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- 30/09/2023 - Medicina Nuclear: recusa de profissionais para transportar material radioativo gera debate na 67ª Conferência da AIEAFonte: Tania Malheiros Blog
A recusa de profissionais e demoras para garantir o transporte de materiais radioativos, como os usados em diagnósticos e tratamentos médicos de combate ao câncer, foram alguns dos temas discutidos na 67ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia atômica (AIEA), na sede da entidade, em Viena, na Áustria, de 25 a 29/9. O fato mundial, pouco conhecido da sociedade, pode gerar problemas graves como o adiamento e cancelamento de procedimentos por falta do material médico radioativo.O evento contou com a presença do diretor geral da AIEA, embaixador Rafael Mariano Grossi, considerada uma manifestação de apoio aos países que se unem para encontrar uma solução para o problema, esforço global promovido pela Austrália, segundo informações da Agência. "Produtores de radiofármacos (medicamento com material radioativo) ficam reféns”, comentou um técnico da Agência, reiterando que o problema afeta todo o mundo e que precisa de solução rápida para que materiais que demandam tanta complexidade não passem do prazo de validade por falta de transportadores, inclusive os aéreos.
Também foi pauta do evento realização demissão internacional de auditoria no país, como a Integrated Regulatory Review Service (IRRS),"durante as quais a AIEA manifestou a sua intenção de esclarecer os aspectos necessários para a execução de tal atividade no futuro, incluindo uma visita de seus oficiais ao Brasil, para apresentações relacionadas ao tema”, conforme divulgação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que participou do evento.
O chefe da delegação brasileira, embaixador Carlos Cozendey, afirmou que o Brasil está atento ao problema. "O Brasil está continuamente comprometido em manter altos padrões de segurança em todas as atividades do seu setor nuclear”.
Também participaram a diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN, representada pelo diretor, Alessandro Facure, e pelo servidor Ricardo Gutterres; os chefes do departamento de Salvaguardas da AIEA, Massimo Aparo; do departamento de cooperação técnica da IAEA, Hua Lin; e o da Divisão de Cooperação Técnica para a América Latina e o Caribe, Raul Ramire, além da diretora da Divisão de Segurança de Instalações Nucleares da AIEA, Anna Hajduk Bradford.
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- 28/09/2023 - DRS/CNEN participa de maneira ativa na 67ª Conferência Geral da AIEAFonte: CNEN
A Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, representada por seu diretor, Alessandro Facure, e pelo servidor Ricardo Gutterres, participou de maneira intensa das várias agendas relacionadas a atividades regulatórias, na 67ª conferência Geral da AIEA.
Logo no início do evento, a DRS tomou parte em discussão sobre o esforço global amplo, promovido pela Austrália, a propósito da recusa e demoras, para garantir o transporte de materiais radioativos, como aqueles usados em diagnósticos e tratamentos médicos e de importância fundamental para a sociedade.
O evento contou com a presença do Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), embaixador Rafael Mariano Grossi, cuja participação representou uma manifestação de apoio àqueles países que se unem para encontrar uma solução para o problema.
Posteriormente, a DRS realizou várias reuniões com diretores e oficiais da AIEA. A primeira, com o diretor responsável pela Unidade de Controle de Fontes de Radiação da AIEA, Ronald Pacheco, para tratar da implementação de ferramentas computacionais oferecidas pela AIEA, que podem vir a aprimorar os processos de licenciamento e o controle de fontes radioativas no país.
Também foram iniciadas as discussões para a realização de uma missão internacional de auditoria no país, do tipo IRRS -—Integrated Regulatory Review Service, durante as quais a AIEA manifestou a sua intenção de esclarecer os aspectos necessários para a execução de tal atividade no futuro, incluindo uma visita de seus oficiais ao Brasil, para apresentações relacionadas ao tema.
Mais tarde, a DRS/CNEN, que é a autoridade nacional responsável por garantir o cumprimento dos acordos de salvaguardas, membros da Missão Permanente e demais representantes brasileiros, reuniram-se com o Chefe do Departamento de Salvaguardas da AIEA, Massimo Aparo.
Igualmente, junto com outros membros da delegação brasileira, a DRS/CNEN visitou o chefe do departamento de cooperação técnica da IAEA, Hua Lin. Em outro encontro, discutiu especificamente o estado de implementação dos projetos de cooperação técnica nacionais com o chefe da Divisão de Cooperação Técnica para a América Latina e o Caribe, Raul Ramirez.
A questão da extensão de vida de usinas nucleares brasileiras foi abordada em reunião bilateral da DRS/CNEN com a diretora da Divisão de Segurança de Instalações Nucleares da AIEA, Anna Hajduk Bradford.
Os representantes da DRS/CNEN também participaram das outras atividades promovidas na Conferência Geral pela CNEN, como os side events relacionados ao Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e ao CENTENA. Foram realizadas algumas reuniões bilaterais com reguladores de outros países, visando o estabelecimento de colaborações futuras.
Além disso, a DRS representou o Brasil em várias reuniões envolvendo o FORO Iberoamericano de Organismos Reguladores Nucleares e Radiológicos, seja realizando apresentações sobre os seus projetos como em encontros com diretores da AIEA, para tratar de assuntos de interesse da associação.
Como destacado pelo chefe da delegação brasileira, embaixador Carlos Cozendey, em sua fala na 67ª conferência Geral da AIEA, "O Brasil está continuamente comprometido em manter altos padrões de segurança em todas as atividades do seu setor nuclear”. "A participação da DRS/CNEN nesta Conferência Geral refletiu esse espírito”, afirmou Facure.
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- 28/09/2023 - Nota de pesar - Shigueo WatanabeFonte: CNEN
Shigueo Watanabe é um renomado físico brasileiro que deu contribuições significativas para o avanço da ciência nuclear no Brasil. Sua carreira notável e dedicada à pesquisa e ao ensino influenciou profundamente a comunidade científica brasileira e deixou um legado duradouro no campo da física nuclear.
Uma das contribuições mais destacadas de Shigueo Watanabe foi sua pesquisa pioneira no desenvolvimento de detectores de partículas nucleares. Ele trabalhou incansavelmente na construção e aprimoramento de detectores de partículas, tornando-se uma figura-chave na física experimental de alta energia no Brasil. Seu trabalho nesse campo contribuiu significativamente para a compreensão das interações nucleares e da estrutura dos núcleos atômicos.
Seu trabalho sobre como o próton e o nêutron interagem formando o dêuteron, apresentando um potencial diferente dos potenciais individuais, teve grande destaque no meio científico. O potencial proposto para o dêuteron recebeu o nome de Potencial de Watanabe.
Além disso, Watanabe desempenhou um papel fundamental na formação de jovens cientistas brasileiros, atuando como orientador de várias gerações de estudantes de pós-graduação. Sua dedicação ao ensino e à orientação de pesquisadores em início de carreira ajudou a fortalecer a base científica do Brasil, no campo da física nuclear.
Outra área de destaque nas contribuições de Watanabe foi sua participação ativa na organização de conferências e eventos científicos, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e o fortalecimento da colaboração entre cientistas brasileiros e estrangeiros na área da física nuclear.
Membro titular e ex-diretor executivo da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, organizou uma Olimpíada Paulista de Física (em paralelo à de matemática, que ele já organizava) entre 1985 e 87, mas, por falta de apoio, essa experiência não foi continuada.
Watanabe sempre mostrou preocupação em garantir que estudantes de baixa renda pudessem desenvolver seus estudos sem precisar trabalhar. Essa preocupação se transformou em um programa de bolsas de estudo para estudantes carentes que conquistassem medalhas de ouro nas olimpíadas de matemática do Estado de São Paulo, organizadas durante sua gestão como diretor-executivo da ACIESP.
Por meio de suas pesquisas, seu compromisso com o ensino e seu papel como facilitador da cooperação científica, Shigueo Watanabe deixou uma marca indelével na ciência nuclear brasileira. Sua dedicação e paixão pelo campo inspiraram e continuam a inspirar gerações de cientistas brasileiros a contribuir para o avanço da física nuclear e da ciência em geral no Brasil. Suas realizações são um testemunho do potencial científico do país e de sua capacidade de produzir pesquisadores de destaque internacional.
Por sua contribuição à ciência nuclear brasileira e às pesquisas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), foi outorgado Pesquisador Emérito, em 2005, em cerimônia que contou com a presença do então ministro de C&T, Sérgio Rezende. Na ocasião, professor Shigueo plantou mudas de cerejeiras que florescem anualmente em agosto. Em 2022, foi homenageado com a criação do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese IPEN.
