsabilidades perante a comunidade internacional.
* Presidente da Academia Nacional de Engenharia
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- 26/05/2018 - Novo reator nuclear brasileiro será arma contra o câncer; entenda como (Olhar Digital)O Reator Multipropósito Brasileiro e sua importância para a medicina nuclear é tema de reportagem do Olhar Digital
O Reator Multipropósito Brasileiro e sua importância para a medicina nuclear é tema de reportagem do Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital
Depois de 60 anos produzindo conhecimento e elementos radioativos para aplicação na medicina, o reator nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares está com os dias contados. E, por incrível que pareça, a notícia é animadora. Não só para cientistas como para toda a sociedade. O reator de pesquisa que fica aqui no campus da Universidade de São Paulo será substituído por um novo; maior, mais moderno e mais potente: o RMB - Reator Multipropósito Brasileiro.O principal pilar de um reator de pesquisa é a produção de elementos radioativos. Entre diversas aplicações dos chamados radioisótopos, a mais importante e que reflete na nossa vida é na medicina nuclear. Ao associar esses elementos radioativos a fármacos, o composto é injetado no corpo do paciente e o sinal radioativo é analisado por equipamentos grandes e modernos como estes. Centenas de exames são feitos através da medicina nuclear, incluindo estudos cerebrais, diagnósticos e tratamento de tumores, avaliação das condições pulmonares e coração, rins…
O uso do iodo radioativo é um dos mais eficientes tratamentos no câncer de tireóide. Hoje, todo material radioativo para utilização na medicina nuclear processado aqui em São Paulo é importado! São cerca de dois milhões de procedimentos anuais. O novo reator promete tornar o país independente na produção de radiofármacos na medicina nuclear. Essa autonomia significa muito mais do que qualquer economia financeira.
Com o novo reator multipropósito, além de 100% do iodo radioativo, outra substância recém-descoberta para o tratamento do câncer de próstata e outra caríssima para o câncer de fígados passarão a ser produzidas no Brasil.
A previsão é que o Reator Multipropósito Brasileiro fique pronto em 2022. A construção ficará em Iperó, próximo a Sorocaba, no interior de São Paulo. O local foi escolhido por ser uma região onde já existe um grande trabalho de desenvolvimento nuclear feito pela Marinha. A região também é próxima a centros como São Paulo e Campinas e deve se tornar um grande laboratório nacional próximo às grandes universidades do país.
O Brasil possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. O urânio é um elemento químico capaz de se partir em dois fragmentos quando bombardeado por partículas nucleares sem carga atômica, os nêutrons. O fenômeno é conhecido como "fissão nuclear"; uma espécie de reação em cadeia que libera energia, radiação e calor. E é exatamente isso que acontece no fundo da piscina, dentro de um reator de pesquisa.
Quando o assunto é dinheiro, há quem torça o nariz para o novo reator nuclear, cuja construção é avaliada em 500 milhões de dólares.
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear defende que a especialidade precisa ser democratizada no país. Com produtos importados, ainda é muito cara e restrita, especialmente para a rede pública de saúde. A medicina nuclear no Sistema Único de Saúde ainda é de muito difícil acesso. A autorização de um exame pode levar até três meses - tempo demais para um paciente com câncer esperar…
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- 25/05/2018 - Cazaquistão envia o primeiro carregamento de urânio para o BrasilFonte: PetronotíciasA Empresa Nacional de Energia Atômica do Cazaquistão (Kazatomprom) enviou o primeiro carregamento de urânio para o Brasil, de acordo com contrato assinado com a empresa estatal de combustíveis Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
No comunicado emitido pela Kazatomprom, a empresa indicou que as exportações para o Brasil se inserem na sua estratégia de ampliação da área de vendas no mercado mundial dos combustíveis nucleares.
O comunicado relembra também que a empresa ganhou uma licitação para o abastecimento de concentrados de urânio natural ao Brasil, tendo já assinado um contrato: "Foi enviado o primeiro urânio no âmbito do contrato. Este é um contrato muito significativo no contexto do desenvolvimento da cooperação entre o Cazaquistão e o Brasil, no uso pacífico da energia nuclear” disse o comunicado.
As atividades das Indústrias Nucleares do Brasil, uma empresa que produz combustíveis nucleares, são controladas pela Organização Internacional da Energia Atômica. O Cazaquistão produz mais de 20 mil toneladas de urânio por ano, em 20 pontos de exploração nos estados de Kisilorda e Akmola. O país é o principal produtor mundial deste recurso. As exportações de urânio da Cazaquistão têm como principais mercados a China, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o Japão, a Índia e os países da União Europeia
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- 25/05/2018 - Fapesp, USP e Unicamp participam de projeto inovador no setor energéticoFonte: O Dia - S. Paulo
Fapesp, USP e Unicamp participam de projeto inovador no setor energético O território paulista sediará atividades do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), iniciativa que envolve a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (lpen) e a Shell Brasil.
