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- 22/11/2018 - Equipe de Paulo Guedes começa a definir empresas a ser privatizadasEquipe econômica de Bolsonaro quer vender o maior número possível de estatais, sobretudo as deficitárias. Para especialistas, a EBC, Valec e EPL estão no topo da lista para ser vendidas ou extintas
Equipe econômica de Bolsonaro quer vender o maior número possível de estatais, sobretudo as deficitárias. Para especialistas, a EBC, Valec e EPL estão no topo da lista para ser vendidas ou extintas
Fonte: Correio Braziliense
A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), vai reduzir as estatais federais, que hoje somam 138. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, quer privatizar o maior número possível de empresas, principalmente as deficitárias, que exigem aportes do Tesouro Nacional. Atualmente, 18 companhias dependem de repasses e consomem R$ 15 bilhões por ano. Para especialistas, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Valec e Empresa de Planejamento e Logística (EPL) estão no topo da lista para serem vendidas ou extintas. Mas as privatizações devem ir muito além e incluir Serpro, Dataprev e Telebras.Na equipe de transição, alguns defendem que o processo deveria começar com a Eletrobras, pois a venda já está prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (Ploa) de 2019. A expectativa é de uma receita de R$ 12,2 bilhões para a União. A desestatização das distribuidoras da companhia mais deficitária, a Amazônia Energia, tem leilão programado para o próximo dia 27.
A composição da nova equipe econômica, que agrada ao mercado por ser considerada bastante liberal, mostra que os cortes serão inevitáveis nas estatais. Os futuros presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, Rubem Novaes e Pedro Guimarães, respectivamente, são considerados por analistas favoráveis às privatizações e devem atuar para a redução de estruturas. O novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, também deve reduzir o número de subsidiárias da companhia, dando continuidade ao processo de desinvestimentos e foco na atividade principal da estatal: a exploração e a produção de petróleo.
"A greve dos caminhoneiros mostrou como é danoso para a economia e a sociedade brasileiras o monopólio no refino do petróleo. A venda das refinarias é uma medida que precisará ser considerada pelo novo governo, e, certamente, atrairá muitos investidores estrangeiros”, apostou a economista Elena Landau, responsável pelo programa de desestatização do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e referência nessa área.
SecretariaDurante a campanha eleitoral, Guedes estimou que o governo arrecadaria R$ 1 trilhão com a venda de todas as estatais, mas o número é considerado inflado por especialistas. O futuro ministro, contudo, não tem mais usado esse dado e adiantou que pretende criar uma Secretaria de Privatizações, ligada à pasta. Mais cedo, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que o empresário Salim Mattar aceitou para assumir a Secretaria Geral de Desestatização e Desimobilização. Criada para alavancar as privatizações, a nova secretaria integrará estrutura do Ministério da Economia. Será uma das mais importantes do novo governo. Mattar é fundador e presidente do Conselho da Localiza, uma das maiores locadoras de veículos do mundo.
Já a atual Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que cuida de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), continuará vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, que será comandada pelo advogado Gustavo Bebianno. Essa separação, na avaliação de Elena Landau, é muito importante e vai dar mais credibilidade ao novo governo. "A lógica da concessão é diferente da privatização. Não podem ficar juntos”, explicou.
De acordo com Elena, nem todas as estatais poderão ser vendidas em ritmo acelerado. Os maiores grupos, Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras e Caixa, têm um impedimento legal, o que demandará prazo mais longo para a venda de qualquer subsidiária. "A lei exige um estudo para a privatização para começar a pensar no assunto e o projeto e o modelo precisam do aval do Congresso”, explicou.
Para ela, as empresas que têm monopólio constitucional, como a produção de urânio (caso da Nuclep e da INB), ou que cumprem função pública, mas são dependentes do Tesouro, como a Embrapa e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), não devem ser privatizadas. Os Correios, com operação deficitária, possuem o monopólio das cartas e um passivo trabalhista que afugentam investidores.
A Infraero deveria ter sido privatizada durante a concessão dos aeroportos mais rentáveis, pois, agora, já não é tão atraente e está cada vez mais dependente da União. "Nas hipóteses mais otimistas, a receita com as privatizações pode variar entre R$ 250 bilhões e R$ 500 bilhões”, estimou. "O mais importante da privatização ou a extinção é que a União não terá mais o custo do prejuízo”, completou.
Retomada
O economista-chefe do banco Votorantim, Roberto Padovani, acredita que o novo governo deverá retomar o programa de privatização, de forma gradual, mas contínua. "O foco deve ser fazer concessões em infraestrutura. Há alguns ativos interessantes, como os da Petrobras, e há espaço para privatizar estatais regionais, mas isso não significará um ganho muito grande em receita”, afirmou. Para ele, o "número mágico” de R$ 1 trilhão fazia parte da campanha eleitoral, mas o fato de não ser concretizado não é importante. "O ritmo é menos importante no momento”, avaliou.
Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, considerou que a Eletrobras precisa ser vendida o mais rápido possível, porque perdeu a capacidade de investir e depende do Tesouro. "Além disso, a estatal ainda responde por 30% a 35% da oferta de energia do país e precisa de investimentos pesados para ser mais eficiente”, alertou.
Especialistas lembram que a Telebras, extinta durante o governo FHC e ressuscitada por Dilma, dificilmente será atraente se não for remodelada. Dados do Ministério do Planejamento apontam que o número de funcionários nas estatais federais voltou a crescer no segundo trimestre de 2018. Apesar dos programas de demissão voluntária (PDVs) em curso, subiu de 504,9 mil para 505,1 mil.
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- 22/11/2018 - Operação da PF no AP investiga venda de mineral radioativo pelo WhatsAppCriminosos estariam comercializando minério de onde pode se extrair urânio.
Criminosos estariam comercializando minério de onde pode se extrair urânio.
Fonte: G1
A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Macapá para investigar associação criminosa que estaria comercializando uranita, um minério radioativo de onde é retirado o urânio. O material era comercializado pelo WhatsApp.
As buscas, através de mandados expedidos pela 4º Vara Federal, aconteceram na quarta-feira (21), mas a corporação se manifestou sobre a "operação Uranita" apenas nesta quinta-feira (22). Não foi informado a quantidade de minério vendido e nem se alguma prisão foi efetuada no estado.
De acordo com a PF, os investigados no caso poderão responder, dependendo da ação, pelos crimes de associação criminosa e receptação, com penas que podem chegar a 7 anos de prisão.
As investigações também apuram a extração e venda ilegal de minerais altamente radioativos no estado. A última grande apreensão do tipo no estado aconteceu em 2008, quando mais de 600 quilos de torianita - mineral que tem urânio e chumbo na composição – foram encontrados na mata em Serra do Navio, a 215 quilômetros de Macapá.
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- 22/11/2018 - AIEA garante que Coreia do Norte reativou atividades nuclearesApesar do acordo feito com os EUA este ano, a AIEA afirma que a Coreia do Norte tomou medidas que indicam uma reativação do centro nuclear de Yongbyon
Apesar do acordo feito com os EUA este ano, a AIEA afirma que a Coreia do Norte tomou medidas que indicam uma reativação do centro nuclear de Yongbyon
Fonte: ExameViena – Ao contrário do que foi prometido em setembro na última cúpula intercoreana, a Coreia do Norte não começou com o desmantelamento do centro nuclear de Yongbyon, mas tomou medidas que indicam uma reativação, advertiu nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agência nuclear da ONU.
"Foram observadas atividades em Yongbyon perto do rio Kuryong que poderiam estar relacionadas com mudanças na infraestrutura de refrigeração para o reator de 5MW e o reator de água leve”, afirmou o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano.
Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul chegaram a um acordo durante a cúpula de 19 de setembro que Pyongyang daria passos para desmantelar Yongbyon, em troca de "medidas correspondentes” dos Estados Unidos.
Sem fazer referência a essas medidas, Amano detalhou hoje "que no reator de água leve, a agência também observou atividades consistentes com a fabricação de compostos de reator e o possível envio destas partes ao interior do edifício do reator.
"É provável que o reator de 5MW tenha sido desligado enquanto algumas dessas atividades foram feitas”, concluiu Amano diante da Junta de Governadores da agência, reunida hoje em Viena.