Nascido em 1924, na cidade de Araçatuba, interior paulista, Shigueo Watanabe, o primeiro nikkei do Departamento de Física da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, morreu nesta terça-feira, 26 de setembro.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) expressa seu profundo pesar e solidariedade. Sua partida representa uma lacuna irremediável na comunidade científica e na pesquisa nuclear brasileira. Agradecemos imensamente pela cooperação, dedicação e contribuições ao IPEN, à CNEN e ao Programa Nuclear Brasileiro.
Francisco Rondinelli Júnior
Presidente da CNEN -
- 27/09/2023 - Maior siderúrgica dos EUA investe em fusão nuclearFonte: BRAZIL Journal
Giuliano Guandalini
A Nucor, a maior siderúrgica dos EUA, acaba de investir na Helion Energy, uma startup de fusão nuclear, fazendo uma aposta em que num futuro não muito distante a produção de aço será feita com energia limpa e infinita.
Pelo acordo, o primeiro do tipo envolvendo uma fabricante de aço, a Nucor está colocando US$ 35 milhões na startup para acelerar o desenvolvimento de uma usina com potência de 500 megawatts – o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes.
O reator que vai abastecer a Nucor deve entrar em operação até 2030.
A Helion tem entre seus apoiadores o CEO da OpenAI, Sam Altman.
Em maio, a Helion – que ainda precisa demonstrar que consegue de fato produzir eletricidade a partir da fusão nuclear – já havia fechado um contrato com a Microsoft, prevendo a primeira entrega de energia em 2028. A potência inicial do reator será de 50 megawatts.
As siderúrgicas são enormes consumidoras de eletricidade e encontram dificuldade para reduzir o impacto de suas emissões por causa da oferta ainda restrita de alternativas, como a energia solar e eólica.
"Não queremos ficar sentados, esperando,” Leon Topalian, o CEO da Nucor, disse ao The Wall Street Journal.
A Helion vem alcançando avanços em seus protótipos. Em junho, anunciou ter sido a primeira empresa privada a superar os 100 milhões de graus Celsius em um de seus geradores experimentais.
Para a fusão, a temperatura do plasma precisa se manter acima dos 150 milhões de graus Celsius. É isso que a empresa espera alcançar com o seu sétimo protótipo, o Polaris, que está em fase de construção.
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- 26/09/2023 - Webinário apresenta projetos de nanotecnologia no setor energético desenvolvidos por Brasil e ArgentinaEvento será transmitido ao vivo no canal do MCTI no YouTube. Conheça 3 instituições nacionais com iniciativas na área.
Evento será transmitido ao vivo no canal do MCTI no YouTube. Conheça 3 instituições nacionais com iniciativas na área.
Fonte: MCTI
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) promove nesta terça-feira (26), a partir das 14h, o 3º Webinário 2023 do Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia (CBAN). Com foco em iniciativas na área de Energia, o evento virtual é feito em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina e será transmitido ao vivo pelo canal do MCTI no YouTube.
Esse é o terceiro de um total de quatro webinários previstos para este ano. O seminário virtual reúne pesquisadores brasileiros e argentinos que apresentam as principais linhas de pesquisa, infraestrutura, desafios e oportunidades de colaboração em nanotecnologia. Confira a íntegra da programação no link.
Conheça 3 instituições e redes de pesquisa brasileiras que participam do evento:
INCT NanoVida
Tendo como proposta o estudo e desenvolvimento de nanomateriais nas áreas de energia, meio ambiente e diagnóstico, o INCT NanoVida iniciou em janeiro de 2023 e conta com 28 pesquisadores de 14 instituições em 8 Estados.
O pesquisador Aldo Zarbin, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que, no setor de energia, o INCT trabalha no desenvolvimento de baterias, células solares e fotovoltaicas e catalisadores para processos de geração de hidrogênio. Ele afirma que os nanomateriais possuem grande potencial para uso no setor de energia, sendo necessário garantir o funcionamento correto e a segurança das soluções.
"De uma forma geral, o maior desafio é preparar nanomateriais que possam dar uma resposta positiva, mas que também possam ser incorporados aos dispositivos com estabilidade e segurança, e que possam ser preparados em escala visando aplicação real. Por exemplo, no caso de baterias, o aumento de capacidade está diretamente relacionado aos materiais empregados como eletrodos, onde a nanotecnologia tem um papel fundamental”, afirma.
Instituto Nacional de Tecnologia (INT)
O INT é uma unidade de pesquisa do MCTI que, há mais de 100 anos, atua no desenvolvimento de tecnologia industrial, pesquisa, e inovação na área de materiais e catálise. Em 2001, a instituição começou a estruturar projetos de nanotecnologia até a consolidação, em 2010, do CENANO (Centro de Caracterização em Nanotecnologia para Materiais e Catálise), laboratório estratégico com projetos voltados a saúde, meio ambiente e energia (tradicionais e renováveis).
A coordenadora do INT-CENANO, Fabiana Magalhães, aponta que, entre os principais desafios do Brasil em nanotecnologia, está aproximar indústrias e institutos de pesquisa e superar lacunas para gerar tecnologias que cheguem à sociedade.
"Os programas vigentes no INT definem dois caminhos de atuação, um empurrado pela oferta instalada no instituto, que transfere o conhecimento e competências para o mercado, e outro puxado pela demanda, que se utiliza do conhecimento e da competência instalada para apoiar startups e empresas já constituídas no mercado nos seus esforços inovadores”, pontua.
CTNano/UFMG
Sediado em Belo Horizonte, o CTNano, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem entre seus principais projetos o desenvolvimento de materiais para armazenamento de energia, como baterias, supercapacitores e supercapacitores híbridos.
São 4 pesquisadores que realizam estudos na área. Somados, eles contam com mais de 60 artigos publicados em revistas internacionais e 5 patentes ou pedidos de patentes depositados no Brasil, Europa e Estados Unidos.
De acordo com o pesquisador da instituição, Rodrigo Lavall, o país tem projetos de qualidade sendo desenvolvidos nas universidades e institutos de pesquisa, mas ainda há um distanciamento entre o conhecimento e as necessidades da indústria.
"As empresas devem incorporar mais mestres e doutores no seu setor produtivo, a exemplo do que fazem grandes corporações, com a criação de setores de P&D para que esses profissionais possam contribuir para a inovação. Do outro lado, as universidades e institutos de pesquisa podem investir no escalonamento de algumas tecnologias com potencial para geração de inovação”, sugere.
Sobre o CBAN
O CBAN é um centro virtual instituído por meio da assinatura de parceria entre Brasil e Argentina em 2005. Em 2022, foi lançada, em parceria entre o MCTI e o CNPq, a primeira Chamada Pública no âmbito do CBAN com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação na área de nanotecnologia.
Saiba mais sobre o CBAN no site:https://www.cbpf.br/~cban/index.html.
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- 26/09/2023 - Brasil é destaque na 67ª Conferência da AIEA com projetos de inovação tecnológica e uso responsável da energia nuclearFonte: CNEN
Brasil mais uma vez ratifica seu compromisso com a inovação tecnológica e o uso responsável da energia nuclear ocupando um papel de destaque na 67ª Conferência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O evento, que reúne especialistas e líderes globais na área nuclear, teve início nesta segunda-feira, 25, em Viena (Áustria) com mais de 2,8 mil participantes, sendo 2.575 representantes dos Estados-Membros.
A AIEA é conhecida por seu papel fundamental na promoção do uso seguro e pacífico da energia nuclear em todo o mundo. A conferência anual da AIEA é um ponto de encontro para discutir avanços tecnológicos, desafios globais e oportunidades de cooperação no campo nuclear, e também para considerar e aprovar o orçamento da Agência e decidir sobre outras questões levantadas pelo Conselho de Governadores, pelo Diretor-Geral e pelos Estados-Membros.
Um dos principais destaques da delegação brasileira, que conta com a participação do secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, é a apresentação de projetos de inovação incorporando tecnologias de ponta para minimizar o impacto ambiental e maximizar o aproveitamento da energia nuclear, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), à qual a AIEA está vinculada.
Além disso, o Brasil está compartilhando sua experiência e conhecimento em segurança nuclear, enfatizando a importância da cooperação internacional para garantir que a energia nuclear seja usada de maneira segura e responsável em todo o mundo.
Representando o MCTI, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) assumiu, este ano, a coordenação do Brasil na exposição da Conferência Geral, que começou nesta terça-feira, 26, e é uma espécie de "vitrine” para cada país. O estande brasileiro apresenta ao público as principais inovações de responsabilidade da CNEN, com destaque para dois projetos estruturantes, o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA).