O projeto foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (23), em um evento na sede da Fapesp. O centro receberá investimento de RS 110 milhões em cinco anos, no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia.
O objetivo da iniciativa é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero (ou próximo de zero) de gases de efeito estufa e que empreguem como combustível fontes renováveis. Outras vertentes são as novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos.
Investimentos Ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, a Fapesp reservou recursos da ordem de R$ 23,14 milhões para o projeto. A parcela de R$ 53 milhões virá da Unicamp, USP e lpen, como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. Já a Shell realizará o aporte de até R$ 34,7 milhões no novo centro.
O CINE abrigará quatro divisões de pesquisa e terá sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no lpen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas). Ao todo, as unidades desenvolverão 20 projetos. "O que diferencia o projeto é que os pesquisadores ligados a ele não pretendem fazer avanços incrementais, mas realizar pesquisas avançadas que possam ter impacto no mundo”, afirma o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Parcerias A iniciativa tem a missão de produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia ao setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
O Centro de Inovação em Novas Energias foi concebido a partir de uma chamada de propostas lançada pela Fapesp, em parceria com a Shell, em abril de 2017. A seleção aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do lpen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP. O acordo de ctxiperação entre a Fapesp e a Shell foi assinado em 2013. A parceria resultou, em 2015, na criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás, sediado na Escola Politécnica da USP.
"O lançamento do CINE faz parte de uma fantástica jornada, iniciada exatamente em maio do ano passado. Como organização, falamos muito nos últimos anos sobre transição energética, vemos que este momento está chegando e deve se tomar realidade em breve”, explica o presidente da Shell Brasil, André Araújo.
Projeções Segundo estimativas do líder da Divisão de Pesquisa e Tecnologia de Novas Energias da Shell, Joep Huijsmans, estima-se que a população mundial será composta por cerca de 10 bilhões de pessoas em 2050, com 50% dos cidadãos em áreas urbanas. Por isso, a demanda global de energia provavelmente será quase 60% maior em 2060 do que hoje, com 2 bilhões de veículos em circulação no mundo, contra a frota atual de 800 milhões.
"A produção de energia renovável poderá triplicar até 2050, mas ainda precisaremos de grandes quantidades de petróleo e gás para fornecer toda a gama de produtos energéticos de que o mundo precisa”, projeta Joep Huijsmans.
As questões relativas à energia elétrica também fizeram parte das análises dos especialistas no evento. Maciel Filho, coordenador de transferência tecnológica do Centro, destacou que, em 2050, a demanda passe dos atuais 18% para 50%. "O futuro sustentável demandará mais energia renovável, de modo a diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, avalia.
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- 24/05/2018 - Shell e Fapesp anunciam investimento de R$ 110 milhões para criação de Centro de Inovação em Novas EnergiasCINE terá pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN dedicados a explorar armazenamento de energia e sistemas de conversão de energia solar em produtos químicos
CINE terá pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN dedicados a explorar armazenamento de energia e sistemas de conversão de energia solar em produtos químicos
Fonte: Canal Energia
Visando garantir o desenvolvimento de pesquisas avançadas sobre conversão de energia solar em produtos químicos e armazenamento de energia, a Shell Brasil em parceria com a Fapesp, Unicamp, USP e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), anunciaram nesta quarta-feira, 23 de maio, um investimento recorde de R$ 110 milhões destinado para criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).O investimento acontecerá ao longo de cinco anos e representa o maior aporte já feito no Estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia. A Shell aplicará um total de até R$ 34,7 milhões e a Fundação já reservou um aporte de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal e infraestrutura.
Segundo a Fapesp, a iniciativa pretende produzir conhecimento na fronteira da pesquisa, alinhando-se ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis e moderando o ritmo das mudanças climáticas.
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no IPEN (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas). Além de abordar a questão dos sistemas de conversões e armazenamento da energia fotovoltaica, outros estudos irão abordar a transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.
Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para tal, poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas, contribuindo para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia:
"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no CINE reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, o novo Centro de Inovação reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN, engajados em estudos com grande potencial para impacto científico e tecnológico em nível internacional. "As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país”, comentou.
Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, visto a instituição valorizar a pesquisa avançada e reconhecer a capacidade científica existente no Estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental”, avaliou.
A história de concepção do Centro começou a partir de uma chamada de propostas anunciada conjuntamente, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell. A seleção, concluída no início deste ano, acabou aprovando então as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do IPEN, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação foi assinado pela Fapesp e pela Shell em 2013. A parceria já rendeu, em 2015, a criação do Centro de Pesquisa em Inovação em Gás, com sede na Escola Politécnica da USP.
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- 24/05/2018 - Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo (Site Inovação Tecnológica)Fonte: Site Inovação Tecnológica
Com informações da Agência Fapesp
Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.
O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos. A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.
Transferência de tecnologia
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerarstartupsou firmar parcerias com outras empresas.
A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.