Os inspetores da AIEA foram expulsos da Coreia do Norte em abril de 2009 e, desde então, supervisionam as atividades atômicas no país somente através de imagens de satélite e outras fontes.
Por isso, o diretor-geral da AIEA, um ex-diplomata do Japão, destacou hoje que "sem acesso, a agência não pode confirmar a natureza, nem o propósito de tais atividades”.
A Coreia do Norte, um dos países mais isolados do planeta, dispõe de várias ogivas nucleares e trabalha em mísseis balísticos que poderiam atingir o território dos Estados Unidos.
Em junho, os líderes de Estados Unidos, Donald Trump, e Coreia do Norte, Kim Jong-Un, se reuniram em uma cúpula histórica em Singapura, onde concordaram em trabalhar em favor de uma desnuclearização da Península Coreana.
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- 21/11/2018 - Concluir usina de Angra 3 elevaria a conta de luz em pelo menos R$ 6,6 biInvestimento é estratégico para militares, e Bolsonaro já demonstrou interesse em concluir Angra 3
Investimento é estratégico para militares, e Bolsonaro já demonstrou interesse em concluir Angra 3
Fonte: Foha de S. Paulo
Estudos da consultoria PSR, uma das mais respeitadas do país na área de energia, analisaram o impacto de diferentes fontes sobre a conta de luz e chegaram à conclusão que a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 sairá mais cara para o consumidor do que abandonar o projeto.
O investimento em energia nuclear é considerado estratégico por boa parte dos militares, e o interesse em concluir Angra 3 já foi sinalizado pela equipedo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O levantamento da PSR sobre Angra 3 mediu o efeito sobre a conta de luz ao longo de 35 anos.
Para dimensionar o impacto, o estudo mostra que se Angra 3 fosse substituída por projetos de energia solar no Sudeste —que são até mais caros que outras fontes como hidrelétricas, eólicas e algumas térmicas— haveria uma economia de R$ 6,6 bilhões.
Angra 3 começou a ser construída nos anos 1980. Após décadas de paralisação, o projeto foi retomado em 2010 e novamente suspenso em 2015, com 60% das obras finalizadas.
A usina foi alvo da Operação Lava Jato e suspeitas de irregularidades em seus contratos levaram até à prisão do presidente da Eletronuclear.
Finalizar a obra custaria cerca de R$ 17 bilhões, abandoná-la, R$ 12 bilhões — considerando os custos para quitar empréstimos, desmontar a estrutura, ressarcir contratos rompidos e pagar dívidas.
Para os defensores do projeto, a diferença "relativamente pequena” tornaria o custo-benefício favorável à conclusão.
Ocorre que a conta para os consumidores vai ser bem maior. Em outubro, CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), um comitê do governo, acatou pedido da Eletrobras e praticamente dobrou o preço da energia de Angra 3 para R$ 480 por MWh (megawatt-hora).
Analistas envolvidos na retomada do projeto vinham afirmando que o valor anterior era muito baixo e que, sem uma alta, seria inviável retomar as obras.
O diretor da PSR Bernardo Bezerra questiona essa lógica. "Deveriam concluir a obra de Angra 3 se fosse mantida a tarifa anterior [de cerca de R$ 240]. Se essa tarifa torna a usina inviável, é melhor parar a obra, pagar o custo necessário e adotar a solução mais atrativa ao consumidor”, diz.
Para mostrar o efeito financeiro sobre a conta de luz dos brasileiros, a consultoria contabilizou o gasto para desativar Angra 3 e os custos para erguer e operar projetos solares. Somou tudo, e concluiu que haveria uma economia de R$ 6,6 bilhões.
"Usamos a energia solar apenas como exemplo, poderia ser outra fonte”, diz Bezerra.
Um analista do setor, que preferiu não se identificar para não entrar em polêmicas com órgãos estatais, concorda que há alternativas mais baratas para os consumidores. Destaca que opções com características semelhantes à energia nuclear, como térmicas movidas a gás natural, seriam mais econômicas.
A vantagem de Angra 3, segundo ele, seria de outra natureza: o desenvolvimento de tecnologia nuclear nacional, considerada estratégica por alguns.
Para Raphael Gomes, sócio da área de energia do Demarest, a fonte nuclear traz vantagens importantes: não polui e dá segurança ao sistema elétrico do país. No entanto, o novo preço é questionável.
"Retomar a obra seria importante, mas não a esse custo, muito acima das usinas que têm sido contratadas nos leilões recentes”, afirma.
Para ele, além do preço, o modelo de contratação, que prevê que os custos sejam integralmente repassados à conta de luz, poderia ser revisto.
"Poderiam estudar soluções criativas. Por exemplo, fragmentar o projeto e deixar uma parte da usina participar de leilões, ou vender energia no mercado livre [para grandes empresas, que compram em um mercado diferente dos consumidores residenciais]. É possível pensar em alternativas para reduzir o repasse ao consumidor”, afirma.
O TCU (Tribunal de Contas da União) também ficou preocupado com os custos. Abriu uma auditoria para analisar os critérios de retomada das obras e seus efeitos sobre os custos finais. A previsão é que essa análise seja concluída em março de 2019.
Procurado para comentar, o Ministério de Minas e Energia não quis se manifestar. A Eletrobras afirmou, em nota, que não vai comentar o assunto no momento.
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- 21/11/2018 - Abertas as inscrições para a concessão de bolsas de mestrado e doutorado da CNEN para 2019Fonte: Site CNEN
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) receberá, de 21 de novembro de 2018 a 15 de janeiro de 2019, inscrições para seleção de propostas de trabalho a serem contempladas com bolsas de pós-graduação oferecidas pela instituição. Há uma previsão de concessão de um número mínimo de 10 (dez) bolsas de mestrado e 05 (cinco) de doutorado, a ser confirmada após aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2019.As bolsas serão concedidas a alunos indicados por programas de pós-graduação no país, reconhecidos pela CAPES com conceito mínimo 3 para mestrado e conceito mínimo 4 para doutorado e contemplados através do processo seletivo estabelecido pelo presente Edital.
O resultado final da seleção de propostas de trabalho será conhecido a partir de 13 de março de 2019. O período de concessão da bolsa será de até 24 (vinte e quatro) meses para mestrado e de até 48 (quarenta e oito) meses para doutorado.
Os Programas de Pós-graduação interessados em participar do processo seletivo deverão providenciar o preenchimento do formulário de aplicação – Anexo I, a Ficha de Autoavaliação - Anexo IIe a proposta de trabalho, cujo roteiro consta do Anexo III. Os parâmetros de avaliação do pedido e correspondente pontuação podem ser consultados no Anexo IV.
Outras informações podem ser solicitadas na Secretaria de Formação Especializada (SEFESP) da CNEN, pelos telefones 2173-2187/2188 ou pelo e-mail editalCFE@cnen.gov.br ou sefesp@cnen.gov.br.
Clique aqui para acessar o Edital 01/2019
Clique aqui para acessar a IN-DPD-004, de 23 de março de 2013.
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- 21/11/2018 - Unidade móvel do IPEN levará inovação a empresas( Jornal da USP no Ar - Momento USP Inovação - Rádio USP)Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares tem o objetivo de aplicar tecnologia nuclear para fins pacíficos
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares tem o objetivo de aplicar tecnologia nuclear para fins pacíficos
Fonte: Jornal da USP no Rádio - Rádio USP
O Momento USP Inovação desta semana, com a participação de Verônica Lopes, da Agência USP de Inovação (Auspin), contou com a presença de Wilson Calvo,superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O órgão, que fica na Cidade Universitária, tem como objetivo coordenar aplicações da tecnologia nuclear para fins pacíficos como saúde, indústria, meio ambiente e agricultura e lançou recentemente um projeto de unidade móvel.Wilson conta que no Ipen há equipamentos, laboratórios, etc., que promovem o desenvolvimento de produtos e processos que vão para a sociedade. Mas havia o desejo de ter uma unidade que pudesse levar essa tecnologia até a indústria, para servir como demonstração. A unidade funciona como um laboratório móvel, que tem equipamentos analíticos e funciona com um acelerador de elétrons. Essa unidade vai até à empresa, que pode ser uma fabricante de tintas ou petroquímica, por exemplo, coleta efluentes, analisa e por fim aplica elétrons que vão degradar compostos orgânicos. "A gente consegue mostrar para a indústria que existem tecnologias alternativas ao invés de uma incineração ou de um processo convencional”, explica.