Luis Fernandes, do MCTI, e Francisco Rondinelli Júnior e Wilson Calvo, respectivamente presidente e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, receberam o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, na inauguração do estande do Brasil. Também presentes na recepção a Grossi o embaixador e Chefe da Delegação Brasileira, Carlos Márcio Cozendey, a embaixadora Cláudia Viera Santos e o ministro Ricardo Maschietto Ayrosa, ambos da Missão Brasileira em Viena.
O desenvolvimento da área nuclear no Brasil, bem como os acordos regionais foram pontuados por Grossi, na visita ao estande. Ele destacou a colaboração Brasil e Argentina, a qual ele vê"com carinho”. Também ressaltou a importância do número de empresas envolvidas com a área nuclear no Brasil e a estreita cooperação entre elas, favorecida, em grande parte, pela CNEN.
Na visita, Rondinelli entregou um cheque simbólico de 50 mil euros referente à contribuição complementar para o projeto de cooperação ReNuAl (do inglês Renovation of the Nuclear Applications Laboratories, ou Renovação dos Laboratórios de Aplicações Nucleares, em tradução livre) de Seibersdorf, da AIEA, na Áustria.
Uma das finalidades é prestar assistência técnica aos Estados-Membros nas áreas da alimentação e da agricultura, da saúde humana, do ambiente e do desenvolvimento e utilização de instrumentos científicos nucleares. São essenciais para o apoio da Agência aos Estados-Membros na utilização de tecnologias nucleares pacíficas para alcançar os ODS. Reconhecendo a importância dos laboratórios de Seibersdorf, em setembro de 2020 Rafael Grossi anunciou a intenção de concluir sua a modernização.
Cinquenta e um Estados-Membros e vários doadores não-tradicionais fizeram contribuições extraorçamentárias, totalizando mais de 63 milhões de euros para a modernização dos laboratórios.
Projetos estruturantes
O RMB é um marco significativo no cenário científico e tecnológico do Brasil. Este projeto de grande envergadura representa um avanço notável na área nuclear, concebido para desempenhar múltiplos papéis, desde a produção de radioisótopos para uso médico e industrial até a pesquisa científica e o treinamento de profissionais na área nuclear.
"O RMB reflete o compromisso do Brasil em utilizar a energia nuclear de maneira responsável e benéfica para a sociedade, oferecendo uma plataforma versátil que contribuirá significativamente para o avanço da ciência, medicina e tecnologia no país e na região”, afirmou Wilson Calvo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN
O projeto CENTENA tem como objetivo projetar, construir e comissionar a primeira instalação de tecnologia nuclear e ambiental para a eliminação de rejeitos radioativos de baixo nível na América do Sul. A CNEN é responsável pela regulamentação e fiscalização das atividades nucleares no Brasil, incluindo a gestão segura de rejeitos nucleares. O CENTENA é um núcleo de segurança e sustentabilidade para o Brasil.
Casos de sucesso
As diretrizes da CNEN para a inovação tecnológica compreendem três áreas: tecnologias nucleares” (reatores, instrumentação e materiais, ciclo do combustível etc.); aplicações das radiações ionizantes na saúde, indústria, agricultura e meio ambiente; e radioproteção e dosimetria. Em todas, a CNEN atua com excelência, e sua expertise está demonstrada em três casos de sucesso apresentados no Side Event de Inovação da Conferência: os projetos GraNioTer, Unidade Móvel e Aplicações de Radiotraçadores na Indústria de Petróleo e Gás.
O Caso 1 – projeto "Produção de Grafeno a partir da esfoliação química do grafite natural e aplicações (MGgrafeno)”, tem o propósito de desenvolver uma rota de produção de grafeno a partir do grafite natural, estabelecer e operar uma planta piloto, a partir de um acordo técnico firmado entre o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMGE).
Na esteira dos estudos de materiais avançados e minerais estratégicos, o CDTN lidera também o projeto Granioter, que tem o propósito de se estabelecer como um HUB tecnológico nacional para promover a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação baseadas em grafeno, nióbio, terras raras, dentre outros materiais e minerais com demanda global em crescimento.
Segundo Wilson Calvo, as indústrias nucleares e de energia podem obter vantagem do desenvolvimento de aplicações potenciais de nanomateriais de grafeno, além de nióbio e terras raras. O projeto resultou na proteção de dez ativos de propriedade intelectual: três softwares, três segredos de know-how, três pedidos de patentes e um desenho industrial.
O Caso 2: Projeto Técnica de radiotraçadores em plataformas offshore de petróleo e gás e plantas de processamento, é liderado pelo Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), em colaboração com a Empresa Brasileira de Petróleo (PETROBRAS) e uma pequena empresa spin-off de base tecnológica (ATOMUM). Tem como objetivo de desenvolver um protótipo e métodos para medir o fluxo de petróleo e gás em dutos.
As grandes vantagens das técnicas de radiotraçador são a possibilidade de realizar intervenções em tempo real, sem influenciar o funcionamento normal de uma instalação. Além disso, a utilização de baixas concentrações do radiotraçador, devido à alta sensibilidade de detecção do sistema, não apresenta risco radiológico aos trabalhadores nem causa danos ou contaminação aos equipamentos e ao meio ambiente.
Caso 3 – O projeto Unidade Móvel com Acelerador de Feixe de Elétrons é liderado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), em parceria com a TRUCVAN e apoio da AIEA. Em 2019, conquistou o prêmio Internacional Atomexpo, em Sochi, na Rússia, pelo caráter inovador e de contribuição ao meio ambiente.
Desenvolvida com o objetivo de ampliar a capacidade nacional de tratar efluentes industriais utilizando aceleradores de feixe de elétrons, a instalação itinerante visa melhorar a qualidade dá água nas áreas urbanas, um dos principais desafios que as sociedades enfrentam neste século.
"Desafios globais"
Durante a conferência, os representantes brasileiros estão participando ativamente de painéis de discussão, apresentando pesquisas e colaborando com outros países para enfrentar os desafios globais relacionados à energia nuclear, como a gestão de resíduos nucleares e a não proliferação de armas nucleares.
A presença marcante do Brasil na 67ª Conferência da AIEA demonstra o compromisso do país em promover a inovação e a excelência no setor nuclear. O Brasil reafirma seu papel como um ator global na área nuclear e seu compromisso com o uso pacífico da energia nuclear para benefício da humanidade.
A CNEN também integrou a mesa do Side Event sobre a recém-criada Rede Regional de Reatores de Pesquisa na América Latina e Caribe (RIALC, da sigal em espanhol)
"Átomos para a Paz e o Desenvolvimento”
Na abertura, o diretor-geral Rafael Mariano Grossi deu as boas-vindas à Gâmbia e a Cabo Verde como novos Estados-Membros da AIEA desde a última Conferência Geral – agora, são 177 Estados- Membros. Em seu segundo mandato, Grossi mencionou a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia como "acontecimentos trágicos por si só”, mas que também "tornam mais difícil – e urgente – enfrentar a calamidade cada vez mais presente das alterações climáticas e os desafios muito graves da pobreza, da doença, da fome e da alimentação, da água e da energia”.
O diretor-geral da AIEA também salientou consistência e transparências nas ações, e afirmou que "a energia nuclear é mais segura do que nunca e é mais segura do que quase qualquer outra fonte de energia”. Segundo ele, isso se deve em grande parte ao compromisso da área e ao papel da AIEA. "Setenta anos depois do famoso discurso que ajudou a fundar a AIEA, o sonho de ‘Átomos para a Paz’, agora Átomos para a Paz e o Desenvolvimento, continua vivo. Tornar isso realidade depende de todos nós”, concluiu.
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- 25/09/2023 - Estudo ajuda a entender como a radiação ionizante danifica o DNATrabalho focou no dano indireto à molécula causado por espécies químicas oxidantes, como o radical hidroxila
Trabalho focou no dano indireto à molécula causado por espécies químicas oxidantes, como o radical hidroxila
Fonte: Agência FAPESP
A radiação ionizante (como, por exemplo, os raios X) em altas doses pode danificar o DNA presente no núcleo celular – algo que pode tanto levar ao desenvolvimento de câncer em humanos como ser explorado para matar células cancerígenas. Esse dano ao DNA se dá por meio de dois mecanismos: um direto, em que a partícula ionizante impacta fisicamente a molécula, e outro indireto, em que espécies químicas produzidas pela radiólise da água (quebra das ligações de hidrogênio entre moléculas de H2O) atacam os ácidos nucleicos.