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- 24/05/2018 - Centro de pesquisa em energia é anunciado por Fapesp e ShellEsforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Esforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Fonte: Portal DCI São Paulo
Renato Ghelfi - São Paulo
A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine) foi anunciada ontem (23) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto contará com investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.
Além da Fapesp, também fazem parte da empreitada a empresa Shell Brasil, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e as universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com nota divulgada ontem pela fundação paulista, o objetivo do Cine é produzir pesquisas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia. Outra meta do centro é desenvolver uma forma menos danosa ao meio ambiente de transformar gás natural em combustível.
Ainda segundo a Fapesp, o Cine deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. "[O centro] poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas”, aponta a fundação.
Diretor científico da instituição, Carlos Henrique de Brito Cruz se mostrou otimista com o potencial do projeto. "O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional”, afirmou ele.
Já André Araujo, presidente da Shell Brasil, destacou a importância do desenvolvimento de alternativas sustentáveis no setor, que busca se adequar às novas tendências internacionais. "Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no Cine reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções.”
Investimento
A Fapesp será responsável pelo aporte de R$ 23,1 milhões nos próximos cinco anos. Já a Shell investirá R$ 34,7 milhões no período, enquanto USP, Unicamp e Ipen serão responsáveis pelo dispêndio de R$ 53 milhões. O gasto previsto para a fundação paulista é pequeno se comparado ao orçamento da instituição. Como foi mostrado pelo DCI em reportagem publicada no começo do ano, a Fapesp tem orçamento previsto de R$ 1,166 bilhão só para 2018, uma alta nominal de 5% em relação ao planejamento de 2017.Sedes do Cine
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp, na USP e no Ipen. Na universidade de Campinas, ficarão as divisões responsáveis pelo armazenamento avançado de energia e por portadores densos de energia. Na USP, estará o grupo para estudo de ciência de materiais e química computacionais. Já o Ipen ficará com a rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas. O Cine foi composto a partir de uma chamada de propostas, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell.
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- 24/05/2018 - FAPESP e Shell lançam Centro de Inovação em Novas Energias - Agência FapespCom participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Com participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Fonte: Agência FapespElton Alisson
A FAPESP, a Shell Brasil, as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), lançaram nesta quarta-feira (23/05), em um evento na sede da Fundação, o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos, no âmbito do Programa FAPESP Centros de Pesquisa em Engenharia, para desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero (ou próximo de zero) de gases de efeito estufa e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões no novo centro, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e Ipen como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações.
"Estou muito contente em participar desse evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias porque ele abre novas fronteiras e combina as necessidades da FAPESP e da Shell em apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico com o virtuosismo de cientistas, que querem expandir as fronteiras do conhecimento”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP.
"Fiquei muito satisfeito ao olhar as áreas de pesquisa que serão apoiadas no âmbito desse novo Centro nas quais tenho interesse pessoal”, afirmou Goldemberg, que é reconhecido como um dos maiores especialistas mundiais em energia.
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
"Uma das coisas que diferencia esse novo centro é que os pesquisadores ligados a ele não pretendem fazer avanços incrementais, mas realizar pesquisas avançadas que possam ter impacto no mundo”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
"Tem sido um prazer trabalhar na criação do CINE com a Shell, uma companhia que tem cientistas e entende a importância de se fazer boa ciência”, disse.
A FAPESP apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, em tema controle biológico de pragas.
Transição energética
O Centro de Inovação em Novas Energias foi composto a partir de uma chamada de propostas lançada pela FAPESP em parceria com a Shell em abril de 2017.
A seleção, concluída no início de 2018, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação entre a FAPESP e a Shell foi assinado em 2013. A parceria resultou, em 2015, na criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI, na sigla em inglês), sediado na Escola Politécnica da USP.
"Para mim, especificamente, este evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias faz parte de uma fantástica jornada, iniciada exatamente em maio do ano passado [quando a FAPESP e a Shell lançaram uma chamada para criação do novo Centro]”, disse André Araújo, presidente da Shell Brasil.
"Como organização, temos falado muito nos últimos anos sobre transição energética e vemos que este momento está chegando e deve se tornar realidade em breve”, disse.
De acordo com projeções apresentadas por Joep Huijsmans, líder da divisão de pesquisa e tecnologia de novas energias da Shell, estima-se que, em 2050, a população mundial será composta por, aproximadamente, 10 bilhões de pessoas, das quais 50% deverão morar em cidades.
A demanda global de energia provavelmente será quase 60% maior em 2060 do que hoje, com 2 bilhões de veículos em circulação no mundo, contra a frota atual de 800 milhões.
"A produção de energia renovável poderá triplicar até 2050, mas ainda precisaremos de grandes quantidades de petróleo e gás para fornecer toda a gama de produtos energéticos de que o mundo precisa”, estimou Huijsmans.