A logística deve funcionar tanto por meio do contato com empresas como Sabesp e Petrobras como através da divulgação, para que as empresas interessadas os procurem. Uma equipe técnica vai avaliar o problema a ser resolvido e em seguida a unidade se desloca. Depois, pode-se combinar com a empresa uma forma de prestação de serviço. Se a empresa se interessar, pode instalar seu próprio acelerador de elétrons com o Ipen.
O Ipen desenvolve trabalhos em áreas que beneficiam a sociedade. Um exemplo é o desenvolvimento de uma tecnologia de raio-x ou fótons que permite eliminar contaminação por fungos e insetos de obras de artes e esculturas em madeira, sem comprometer o valor histórico da obra. O superintende conta que já receberam esculturas em madeira do Mosteiro de São Bento, quadros de Portinari, da família Votorantim, Palácio dos Bandeirantes, Museu Afro Brasil, entre outros.
Na área médica, há o desenvolvimento de radiofármacos, materiais radioativos em quantidades bem pequenas que são ministrados no paciente para diagnóstico ou terapia de tratamento de câncer. "Com esse medicamento, às vezes você encontra tumores de 2, 3 milímetros, muito precoces.” E, na indústria alimentícia, as especiarias, como pimenta-do-reino e orégano, costumam ter uma quantidade de insetos e fungos, por serem produzidas no campo. "Para proteger a população e para que não faça parte do tempero, fazemos o processo de irradiação, que elimina insetos, reduz o fungo e permite que ele seja embalado e consumido”, afirma Wilson Calvo.
No dia 12 de dezembro, a partir das 9h, o Ipen estará de portas abertas. Toda a comunidade de servidores, alunos e parceiros poderão saber um pouco das atividades do instituto. Haverá espaços culturais contando a história do instituto, será possível conhecer o reator de pesquisa e haverá ainda um show de física e um trenzinho para as crianças conhecerem o campus, dentre outras atividades.
O Jornal da USP no Ar é uma parceria da Rádio USP, Faculdade de Medicina e Instituto de Estudos Avançados. Busca aprofundar temas da atualidade de maior repercussão, além de apresentar pesquisas, grupos de estudos e especialistas da Universidade de S. Paulo.
No ar de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93,7, em Ribeirão Preto FM107,9 pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do celular
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- 16/11/2018 - Seminário sobre Cooperação nuclear Brasil-Argentina ocorreu em Buenos AiresFonte: Defesa.TV
Foi realizado, no dia 7/11, nas dependências da embaixada do Brasil em Buenos Aires, o seminário "Oportunidades de negócios entre empresas brasileiras e argentinas do setor nuclear”. O evento foi organizado conjuntamente pela Embaixada do Brasil, pelo Ministério de Relações Exteriores e Culto da República Argentina e pela Subsecretaria de Energia Nuclear, subordinada à Secretaria de Energia argentina.
O seminário contou com a presença de autoridades brasileiras, entre as quais o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, e o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Sérgio Danese; e argentinas, como o subsecretário de Política Exterior da chancelaria, embaixador Gustavo Zlauvinen, e o subsecretário para Energia Nuclear, Julián Gadano.
Compareceram ao evento cerca de 90 pessoas, incluindo representantes de alto nível de todas as principais empresas e entidades do setor nuclear de ambos os países, além da secretária-adjunta da ABACC, Elena Maceiras.
O seminário representou oportunidade para revisar o relacionamento bilateral na área nuclear e identificar novas oportunidades de negócios entre as empresas do setor. Ambas as partes concordaram sobre a importância do aprofundamento da integração entre as cadeias produtivas brasileira e argentina, com vistas a assegurar ganhos de competitividade que permitam o desenvolvimento continuado deste setor estratégico.
A delegação brasileira foi convidada, ainda, a conhecer as instalações do Centro Atômico de Ezeiza, onde a Argentina desenvolve o projeto do reator multipropósito RA-10, que, uma vez concluido, deverá ser capaz de abastecer o mercado regional de radioisótopos de usos medicinais, em conjunto com o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
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- 14/11/2018 - INB vai fazer testes para a retomada da produção de urânio em CaetitêFonte: Último Instante
O presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Reinaldo Gonzaga, anunciou nesta quarta-feira aos empregados da empresa em Caetité (BA) que uma etapa importante para a retomada da produção de urânio será iniciada no dia 12 de dezembro deste ano. "A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) nos concedeu autorização para realizar os testes operacionais de nossa planta química já beneficiando as rochas de urânio que estão em nosso pátio”, disse.
O presidente aproveitou a oportunidade para agradecer a dedicação de cada um dos colegas para atingir esse objetivo, uma das principais metas contempladas no Planejamento Estratégico da INB 2017/2026. "Não medimos esforços para chegar ao momento que estamos vivendo agora: voltar a produzir após mais de três anos parados”, lembrou.
Reinaldo Gonzaga também destacou que, com os ajustes operacionais realizados no último ano, a INB reduziu a dependência de recurso do Tesouro Nacional. "Com a retomada da produção, a dependência tende a diminuir ainda mais, além dos ganhos com a geração de empregos, aumento de recolhimento de impostos e, ainda, a redução de compras de urânio no exterior”, afirmou o presidente. "Até meados do próximo ano, esperamos estar com a produção de urânio a todo vapor e também atuando para a duplicação de nossa capacidade de beneficiamento do urânio”, planeja o presidente.
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- 14/11/2018 - MEC destinará R$ 20 milhões a programa de bolsas para pesquisadores em energia nuclearO anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, após a 3ª Reunião Plenária do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, que ocorreu nesta segunda-feira, 12, em Brasília
O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, após a 3ª Reunião Plenária do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, que ocorreu nesta segunda-feira, 12, em Brasília
Fonte: Jornal da Ciência
O Ministério da Educação, em parceria com o Comando da Marinha, lançará até o final deste ano um edital que destinará R$ 20 milhões para a criação de um programa de incentivo à formação com bolsas para pesquisadores na área de energia nuclear. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, após a 3ª Reunião Plenária do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, que ocorreu nesta segunda-feira, 12, em Brasília.
De acordo com o ministro, as pesquisas nucleares vão muito além do uso militar e podem ser aproveitadas para o desenvolvimento de tecnologias em outras áreas que beneficiem diretamente a população, como saúde e agricultura. "Quando colocamos investimentos nesse segmento, a chance de chegar à saúde pública é gigantesca, o que beneficia especialmente os mais pobres, pois os tratamentos de saúde com essas tecnologias são muito caros”, destacou Rossieli.
O ministro também comentou que o MEC, a Marinha e o Ministério da Ciência e Tecnologia estão discutindo a criação de cursos de graduação e pós-graduação no complexo de Aramar, localizado em Iperó, município na Região Metropolitana de Sorocaba (SP), que faz parte do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). "Hoje temos um grande número de pesquisadores civis e militares lá, mas com a criação de cursos também poderemos formar pessoas na área de energia nuclear. Isso é fundamental e estratégico para que o Brasil possa trazer cada vez mais os benefícios para a população, especialmente na área da saúde”, disse o ministro sobre o que será o primeiro curso de graduação da área no Brasil.
CTMSP
O Centro Tecnológico da Marinha é responsável pelo desenvolvimento do Programa Nuclear da Marinha do Brasil, que busca promover a inserção do país na lista de nações que dominam a tecnologia nuclear. Tal inserção contribui para a nacionalização de processos, equipamentos e inovações para a indústria e aumenta a participação de universidades e institutos de pesquisa nesse processo, promovendo, assim, maior geração de conhecimento.
O Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro foi criado em 2017, sendo coordenado, atualmente, pelo Gabinete de Segurança Institucional. Entre suas funções estão a fixação de diretrizes e metas para o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e a supervisão de sua execução. O trabalho contempla, ainda, a elaboração de políticas públicas para o setor e fomento a aplicações da tecnologia nuclear na indústria, agricultura e saúde.