Em trabalho publicado no International Journal of Molecular Sciences, pesquisadores brasileiros investigaram esse segundo mecanismo. O objetivo foi entender como um tipo de radical livre – chamado radical hidroxila (OH) – afeta o nucleotídeo guanina, causando a dissociação dessa molécula.
A guanina (G) é uma das bases nitrogenadas que formam os nucleotídeos constituintes das moléculas de DNA e RNA, assim como a adenina (A), a citosina (C) e a timina (T).
Para estudar esse mecanismo, o grupo recorreu ao método da Teoria Funcional da Densidade Dependente do Tempo – que é parte da mecânica quântica e permite descrever propriedades eletrônicas na física do estado sólido, química quântica, ciência dos materiais, bioquímica, biologia, nanossistemas e sistemas em escala atômica.
Os pesquisadores concluíram que a abstração de hidrogênio foi exitosa em ataques a diferentes átomos de oxigênio, dissociando o DNA em três fragmentos principais: o grupo fosfato, o açúcar desoxirribose e a base nitrogenada. Segundo os autores, os cálculos descritos no artigo podem ser uma referência para ajustar campos de força reativos para que estruturas mais complexas de DNA possam ser estudadas usando dinâmica molecular clássica, incluindo danos diretos e indiretos ao DNA.
O trabalho envolveu pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais(CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – e do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp). Recebeu financiamento da FAPESP por meio de três projetos (18/15316-7,20/08647-7e15/21873-8).
O artigo A TD-DFT-Based Study on the Attack of the OH· Radical on a Guanine Nucleotidepode ser lido em: www.mdpi.com/1422-0067/23/17/10007.
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- 25/09/2023 - El argentino Rafael Grossi fue reelegido como director general de la agencia nuclear de la ONULa conferencia general de los 176 miembros confirmó mediante una votación el nombramiento del experimentado diplomático para un segundo mandato hasta fines de 2027. La Junta de Goberndores ya lo había designado previamente por aclamación
La conferencia general de los 176 miembros confirmó mediante una votación el nombramiento del experimentado diplomático para un segundo mandato hasta fines de 2027. La Junta de Goberndores ya lo había designado previamente por aclamación
Fonte: Infobae
El argentino Rafael Mariano Grossi fuere elegido este lunes como director general del Organismo Internacional de Energía Atómica(OIEA), la agencia nuclear de la ONU, para un segundo mandato de cuatro años.
Así lo informó este lunes Vilawan Mangklatanakul, presidenta de la conferencia general del OIEA que se celebra esta semana en la sede del organismo en Viena.
"Hay algo que quiero decir hoy, enfrente de todos ustedes:hoy mi sentido del deber, mi sentido de responsabilidad, moral, ética y profesionalidad es aún más fuerte que hace cuatro años”, dijo Grossi.
"Lo harécon la misma emoción, entusiasmo y pasión”, agregó el director general tras el anuncio de la presidenta, quien se congratuló de "ser la primera” en darle la enhorabuena.
La conferencia general -el plenario que anualmente reúne a los representantes de los 176 países miembros del OIEA- confirmó mediante votación el nombramiento de Grossi por unsegundo mandato, de acuerdo con la designación que ya había hecho en marzo la Junta de Gobernadores, el órgano ejecutivo del organismo, integrado por 35 naciones.
De 62 años, el diplomático argentino nacido en Buenos Aires,fue el único candidato que se presentó entonces al cargo ante la Junta, que a su vez lo designó por aclamación.
El primer mandato lo asumió a finales de 2019 tras la muerte de su antecesor, el japonés Yukiya Amano. Su segundo mandato comenzará el 3 de diciembre próximo y terminará el 2 de diciembre de 2027.
La gestión de Grossi al frente del OIEA ha estadomarcada hasta ahora por el conflicto en torno al programa nuclear de Irán, cuya verificación y supervisión está en manos de la agencia que dirige, y además porla guerra en Ucrania, donde laplanta nuclear de Zaporizhzhiaestá bajo ocupación rusa desde marzo de 2022.
Para reducir los riesgos de un accidente nuclear en la zona de guerra, el director general del OIEA trata desde el año pasado de negociar con las partes enfrentadas la creación de una zona de seguridad y protección en torno a la central atómica, la más grande de Europa, con sus seis reactores.
Una carrera dedicada al sector nuclear
Grossi asumió en 2019 el primer mandato como director general del OIEA -la agencia del sistema de Naciones Unidas encargada de velar por el uso pacífico de la tecnología atómica-, convirtiéndose en elprimer latinoamericano que dirige el organismo internacionalcon sede en Viena.
Previamente fue embajador de su país ante Austria, Eslovenia y Eslovaquia, así como ante los organismos internacionales con sede en la capital austríaca, entre ellos el propio OIEA, a cuya dirección general llegó ya con una carrera en gran parte vinculada al mundo de la energía nuclear.
Entre 2009 y 2013 fue director adjunto para Asuntos Políticos y jefe de Gabinete de su predecesor en la dirección general del OIEA, el japonésYukiya Amano, fallecido en julio de 2019.
Nacido en 1961 en Buenos Aires, Grossi se tituló enCiencias Políticaspor la Universidad Católica de Argentina y realizó sus estudios diplomáticos en el Instituto del Servicio Exterior de la Nación.
Tiene además una maestría en Relaciones Internacionales y undoctorado en Historia y Política Internacionalpor la Universidad de Ginebra (Suiza).
Grossi trabajó en laDirección de Asuntos Nucleares de la Cancillería de Argentinay ha representado a su país en numerosos foros internacionales de asuntos deseguridad, desarme y no proliferación nuclear.
En 2002 fue nombradojefe de Gabinete de la Organización para la Prohibición de las Armas Químicas(OPAQ), con sede en La Haya.
En 2015 presidió la Conferencia Diplomática sobre la Convención de Seguridad Nuclear, convocada para revisar cuestiones de seguridad atómica tras el accidente en la central nuclear de Fukushima (2011).
De 62 años, Grossi es padre de ocho hijos, y habla inglés, francés, italiano y alemán.
(Con información de EFE)
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- 21/09/2023 - Mudança do Clima é tema de debate da Inteligência em evento em São PauloABIN promove encontro do Sistema Brasileiro de Inteligência com a presença do ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
ABIN promove encontro do Sistema Brasileiro de Inteligência com a presença do ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Fonte: ABIN
Com temática inédita, a reunião regional do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) no Sudeste refletiu o novo enfoque dado pela Inteligência brasileira ao trabalho sobre mudança do clima. A Inteligência de Estado, segundo o diretor-geral da ABIN, Luiz Fernando Corrêa, tem um papel fundamental ao fornecer cenários estratégicos para guiar políticas públicas.O encontro, com o tema "Inteligência, meio ambiente e mudanças climática: transição energética – desafios e oportunidades para o país”, reuniu autoridades do Governo Federal, membros do Sisbin do Estado de São Paulo, e alguns dos principais especialistas em mudanças climáticas do país nesta quinta-feira – 21 de setembro – em São Paulo/SP.
De acordo com o ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, a participação da ABIN é fundamental para que a sociedade brasileira possa compreender as mudanças climáticas, diante da incerteza dos cenários. "Quando nós dizíamos que as mudanças climáticas seriam uma ameaça, isso já é coisa do passado. Elas já são uma ameaça, já são uma realidade”, declarou.
O ministro substituto afirmou que um plano de recuperação florestal será anunciado em breve pelo governo e comentou ainda sobre créditos de carbono no país. "Enquanto outros países não atingem a neutralidade na emissão de carbono, o Brasil pode gerar renda vendendo créditos de carbono, mas isso tem prazo de duração”, afirmou.
Para o diretor-geral da ABIN, a Inteligência é ferramenta essencial na segurança ambiental e na garantia da soberania nacional. "A destruição de áreas florestais, as mudanças climáticas e os desastres naturais representam desafios para a Inteligência de Estado. Esses são pontos de preocupação com crescente importância para a defesa e segurança de uma nação, por isso a salvaguarda de nossos recursos naturais é de interesse da Inteligência”, disse.
Corrêa também ressaltou a participação das três esferas de governo no evento, algo que, segundo ele, é essencial na nova configuração do Sisbin. "É fundamental a participação de todos os entes federados no Sisbin. A ABIN, em um regime democrático, não é o chefe do sistema, mas um facilitador”.
O professor do Instituto de Física da USP e vice-presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Paulo Artaxo, um dos palestrantes, ressaltou que a área ambiental já é tema de estudos da Inteligência de outros países. "Nos Estados Unidos já há diversos estudos sobre mudanças climáticas como ameaças à segurança nacional. Fico feliz que a ABIN esteja trabalhando com essa perspectiva”, disse.