Maciel Filho, coordenador de transferência tecnológica do Centro, também destacou que, em 2050, estima-se que a demanda por energia elétrica passe dos atuais 18% para 50%. "O futuro sustentável demandará mais energia renovável, afim de diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, avaliou.
Também participou da abertura do evento Jane Zheng, gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell no Brasil
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- 23/05/2018 - Shell e Fapesp anunciam investimento de R$ 110 milhões em centro de pesquisaFonte: Portos e Navios
A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) anunciaram nesta quarta-feira (23) investimento recorde de R$ 110 milhões, em cinco anos, na criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).
O investimento, o maior já feito no estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá o desenvolvimento de pesquisas avançadas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia, além da transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.
O Cine se alinha ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e moderar o ritmo das mudanças climáticas globais. A missão do novo Centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa.
Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para isso, ele poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas. O projeto contribui para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia.
"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no CINE reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
"O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional. As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país”, disse o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, pois a empresa valoriza a pesquisa avançada e reconhece a capacidade científica existente no Estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental”, avaliou.
Linhas de pesquisa
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no Ipen (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas).
O Centro foi composto a partir de uma chamada de propostas anunciada conjuntamente, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell. A seleção, concluída no início deste ano, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação foi assinado pela Fapesp e pela Shell em 2013. A parceria já rendeu, em 2015, a criação do Centro de Pesquisa em Inovação em Gás, com sede na Escola Politécnica da USP.
No novo Centro de Inovação em Novas Energias, a Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal e infraestrutura.
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- 22/05/2018 - Angra 2 é a 9ª usina nuclear de maior geração do mundo, afirma AIEASite: Canal Energia
Os 11,5 milhões de MWh produzidos por Angra 2 ao longo de 2017 representaram não só a melhor marca de sua história. A usina nuclear foi considerada a nona deste tipo a gerar mais energia no mundo durante o ano passado, dentro de um total de 450 em operação, de acordo com o ranking da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Além disso, a operação contou com 97,5% de fator de disponibilidade.Segundo a Eletronuclear, a energia gerada por Angra 2 em 2017 é suficiente para abastecer quase todo o consumo anual do estado do Ceará. Além disso, é superior ao consumo anual somado de Acre, Amapá, Amazônia, Rondônia e Tocantins.
Por sua vez, Angra 1 gerou 4,2 milhões de MWh mesmo período, o que também figura uma das melhores marcas da usina, ainda que ela tenha ficado parada por quase 60 dias devido a troca dos seus transformadores principais. A tarefa foi realizada durante a parada de reabastecimento. No total, foram 15,7 milhões de MWh gerados pela central nuclear de Angra em 2017.
Para o diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, João Carlos da Cunha Bastos, o desempenho positivo das usinas é resultado da dedicação e seriedade dos colaboradores da companhia. "Mesmo em um momento em que a empresa passa por dificuldades, o comprometimento dos nossos profissionais com segurança e eficiência permanece inalterado. Os bons resultados que temos obtido são prova disso”, avaliou.
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- 19/05/2018 - Atividades no Parque Ibirapuera celebram o Dia Internacional da LuzCoincidindo com a Virada Cultural, o Parque Ibirapuera recebe nos dias 19 e 20 de maio atividades de divulgação científica em comemoração do Dia Internacional da Luz
Coincidindo com a Virada Cultural, o Parque Ibirapuera recebe nos dias 19 e 20 de maio atividades de divulgação científica em comemoração do Dia Internacional da Luz
Fonte: Prefeitura da Cidade de São Paulo
A Escola Municipal de Astrofísica (EMA) e os planetários municipais elaboraram variada programação para os dias 19 e 20, em comemoração ao Dia Internacional da Luz. A data, celebrado em 16 de maio, é uma alusão ao dia em que ocorreu a primeira emissão de raios laser, em 1960, e foi instituída pela UNESCO para difundir a contínua valorização do papel que a luz desempenha nas artes, ciência, educação, cultura e desenvolvimento sustentável.
Os espaços, pertencentes à Divisão de Astrofísica da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), foram indicados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para compor o primeiro centro de divulgação científica parceira do Brasil para o evento, ao lado de outras instituições relacionadas à pesquisa científica, como o grupo Arte e Ciência (coordenado pelo Prof. Mikiya Muramatsu - IFUSP) e SPIE & OSA (The International Society for Optics and Photonics & The American Optical Society).
Vocação
Essa escolha parece natura, pois a astronomia, além de ser uma ciência dependente da luz, traduz o caráter cultural-educativo das atividades desenvolvidas nos Planetários, cruzando facilmente a fronteira entre arte e ciência. O complexo integra a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), departamento de educação ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).O apoio da comunidade científica é essencial para o tema. Tecnologias baseadas em radiação eletromagnética das quais a luz visível é apenas um aspecto, como lasers, rádio e fibras ópticas, são cada vez mais indispensáveis para o mundo moderno. Encontram emprego em áreas que vão das telecomunicações à medicina e às artes. Como fenômeno natural, a luz está por trás da fotossíntese que torna possível a vida na Terra.