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- 13/11/2018 - TCU promove auditoria sobre ações do governo para retomada das obras de Angra 3Fonte: Extra
O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou auditoria para avaliar as ações tomadas pelo governo para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, paralisadas ainda em 2015 em meio à falta de recursos da estatal Eletrobras, responsável pelo empreendimento, e ao envolvimento de empreiteiras contratadas na Operação Lava Jato.
O movimento do TCU acontece após o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovar no mês passado um aumento no preço a ser cobrado pela energia da usina para 480 reais por megawatt-hora, ante 248 reais no contrato original.
O novo preço foi apontado pelo governo federal como necessário para atrair ao menos um novo sócio que possa apoiar a Eletrobras na continuidade e conclusão das obras.
"O TCU... está realizando auditoria... a previsão para conclusão deste trabalho é fim de março de 2019", afirmou o TCU em nota à Reuters.
O tribunal enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em que pede ao regulador "considerações sobre a revisão de ofício do preço da energia da UTN Angra 3 pelo CNPE em 2018", segundo documento visto pela Reuters.
O TCU também pediu manifestação da agência sobre "impacto na tarifa do consumidor" com o novo preço, que teria sido estimado pelo CNPE como possível incremento de 1,26 por cento nas contas, em média.
O órgão ainda questionou ao regulador sobre a ausência de penalização ao empreendedor pelo atraso da usina, que tinha previsão de iniciar operação em 2016.
Procurada, a Aneel não respondeu de imediato a pedidos de comentário.
O Ministério de Minas e Energia disse que recebeu do TCU ofício com questionamentos semelhantes, que serão respondidos pela pasta.
A Eletrobras não comentou de imediato a um pedido de comentários.
Questionado pela Reuters, o TCU informou em nota que o aumento no preço da energia da usina de Angra 3, quase dobrando a tarifa, "fará parte do escopo da fiscalização", uma vez que foi uma das medidas tomadas pelo governo para retomar as obras da usina.
OBRA PARADA
A usina de Angra 3 recebeu até o momento investimentos de mais de 5 bilhões de reais, e as obras civis estão 67 por cento concluídas, com diversos equipamentos já contratados no Brasil e no exterior.
O empreendimento, que seria a terceira usina nuclear brasileira, teve as obras iniciadas originalmente nos anos 80, mas os trabalhos foram suspensos em 1986 por falta de recursos públicos.
O presidente Lula autorizou a retomada do projeto em 2009, mas os trabalhos foram atropelados por investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que acusou empreiteiras envolvidas na obra de irregularidades.
A Camargo Corrêa chegou a celebrar acordo de leniência junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) admitindo a prática de cartel nas obras da usina.
Em meio às investigações de irregularidades e à falta de pagamentos pela Eletrobras, que atravessava uma crise financeira, as empresas abandonaram a obra em 2015.
Um ex-presidente da subsidiária da Eletrobras responsável por Angra 3, a Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, chegou a ser preso duas vezes, em 2015 e 2016, sob acusações de receber propinas ligadas ao empreendimento.
Silva foi condenado a 43 anos de prisão, mas acabou solto no final de 2017 para aguardar em liberdade o julgamento de uma apelação.
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- 12/11/2018 - Cerimônia marca entrega da primeira etapa do Projeto SiriusNovo acelerador de elétrons é a maior e mais complexa estrutura de pesquisa do País e será colocada à disposição de pesquisadores do Brasil e do exterior.
Novo acelerador de elétrons é a maior e mais complexa estrutura de pesquisa do País e será colocada à disposição de pesquisadores do Brasil e do exterior.
Fonte: Jornal Dia a Dia
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, participa nesta quarta-feira (14) da cerimônia de entrega da primeira etapa do Sirius, o novo acelerador de elétrons do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). Iniciado em 2012, o Sirius é o maior projeto da ciência brasileira, uma infraestrutura de pesquisa de última geração, estratégica para a investigação científica de ponta e para a busca de soluções para problemas globais em áreas como saúde, agricultura, energia e meio ambiente. Será um laboratório aberto, no qual as comunidades científica e industrial terão acesso às instalações de pesquisa.
O Sirius será um grande equipamento científico, composto por três aceleradores de elétrons, que têm como função gerar um tipo especial de luz: a luz síncrotron. Essa luz de altíssimo brilho é capaz de revelar estruturas, em alta resolução, dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros.
Esta primeira etapa compreende a conclusão das obras civis e a entrega do prédio que abriga toda a infraestrutura de pesquisa, além da conclusão da montagem de dois dos três aceleradores de elétrons. O terceiro acelerador – e também o principal deles – está em processo de montagem.
Já a entrega da próxima etapa do projeto, prevista para o segundo semestre de 2019, inclui o início da operação do Sirius e a abertura das seis primeiras estações de pesquisa para pesquisadores. O projeto completo inclui outras sete estações de pesquisa (denominadas "linhas de luz”), que deverão entrar em operação até 2021.
Sirius é classificado tecnologicamente como um equipamento de última geração – até hoje, só há um outro equipamento comparável ao Sirius em operação, na Suécia. Seus aceleradores e suas estações de pesquisa foram projetados para estar na fronteira do conhecimento mundial.
O Sirius ficará abrigado em um prédio de 68 mil metros quadrados (equivalente a um estádio de futebol). Sua estrutura foi projetada e construída para atender padrões de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes. No Sirius, a demanda por estabilidade e prevenção de vibrações demandou um piso constituído de uma única peça de concreto armado, de 90 cm de espessura e com precisão de nivelamento de menos de 10 milímetros. A temperatura na área dos aceleradores não poderá variar mais que 0,1 grau Celsius.
Os aceleradores de elétrons do Sirius foram desenhados para permitir novos "upgrades” no futuro, que prolongarão sua vida útil, ainda na fronteira do conhecimento. Além disso, está prevista a instalação 13 estações de pesquisa até 2021, no entanto este número pode ser gradualmente ampliado, chegando a até 38 estações experimentais.
Orçado em R$ 1,8 bilhão, o projeto Sirius é financiado pelo Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Até agora, cerca de R$ 1,12 bilhão foram repassados para o projeto, sendo R$ 282 milhões em 2018.
Projetado por brasileiros, o Sirius teve até agora cerca de 85% de seus recursos investidos no País, seja em suas equipes internas ou em parceria com empresas nacionais. Além da construção civil, foram estabelecidos contratos com mais de 300 empresas de pequeno, médio e grande portes, das quais 45 estão envolvidas diretamente em desenvolvimentos tecnológicos, em parceria com o LNLS e o CNPEM.
Luz Síncrotron
Para se obter luz síncrotron é necessário que feixes de elétrons com espessura 35 vezes menor que um fio de cabelo sejam acelerados e atinjam uma velocidade próxima à da luz (300 mil km por segundo). Esses elétrons viajam dentro de túneis de ultra alto vácuo (melhor que o vácuo espacial) ao longo de uma circunferência de 518 metros, onde esses elétrons têm sua trajetória finamente guiada por mais de mil ímãs.
Cada vez que que esses elétrons são obrigados a "mudar de trajetória” pela força dos ímãs, eles emitem um tipo de luz especial, chamada "luz síncrotron”. Esta luz, emitida em um feixe extremamente brilhante e concentrado, permite a realização de experimentos nas mais variadas áreas do conhecimento científico, com aplicações em campos também bastante variados, como saúde e medicamentos, exploração de petróleo, bioquímica, energia, nanotecnologia, agricultura, paleontologia, entre muitas outras.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, finalizando a construção do Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país. Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.
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- 10/11/2018 - Argentina y Brasil, un compromiso nuclear conjunto único en el mundoEn diálogo con DEF, Marco Marzo, representante de Brasil en la Secretaría General de la Agencia Brasileño-Argentina de Contabilidad y Control de Materiales Nucleares (ABACC), destacó la importancia de este organismo bilateral único a nivel internacional. Por Mariano Roca.
En diálogo con DEF, Marco Marzo, representante de Brasil en la Secretaría General de la Agencia Brasileño-Argentina de Contabilidad y Control de Materiales Nucleares (ABACC), destacó la importancia de este organismo bilateral único a nivel internacional. Por Mariano Roca.
Fonte: Site Infobae
Con más de 35 años de experiencia en el ámbito de las salvaguardias y la seguridad nucleares, Marco Marzo es, desde 2016, representante de Brasil en la Secretaría General de la ABACC, cargo que comparte con su par argentina Elena Maceiras.