Participaram ainda do evento o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, o secretário de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo, Gilberto Natalini, entre outras autoridades. Pela ABIN, participaram diretores de departamento e os superintendentes estaduais de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
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- 20/09/2023 - Nova diretoria da ACIESP toma posseEm cerimônia na FAPESP, também foram empossados os novos membros titulares e afiliados da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, além dos integrantes do Conselho Diretor para o próximo triênio
Em cerimônia na FAPESP, também foram empossados os novos membros titulares e afiliados da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, além dos integrantes do Conselho Diretor para o próximo triênio
Fonte: Agência FAPESP
Maria Fernanda ZieglerEm cerimônia realizada no auditório da FAPESP na última quinta-feira (14/09), o professor da Universidade de São Paulo (USP) Adriano D. Andricopulo tomou posse como presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) para o triênio 2023-2026, tendo como vice a bióloga Marie-Anne van Sluys, também da USP. Josué de Moraes, da Universidade Guarulhos (UNG), tornou-se o novo diretor-executivo da entidade e Norberto Peporine Lopes, da USP, assumiu como diretor financeiro.Também foram eleitos os membros do Conselho Diretor para o próximo triênio: Maria Lúcia Carneiro Vieira (Ciências Agrárias), Carlos Alfredo Joly (Ciências Biológicas), Isolda Costa (Ciências da Engenharia), Maria de Fátima Andrade (Ciências da Terra), Renato Janine Ribeiro (Ciências Humanas e Sociais), Flavio Ulhoa Coelho (Ciências Matemáticas), Hernan Chaimovich (Ciências Químicas), Paulo Artaxo (Ciências Físicas) e Vanderlan S. Bolzani (ex-presidente da Aciesp).Os suplentes eleitos são: Carlos F. O. Graeff (Ciências Físicas) e Ana Maria Fonseca de Almeida (Ciências Humanas e Sociais). Tomaram posse ainda os novos membros titulares e afiliados da academia. Com isso, a Aciesp fica com 274 membros titulares e 16 membros afiliados (grupo que inclui pesquisadores com menos de 40 anos)."Queremos nos estabelecer como um centro de pensamento sobre o Estado de São Paulo, com estudos aprofundados em busca de soluções tecnológicas, inovadoras e de propostas de políticas públicas para questões estratégicas da sociedade paulista, como educação, saúde, meio ambiente, energia, diversidade, igualdade de gênero, cidades sustentáveis, segurança alimentar, entre outros temas que levem a um futuro sustentável e socialmente justo. É um momento de reconhecimento da excelência da ciência paulista. A Aciesp se reestruturou. Temos de reconhecer que muito foi feito, mas há ainda muito a se fazer", disse Andricopulo no discurso de posse.O novo presidente da Aciesp foi vice de Bolzani na gestão anterior, quando foi aprovado o novo estatuto da Aciesp. Em seu discurso, ele ressaltou que a reestruturação ocorrida na entidade permitirá avançar em procedimentos administrativos, operacionais, financeiros, bem como no desenvolvimento de atividades mais amplas, como o estabelecimento de convênios e parcerias.No ano passado, a entidade firmou uma parceria com a FAPESP para a elaboração do livro FAPESP 60 Anos: A ciência no desenvolvimento nacional. Para a obra comemorativa, a Aciesp reuniu pesquisadores seniores do Brasil e do exterior, além de jovens cientistas vinculados a instituições paulistas, para uma análise crítica do estado da arte da ciência em São Paulo e no Brasil. Outro objetivo da obra foi examinar as grandes oportunidades de pesquisa nos próximos anos. Os temas analisados foram debatidos em sete webinários realizados no decorrer de 2022."Hoje é uma festa para a ciência paulista e a ciência paulista está em festa há um bom tempo, pois tem destaque grande no que diz respeito à ciência, tecnologia e inovação [CT&I]. Somos responsáveis por quase 40% da produção de CT&I no país. Recentemente, comemoramos o resultado do ranking QS das melhores universidades da América Latina e do Caribe [QS University Ranking Latin America & The Caribbean], no qual as três universidades paulistas e a UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] aparecem entre as dez melhores. Esse resultado é compreensível, pois é fruto de gestão, trabalho, educação, mas também de uma política do povo do Estado de São Paulo, que há 30 anos possibilita a essas universidades receber recursos previsíveis e permanentes do tesouro do Estado. O mesmo acontece com a FAPESP. Esse é o modelo que precisa ser adotado em outros lugares. Dinheiro não é tudo, mas sem dinheiro não se faz ciência", sublinhou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, durante a cerimônia.Zago também destacou os avanços da Aciesp no último triênio, quando ocorreu a reestruturação da entidade.Ao passar o cargo de presidente para Andricopulo, Vanderlan Bolzani falou sobre a importância política da Aciesp. "Nesses quatro anos como presidente aprendi que o cargo exige determinação, habilidade, entusiasmo e, sobretudo, o exercício da política. Só assim é possível destacar uma academia frente a diferentes grupos e a sociedade", disse.Coube à presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, ressaltar os problemas que a ciência brasileira e, por consequência, a ciência paulista enfrentam atualmente."Embora estejamos num momento de muita alegria por mudanças que ocorreram no país, há um cenário que preocupa e diversos dados mostram isso. Vou mostrar alguns números que nos preocupam. Hoje é um dia de festa, mas fazer ciência em um país como o nosso inclui também ter contato com a nação brasileira, que às vezes é um pouco diferente do Estado de São Paulo", avaliou Nader.A presidente da ABC pontuou dois aspectos preocupantes: a perda da janela demográfica e a queda no orçamento federal para a ciência. "O Brasil já perdeu a janela demográfica e não foi por falta de aviso. A ciência avisou. E, como bem disse o demógrafo José Eustáquio Diniz em artigo no Estadão, não há experiência histórica de um país que envelheceu antes e enriqueceu depois."No que concerne ao custeio da ciência, Nader focou no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). "O FNDCT é a única fonte de financiamento da ciência no âmbito federal. Virou a tábua de salvação, mas a conta não vai fechar. O orçamento do ministério que está no congresso é vergonhoso", afirmou Nader.Artaxo, membro do Conselho Diretor, ressaltou a importância do trabalho dos novos membros da Aciesp frente aos desafios orçamentários. "Os desafios da ciência em uma sociedade cada vez mais complexa estão crescendo e se diversificando. Os cientistas se veem na obrigação de enfrentar negacionismo e fake news. Após seis anos de negacionismo, chegamos a ouvir que a ciência voltou. Mas olhando as últimas decisões do orçamento do país podemos dizer que não, a ciência não voltou. E por isso estamos trabalhando para que ela possa voltar. Nesse cenário de incerteza, os novos membros têm um papel importante", disse.Em seu discurso, Almeida destacou três aspectos importantes que devem guiar as ações da Aciesp para colocar a ciência a serviço do desenvolvimento de São Paulo e do país."Em primeiro lugar, a Aciesp está em condições de avançar na discussão sobre o que é desenvolvimento. De modo que a discussão não se restrinja apenas a seus aspectos mais estreitos, materiais. Nossa história recente mostrou que o desenvolvimento sem aprofundamento da experiência democrática, sem a garantia de direitos para aqueles que foram historicamente excluídos da cidadania plena não vai nos levar muito longe", opinou.Para a pesquisadora, cabe também ao cientista estabelecer um diálogo interdisciplinar que traga para o debate os impactos da ação humana, das relações sociais, da política sobre a segurança, o bem-estar e as oportunidades oferecidas à população."Em segundo lugar, importa apoiar ações que levem ao maior letramento científico da população. Investir esforços nas novas gerações, que é um alvo estratégico inquestionável, mas também investir na nossa população adulta, pois isso não é um desperdício", pontuou."Por fim, em terceiro lugar, vou falar de um aspecto que me é caro, e tomo a liberdade de expressar um argumento a favor de uma ciência mais inclusiva, pois o reconhecimento da ciência como um patrimônio coletivo, como ferramenta para avanços sociais, só é possível quando a população se vê representada no estabelecimento científico. Como sabemos, o ecossistema científico não está imune às desigualdades presentes na sociedade mais ampla."A Aciesp foi fundada em 1974, tendo como objetivo consolidar o Estado de São Paulo como principal centro regional de excelência científica da América Latina. O mandato dos novos membros é permanente e, entre as atribuições do cargo, estão a participação em