Agenda
O Dia Internacional da Luz ganhou comemoração oficial nos dias 19 e 20, coincidindo com a tradicional Virada Cultural da cidade. Fotografia, lasers, cinema e atividades interativas, como jogos de lógica e raciocínio, são algumas das atrações previstas. Também serão lançados os PlaneTalks, palestras rápidas e em linguagem acessível, realizadas na cúpula de projeção do Ibirapuera. Os temas tratados neste lançamento irão da relação entre luz ultravioleta e câncer de pele à "nova astronomia” de ondas gravitacionais e neutrinos, passando ainda por questões de arte, biologia, saúde e história.Confira a programação!
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- 17/05/2018 - Câmara conclui votação da regulamentação da profissão de físicoDeputados aprovaram emendas de senadores à proposta que já pode ir à sanção presidencial
Deputados aprovaram emendas de senadores à proposta que já pode ir à sanção presidencial
Fonte: Site da Câmara dos DeputadosA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados concluiu a votação da proposta que regulamenta a profissão de físico. Os deputados aprovaram em caráter conclusivo as emendas do Senado ao PL 1025/11, que vai direto para a sanção presidencial, a não ser que haja recurso.
A principal mudança dos senadores diz respeito ao conselho profissional dos físicos. Enquanto o texto original transferia para o Executivo a regulamentação de um órgão competente, a versão aprovada pelas duas Casas define que este órgão será um Conselho. Também foi retirado do texto o prazo de 180 dias para a exigência do registro no Conselho como requisito para a atuação profissional.
De acordo com a proposta, poderão atuar como físicos:
- os diplomados em Física por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;
- os diplomados em curso superior similar, no exterior, após a revalidação do diploma, nos termos da legislação em vigor;
- os que, até a data da publicação da nova lei, obtiveram o diploma de mestrado em Física, em estabelecimentos de pós-graduação, oficiais ou reconhecidos, permitindo-se ao portador de diploma de doutorado em Física, obtido a qualquer tempo, o direito pleno do exercício da profissão;
- os que, à data da publicação da lei, embora não diplomados nas condições anteriores, venham exercendo efetivamente, há mais de quatro anos, atividades atribuídas ao físico.
Atribuições
O texto do projeto também determina as atribuições do físico, entre as quais:
- realizar pesquisas científicas e tecnológicas nos vários setores da Física ou a ela relacionados;
- aplicar princípios, conceitos e métodos da Física em atividades específicas envolvendo radiação ionizante e não ionizante, estudos ambientais, análise de sistemas ecológicos e estudos na área financeira;
- desenvolver programas e softwares para computadores baseados em modelos físicos.Íntegra da proposta:
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- 17/05/2018 - Planejado há 40 anos, entrega de submarino nuclear brasileiro é adiada para 2028Projeto emperrou em trocas de governo, crise econômica e falência de fornecedores
Projeto emperrou em trocas de governo, crise econômica e falência de fornecedores
Fonte: Defesanet
Rafael Ciscati
SÃO PAULO - Diretor de desenvolvimento nuclear da Marinha, Almirante André Luis Ferreira Marques ri enquanto encaixa um capacete na cabeça. Alguns metros atrás dele, um grupo de operários serra, solda e encaixa componentes em um imenso tubo metálico, com 10 metros de diâmetro. O canteiro de obras fica no Centro Experimental ARAMAR, uma instalação de pesquisa e desenvolvimento da Marinha em Iperó, no interior de São Paulo.— Eu brinco que a gente devia chamar isso aqui de operação Lázaro — diz.
Ali, aos poucos, ganha forma o protótipo daquele que será o primeiro submarino nuclear brasileiro.É ele que a equipe do almirante diz trazer dos mortos, como Lázaro, o personagem bíblico. Um projeto acalentado pela Marinha há pelo menos 40 anos e que, garante o governo, deve estar pronto até 2028.
Depois de uma sucessão de atrasos e crises, o ritmo das obras em Aramar dá certa impressão de urgência. Numa espécie de galpão ainda em construção, cerca de 700 homens se revezam na montagem do protótipo, em tamanho real, que vai testar o sistema de propulsão do submarino. Um submarino nuclear funciona como uma espécie de navio a vapor sofisticado. Nessas máquinas, um reator nuclear — alimentado com urânio — aquece a água que, transformada em vapor, vai movimentar turbinas que geram eletricidade e colocam o barco em movimento.
Uma das atribuições de Marques e sua equipe é assegurar que todas as peças desse sistema se encaixem perfeitamente:— A gente monta esse protótipo para garantir, por exemplo, que o reator vai caber dentro do casco do submarino — diz — Há casos, fora do Brasil, em que aconteceu de essas peças não encaixarem.
PERCALÇOS PELO CAMINHO
Erros desse tipo nem passam pela cabeça de quem trabalha no projeto brasileiro, que já sofreu com percalços suficientes desde que começou a ser pensado. As primeiras discussões sobre a necessidade de o Brasil possuir um submarino nuclear começaram em 1978. O equipamento era considerado essencial para garantir a defesa da costa nacional.
— A função de qualquer submarino é ser um elemento de dissuasão. Como não é visto da superfície, quem pensar em invadir as águas nacionais vai ficar em dúvida quanto a se há um submarino na região ou não — explica Sérgio Miranda, capitão de Mar e Guerra.
A vantagem da variante nuclear é o tempo de autonomia. Submarinos convencionais precisam vir à tona mensalmente, recarregar as baterias. Os nucleares podem ficar até três meses submersos. Desde a década de 1970, o Programa Nuclear da Marinha se dedica a pesquisar e desenvolver tecnologias que viabilizem o projeto. Foi ele que desenvolveu o reator que equipará a máquina. Foi a Marinha quem dominou o ciclo de enriquecimento do urânio — o combustível usado nessas máquinas.
O mineral é abundante no país. Mas sua variante mais comum, o urânio-238, não é adequado para gerar energia. Para esse fim, é usado o urânio-235, e o processo de enriquecimento consiste em aumentar as concentrações dessa variante em uma amostra do mineral. É algo complexo.
— Nós desenvolvemos a tecnologia necessária para isso. E isso foi bom para a sociedade — diz Marques.
Esses esforços trouxeram benefícios para o setor energético. Hoje, essa tecnologia de enriquecimento de urânio é usada para produzir o combustível utilizado nas usinas nucleares de Angra do Reis. O projeto de submarino propriamente, por outro lado, avançou a passos lentos. Pesaram contra ele as mudanças de prioridade para o setor, que variaram conforme mudaram os governos.
— Entre 1997 e 2007, o projeto vegetou — diz Miranda.
A situação melhoraria em 2008, quando o governo Lula criou o Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub). A construção do reator continuou a cargo do programa Nuclear da Marinha (PNM). Mas o restante passou para o bojo do PROSUB.
Além de viabilizar o submarino nuclear, o novo programa envolvia um acordo de transferência de tecnologia com a França, para a construção de quatro submarinos convencionais. Eles deveriam ser montados, através de uma parceria entre uma empresa francesa e o braço de defesa da Odebrecht, em um estaleiro em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o cronograma previa que o protótipo de Aramar ficasse pronto em 2019 e que o submarino completo fosse ao mar em 2025.
O calendário precisou se ajustar à crise econômica que assolaria o país a partir de 2014.
— Continuamos a construção do protótipo, mas em ritmo mais lento. Em 2015 e 2016, tivemos que dispensar muitos profissionais.Mesmo a empresa que fabricou o casco do nosso protótipo foi à falência — diz Marques.
Nesse meio tempo, em Itaguaí, o Prosub também assistiu a lances dignos de novela. Em 2016, virou alvo da Lava-Jato, quando um dos delatores da Odebrecht, Benedicto Júnior, afirmou que a empreiteira repassara R$ 17 milhões ao PT saídos do orçamento do programa. Naquele mesmo ano, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, um dos pais do programa nuclear da Marinha (mas que já não tinha vínculos com ele), foi preso, acusado de receber propina das empreiteiras envolvidas na construção da usina de Angra 3. Segundo delatores, ele teria recebido dinheiro do Prosub também.
A Marinha negou envolvimento nas irregularidades. Hoje, o governo garante que os problemas financeiros foram superados. Marques conta que os dois reatores, que devem equipar o protótipo e o submarino final, já foram fabricados e só aguardam o momento de ser montados e testados. O governo espera investir R$ 2,2 bilhões nessa etapa do processo até 2021. Em Itaguaí, o governo já investiu R$16 bi no Prosub e espera que o investimento total fique na faixa dos R$30 bilhões.
— Parece muito dinheiro mas, em comparação ao que outros países gastaram, sai barato — diz Marques.
Protótipo do primeiro submarino nuclear brasileiro tinha previsão de ficar pronto em 2019 - Edilson Dantas/O Globo
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- 17/05/2018 - Submarino nuclear 'terrestre' ficará pronto em 3 anos, diz MarinhaProtótipo em terra de equipamento está sendo montado no interior paulista; projeto consumiu cerca de R$ 10 bilhões em 4 décadas
Protótipo em terra de equipamento está sendo montado no interior paulista; projeto consumiu cerca de R$ 10 bilhões em 4 décadas
Fonte: O Estado de S. Paulo
José Maria Tomazela, ENVIADO ESPECIAL, O Estado de S.Paulo
IPERÓ (SP) -O protótipo em terra do submarino nuclear brasileiro projetado pela Marinha ficará pronto em pouco mais de três anos. As obras do prédio onde o modelo em tamanho natural está sendo montado foram apresentadas nesta quarta-feira, 16, a jornalistas pelo almirante André Luis Ferreira Marques, diretor de Desenvolvimento Nuclear da Marinha, em Iperó, no interior de São Paulo.
O projeto consumiu US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) nos últimos 40 anos. Outros R$ 2,2 bilhões serão investidos até dezembro de 2021, quando o submarino "terrestre”, equipado com o reator nuclear, entra em funcionamento a 200 quilômetros do mar. A versão definitiva, que vai para o oceano, no Rio de Janeiro, só ficará pronta entre 2028 e 2030.
Na avaliação do almirante, as crises econômicas vividas pelo País afetaram mais o projeto do que a Operação Lava Jato, que levou à prisão um dos idealizadores do programa, o ex-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, por denúncia de corrupção na Eletronuclear, que ele dirigiu após passar para a reserva na Marinha, em 2005. Othon, que sempre negou as acusações, foi libertado em 2017, graças a um habeas corpus."O TCU (Tribunal de Contas da União) acompanha o projeto desde o início e nunca tivemos problema desse tipo aqui. Quando vimos algo errado, abrimos sindicância e até inquérito militar, mas não deixamos avançar”, afirmou Marques.
As obras do estaleiro da Marinha em Itaguaí (RJ) também têm participação da Odebrecht, uma das empresas que foram alvo da Lava Jato. A empreiteira, no entanto, não realizou obras em Iperó.
De acordo com Marques, o programa sofreu grande contingenciamento financeiro entre 1997 e 2007, mas nunca parou. Na época, houve redução de 50% no número de funcionários. No ano passado, o projeto foi afetado indiretamente pela crise, que levou à insolvência muitas empresas fornecedoras de equipamentos e insumos.
Avanço
A conclusão do modelo em terra do submarino equipado com reator nuclear construído no Brasil será o segundo grande avanço do programa nuclear da Marinha. O primeiro ocorreu na década de 1980, com o domínio do enriquecimento de urânio – o combustível do submarino.
O marco foi a inauguração, em abril de 1988, da Usina Almirante Álvaro Alberto, pelo então presidente José Sarney, na presença do presidente da Argentina na época, Raúl Alfonsín. Os 30 anos da inauguração da usina de enriquecimento de urânio serão lembrados no dia 8 de junho, com uma visita dos presidentes atuais dos dois países, Michel Temer e Mauricio Macri, ao Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó.
Os chefes de governo irão conhecer as obras do Laboratório de Geração de Energia Núcleo Elétrica (Labgene), onde o modelo padrão do submarino está sendo montado em ritmo acelerado. "Estamos tocando ao mesmo tempo as obras civis e a montagem do protótipo com o reator. O Labgene tem de ficar pronto primeiro, para que possamos qualificar o projeto do submarino que será construído no complexo naval de Itaguaí ”, disse o almirante.
O prédio tem paredes com 33 metros de altura e já abriga parte do casco do submarino – um cilindro de aço com 10 metros de diâmetro que terá cerca de 70 metros de comprimento. A escala do protótipo é de um metro por um, ou seja, o modelo em terra será similar ao que vai navegar.
O compartimento que abrigará o reator é considerado instalação nuclear e segue normas para licenciamento pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O conjunto de turbinas e o freio dinamométrico já estão instalados. A base para o motor elétrico de propulsão, de 7,4 megawatts, também está pronta. O próprio equipamento está em testes em laboratório vizinho.
Conforme o almirante, todos os componentes do reator nuclear já foram testados individualmente. O início da montagem está previsto para este ano. "É similar ao que vai equipar o submarino e será testado aqui antes.”
ANÁLISE:
Meta do programa nuclear brasileiro é expandir conhecimentoProjeto, talvez, seja única iniciativa do gênero no mundo operada por uma organização militar que é submetida às inspeções de entidades civis
Roberto Godoy, O Estado de S.Paulo
O programa nuclear da Marinha do Brasil é mais antigo que os 30 anos comemorados a partir da inauguração oficial do Centro Aramar, em Iperó, interior de São Paulo. O projeto começa bem antes, nos anos 70, ainda na sombra dos selos de "paralelo” e "secreto”, sob os quais se abrigava a pesquisa, ainda de viés estritamente militar. Alternativa ao caro e ineficiente acordo bilateral firmado em 1975 com o governo da Alemanha pelo então presidente Ernesto Geisel, o empreendimento, feito oficial e público pelo ex-presidente José Sarney, tem sido bem-sucedido. A rigor, acumula conhecimento sensível suficiente para dar ao País a capacidade de produzir armas nucleares – das quais o Estado brasileiro abdicou na Constituição de 1988 por meio de uma cláusula pétrea (artigo 21, inciso XXIII) – em tempo relativamente curto, coisa de um ou dois anos a contar de um eventual sinal verde.As tecnologias que o Brasil adota permitiram o controle de todo o complexo ciclo do enriquecimento de urânio, uma forma de separar partículas atômicas usando máquinas de ultracentrifugação avançadas, criadas por especialistas da Marinha. A meta do programa, além de suprir a demanda dos futuros submarinos de propulsão nuclear da frota naval, é expandir a investigação científica independente nesse campo, facilitando o fornecimento de isótopos para uso em medicina e a construção das ultracentrífugas empregadas na produção de combustível para os reatores das usinas geradoras de energia.