En su vasta trayectoria internacional, Marzo fue, entre otros cargos, director de la División de Operaciones A del Departamento de Salvaguardias del Organismo Internacional de Energía Atómica (OIEA). Anteriormente tuvo a su cargo la Dirección de Salvaguardias de la Comisión Nacional de Energía Nuclear (CNEN) de su país y fue negociador del acuerdo bilateral argentino-brasileño que dio vida a la ABACC en 1991.
Entusiasta defensor del modelo de integración y control mutuo de los materiales nucleares que los dos mayores socios del Mercosur han construido en forma exitosa en los últimos 26 años, defiende la "seriedad del trabajo desarrollado" y asegura que "ha sido muy importante el apoyo político, técnico y financiero de los dos países". No oculta su orgullo y defiende la "confianza mutua" que existe en el sector nuclear argentino-brasileño, un caso pionero y único en el mundo.
-¿Qué representa la ABACC para Argentina y Brasil?
-ABACC es, en primer lugar, la única agencia bilateral que existe en el mundo en temas de vinculación nuclear. Fue la primera en su tipo y, después de más de 25 años, continúa siendo un ejemplo a nivel internacional. Es una institución emblemática y un símbolo de la proximidad entre los dos países. La agencia permitió traducir en la práctica el establecimiento de una confianza mutua entre Argentina y Brasil. Comenzó sus operaciones en abril de 1992, poco tiempo después de la ratificación del acuerdo bilateral para el uso exclusivamente pacífico de la energía nuclear firmado en julio de 1991 en Guadalajara, México. ABACC es la agencia responsable del a aplicación de lo que se denomina "sistema común de contabilidad y control de materiales nucleares", lo que internacionalmente se conoce como "salvaguardias". Se trata de un conjunto de criterios y procedimientos que se aplican para verificar que todos los materiales nucleares son utilizados exclusivamente para fines pacíficos. O, hablando técnicamente, ABACC aplica su sistema de verificación para confirmar que no existan desvíos de materiales nucleares para fines bélicos, como sería la construcción de un arma nuclear.-¿Cuál es el papel que asume la ABACC frente al Organismo Internacional de Energía Atómica (OIEA)?
-El acuerdo de salvaguardias internacional que se firmó con el OIEA fue negociado sobre la base del acuerdo bilateral entre Argentina y Brasil. Ese es también un caso muy raro en el mundo. Normalmente, un país firma el Tratado de No Proliferación (TNP) e inmediatamente es obligado, dentro de los 180 días, a firmar un acuerdo de salvaguardias. Nosotros seguimos un proceso inverso: en primer lugar, firmamos un acuerdo bilateral en julio de 1991; después, ratificamos el denominado "acuerdo cuatripartito", en diciembre de 1991, entre Argentina, Brasil, la ABACC y el OIEA; y, años más tarde, los dos países firmaron el TNP, Argentina adhirió en 1995 y Brasil lo hizo en 1998. Fue una demostración para todo el mundo, primero, de la importancia de los dos países. Y fue también una muestra de transparencia, siempre resguardando nuestra capacidad regional para permitir el desarrollo tecnológico. Nosotros somos transparentes; estamos en contra de la proliferación, pero queremos y necesitamos desarrollar la tecnología nuclear."ABACC es una agencia bilateral pionera y un ejemplo único en el mundo"
-¿Cómo se forman los recursos humanos de la ABACC?
-Normalmente, los países designan como inspectores a expertos o especialistas que cuentan con mucha experiencia en sus respectivas áreas. Entonces, ABACC puede profundizar en el uso de algún instrumento o en algún procedimiento en particular, pero el inspector no llega a la ABACC para aprender.-¿Ha habido algún tipo de consulta de parte de otros países que se hayan interesado en el modelo de la ABACC para replicarlo?
-En los años 90, después de la consolidación de ABACC como un organismo serio y creíble, yo me desempeñé como oficial de planificación y evaluación. Alrededor de 1996 y 1998, me invitaron a Israel, Egipto, Corea del Sur y luego a EE. UU., donde participé de un encuentro entre India y Pakistán, donde hablé del modelo ABACC. Obviamente es prácticamente imposible trasplantarlo a otras regiones, pero existen algunos elementos que podrían ser utilizados en otros países del mundo. Siempre existe interés en este modelo porque es único. Yo recuerdo cuando viajé a Israel, donde el presidente de la comisión atómica estaba entusiasmado con el hecho de que ABACC tuviera inspectores argentinos que inspeccionaban instalaciones brasileñas y viceversa. La diferencia con otros países es que nosotros, argentinos y brasileños, nunca fuimos enemigos y compartimos los mismos valores culturales. Además, con el regreso de la democracia, se afianzó la relación.-Argentina y Brasil forman parte, además, del Grupo de Proveedores Nucleares (NSG), que los ha exceptuado, por el momento, de la firma del "Protocolo Adicional" exigido por el OIEA para que puedan realizar transacciones con otros socios del NSG. ¿En qué estado se encuentra el debate sobre la necesidad o no de la firma de ese instrumento?
-Existe una diferencia de concepto fundamental entre el acuerdo bilateral entre Argentina y Brasil y la eventual aplicación del Protocolo Adicional. Cuando el OIEA implementó este instrumento, partió del presupuesto de la desconfianza mutua. Es decir, el OIEA verifica, recoge información y busca acceder a las instalaciones del país firmante para probar que no existen materiales ni actividades no declaradas. Es complemente diferente del acuerdo bilateral: nosotros partimos del presupuesto de la honestidad y la confianza mutua. Si existiese alguna duda, la ABACC se comunica directamente con la autoridad nacional y entabla un diálogo abierto y transparente. Entonces, cuando el Grupo de Proveedores Nucleares (NSG) aprobó temporariamente que, de cierta manera, el acuerdo bilateral sustituía el Protocolo Adicional, en el fondo está admitiendo que nosotros llegamos al mismo resultado sin necesidad de que exista esa desconfianza. Aun admitiendo como hipótesis una futura firma del Protocolo Adicional por parte de ambos países, el acuerdo bilateral seguirá intacto y ABACC continuará aplicándolo."Debemos comenzar a discutir ahora las salvaguardias del futuro submarino nuclear brasileño"
-¿Qué medidas adicionales de salvaguardias exige el proyecto de submarino nuclear que está desarrollando Brasil en la actualidad?
-Primero, hay que aclarar que tanto en el acuerdo bilateral como en el cuatripartito la actividad de propulsión nuclear no se encuentra prohibida. Ahora bien, no es nada trivial desarrollar procedimientos especiales para monitorear la salida de ese combustible del marco de las salvaguardias por un cierto tiempo y que regrese luego de haber sido utilizado en el submarino. Hoy es muy difícil hablar de cuáles serían esos procedimientos especiales porque mucho va a depender de qué es lo que cada país considera confidencial. Una vez definido cuál es el secreto y la confidencialidad que se pretende proteger, se puede desarrollar un enfoque de salvaguardias. Cabe esperar que la negociación de los procedimientos especiales insuma, por lo menos, cinco años o más. Si bien es cierto que posiblemente el submarino recién estará pronto de aquí a diez años, debemos empezamos a discutir ahora las salvaguardias.-Por último, ¿en qué consiste el denominado "método ABACC-Cristallini", desarrollado por la ABACC, y cuál es su importancia?
-Es una cuestión simple pero muy importante. Desde el inicio del sistema de salvaguardias, hace más de 50 años, las plantas de enriquecimiento utilizan un gas denominado "hexafluoruro de uranio" y el análisis de las muestras exige el transporte de ese gas a lo largo de grandes distancias, con las restricciones que, por ejemplo, hoy imponen las compañías aéreas. El químico argentino Osvaldo Cristallini, fallecido en 2011, desarrollo un método muy simple, consistente en colocar una muestra de alúmina –óxido de aluminio– que absorbe el hexafluoruro de uranio. De esta forma, el gas es absorbido por un sólido y la pastilla es más fácil de transportar. Ese método fue muy bien recibido por la comunidad internacional por sus beneficios en términos de seguridad y de facilitación del transporte.Pero aún no está siendo utilizado en forma rutinaria porque requiere de algunas certificaciones internacionales para que pueda ser implementado en todas las plantas. Es cuestión de tiempo y es muy probable que ya el próximo año pueda ser utilizado. Para la ABACC es motivo de orgullo porque se trata de un desarrollo propio sobre la base del trabajo del doctor Cristallini, un argentino al que tenemos que valorizar. Además, el margen de error se reduce a apenas 0,5 %. -
- 09/11/2018 - Aprovado projeto que transfere à Marinha fiscalização de material nuclear embarcadoTexto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Defesa Nacional e pela CCJ
Texto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Defesa Nacional e pela CCJ
Fonte: Câmara dos Deputados
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) projeto do governo que define o Comando da Marinha como responsável pelo licenciamento e fiscalização das embarcações que utilizam propulsão nuclear ou transportam combustível nuclear.
O projeto (PL 10771/18) recebeu parecer favorável do deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Ele afirmou que o objetivo da proposta é suprir uma lacuna da legislação.
Atualmente, compete à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) regulamentar as normas de segurança sobre materiais nucleares. A CNEN é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Mas não há nenhum órgão para regular o uso de materiais nucleares em situação de deslocamento permanente, como nas embarcações.
O foco do projeto é transferir para a Marinha essa competência, já que a armada está à frente da construção do submarino nuclear, com apoio da França. Os dois países firmaram acordo em 2008. O submarino está sendo construído no Complexo Naval de Itaguaí (RJ).
A proposta aprovada altera a Lei 6.189/74, que criou o CNEN.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
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- 07/11/2018 - Convenção internacional para evitar terrorismo nuclear recebe apoio na CâmaraPaís possui 30 instalações nucleares e 3.000 fontes de radiação, que passariam a seguir regras globais de segurança
País possui 30 instalações nucleares e 3.000 fontes de radiação, que passariam a seguir regras globais de segurança
Fonte: Câmara dos Deputados
Representantes do governo federal e das forças armadas defenderam nesta quarta-feira (7) a validação, pelo Congresso Nacional, da Convenção sobre a Proteção Física dos Materiais Nucleares e das Instalações Nucleares, assinada pelo governo brasileiro em Viena, na Áustria, em 2005. O apoio foi anunciado durante audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
As novas regras globais surgiram quatro anos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a partir do entendimento de diversos países de que era preciso impedir terroristas de ter acesso a qualquer material radioativo. Além da Agência Europeia de Energia Atômica, 157 países já assinaram a convenção original, de 1980, e 118 já se manifestaram favoravelmente à emenda que propõe as novas regras.
Segundo o Itamaraty, o uso de material nuclear para fins pacíficos no mundo cresceu 70% nos últimos anos, o que levou a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) – órgão da ONU – a produzir seis documentos recomendando todos os países a adotarem novas regras de segurança.
"Isso colocaria o Brasil no eixo central das normas mundiais de proteção nuclear. Nenhum país está imune a atos de terrorismo. E, no caso do terrorismo nuclear, as consequências podem ter sempre maiores proporções”, disse o chefe da divisão de desarmamento e tecnologias sensíveis do Ministério das Relações Exteriores, Marcelo Câmara.
No caso brasileiro, a expansão do programa nuclear deve ganhar forma com a entrada em atividade da Usina de Angra III e com o projeto do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).
Fontes de radiação
Ricardo Guterres, que representou na audiência pública a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), disse que existem no País hoje 30 instalações nucleares (como as usinas de Angra I e II) e 3.000 instalações com fontes de radiação (equipamentos médicos e de pesquisa).
Segundo Guterres, a ratificação das novas regras dificulta o acesso mal-intencionado a materiais com potencial radioativo. Ele avalia que é preciso ir além dos cuidados básicos para evitar episódios como o vazamento de Césio 137, que ocorreu em 1987, no centro de Goiânia (GO), quando catadores de sucata desmontaram um aparelho de radioterapia, gerando um rastro de contaminações.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), relator da proposta que analisa a ratificação da emenda pelo Congresso brasileiro, disse que o apoio unânime de instituições brasileiras às novas regras sinaliza a importância das medidas, incluindo o Exército e a Marinha.
"No que diz respeito especificamente a esta convenção alterada, ninguém contestou a importância para o País de um tema que tem repercussão internacional”, disse ele, revelando uma preocupação inicial com o princípio da soberania nacional.
Autoridade nuclear
Presidente da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear (AFEN), Neilson Ceia defendeu a ratificação do acordo, mas sugeriu a criação de um órgão regulador e fiscalizador independente, a exemplo do que ocorre há mais de 20 anos em outros países, como Espanha, França e Argentina.
Segundo ele, no atual modelo institucional brasileiro a Cnen acaba licenciando e fiscalizando instalações em que ela própria atua como operadora. Ceia avalia ainda que a comissão tem poderes limitados para, por exemplo, determinar a interdição de uma instalação. "Precisa percorrer um caminho burocrático e isso pode levar no mínimo 24 horas”, alerta.
Ceia afirma que a ideia inicial, em 2011, era criar uma agência nuclear, mas, atualmente, fala-se em uma autoridade nuclear.
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- 05/11/2018 - Cientistas do Cern podem ter descoberto uma nova “partícula fantasma”Campo da física vive momento promissor e que desafia teorias conhecidas
Campo da física vive momento promissor e que desafia teorias conhecidas
Fonte: Exame
São Paulo – Usando um acelerador de partículas, cientistas europeus detectaram um sinal que poderia ser de uma partícula com duas vezes a massa de um átomo de carbono, não se encaixando em nenhuma teoria da física conhecida até hoje. Apelidada de "partícula fantasma”, o fenômeno físico pode causar uma ligeira agitação na comunidade científica caso sua existência seja confirmada.
De acordo com os cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), pode levar mais um ano para confirmarem se a partícula é real ou não, mas, de acordo com o site de divulgação científicaScience Alert, a novidade não causará muita coisa além de estranheza. No modelo atual da física nuclear, não há nada capaz de prever a massa da nova partícula, que seria formada por múons (partícula semelhante ao elétron, mais com massa 200 vezes maior) e teria cerca de um quarto da massa do Bóson de Higgs, partícula elementar teoricamente surgida logo após o Big Bang e que ajudaria a explicar a origem do Universo.
Quebrando o Modelo Padrão
Ao longo deste ano, várias descobertas desafiaram as explicações dadas pelo Modelo Padrão da Física de Partículas, formando um conjunto de fatores que deverão contribuir para a revisão dos conceitos tradicionais. Em março, o "skyrimon”, partícula com propriedades semelhantes ao raro fenômeno dos raios esféricos (fluxos de correntes elétricas dentro de uma esfera de plasma) foi notícia na comunidade.
Já em julho foi a vez de os astrônomos anunciarem a descoberta de neutrinos vindos de uma galáxia energética a 4 bilhões de anos-luz de distância. Em setembro, novamente os cientistas sugeriram ter "quebrado” o Modelo Padrão ao detectar neutrinos cósmicos de energia ultra-alta.
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- 05/11/2018 - Oportunidades na área de segurança nuclear serão debatidas em workshop no IPENFonte: Defesa.TV
O Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP promoverá, no período de 10 a 12 de dezembro , o Workshop Internacional "Career Opportunities for Graduates in Nuclear Security” (Oportunidades de Carreira para Graduados em Segurança Nuclear, em tradução livre). A realização é uma parceria entre IPEN, que organiza e sedia o encontro, Texas A&M University (Estados Unidos) e World Institute for Nuclear Security-WINS (Áustria), por meio do programa Partnership for Nuclear Security (PNS).
O objetivo do evento consiste em chamar a atenção, principalmente para novas gerações de profissionais e futuros membros da área nuclear, para os novos conceitos e oportunidades acadêmicas e técnicas na área de segurança nuclear, afirma Jorge Eduardo de Souza Sarkis, pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) e um dos coordenadores do workshop, junto a Delvonei Andrade, do Centro de Engenharia Nuclear (CEN) e Osvaldo Negrini, ex-diretor do Centro de Análises e Perícias da Polícia Científica do Estado de São Paulo e pesquisador associado do CLA.
Os interessados podem se inscrever e obter mais informações pelos e-mails jesarkis@ipen.br, delvonei@ipen.br e onegrini@ipen.br, dos professores Sarkis, Andrade e Negrini, respectivamente. São 60 vagas no total, porém, se houver mais candidatos, o evento, que é gratuito, será transmitido via web, possibilitando ao interessado acompanhar do seu computador. O período de inscrição é até 1º de dezembro. Para os alunos inscritos no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP que tenham presença mínima em 80% das palestras, será expedido um certificado IPEN/ Texas A& M /PNS.
Fonte: IPEN
Por Ana Paula Freire -
- 03/11/2018 - Coreia do Norte pode retomar programa nuclear caso diálogo com EUA não avanceO diálogo sobre o processo de desarmamento norte-coreano estagnou após a cúpula em Singapura entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump.
O diálogo sobre o processo de desarmamento norte-coreano estagnou após a cúpula em Singapura entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump.
Fonte: G1
A Coreia do Norte afirmou que contempla a possibilidade de retomar o programa atômico caso os Estados Unidos não demonstrem uma atitude mais favorável no processo de diálogo aberto entre ambos os países para a desnuclearização da península coreana.
Pyongyang lançou a advertência através de um comunicado de um alto cargo do Ministério das Relações Exteriores, divulgado neste sábado (3) pela agência pública "KCNA", em um momento marcado pela falta de avanços nas conversas bilaterais.
"Se os EUA mantiverem o comportamento arrogante sem demonstrarem nenhuma mudança de postura, a Coreia do Norte pode acrescentar modificações na linha da estratégia econômica adotada em abril", afirma na nota o diretor do Instituto de Estudos Americanos do ministério, Kwon Jong-gun.
"Como resultado, a palavra 'pyongjin' apareceria de novo e a mudança de linha seria seriamente reconsiderada", acrescenta o comunicado, em alusão ao termo usado pelo regime para se referir ao plano de buscar paralelamente o crescimento econômico e o desenvolvimento do programa nuclear, uma estratégia modificada em abril para dar prioridade ao econômico.
O diálogo sobre o processo de desarmamento norte-coreano se estagnou após a cúpula de junho, em Singapura, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, na qual os EUA se comprometeram a garantir a sobrevivência do regime em troca da desnuclearização.
Desde então, Pyongyang tem reivindicado a assinatura de um tratado de paz e a suspensão de sanções para continuar desmantelando o programa de armas, ao mesmo tempo que a Casa Branca exigiu mais gestos que demonstrem o compromisso com a desnuclearização.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, deve conversar na próxima semana com o ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, sobre a possibilidade de inspetores internacionais entrarem na Coreia do Norte para examinarem centros de testes nucleares.
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- 02/11/2018 - Centro Tecnológico da Marinha projeta curso de pós-graduação na área da tecnologia nuclearFonte: Defesa.TV
O ministro da Educação, Rossieli Soares, esteve na manhã desta quinta-feira, 1º, no Centro Tecnológico da Marinha, localizado na cidade de São Paulo, para conhecer as instalações da unidade e conversar sobre a proposta de abertura de um curso de pós-graduação na instituição voltado a estudos e pesquisa em ciência nuclear. O projeto ainda está em desenvolvimento.
"Eu fiquei muito encantado com o projeto de ter uma instituição formadora aqui dentro, moderna, com condições de apoiar a pesquisa e a formação de uma nova geração no Brasil”, disse o ministro. "Vamos construir uma proposta para que junto com a Marinha tenhamos uma faculdade específica para os estudos de apoio à área nuclear. Acho que este será um grande avanço para o Brasil e temos condições de dar este passo importante”, comentou Rossieli Soares. Durante a visita, o ministro conheceu os laboratórios de uma unidade piloto de enriquecimento de urânio no Centro Tecnológico.
O urânio enriquecido se transforma em um importante metal capaz, dentre outras coisas, de gerar energia elétrica e ser usado como combustível em reatores que podem beneficiar áreas como a da medicina na luta contra o câncer. Participaram da vista o vice-reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Walter Libardi, a coordenadora da comissão de pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas da Unicamp (Unicamp) e professores de radiologia e medicina nuclear da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP).
O Centro Tecnológico da Marinha é responsável pelo desenvolvimento do Programa Nuclear da Marinha do Brasil, que busca promover a inserção do país na lista de nações que dominam a tecnologia nuclear. Tal inserção contribui para a nacionalização de processos, equipamentos e inovações para a indústria e aumenta a participação de universidades e institutos de pesquisa nesse processo, promovendo, assim, maior geração de conhecimento. O Brasil conta, ainda, com o Centro Industrial Nuclear de Aramar, localizado em Iperó, município na Região Metropolitana de Sorocaba (SP).
O Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro foi criado em 2017, sendo coordenado, atualmente, pelo Gabinete de Segurança Institucional. Entre suas funções está a fixação de diretrizes e metas para o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e a supervisão de sua execução. O trabalho contempla, ainda, a elaboração de políticas públicas para o setor e fomento a aplicações da tecnologia nuclear na indústria, agricultura e saúde.
Assessoria de Comunicação Social
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- 01/11/2018 - Usuários na BESSY II: NAFION, a talentosa membrana para células a combustível e impressão 4D (HZB Blog Science)Materiais de ionômero termoplásticos como Nafion têm muitos talentos: podem ser usados como membranas para troca de prótons em células de combustível, mas também atraíram a atenção como materiais de memória de forma: através de estímulos externos como calor ou um campo elétrico, é possível desencadeie uma mudança nas formas. Aplicações em têxteis, biomedicina, aeroespacial, sensores e revestimentos são possíveis.
Materiais de ionômero termoplásticos como Nafion têm muitos talentos: podem ser usados como membranas para troca de prótons em células de combustível, mas também atraíram a atenção como materiais de memória de forma: através de estímulos externos como calor ou um campo elétrico, é possível desencadeie uma mudança nas formas. Aplicações em têxteis, biomedicina, aeroespacial, sensores e revestimentos são possíveis.
Fonte: HBZ Blog Science (leia artigo no original)
Por Antonia Roetger
Nafion: uma membrana com memória de forma
Nafion é um desses materiais: como uma membrana em uma célula de combustível, sua alta condutividade de prótons permite uma passagem rápida de íons de hidrogênio (prótons).E sua forma interna desempenha um papel crucial.Agora, uma equipe do Brasil analisou no BESSY II quais processos ocorrem durante a transição de fase relevante de uma forma para outra.Isso pode até levar a materiais de impressão, que podem mudar de forma com o tempo, a chamada impressão 4D.
Topologia de Nafion revelando a estrutura da forma interna medida por microscopia de força atômica.
Via Email, me correspondi com o usuário BESSY-II Dr. Bruno Ribeiro de Matos, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, São Paulo, Brasil.Ele fez muita pesquisa sobre Nafion e seu comportamento no BESSY II.Seus resultados são publicados em relatórios científicos, o periódico de acesso aberto da Nature.Aqui você pode ler a entrevista:
Dr. Ribeiro de Matos, em que tipo de materiais você está trabalhando e por quê?Bruno Ribeiro de Matos: Trabalhamos com polímeros que contêm íons, chamados polímeros ionoméricos.Várias empresas e grupos de pesquisa em todo o mundo desenvolveram polímeros contendo íons para diversas aplicações.Entre eles, células de combustível de eletrólito de polímero e impressão 4D, o que significa: Impressão de materiais que são capazes de mudar sua forma por um estímulo externo, como a temperatura.
O que você queria descobrir?
Bruno Ribeiro de Matos: Alguns ionômeros da família dos ionômeros de perfluorossulfonato (PIMs) exibem a mais alta condutividade conhecida entre os condutores sólidos de prótons. Mas ainda não entendemos por que essa alta condutividade é possível - quais são os mecanismos subjacentes, que permitem que esses íons pulem na matriz polimérica.Essa compreensão mais profunda poderia nos permitir projetar novos ionômeros de alto desempenho.Como você conseguiu obter mais informações sobre esses materais?