reuniões, pautar o direcionamento da pesquisa científica no Estado e organizar debates em torno de temas ligados à política técnico-científica.Os novos membros foram eleitos por indicação dos demais titulares. Uma comissão seleciona as indicações, vota e elege os membros titulares de cada área do conhecimento.Novos membros titularesCiências AgráriasMaria Lúcia Carneiro Vieira (USP)Ciências BiológicasCristina Simão Seixas (Universidade Estadual de Campinas – Unicamp) e Dario Simões Zamboni (USP)Ciências BiomédicasEverardo Magalhães Carneiro (Unicamp)Ciências da EngenhariaIsolda Costa (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – Ipen) e Vahan Agopyan (USP)Ciências da SaúdeGabriela Marques Di Giulio (USP) e Josué de Moraes (UNG)Ciências da TerraLuiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão (Inpe) e Maria de Fátima Andrade (USP)Ciências FísicasIberê Luiz Caldas (USP) e Kaline Rabelo Coutinho (USP)Ciências Humanas e SociaisAna Maria Fonseca de Almeida (Unicamp) e Renato Janine Ribeiro (USP)Ciências MatemáticasLuiz Renato Gonçalves Fontes (USP)Ciências QuímicasMaysa Furlan (Universidade Estadual Paulista – Unesp) e Norberto Peporine Lopes (USP)Novos membros afiliadosJuliana Ferreira de Brito (Unesp), Leandro Wang Hantao (Unicamp), Marilia Valli (USP), Micael Amore Cecchini (USP) e Raphael Nagao de Sousa (Unicamp). -
- 18/09/2023 - FAPESP lança chamada voltada a fundos de investimento para ampliar financiamento à inovaçãoEdital faz parte de um conjunto de iniciativas da Fundação que visam auxiliar as pequenas empresas de base científica e tecnológica apoiadas pelo PIPE a conquistar investidores de perfil variado e a superar o chamado “vale da morte”
Edital faz parte de um conjunto de iniciativas da Fundação que visam auxiliar as pequenas empresas de base científica e tecnológica apoiadas pelo PIPE a conquistar investidores de perfil variado e a superar o chamado “vale da morte”
Fonte: Agência FAPESP
Elton AlissonA FAPESP lança hoje (18/09) uma chamada pública na qual convida Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) do tipo capital semente/multiestratégia, em fase de captação ou já em fase de investimentos e que tenham foco em empresas de base científica e tecnológica (deeptechs), a apresentar propostas a serem avaliadas pela Fundação para eventual subscrição de cotas.Um dos critérios para a FAPESP aportar recursos nos fundos selecionados é que valor equivalente ao investido pela Fundação seja alocado em empresas participantes ou egressas do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). A participação máxima da FAPESP será equivalente a até 15% do capital comprometido de cada fundo ou R$ 30 milhões, o que for menor."Estamos interessados em ouvir propostas de fundos de investimentos cujas teses sejam convergentes com a nossa, que é a de financiar empresas intensivas em tecnologia, sediadas no Estado de São Paulo”, diz Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP.Desde que foi lançado pela FAPESP, em 1997, o Programa PIPE apoiou 1.871 empresas, sediadas em 167 cidades paulistas. Algumas delas desenvolveram tecnologias hoje exportadas para diversos países. "As empresas do PIPE enquadram-se na categoria de startups de base tecnológica. Nesse contexto, deveriam estar no radar de investidores de venture capital, que tipicamente investem nesses negócios, mas isso não ocorre”, diz Pacheco.Uma das principais dificuldades enfrentadas por essas deeptechs para escalar mercado, identificada pela direção da FAPESP, é o acesso a outros instrumentos de financiamento e investidores que as ajudem a atravessar o "vale da morte” das startups – a fase que vai da abertura da empresa ao mercado até o momento em que o fluxo de caixa passa a ser positivo.Uma pesquisa direta feita com empresas egressas do PIPE em abril de 2021 revelou que três quartos das respondentes não receberam qualquer aporte de capital. Dentre as empresas investidas, metade reportou aportes de capital-anjo. Cerca de 20% declararam ter recebido recursos de outras empresas e um percentual similar reportou ter recebido investimentos de venture capital ou private equity.A fim de ajudar as startups paulistas a superar esse obstáculo, o Conselho Superior da FAPESP aprovou a diretriz de investir, nos próximos seis anos, R$ 150 milhões em novas iniciativas que visem diversificar o apoio às pequenas empresas inovadoras que tenham sido apoiadas pelo PIPE. Entre as ações previstas estão também parcerias com plataformas de equity crowdfunding e redes de investidores-anjo; programas de aceleração e participação em fundo garantidor para tomada de crédito.No âmbito de FIPs, além da chamada que está sendo lançada, a FAPESP aderiu recentemente aos fundos Criatec 4 e Indicator 2 IoT, patrocinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com a participação de cotistas públicos e privados, nos quais aportará R$ 30 milhões em cada um por um período de quatro a cinco anos."Diferentemente da atuação tradicional da FAPESP no PIPE, em que são destinados recursos não reembolsáveis para apoiar exclusivamente a execução de pesquisa científica e tecnológica em pequenas empresas, as novas iniciativas proverão recursos financeiros que permitirão a essas empresas escalarem mercado”, diz Pacheco.A FAPESP já participa, desde 2013, da iniciativa do Fundo Inovação Paulista (FIP), criado no mesmo ano em parceria com a Desenvolve São Paulo, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). A participação da FAPESP no fundo é de R$ 10 milhões, em patrimônio total de R$ 105 milhões, mas teve grande influência na carteira das empresas investidas – mais de 50% foram participantes ou são egressas do PIPE.A FAPESP também está analisando de que forma pode contribuir para o desenho e eventual aporte de recursos em instrumentos de garantia, especialmente os já existentes no Estado de São Paulo, que permitam apoiar as empresas do PIPE também na sua busca de crédito.Outras iniciativasComo complemento a essas iniciativas a FAPESP também fará em breve uma chamada para cadastrar plataformas de equity crowdfunding e grupos de investidores-anjo."Essa parceria será feita por meio do programa PIPE Invest, no qual a FAPESP direciona recursos de fomento de até R$ 1,5 milhão para projetos de pesquisa em contrapartida a recursos oriundos de rodadas de investimentos nessas duas modalidades”, afirma Marcio de Castro Silva Filho, diretor científico da Fundação.A ideia é credenciar plataformas de equity crowdfunding e grupos de investidores-anjo interessados em realizar rodadas de investimentos para empresas financiadas pelo PIPE. Havendo o aporte, a empresa poderá submeter um projeto ao PIPE Invest e a FAPESP direcionará recursos a ela por meio dessa modalidade de apoio.A FAPESP também fará o cadastramento de aceleradoras que tenham interesse em prestar serviços para empresas do PIPE, que receberão recursos financeiros para contratá-las. Hoje a Fundação já financia programas de aceleração em parceria com o Sebrae-SP e a Finep, que está em vias de lançar o edital para credenciamento de aceleradoras do Tecnova III.Esta, porém, será uma primeira iniciativa exclusiva, na qual a FAPESP fará o cadastramento de aceleradoras com perfil para atendimento às deeptechs que compõem a carteira do PIPE, sublinha Castro.A chamada está publicada em: fapesp.br/chamadas2023/fundos.
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- 14/09/2023 - CNEN, autarquia vinculada ao MCTI, investe na solução para armazenamento de rejeitos radioativosCentena tem capacidade de coleta de 60 metros cúbicos de descarte
Centena tem capacidade de coleta de 60 metros cúbicos de descarte
Fonte: site do MCTI
A energia nuclear está presente na vida do ser humano de diversas formas, seja na medicina, agricultura, indústria, produção de energia elétrica e no meio ambiente. Sendo assim, os rejeitos contendo radiação merecem muita atenção e também cuidados especiais.
Por isso, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)- unidade vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criou o Centena – Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental como solução para o armazenamento de rejeitos radioativos no país.
O centro terá a função de pesquisa nuclear, sustentabilidade, conhecimento e depositório de rejeitos radioativos. Sua infraestrutura é formada por: centro de visitantes, laboratório, oficina, local de acondicionamento, bacia de coleta, trincheira e depósito.
A previsão de início de operação do Centena é em 2026 e o centro funcionará por 60 anos, com capacidade para 60 metros cúbicos de rejeitos. As empresas e indústrias que trabalham com materiais de baixa e média radiação poderão utilizar o serviço do Centena para dispensar seus rejeitos seguindo todas as normas de segurança e cumprimento às leis ambientais. O custo para armazenamento de descartes ainda será definido.