O projeto, talvez, seja a única iniciativa do gênero no mundo operada por uma organização militar que é submetida às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), de Viena, e da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEN), ambas entidades civis.
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- 15/05/2018 - Acordo de Desenvolvimento traz Centro de Irradiação ao BrasilFonte: Portal do Governo do Estado de S. Paulo
A agência de promoção de investimentos e competitividade do Governo do Estado, Investe São Paulo, responsável pela interlocução com entidades governamentais, informações estratégicas e questões de licenciamento ambiental, tributação e infraestrutura, teve participação importante no Acordo de Desenvolvimento de Projeto (ADP) para a implementação e operação conjunta de um Centro de Irradiação no Brasil.O documento foi assinado pela Corporação Estatal de Energia Nuclear "Rosatom”, através de sua subsidiária, Rosatom Healthcare” (RHC), e a empresa brasileira CK3 – do lado russo, pelo diretor geral da RHC, Denis Cherednichenko, e do lado brasileiro, pelo diretor da CK3, Raphael Guiguer.
Durante meses, ambas as empresas estudaram as necessidades do mercado, os regulamentos, as alternativas tecnológicas, entre outros aspectos fundamentais para desenvolver as soluções mais avançadas para os clientes locais.
O ADP é o fio condutor da formação de uma empresa conjunta voltada à oferta de serviços de irradiação para o mercado brasileiro, usando tecnologias russas baseadas em aceleradores de elétrons e raios X para a esterilização de produtos farmacêuticos, cosméticos e de saúde, entre outras aplicações industriais.
O projeto combina o conhecimento russo na área das tecnologias de radiação e a experiência brasileira com o mercado local. As experiências da RHC e da CK3 têm como objetivo oferecer serviços de alta qualidade aos clientes, seguindo a estratégia da Rosatom de aumentar sua participação no mercado latino-americano.
"Nossa joint venture está trazendo uma alternativa atraente para o mercado brasileiro com uma solução ambientalmente correta”, explica Raphael Guiguer, diretor de projetos da CK3. Ao contrário de outros métodos de esterilização, os aceleradores de elétrons e de raios X não liberam gases tóxicos nem geram resíduos. "Estamos ansiosos para os próximos passos para começar a oferecer serviços aos clientes.”
"Nós vemos grande potencial no mercado brasileiro de esterilização de produtos médicos por radiação. O uso de tecnologias de radiação na área da saúde do Brasil pode melhorar significativamente a segurança e qualidade dos bens e serviços. Produtos médicos hermeticamente embalados podem ser efetivamente esterilizados, o que reduz o risco de contaminação na fase de produção. Produtos tratados com o método de esterilização por radiação também aumentarão o potencial de exportação das empresas brasileiras que se dedicam à produção de produtos para a medicina”, fala Cherednichenko.
"Nós temos estudado o mercado de irradiação há algum tempo e, apesar de relevante no mundo, ele tem pouco investimento em nosso país. O potencial desse setor nos levou à decisão de investir para diversificar nosso portfólio”, complementa Rodrigo Cherkezian, diretor de relações com investidores da CK3.
Sobre as empresas
A JSC Rusatom Healthcare foi criada pela subsidiária da Corporação Estatal "ROSATOM” – a empresa JSC "ATOMENERGOPROM” para fins de desenvolvimento e produção de equipamentos e produtos de radionuclídeos para medicina nuclear e radiologia médica, bem como equipamentos industriais e soluções de esterilização para o processamento de diferentes tipos de produtos com radiação ionizante com base em instalações de feixe de elétrons e raios gama.
A CK3 é uma empresa brasileira de consultoria e participações, com experiência no desenvolvimento de projetos em diversos setores, com foco em infraestrutura e negociações internacionais. A empresa faz parte do grupo Cherkezian, fundado nos anos 70. Suas controladoras têm atividades no desenvolvimento imobiliário e no comércio varejista.
A Investe São Paulo
Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade é a porta de entrada das empresas que pretendem se instalar no Estado ou expandir seus empreendimentos.
A Agência fornece, gratuitamente, informações estratégicas que ajudam os investidores a encontrar os melhores locais para seus negócios, prestando assessoria ambiental, tributária e de infraestrutura, facilitando o relacionamento das empresas com instituições governamentais e concessionárias de serviços públicos. Tudo isso com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e a inovação em São Paulo.
Outra importante missão da Investe SP é incentivar as exportações de pequenas e médias empresas, também de forma gratuita. Ainda estão sob as atribuições da Agência prospectar novos negócios para o Estado ao redor do mundo, recepcionar delegações estrangeiras e promover a imagem de São Paulo no Brasil e no exterior como principal destino de empresas na América Latina.