Bruno Ribeiro de Matos: Nosso grupo no IPEN está trabalhando em conjunto com pesquisadores do HZB, Dr. Lili Puskar e Dr. Ulrich Schade no BESSY II. Usamos dois métodos diferentes e combinamos os dados. Um deles é a espectroscopia de infravermelho distante (FIR), o outro método é a espectroscopia dielétrica de banda larga (BDS). Ambos fornecem informações sobre o ion-hopping entre diferentes escalas de comprimento da matriz de ionômetro. Nós estudamos nossas amostras em uma ampla gama de frequencias, de frequencias muito altas (~ 1012 - 1013Hz) para o infravermelho distante (FIR) em que os movimentos vibracionais de íons ocorrem, e dentro da faixa de baixa frequência ( ~ 10-2 - 107Hz - BDS) que reflete interações entre os movimentais de íons e a dinâmica da rede de polímeros.O que você esperava aprender com o experimento?
Bruno Ribeiro de Matos: Anteriormente, foi demonstrado que algumas propriedades intrigantes dos ionômeros estavam profundamente ligadas à chamada transição-a. Por exemplo, uma "memória de forma". A origem da transição-a , no entanto é obscurecida, uma vez que muitos processpos interdependentes ocorrem. Com o nosso experimento em BESSY II, encontramos uma conexão entre a forma dos blocos de construção do ionômero, a dinâmica da rede iônica e as propriedades mecânicas e de condução. Acreditamos que esta é uma regra prática para a seleção e desenvolvimento de materiais de ionômero de alto desempenho.Ao aquecer acima de 120 ° C, as hastes de Nafion-polímero se contraem e as ligações cruzadas iônicas são trocadas.Após aquecimento adicional> 140 ° C, as hastes tornam-se uma espécie de bobinas desarrumadas.Isso é reversível.
Quais resultados são realmente novos?Bruno Ribeiro de Matos: As medições FIR e BDS foram realizadas em condições não exploradas anteriormente. Houve uma correspondência muito boa entre as medições FIR e BDS, em que a primeira indicou o comportamento térmico das interações eletrostáticas entre grupos iônicos agregados, e a última mostrou que a forma de tais agregados iônicos transita de uma forma semelhante a haste para uma conformação espiralada. Isso acontece em uma condição crítica especificada pela dinâmica relativa de troca de íons e polarização de carga. Então, nós entendemos agora que a condutividade do próton não depende apenas da morfologia, mas de uma relação entre o tempo de relaxamento para polarização de carga das cadeias de ionômero e o tempo de relaxamento para o íon-hopping.
Quais são as possíveis novas aplicações?
Bruno Ribeiro de Matos: Esses materiais ionoméricos "falam” diretamente com a comunidade de células de combustível. No entanto, nossos resultados também são de grande interesse para outros tópicos de pesquisa, como design muscular artificial, eletrocatalisadores, mas também para impressão 3D e 4D. Esses materiais foram apontados como materiais de alto desempenho para impressão 3D. Tais ionómeros possuem uma propriedade interessante não encontrada em polímeros convencionais;eles têm a capacidade de memorizar diferentes formas que mudam com o tempo quando o estímulo apropriado é aplicado, como calor, umidade e potencial elétrico. Essa assim chamada propriedade de memória de forma adiciona outra dimensão ao produto final: tempo (impressão 4D). Pode ser usado, por exemplo, como um material de embalagem de alimentos que é capaz de encolher quando é permitido aquecer quando removido da prateleira refrigerada do supermercado, protegendo assim os alimentos.
E quais são os próximos passos?
Bruno Ribeiro de Matos: Realizamos todas as caracterizações das amostras no estado seco, pois a presença de água aumenta a complexidade na compreensão dos dados. Agora podemos avançar e realizar nossos experimentos para amostras na forma hidratada e com diferentes graus de conteúdo iônico. A investigação dos ionômeros no estado úmido é um passo preliminar para a compreensão do papel de um solvente na dinâmica dos relaxamentos e na forma dos blocos de ionômero. Este desenvolvimento é considerado um passo fundamental para o avanço de ambas as células de combustível de eletrólito de polímero e tecnologias de impressão 4D.
Obrigado e vejo você novamente no BESSY II!
Os resultados são publicados em relatórios científicos (2018), o periódico natureza acesso aberto.
Interação da dinâmica de relaxamento de α / β e da forma dos blocos de construção dos ionómeros.
Bruno R. Matos, Rodolfo Politano, José Fernando Q. Rey, Daniel Hermida-Merino, Ulrich Schade, Ljiljana Puskar e Fabio C. Fonseca
Jaqueline da Souza (hoje estudante de doutorado no IPEN) foi aluna de verão na HZB em 2017. Em sua curtapostagem,ela descreve seu projeto de verão na HZB na Nafion.
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- 31/10/2018 - CEO da New Midia palestra sobre o impacto da Internet das Coisas na educaçãoSandra Janostiac, da startup do Cietec, ministra palestra no Campus Google São Paulo e apresenta suas tecnologias para o setor educacional
Sandra Janostiac, da startup do Cietec, ministra palestra no Campus Google São Paulo e apresenta suas tecnologias para o setor educacional
Fonte: Site Segs
A Internet das Coisas (IoT) representa o segmento com maior taxa de crescimento atual no contexto de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). De acordo com a Internet World Stats, o número de usuários conectados foi de 3,8 bilhões, em março de 2017. Este cenário criou condições para o crescimento do uso de novas tecnologias como recursos educacionais. Para discutir o impacto que a transformação tecnológica pode trazer à educação, a empresária Sandra A. S. Biasi Janostiac, CEO da New Midia, startup da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN–Cietec, ministrará palestra sobre o tema, no dia 08 de novembro, às 10 horas, no Campus da Google, em São Paulo (SP).Durante a palestra, Sandra abordará o que é Internet das Coisas, como a evolução tecnológica impactará o cotidiano escolar, os desafios e oportunidades deste novo cenário, além do projeto "Future Classroom Lab”, da European Schoolnet (EUN), que apoia a divulgação e a expansão de abordagens pedagógicas inovadoras e avançadas com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para o ensino e a aprendizagem em ambiente de Sala de Aula do Futuro.
A New Midia é uma das empresas pioneiras na criação de tecnologias para o setor educacional. Um dos seus principais projetos está sendo desenvolvido no Cietec. Trata-se da Catraca Virtual, tecnologia idealizada para monitorar e liberar o acesso de pessoas em ambientes que controlam a circulação de pessoas para segurança, substituindo as tradicionais catracas físicas. A Catraca Virtual funciona por meio de dispositivos de IoT que interagem com uma plataforma de serviços, trazendo vários benefícios para escolas, hospitais e empresas.
Segundo Sandra, as novas tecnologias poderão ajudar as escolas a superar o desafio de capacitar alunos, às competências necessárias para o século XXI. "A escola do futuro tem como missão desenvolver em seus alunos, habilidades socioemocionais, tais como, pensamento crítico, comunicação, criatividade, trabalho em equipe, resolução de conflito e flexibilidade”, explica a executiva.
De acordo com Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, fortalecer startups que geram negócios de impacto na sociedade é um dos principais objetivos do Cietec. "Somos a maior fábrica de startups do Brasil, oferecemos todos os subsídios para o desenvolvimento e sucesso de projetos que contribuem para a sociedade”, afirma Risola.
Serviço:
Palestra - Internet das Coisas (IOT), escola do futuro e competências do século XXI
Data: 08 de novembro de 2018
Horário: 10 horas
Local: Campus Google São Paulo (Rua Coronel Oscar Porto, 70 – Paraíso. São Paulo/SP)
Inscrições: http://bit.ly/2CkSV7T
Sobre o Cietec
O Cietec - Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, fundado em abril de 1998, tem como missão incentivar o empreendedorismo e a inovação tecnológica por meio da criação, fortalecimento e a consolidação de empresas de base tecnológica. O Cietec apoia a transformação de conhecimento em produtos e serviços para o mercado, a inserção no ecossistema de inovação, a capacitação técnica e de comercialização, contribuindo para o aumento da competitividade no Brasil. O Cietec é a entidade gestora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica USP/IPEN, onde são conduzidos processos de incubação de empresas inovadoras, em diferentes níveis de maturidade. Nesses processos, são oferecidos serviços de apoio para demandas nas áreas de gestão tecnológica, empresarial e mercadológica, aproximação com o investimento-anjo, capital semente e venture capital, recursos de fomento público, além de infraestrutura física para a instalação e operação dessas empresas.