"O CENTENA é a solução para garantir a sustentabilidade do setor nuclear nacional, provendo um local dedicado ao armazenamento centralizado e definitivo de seus rejeitos, respeitando a qualidade de vida no presente e para as gerações futuras", fala a engenheira Química e Nuclear e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia da Nuclear (CDTN) do CNEN, Clédola Cássia Oliveira de Tello.
O Centena ficará localizado na região Sudeste onde tem maior volume de rejeitos do país. O terreno na cidade escolhida para instalação, tem entre 20 e 40 hectares, e ainda está em processo de homologação pelo MCTI.
Vale salientar que os radioelementos ficam uma média de 30 anos dentro dos produtos/materiais descartados. Por isso é necessário - 10 meias vidas, ou seja, 300 anos de armazenamento para que o local não apresente risco à saúde. Sendo assim, o Centena trabalhará 60 anos em operação, e outros 300 apenas para segurança institucional.
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- 08/09/2023 - Licenciamento de dez candidatos da Marinha do Brasil a operador IPEN/IEA-R1Fonte: CNEN
Com o objetivo de aumentar o quantitativo de operadores no reator IPEN/IEA-R1, o IPEN solicitou à CNEN que a banca de licenciamento de operadores (BLOP) fosse formada para avaliar dez candidatos oriundos da Marinha do Brasil, dentre oficiais e praças. A prova prática oral foi aplicada entres os dias 30 de agosto e 01 de setembro, nas dependências do Reator IPEN/IEA-R1.
Temas relacionados à condução de operação do reator, plano de emergência, proteção radiológica e gerência de rejeitos, dentre outros, foram abordados. Cinco diferentes cenários de acidentes e situações operacionais foram apresentados, no intuito de aferir o conhecimento dos candidatos e sua aderência aos procedimentos e especificações técnicas.
A equipe do BLOP, liderada pelo Dr. Marco Antonio Bayout, foi composta por especialistas de diferentes áreas do conhecimento tais como engenheiros eletricistas e engenheiros mecânicos, com mestrado e/ou doutorado em Engenharia Nuclear e vasta experiência na área.
Com o reforço desses novos dez operadores licenciados espera-se que a produção de radioisótopos, principalmente de Lutécio (Lu) e Iodo (I) seja aumentada, incluindo a substituição de importação desses elementos com o licenciamento de novas turmas de operadores nos próximo anos.
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- 05/09/2023 - LAPOC da CNEN recebe prêmio internacionalFonte: LAPOC
Em agosto de 2023, o Laboratório de Poços de Caldas (LAPOC) conquistou a Medalha de Prata no Intranet & Digital Workplace Awards na categoria de Soluções Empresariais, Móveis e de Linha de Frente.O evento está em sua 17ª edição e reconhece e premia casos de empresas, sejam elas públicas ou privadas, de todo o mundo. Esta é a primeira vez que uma organização brasileira é agraciada com essa premiação.
O caso intitulado "Como os recursos digitais pré-existentes ou gratuitos contribuem para o Programa de Gestão do Conhecimento LAPOC/CNEN" apresentou como a unidade tem transformado seu ambiente, tornando-o mais propício ao conhecimento, utilizando recursos digitais já existentes ou disponíveis gratuitamente.
Assista o vídeo aqui
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- 02/09/2023 - Descobertas Brasileiras na Medicina Nuclear: Congresso Revela Inovações em RadiofármacosDestaque para trabalhos da AMAZUL e IPEN que prometem revolucionar o tratamento e diagnóstico de doenças.
Destaque para trabalhos da AMAZUL e IPEN que prometem revolucionar o tratamento e diagnóstico de doenças.
Fonte: Defesa em foco
A cidade de Porto de Galinhas, localizada no estado de Pernambuco, torna-se entre 21 e 23 de setembro o palco da inovação na área da saúde. Isso porque a cidade recebe o 37º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, um evento que reúne grandes mentes da medicina, ciência e pesquisa para discutir os avanços mais recentes no setor. E o Brasil, representado pela AMAZUL e IPEN, tem lugar de destaque, com trabalhos pioneiros sobre radiofármacos que prometem revolucionar a maneira como encaramos o tratamento e diagnóstico de diversas doenças.
Radiofármaco Nacional para Câncer de Próstata
Um dos destaques do evento é o trabalho desenvolvido no Centro de Radiofarmácia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) sobre um novo radiofármaco voltado para o tratamento docâncer de próstata. A pesquisa, sob coordenação da Dra. Elaine Bortoleti de Araújo, aborda um estudo sobre o peptídeo PSMA I&T associado ao radioisótopolutécio-177. O que torna esse estudo tão significativo é que, apesar de existirem radiofármacos com funções similares no mercado internacional, este é o primeiro do tipo desenvolvido em solo nacional com potencial para estudo clínico.
A meta da pesquisa é entender por quanto tempo o lutécio-177 se mantém eficazmente ligado a um peptídeo, garantindo suas propriedades terapêuticas desde sua produção até sua aplicação clínica. O químico Joel Mendes dos Santos, ligado à AMAZUL e atuante no IPEN desde 2018, tem este estudo como base de sua dissertação de mestrado, o que reforça a importância da pesquisa no cenário acadêmico e clínico.
Inovação em Diagnóstico por Imagem
O segundo trabalho a ser apresentado é igualmente impactante. Ele propõe uma forma inovadora de identificar a presença de estanho, elemento crucial no processo de produção dotecnécio-99m, um radiofármaco essencial para diagnósticos por imagem. A proposta é mudar o padrão atual, baseado no método europeu de colorometria, para um método mais preciso chamado espectrometria por emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A Dra. Margareth M. N. Matsuda, que lidera essa pesquisa, destaca a precisão e a adequação desse novo método para garantir o controle de qualidade na produção do tecnécio-99m.
Brasil na Vanguarda da Medicina Nuclear
Os dois trabalhos, a serem apresentados por representantes da AMAZUL e IPEN, são mais do que estudos isolados: representam o comprometimento e a capacidade do Brasil de estar na vanguarda da medicina nuclear. Esse congresso é uma oportunidade não apenas de apresentar avanços, mas também de mostrar ao mundo que a ciência brasileira tem potencial para liderar descobertas e inovações.
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- 01/09/2023 - A radiação ionizante utilizada na preservação de bens culturaisFonte: [Informe) IEB
A edição nº 21 de setembro de 2023 do [Informe) IEB, publicação do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, destaca a escolha da radiação ionizante como parte do processo de preservação de seu acervo e a importância da parceria com o IPEN-CNEN para garantir a segurança e integridade do patrimônio cultural brasileiro.O artigo de autoria de Mônica Aparecida Guilherme da Silva Bento, supervisora técnica do Laboratório de Conservação e Restauro do IEB, salienta ainda o uso do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, equipamento do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, como um método eficiente e seguro para a preservação de bens culturais.
Link para a matéria completa aqui
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- 01/09/2023 - Sessão solene marca 67 anos do Instituto de Pesquisas Energéticas e NuclearesO Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP
O Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP
Fonte: Jornal da USP
Por Adriana Cruz
Uma sessão solene marcou a comemoração dos 67 anos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). A cerimônia, realizada no auditório do instituto, reuniu autoridades de instituições federais e estaduais, além de docentes, pesquisadores e servidores, e teve início com uma apresentação da superintendente do instituto, Isolda Costa.
O Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP. Atualmente, é uma autarquia estadual gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) do governo federal.
O Ipen está localizado dentro da Cidade Universitária, em São Paulo, e tem atuação em vários setores da atividade nuclear, entre elas, nas aplicações das radiações e radioisótopos, em reatores nucleares, em materiais e no ciclo do combustível, em radioproteção e dosimetria. É uma entidade associada à USP para fins de ensino, sendo responsável, junto com a Universidade, pela condução de programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado.
"Sou neurocirurgião e opero pacientes com epilepsia de difícil controle. Para localizar a área cerebral responsável pelo início das crises, o paciente fica monitorizado, fazendo eletroencefalograma contínuo e uma enfermeira fica ao lado dele para, a qualquer sinal de crise, elétrica ou clínica, injetar um radiofármaco [o Ipen é o maior produtor de radiofármacos para a medicina nuclear do País]. É feito um exame, identificado o local onde o radiofármaco está e é ali que se localiza o início da crise. Isso ajuda muito na cirurgia. Essa foi minha primeira relação com o Ipen: utilizando os radiofármacos para fazer diagnóstico para a prática clínica”, contou o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
"Na Universidade, eu reencontrei o Ipen na pós-graduação, quando era pró-reitor. E, depois como reitor, pude entender melhor essa parceria com a USP, que tem sido constante. Além da localização física do Ipen, durante todos esses anos, mantivemos a parceria no ensino e na pesquisa. Uma parceria viva e histórica”, considerou Carlotti.
O reitor também citou o vínculo da USP e do Ipen a partir da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo, que sedia empresas que desenvolvem pesquisas para produtos e serviços com alto grau tecnológico, principalmente nas áreas de Biotecnologia, Biomedicina, Química, Materiais, Meio Ambiente, Técnicas Nucleares, Tecnologia da Informação e Softwares Especiais.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que também participou da cerimônia, defendeu o papel vital do Ipen para o Complexo Industrial de Saúde, sua importância para o desenvolvimento do país e o domínio nacional de uma base produtiva em saúde.
"Temos a compreensão do papel estratégico do Ipen para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde e a redução das desigualdades no acesso da população aos tratamentos e diagnósticos oferecidos pela medicina nuclear em nosso País”, afirmou a ministra. "Não temos dúvida do quanto o SUS é indutor de desenvolvimento e do quanto é decisivo para a qualidade de vida da população. É robusto, eficiente, e reduz a mortalidade no País”, completou.
No evento, foi anunciado o ganhador do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese do Programa em Tecnologia Nuclear Ipen/USP a Fernando Gonçalves Morais, com a tese Estudo das propriedades de absorção de Brown Carbone Black Carbon utilizando sensoriamento remoto e medidas in situ na Amazônia, sob a orientação do pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações do Ipen, Eduardo Landulfo.
Também foi revelada a vencedora do Prêmio Ipen de Inovação Tecnológica, a pesquisadora Monica Mathor, e outorgado o título de Pesquisadora Emérita a Letícia Lucente Campos Rodrigues.
Assista ao vídeo O IPEN e a Radiofarmácia
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- 01/09/2023 - Ministra Luciana Santos defende domínio nacional de uma base produtiva em saúdeRepresentantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Representantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quinta-feira (31), em São Paulo (SP), de encontro com representantes do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN /CNEN), órgão vinculado ao MCTI que acaba de completar 67 anos. Durante a reunião, ouviu demandas sobre a necessidade de aumentar recursos humanos e financeiros para o instituto, defendeu o papel vital do IPEN para o Complexo Industrial de Saúde, sua importância para o desenvolvimento do país e o domínio nacional de uma base produtiva em saúde.
"Temos a compreensão do papel estratégico do IPEN para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde e a redução das desigualdades no acesso da população aos tratamentos e diagnósticos oferecidos pela medicina nuclear em nosso País”, afirmou a ministra. "Não temos dúvida do quanto o SUS é indutor de desenvolvimento e do quanto é decisivo para a qualidade de vida da população. É robusto, eficiente, e reduz mortalidade no país”, completou.
A ministra lembrou ainda algumas ações adotadas recentemente, como a recriação, pelo presidente Lula, do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde, do qual o MCTI faz parte, com a perspectiva de fortalecer o complexo produtivo e de inovação. Outra medida destacada pela ministra foi a inclusão do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e do laboratório de máxima contenção biológica NB4 no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. As iniciativas que buscam diminuir a dependência externa e garantir a autonomia brasileira no setor de medicina nuclear.
Demandas
Ao longo do encontro, representantes do IPEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em quadros pessoais. "Há mais de 10 anos não temos concursos públicos. Há uma grande demanda de recursos humanos para produção de radiofármacos”, avaliou Isolda Costa, diretora do IPEN. "Hoje temos 522 funcionários no total, mas 60% são aposentáveis imediatamente, e isso pode inviabilizar a questão de manter a produção e atender a demanda do país por radiofármacos”, acrescentou.
Outro ponto destacado foi a necessidade de investimentos para modernização da infraestrutura, que sofreu com a falta de investimentos nos últimos anos e com a chegada de alguns equipamentos ao fim da vida. "Sem instalações modernas, a Anvisa não vai autorizar a entrada dos radiofármacos, mesmo com produção do RMB”, alertou Wilson Calvo, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Além disso, Lorena Pozzo, chefe do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do IPEN, lembrou que 70% dos procedimentos de medicina nuclear são realizados no SUS, mas que a medicina nuclear convencional esbarra em dificuldades de expansão e enfrenta grandes iniquidades de acesso regional, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Visita ao novo laboratório
Ao longo do dia, a ministra ainda visitou o Laboratório de Investigação e Produção de Lotes Piloto de Radiofármacos, no Centro de Radiofarmácia do Instituto.
Este subprojeto possibilitou ao IPEN desenvolver instalações destinadas à pesquisa e desenvolvimento de radiofármacos, de modo a criar um ambiente classificado, adequado para instalação de uma unidade blindada e certificada de produção de radiofármacos e módulo de síntese automatizado multipropósito, que possibilitará estudar o escalonamento dos métodos de radiomarcação utilizando diferentes radionuclídeos, da bancada de laboratório para o piloto de produção, e produzir lotes experimentais de novos radiofármacos, avaliados do ponto de vista de estabilidade e prazo de validade, destinados aos estudos clínicos de eficácia e segurança.
Radiofármacos são fármacos marcados com isótopos radioativos, utilizados para terapia e diagnóstico de diversas doenças. O IPEN/CNEN é o maior produtor de radiofármacos para a medicina nuclear do País.
Confira as fotos aqui
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- 31/08/2023 - Multifacetas da Energia NuclearPaís avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
País avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
Fonte: Revista Engenharia - edição 656
Editada desde 1942, a Revista Engenharia, edição nº 656, de agosto de 2023, é dedicada às múltiplas atividades nacionais na área da energia nuclear.
A publicação, órgão oficial do Instituto de Engenharia, abre com uma extensa entrevista com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Jr., que reforça a necessidade do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Brasil se destaca na vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina
A revista também destaca a vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina reportando à instalação e operação do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1, em operação desde 1957 e o pioneirismo na produção experimental, em 1959, de radiofármacos para medicina nuclear. Outras atividades de pesquisa e serviço prestados pelo IPEN mencionadas na edição estão a utilização de radiação ionizante para atenuação de de vírus da Covid-19 para as pesquisas com vacina no Instituto Butantan, as aplicações de análise por ativação com nêutrons para análise de cerâmicas pré-colonial na Amazônia e o uso de tecnologia nuclear para a preservação de patrimônio artístico e cultural.
Destaca-se também a importância da formação de recursos humanos pelo curso de Pós-Graduação no IPEN, em parceria com a USP.
A hora e a vez do setor nuclear
O projeto para a construção do RMB ganha novo impulso. A coordenadora técnica do projeto, Patrícia Pagetti de Oliveira comenta questões sobre segurança nuclear.
Capacitação e qualificação: porque a sociedade precisa de engenheiros nucleares
A formação acadêmica e a capacitação profissional com cursos de graduação em Engenharia Nuclear e Pós-Graduação são destacados. A gerente do Centro de Ensino do IPEN, Martha Marques Ferreira Vieira comenta sobre o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear em parceria com a USP e a outorga, desde 1976, de mais de 3.200 títulos entre Mestres e Doutores.
A edição da Revista Engenharia proporciona um painel das atividades nucleares e entrevista gestores de outras instituições como a AMAZUL, Eletronuclear, Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha e Nuclep, entre outras.
Para acesso à íntegra da Revista Engenharia, acesse o link:
Revista Engenharia, agosto 2023 – edição 656
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- 23/08/2023 - Associação Brasileira de Cerâmica premia projeto que busca mitigar a emissão de CO2 no setor industrialTrabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Trabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Fonte: Agência Fapesp
A Associação Brasileira de Cerâmica (ABC) concedeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no 67º Congresso Brasileiro de Cerâmica ao "Projeto e validação de arranjo experimental para avaliação de permeação gasosa em membranas cerâmicas”.O trabalho foi desenvolvido por Sabrina G. M. Carvalho, pós-doutoranda no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Eliana Navarro dos Santos Muccillo, pesquisadora do Ipen, e Reginaldo Muccillo, orientador do projeto no Ipen e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).O grupo projetou e construiu um sistema para medir a permeação de gases e a caracterização elétrica em membranas cerâmicas a diferentes temperaturas. O sistema tem sido utilizado para medir a eficiência de membranas para permeação de dióxido de carbono (CO2)."Essas membranas podem ser utilizadas na indústria para diminuir a quantidade de dióxido de carbono lançada na atmosfera [captura de CO2], diminuindo os impactos ambientais e contribuindo para a redução do efeito estufa”, explica Carvalho.* Com informações do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP.