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- 04/11/2019 - Fim do monopólio do urânio beneficiará 'setor em ebulição' no Brasil, diz especialistaO interesse dos chineses de explorar urânio no Brasil, e a sinalização do governo de quebrar o monopólio nuclear, são boas notícias para um "setor aquecido e que precisa de parceiros", segundo analista ouvido pela Sputnik Brasil.
O interesse dos chineses de explorar urânio no Brasil, e a sinalização do governo de quebrar o monopólio nuclear, são boas notícias para um "setor aquecido e que precisa de parceiros", segundo analista ouvido pela Sputnik Brasil.
Fonte: SputnikDurante a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Ásia e ao Oriente Médio, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse em Pequim que autoridades chinesas demonstraram intenção em participar da exploração do minério no Brasil, hoje sob monopólio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Para o presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), o engenheiro Celso Cunha, essa possibilidade representaria a geração de muitos recursos para o país.
"O Brasil hoje está em verdadeira ebulição no sentido em que o setor nuclear está aquecido, está se movimentando, e precisa de muitos parceiros. Não só chineses, mas russos, americanos, franceses, precisamos de todos", disse o especialista.
O mercado chinês demonstra potencial. A energia nuclear representa 8% da matriz energética do país, e o governo quer elevar essa participação para 25%.
"A China, nesse momento, está construindo 12 usinas nucleares. É muito importante ter esse parceria", opinou Cunha.
O especialista frisou que o "Brasil é a sétima maior reserva de urânio do mundo", ao passo que "só foram estudados um terço do território nacional". O engenheiro explicou ainda que em alguns casos é permitida a exploração do urânio ao lado de empresas privadas.
Legislação permite Parcerias Público-Privadas em alguns casos
"Atualmente, a legislação existente permite uma Parceria Público-Privada em uma mina em que o urânio existe em menor quantidade do que outros minérios", afirmou. Um exemplo é a mina de Santa Quitéria, no Ceará.
Mas de acordo com o engenheiro, é preciso quebrar o monopólio, ou pelo menos flexibilizar ainda mais as leis, para permitir a exploração de outros países e empresas nos casos em que o urânio é o minério mais abundante.
"Quem controla todas essas lavras são as Indústrias Nucleares Brasileiras, que domina todo esse processo, que poucos países do mundo dominam, o enriquecimento do urânio", disse Cunha, que apesar de defender a abertura do mercado, faz uma ressalva.
'Minério debaixo da terra não vale nada'
"Você tem que determinar o que é sua reserva estratégica, ou seja, aquilo que você não quer vender, porque você precisa para nossas usinas, daquilo que quer vender e transformar em recursos para o país. O minério debaixo da terra não serve para nada", afirmou.
Para ser usado como combustível nos reatores das usinas nucleares, o urânio passa por uma série de processos, até se tornar uma espécie de pastilha, o chamado enriquecimento do minério. "A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas Angra 1 e Angra 2 e, no futuro, também Angra 3", informa o site da entidade.
Para o presidente da ABDAN, o ambiente é favorável para uma mudança nas leis brasileiras. "Acredito que a quebra do monopólio possa ocorrer ano que vem. O governo está conversando com todas as partes. Os parlamentares terão a sensibilidade de entender a importância disso para o país".
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- 23/10/2019 - Nissan mostra no Japão tecnologia de etanol de 2ª geração criada no BrasilMontadora apresentou, no Salão do Automóvel da capital japonesa, projeto que permite uso de combustível de cana para gerar hidrogênio da célula de combustível
Montadora apresentou, no Salão do Automóvel da capital japonesa, projeto que permite uso de combustível de cana para gerar hidrogênio da célula de combustível
Fonte: O Estado de S. Paulo
Cleide Silva*, O Estado de S.Paulo
TÓQUIO – Em evento em que carros elétricos são a principal atração, a Nissan anunciou nesta quarta-feira, 23, em Tóquio, no Japão, que um projeto iniciado no Brasil pode ser uma nova alternativa global para o futuro dos chamados carros verdes.
O uso do etanol de segunda geração para produzir a energia de veículos movidos a célula de combustível já é visto como "comercialmente viável"pelo presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, embora ainda sejam necessários vários testes para confirmar sua viabilidade.
Em parceria com universidades brasileiras e engenheiros da empresa no Brasil, Estados Unidos, China e Japão, a Nissan descobriu que pode usar o etanol extraído de cana geneticamente modificada para gerar o hidrogênio da célula de combustível.
"Com isso, podemos reduzir o tamanho da bateria e aumentar sua eficiência, dispensar o reformador (equipamento que provoca a reação química necessária para gerar eletricidade) e, assim, reduzir custos", afirmou Silva em apresentação feita especialmente para jornalistas brasileiros.
Testes no Brasil
A empresa iniciou no Brasil em 2016 estudos para usar o etanol nas células de combustível, tecnologia que praticamente elimina toda a emissão de poluentes.
Agora em sua segunda fase de testes em conjunto com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, o projeto começa a se mostrar viável comercialmente e, segundo Silva, poderá ser adotado de forma global. "Esse já não é um projeto só do Brasil."
Os testes até agora foram feitos em uma van da Nissan, a NV200, e o próximo passo será em automóveis, informa Motohisa Kanijo, engenheiro que lidera o projeto. "Acredito que esta seria a melhor solução econômica (para o carro a célula de combustível)."
Segundo ele, serão necessáriosmais cinco anos de estudos para chegar ao ponto de teste da tecnologia em automóveis. A solução, além de mais barata, dispensaria a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio em postos, pois todo o processo de geração de energia ocorreria dentro da própria célula de combustível.
Como os projetos da indústria automobilística para reduzir emissões de poluentes envolvem diferentes tipos de tecnologias, a Nissan apresenta no Salão do Automóvel de Tóquio o protótipo Ariya, o primeiro utilitário esportivo (SUV) elétrico da marca que em breve chegará ao mercado.
A Honda também mostra seu primeiro automóvel 100% elétrico, o Honda-e, que será produzido no Japão a partir de 2020, assim como scooters também movidas a eletricidade.
Preocupação com a economia
Outra novidade da Honda é a nova geração do Fit, que chega ao Japão em versões híbrida e a gasolina. O Fit é o único modelo da mostra que virá para o Brasil, em data ainda não revelada. "Isso ocorrerá no momento certo", limita-se a dizer o presidente mundial do grupo, Takahiro Hachigo. Apostas são de que o novo modelo chegue ao País em 2021, na versão flex.
O executivo afirma ser "uma preocupação" para o grupo o fato de a economia brasileira não estar crescendo. Por outro lado, ele espera que a melhora nas vendas de automóveis "continue por um longo tempo".
Tradicionalmente um evento para mostrar tecnologias futuristas, o salão de Tóquio deste ano está mais voltado às tecnologias de combustíveis limpos e a maioria dos expositores apresentam produtos nessa linha, seja carro elétrico, híbrido e a célula de combustível.
Veículos autônomos, vedetes do salão anterior, em 2017, estão nos estandes mas sem o mesmo destaque dos elétricos. "Os autônomos começarão a chegar para usos específicos, mas ainda estão longe do dia a dia do consumidor, enquanto os elétricos já são uma realidade", justifica Silva.
*A JORNALISTA VIAGOU A CONVITE DA ANFAVEA
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- 23/10/2019 - Em clima de otimismo, INAC entra em seu terceiro dia debatendo novos projetos nucleares do PaísFonte:Petronotícias
A International Nuclear Atlantic Conference (INAC) está entrando hoje (22) em seu terceiro dia, em Santos (SP), já com um saldo bastante positivo. Além da extensa agenda de debates nos primeiros dias do congresso, outras importantes discussões vão acontecer, conforme explica a chair da INAC, Alice Cunha da Silva (ao centro, na foto ao lado). "Teremos pela primeira vez na INAC um debate sobre o papel da mulher no setor nuclear. Outro tema que será discutido hoje é o Repositório Nacional de Rejeitos Radioativos”, afirmou a executiva. Alice ressalta que um ponto marcante do evento tem sido o otimismo que tem dado o tom em todos os painéis, em virtude das sinalizações importantes que o governo tem anunciado nos últimos meses. Apesar das boas expectativas, Alice lembra que também existem desafios que precisam ser superados. "Um deles é a solução de Angra 3, que ainda está em processo. A questão da mineração [de urânio] também. Outro assunto é a renovação de mão de obra. Existem ainda desafios pela frente, que já estão sendo tratados nesse aprofundamento de estruturação que o setor está vivendo”, concluiu.Qual o balanço do evento até agora e o quais os assuntos debatidos até então?
A INAC foi aberta com duas mesas redondas. Uma cerimônia de abertura no início, um pouco mais rápida, com representantes do setor, autoridades dos ministérios e da Marinha, que falaram do cenário positivo do setor nuclear e da relevância do evento.
Em seguida, tivemos uma mesa redonda com o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, junto com os presidentes de organizações nucleares do Brasil e da Argentina. Eles estão bem otimistas sobre o futuro da energia nuclear no Brasil. A Nucleoeléctrica Argentina SA (NA-SA) falou sobre extensão de vida das plantas nucleares na Argentina. Eles já passaram por esse processo, e agora o Brasil passará também pela extensão de vida de Angra 1.
Então, o sentimento comum entre os participantes é de otimismo?
Sim. Dentro da cerimônia de abertura, o ponto importante foi a perspectiva das autoridades presentes. Na minha fala, eu ressaltei que apesar desses aspectos positivos que estamos tendo agora, ainda existem muitos desafios pela frente e isso foi reforçado por outros participantes da mesa.
Na segunda mesa de abertura, foram mencionados mais detalhes dos projetos prioritários da Eletronuclear, como a Unidade de Armazenamento a Seco (UAS), a extensão de vida de Angra 1, Angra 3 e novas plantas. Foi um ponto comum, entre todos, as perspectivas de que a tecnologia nuclear será parte do nosso futuro. Estão muito otimistas, apesar dos muitos desafios pela frente.
Que desafios são esses?
Um deles é a solução de Angra 3, que ainda está em processo. A questão da mineração [de urânio] também. Outro tema é a renovação de mão de obra. Existem ainda desafios pela frente, que já estão sendo tratados nesse aprofundamento de estruturação que o setor está vivendo. Sempre que tentamos expandir ou caminhar para algo mais estruturado, os desafios surgem. Mas isso é padrão para qualquer setor.
Além dos projetos da Eletronuclear, os outros empreendimentos também foram citados?
A INAC tem vários outros eventos acontecendo simultaneamente. Esses eventos trouxeram discussões extremamente relevantes para o setor, como quebra do monopólio de radiofármacos, reatores modulares, medicina nuclear, irradiação de alimentos. Ainda vai ser falado da utilização da tecnologia nuclear para preservação de obra de artes.
Tivemos uma mesa sobre pesquisa e desenvolvimento com uma pesquisadora de um laboratório muito importante dos Estados Unidos. Na mesma mesa, um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações falou da pesquisa de desenvolvimento do setor nuclear no Brasil. A INAC procura sempre trazer grandes nomes internacionais e nacionais para fazer com que a discussão seja bastante relevante, trazendo bons frutos para o setor.
Serão mais de 680 apresentações de trabalhos técnicos, entre graduação, mestrado e doutorado. É um evento bem abrangente, que abraça indústria, academia, pesquisadores, estudantes, profissionais e executivos para discutir o setor nuclear no Brasil e no mundo.
E quais serão as próximas atividades dentro da INAC?
Teremos pela primeira vez na INAC um debate sobre o papel da mulher no setor nuclear. Outro tema que será discutido hoje é o Repositório Nacional de Rejeitos Radioativos. Além disso, trouxemos estudantes de escolas públicas para conhecer um pouco mais sobre a tecnologia nuclear. Ontem, recebemos um grupo e outro estará no evento hoje (23). Também tivemos, pela primeira vez, a discussão sobre o tório durante o congresso.A INAC abrange muitas pessoas, de todos os campos da tecnologia nuclear. Ela tem essa abrangência, o que permite essa troca de conhecimento muito grande, algo muito importante para o desenvolvimento do setor.
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- 22/10/2019 - Após repercussão de reportagem, INB diz possuir compromisso com a segurança da populaçãoFonte: Agência Sertão
Após a publicação de uma reportagem da BBC News denunciar acidentes com materiais radiativas e relacionar a incidência de casos de câncer na região de Caetité à mineração de Urânio, a Indústria Nucleares do Brasil (INB) emitiu uma nota onde afirma que a empresa tem compromisso com a segurança e a população na realização de suas atividades.A empresa estatal afirma ainda na nota que compre todos as exigências ambientais e que informa todas as suas atividades aos órgãos reguladores.
A INB ressaltou mais uma vez que os municípios de Caetité e Lagoa Real estão localizados em uma província uranífera, sendo que o urânio está presente em suas águas e rochas em sua forma natural.
Por fim, a empresa ressaltou uma pesquisa realizada por especialistas da Fiotec, instituição que faz parte da Fiocruz, levantou o número de mortes por câncer nos municípios que estão próximos à mina (Caetité e Lagoa Real) e comparou-os com os de outros municípios da Bahia, onde não há mineração de urânio. Este estudo analisou os dados de 1990 a 2005, ou seja, há 14 anos.
Veja a nota da INBSe você gostado conteúdo daAgência Sertão, colabore para o aprimoramento do nossoJornalismoa partir de R$ 10 por mês e seja um assinante - Saiba como!
Mineração de urânio: compromisso com a segurança e a população
A Indústrias Nucleares do Brasil – INB está presente em Caetité/BA muito antes do início das suas operações no município participando do dia a dia da população tanto através da geração de emprego e renda como através de programas sociais e de comunicação.
Ao longo dos anos tem buscado realizar suas atividades com o máximo de segurança, sempre melhorando processos de acordo com o desenvolvimento de novas técnicas como também devido à indicação de órgãos reguladores e fiscalizadores.
A INB entende que assuntos em torno da energia nuclear como a radiação, por exemplo, ainda são muito desconhecidos do público em geral e, por isso, busca esclarecer ao máximo suas atividades, realizando diversas ações como a manutenção de um centro de informações, o Espaço INB, na praça central do município baiano. É importante destacar que o urânio é um mineral com baixa radioatividade natural.
As atividades de mineração de urânio foram paralisadas entre 2014 e 2015 porque a Mina da Cachoeira se exauriu e foi necessário iniciar o processo de licenciamento para uma nova mina. Atualmente, a INB está aguardando a licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama para iniciar a lavra da Mina do Engenho.
Compromisso com os órgãos reguladoresA Unidade de Concentrado de Urânio (URA) da INB possui Autorização de Operação Permanente (AOP), concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear- CNEN, em setembro de 2009. Desde então, a AOP vem sendo renovada regularmente, a cada 24 meses, sempre após a INB comprovar ao órgão licenciador o cumprimento das condicionantes impostas para a manutenção da autorização. A última renovação aconteceu em abril deste ano, através da Resolução CNEN Nº 241.
Compromisso com o meio ambiente
A INB desenvolve permanentemente programas de monitoração ambiental e de proteção radiológica para assegurar a qualidade do meio ambiente e preservar a saúde de seus empregados e da população que mora nas proximidades da mineradora.
Na Unidade da INB em Caetité existe uma equipe dedicada à execução destes programas. As atividades realizadas seguem procedimentos previstos e aprovados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Os resultados das análises realizadas dentro dos programas de monitoração são enviados pela INB para serem avaliados e aprovados pelos dois órgãos. São procedimentos importantes para validação e a credibilidade dos resultados obtidos.
É importante ressaltar que a região de Caetité é considerada uma Província Uranífera devido à quantidade e qualidade de seus recursos de urânio. O urânio está presente em suas águas e rochas em sua forma natural.
A empresa possui registros da radiação encontrada naturalmente na região de Caetité através do Programa de Monitoração Ambiental Pré-Operacional, realizado no período 1989/1999 e também estabelecido junto aos órgãos fiscalizadores CNEN e Ibama. Essas informações mostram as características do solo, dos sedimentos, das águas, da poeira, e da radiação ambiente na região antes do início das atividades de mineração e servem como parâmetros para comparar com as análises que são feitas regularmente através do Programa de Monitoração Ambiental Operacional.O que se observa ao se comparar os dados obtidos antes e após o início das atividades na Unidade é que as oscilações encontradas na fase operacional se mantêm dentro da faixa dos valores obtidos na fase pré-operacional.
Compromisso com os empregados
Todos os empregados da INB, sejam orgânicos ou terceirizados, usam Equipamentos de Proteção Indiviual (EPI) de acordo com o local que trabalham e as atividades que realizam. Existe uma fiscalização rigorosa quanto ao uso desses EPI.
Também é realizado um acompanhamento com todos os empregados que atuam em áreas controladas através das bionálises (exames de urina). O resultado das análises compõe o histórico de dados destes trabalhadores. O cálculo das doses é reportado anualmente à CNEN, através do Programa de Monitoração Radiológico Ocupacional. Os resultados sempre são fornecidos quando solicitados pelos empregados.
Compromisso com a Recuperação Ambiental
O descomissionamento está previsto no Relatório Final de Análise de Segurança (RFAS) apresentado à CNEN em 2015.A INB também desenvolve um Programa de Recuperação de Área Degradadas, aprovado pelo IBAMA, como medida de compensação ambiental. Todos os anos a empresa encaminha um relatório ao órgão fiscalizador comprovando que o programa está em andamento. Esse programa tem sido realizado desde o início das atividades da INB em Caetité.
Compromisso com a transparência
Pesquisas realizadas em diversas partes do mundo demonstraram que o urânio natural não contribui para o aumento do número de casos de câncer ou de qualquer outra doença decorrente da radiação do urânio. O urânio está presente na crosta terrestre desde a formação do planeta Terra; a atividade de mineração não aumenta a radiação emitida por esse mineral porque ela trabalha com o urânio em estado natural.Uma pesquisa realizada por especialistas da FIOTEC, instituição que faz parte da FIOCRUZ, levantou o número de mortes por câncer nos municípios que estão próximos à mina (Caetité e Lagoa Real) e comparou-os com os de outros municípios da Bahia, onde não há mineração de urânio. O estudo, que analisou os dados no período entre os anos de 1990 – antes da implantação da INB Caetité – e 2005, constatou o seguinte: "Não foi observada, até o momento, alteração no perfil de mortalidade por câncer na população de Caetité e Lagoa Real, nem maior probabilidade de se adquirir câncer nesses municípios, seja por conta da radioatividade natural do local, seja por conta das atividades de extração e beneficiamento de urânio”.
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- 19/10/2019 - Mineração de urânio no sertão da Bahia traz à tona memória de contaminaçãoFonte: News Brasil
Caio de Freitas Paes Do Rio de Janeiro para a BBC News Brasil
Um dos objetivos do governo de Jair Bolsonaro é retomar projetos da indústria nuclear. Em 26 de setembro, foi anunciada a construção de seis novas usinas no país até 2050, como parte do Plano Nacional de Energia, com investimentos previstos de R$ 30 bilhões.
Dias depois, em 7 de outubro, o governo liberou os trabalhos, ainda que preliminares, em uma mina de urânio no sertão da Bahia, sob responsabilidade das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Não há exploração nessa área há cinco anos.
A autorização trouxe de volta à memória de quem vive nos municípios de Caetité e Lagoa Real problemas graves ligados à mineração do material radioativo. Autoridades denunciam casos de câncer na população local provocados pelo contato com a radiação e danos ainda pouco conhecidos ao meio ambiente.
Só entre 2000 e 2009, houve pelo menos cinco acidentes que contaminaram parte dos rios e solo da região, de acordo com um relatório da Secretaria de Saúde da Bahia ao qual a BBC News Brasil teve acesso. Antes da atual retomada, a INB explorou a área até 2014.
A licença concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) no último dia 7 autoriza extração na mina do Engenho, que é parte da usina de beneficiamento nuclear da INB em Caetité, a 645 km de Salvador.
A retomada da mineração de urânio no sertão da Bahia tem apoio do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque – que foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha no governo de Dilma Rousseff.
Em setembro, Albuquerque defendeu o investimento em energia nuclear brasileira na Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena, e disse que prevê "um novo modelo de negócios para a mineração de urânio e a gestão de rejeitos de mineração, incluindo parcerias público-privadas".
Monopólio estatal
A mineração de elementos radioativos como o urânio tem hoje monopólio do governo por meio dessa empresa estatal mista, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Em abril de 2019, a mesma comissão já havia renovado a licença de operação da usina de beneficiamento como um todo, que fica a 40 km do centro de Caetité, em uma das etapas da retomada das operações no complexo.
Segundo a assessoria de imprensa da INB, ainda faltam etapas do licenciamento da CNEN, além de uma licença do Ibama, para que a extração de urânio recomece plenamente na mina do Engenho. Da liberação no dia 7 para cá, foi autorizada uma operação na qual o urânio já extraído é quebrado e organizado em pilhas, de onde é retirado um líquido pastoso que depois segue às etapas de enriquecimento nuclear.
Oficialmente, a unidade federal de beneficiamento e mineração em Caetité ocupa uma área de 1,7 mil hectares - mais de 2 mil campos de futebol - e tem 99 mil toneladas de urânio em reservas. Entre 2000 e 2014, a INB extraiu 3.750 toneladas de minério de urânio, altamente radioativo, da mina de Cachoeira, também parte do complexo de Caetité e hoje inativa.
Segundo sua assessoria, a estatal "desenvolve um programa de recuperação de áreas degradadas, aprovado pelo Ibama, como medida de compensação ambiental" pelas atividades ali.
O urânio retirado do solo pela INB é concentrado em um formato líquido, chamado de licor, e depois enriquecido, tornando-se um pó de tom amarelo vivo chamado "yellow cake". Depois, este é transportado em caminhões por mais de 700 km até Salvador.
O material passa por cerca de 40 municípios e, da capital baiana, é enviado em navios para Canadá e Holanda, onde cumpre outras etapas do enriquecimento, segundo um relatório do Greenpeace de 2008. Ao fim, ele retorna como combustível para os reatores das usinas nucleares de Angra 1 e 2, no litoral do Rio de Janeiro.
Os trabalhos da INB em Caetité são marcados por críticas, denúncias e processos em relação a sequelas tanto na população quanto no meio ambiente. Próximas às suas instalações ficam pequenas comunidades agrárias como Barreiro, Juazeiro e Maniaçu, além do Quilombo de Malhada.
Em Caetité, cidade de 51 mil habitantes no sertão baiano, autoridades estaduais atribuem uma maior ocorrência de câncer nos moradores locais às atividades da usina.
"Há uma incidência muito alta [de câncer] em Caetité, alguns [tipos] possivelmente ligados à mineração de urânio - como câncer de tireóide e de pulmão, mais prováveis graças à emissão de gases tóxicos na mina", diz à BBC News Brasil Letícia Nobre, diretora de Vigilância da Saúde do Trabalhador do governo da Bahia (Divast).
Para atender a esses pacientes, em setembro de 2019 o governo da Bahia anunciou um acordo com a prefeitura de Caetité para criar um hospital especializado em oncologia no município.
Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia, estudos de impacto ambiental da usina realizados há mais de 20 anos já apontavam problemas no empreendimento.
Por causa das explosões usadas para extrair o urânio do solo, partículas radioativas se espalham pelo ambiente ao redor, contaminando a vegetação com um gás tóxico, o radônio. Esse gás pode agredir a pele dos trabalhadores e também se espalha por comunidades próximas.
Os estudos de impacto ambiental previram que haveria contaminação de mananciais subterrâneos, assoreamento dos rios por causa do depósito de sobras da mineração e inviabilidade do uso da água em pontos como o Córrego do Engenho.
Durante a mineração de urânio nessa área, órgãos como o antigo Instituto de Gestão de Águas e do Clima da Bahia identificaram contaminações radioativas de cursos d'água próximos ao complexo da INB.
Tanto o governo estadual quanto organizações civis criticam a falta de transparência da INB em relação às suas atividades e à saúde de seus funcionários. A Diretoria de Vigilância da Saúde do Trabalhador da Bahia disse à BBC News Brasil que, desde 2000, seus técnicos foram impedidos de fiscalizar o complexo da INB por diversas vezes. No total, houve apenas cinco inspeções do órgão ali, realizadas espaçadamente desde 2008.
"Temos dificuldades de acesso a informações sistemáticas sobre os cuidados epidemiológicos e sanitários [implantados pela INB] dentro do complexo", diz Letícia Nobre.
Procurada pela BBC News Brasil, a estatal afirma que sempre teve uma política de "portas abertas" e que suas atividades em Caetité são repletas de "desinformação e os mitos" em torno da mineração de urânio.
A INB afirma ainda que "desenvolve permanentemente programas de monitomento ambiental e de proteção radiológica para assegurar a qualidade do meio ambiente e preservar a saúde de seus empregados e da população das proximidades".
Acidentes "mal explicados"
Acidentes dentro das instalações da INB nem sempre foram devidamente divulgados à sociedade.
Segundo relatório de 2009 feito pela Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde da Bahia, à época já havia ocorrido pelo menos cinco acidentes "mal explicados ou ainda sigilosos". Um exemplo foi o vazamento de 5 milhões de m3 de licor de urânio e lama radioativa no solo e no Riacho das Vacas por mais de dois meses, sem parar, em 2000.
"Só após um ano [ou seja, em 2001] a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) admitiu o acidente, estimando que 67 quilos de concentrado de urânio vazaram por 76 dias", consta no documento do órgão estadual baiano.
Ainda segundo a secretaria estadual, técnicos da CNEN chegaram a recomendar o fechamento da mina de Cachoeira "por risco de desabamento e contaminação da água". A extração, porém, seguiu até 2014.
Por causa das irregularidades, a empresa estatal enfrenta processos na Justiça federal e do Trabalho.
Hoje, o Ministério Público Federal mantém aberto um inquérito civil para "fiscalizar as atividades [da INB], em especial quanto à eventual contaminação de fontes de abastecimento humano ou reservatórios de água pelas atividades de extração, transporte ou beneficiamento de urânio".
Contaminações e falta de segurança
Em janeiro de 2019, a INB foi condenada pela Justiça do Trabalho por manter funcionários terceirizados trabalhando por anos sem proteção em locais com alto risco de contaminação radioativa.
Segundo a decisão da Vara do Trabalho de Guanambi (BA), "em 2011 a área [da mina da Cachoeira] foi interditada, justamente porque a operação de embalagem ou reembalagem de tambores, contendo material radioativo, era realizada sem a proteção adequada do pessoal envolvido".
Na mesma decisão, a Justiça determinou que a INB pague R$ 100 mil de indenização por danos morais. O processo foi movido pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia, que também pediu a elaboração de estudos independentes sobre a incidência de radiação na área.
A BBC News Brasil teve acesso a parte desses relatórios. Os estudos são da Comissão de Pesquisa e Informação Independentes sobre a Radioatividade (CRIIRAD), que acompanha há anos o caso no sertão baiano, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outras instituições.
Os pesquisadores estiveram em Caetité entre 7 e 14 de novembro de 2018, percorrendo locais como Baixa da Onça, Bela Vista, Gameleira e Pega Bem - todos nos arredores do complexo da INB. Os técnicos mediram os níveis de radiação no solo, na água e no ar, além de ouvir moradores, promotores de justiça e autoridades sobre a mineração de urânio ali.
O relatório assinado pelo diretor da CRIIRAD, o engenheiro nuclear Bruno Chareyron, traz dados preocupantes sobre os impactos da extração do minério radioativo na região.
No documento, há medições que apontam uma concentração de urânio em cursos d'água que superam em quase 10 vezes o que é considerado aceitável para o corpo humano, segundo padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Dependendo do nível de exposição à radiação, o corpo humano pode apresentar sintomas como náuseas e vermelhidão no corpo, ou danos mais graves, como problemas no sistema cardiovascular, cerebral, hemorragias internas, mutações genéticas, queimaduras e aumento no risco de câncer.
Em seu relatório, a equipe francesa também demonstra preocupação com os restos do urânio extraído pela INB. A concentração radioativa nos rejeitos é muito alta: cerca de 80% da radiação inicialmente encontrada no urânio no subsolo se mantém nas sobras da mineração, descartadas e armazenadas perto das instalações em Caetité.
Em pontos como ao sul da mina do Engenho - recém-liberada pelo governo - a radiação chega a índices que superam em até 10 vezes o que é considerado seguro para a saúde. Por isso, o diretor da comissão francesa recomenda cuidados redobrados na proteção dos trabalhadores e terceirizados que circulem nessa área.
No poço Baixa da Onça, ao norte da hoje desativada mina de Cachoeira, há veios d'água que seguem para comunidades próximas. Esse cenário, segundo os pesquisadores, é ainda mais preocupante. Foram encontrados rastros de escavações recentes em busca de urânio, feitas sem cuidados com o meio ambiente.
"Um trabalho recente de prospecção consistiu na abertura de valas, poços exploratórios, perfurações profundas. No final do trabalho, os prospectores/garimpeiros deixaram um terreno completamente devastado", diz o diretor da comissão francesa.
Como base de comparação, Chareyron afirma que, se uma pessoa ficar por apenas 2 minutos por dia durante um ano inteiro nessa área, a quantidade de radiação à qual foi exposta excederá os limites considerados aceitáveis à saúde humana.
"Isso ilustra a falta de treinamento das empresas de perfuração sobre os riscos associados à radiação ionizante", dizem os peritos franceses, antes de afirmarem que "tal situação não é aceitável".
Procurada pela BBC Brasil News, a INB diz que "não possui informações sobre como esse levantamento [do CRIIRAD] teria sido feito, nem qual base de comparação de níveis de urânio foi utilizada para fundamentar os supostos resultados, e por isso não tem como se manifestar a respeito".
Gases tóxicos e discriminação
Quando a mineração de urânio começou em Caetité, todos os aspectos do cotidiano dos pequenos agricultores e moradores do entorno da usina mudaram radicalmente. No total, o Movimento Paulo Jackson - organização civil que acompanha o caso desde 2000, batizada em nome de um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores, nascido em Caetité - estima que 12 mil pessoas vivam em áreas diretamente afetadas pelas operações da INB em Caetité, Lagoa Real e também no município de Livramento.
Rachaduras nas casas tornaram-se comuns por causa da alta concentração de gases tóxicos como o radônio, segundo pesquisas de campo conduzidas pelo Greenpeace e pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos.
À BBC News Brasil, a INB diz que implantou, entre 1989 e 1999, um programa de monitoramento ambiental que mostrou "as características do solo, dos sedimentos, das águas, da poeira, e da radiação ambiente na região antes do início das atividades". Segundo seus estudos, a atual concentração do gás tóxico radônio se mantém dentro do padrão observado antes de seus trabalhos em Caetité.
O complexo da INB fica em um platô, cercado por comunidades agrícolas e esparsos cursos d'água - localizado no semiárido baiano, o lugar tem baixa oferta hídrica. Por sua geografia, há grandes riscos de contaminação radioativa do pouco de água que ali existe. Na inspeção mais recente, a comissão francesa confirmou o risco.
Regiões como Baixa da Onça e Gameleira são fontes de radiação gama – com alto risco não apenas no uso humano da água, mas também de exposição radioativa aos moradores pelo contato com o solo, usado inclusive na construção de casas e barracos.
"Tivemos acesso a estudos que mostravam a contaminação nas águas que os moradores bebiam e também usavam na agricultura. Por isso, a Justiça determinou o abastecimento da região por meio de carros-pipa, como no caso da comunidade do Juazeiro, por exemplo", diz Marijane Vieira Lisboa, relatora de Direito Ambiental da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, que desenvolve ações em defesa dos Direitos Humanos.
Professora na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela fez parte de uma equipe independente que foi a Caetité em 2011 para relatar os problemas em torno do complexo da INB.
"Encontramos irregularidades, do começo ao fim", diz a pesquisadora, que integrou o Ministério do Meio Ambiente entre 2003 e 2004, e também é uma das cofundadoras do Greenpeace Brasil.
Em defesa das atividades na região, INB afirmou à BBC News Brasil que o complexo em Caetité tem sua licença de operação renovada continuamente desde 2009, e que a empresa "comprova ao órgão licenciador o cumprimento das condicionantes impostas para a manutenção da autorização".
Os altos níveis de radiação também resultam em problemas socioeconômicos aos vizinhos da INB no sertão baiano. Segundo Lisboa, os agricultores não conseguem escoar seus produtos, como mandioca, geleia e queijo, ou vender crias vivas, como aves e gado – tudo graças à má fama da região.
Outras organizações que acompanham o caso têm a mesma percepção.
"Os comunitários tinham suas técnicas de proteção das nascentes e construção de cisternas. Mas, hoje, com sua produção muito reduzida e estigmatizada, em sua maioria sobrevivem da 'aposentadoria rural', com tristeza e medo de serem as próximas vítimas de um câncer qualquer", diz Zoraide Vilas Boas, membro do Movimento Paulo Jackson e da Articulação Antinuclear Brasileira, e que acompanha a mineração de urânio em Caetité há quase duas décadas.
Êxodo em busca da cura
Como a mineração de urânio implica riscos à saúde, era de se esperar que os municípios da região tivessem uma infraestrutura capaz de prevenir e tratar casos de câncer e outros problemas relacionados à radiação. Não é o que acontece em Caetité e Lagoa Real.
É comum que moradores percorram centenas de quilômetros em busca do tratamento de câncer. Muitos são forçados a viajar os mais de 600 km até Salvador. O anúncio da construção do centro especializado em oncologia, feito em setembro de 2019, só veio depois de muita insistência da população.
As obras ainda não têm previsão de início ou inauguração - segundo o governo do Estado, serão gastos mais de R$ 13 milhões na construção e aquisição de equipamentos para o hospital.
"As informações e registros de casos de câncer na região são bastante limitadas, e sabemos que é um problema subnotificado", diz Letícia Nobre, a diretora de Vigilância da Saúde do Trabalhador da Bahia.
Para a secretaria de Saúde da Bahia, o êxodo em busca de tratamento pode levar a uma noção equivocada dos índices de morte por câncer em Caetité. Pesquisadores também lembram que muitas pessoas morrem longe dali, durante o tratamento, causando distorção nos dados e na relação da doença com os trabalhos da INB.
"É comum que as causas de morte sejam classificadas como 'não identificadas', o que inviabiliza uma estatística mais próxima da realidade que conhecemos em Caetité", diz Zoraide Vilas Boas.
Ressabiada com o atual avanço da mina do Engenho, ela duvida que o problema seja resolvido daqui em diante.
"A população rural da região que não teve condição de sair dali sabe que terá de tolerar o lixo atômico [da mina de Cachoeira] e preparar-se para conviver com os mesmos prejuízos de sempre", diz Vilas Boas.
À BBC News Brasil, a INB nega que suas operações tenham relação com os casos de câncer na região.
A estatal afirma que "a atividade de mineração [em Caetité] não aumenta a radiação emitida pelo urânio porque ela trabalha com esse mineral em estado natural" e que "pesquisas realizadas em diversas partes do mundo demonstraram que o urânio natural não contribui para o aumento do número de casos de câncer ou de qualquer outra doença decorrente da radiação do urânio".
Ao longo dos anos, o governo federal já usou argumentos inusitados para defender-se da relação entre a mineração de urânio e a incidência de câncer no sertão baiano.
Em uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados em 2005, Nelson Valverde - médico indicado pela comissão nuclear brasileira - disse que há substâncias mais perigosas que as oriundas da energia nuclear. O médico citou o álcool e até mesmo dietas alimentares mal elaboradas como exemplos mais perigosos.
"O mesmo profissional [Nelson Valverde] ainda levantou a tese de que existe a possibilidade de que uma baixa dose de radiação possa 'defender' a célula contra uma outra dose maior. Isto é, que radiação em baixas doses podem servir como antídoto a doses maiores!", relata um grupo de trabalho sobre o tema, formado por deputados federais em 2007.
As licenças provisórias - um "jeitinho"
Os problemas da mineração de urânio são conhecidos pelo poder público brasileiro há mais de uma década. A Câmara dos Deputados instaurou o Grupo de Trabalho Fiscalização e Segurança Nuclear para tratar do tema, cujas atividades foram concluídas em 2017.No relatório final, constam episódios que permanecem pouco conhecidos ainda hoje. Entre eles, o vazamento radioativo ocorrido há quase 20 anos, com a infiltração de algo como 5 milhões de litros de material radioativo no solo baiano.
"Este acidente ocorreu em abril de 2000, mas somente foi descoberto seis meses depois devido a uma queixa trabalhista que chamou a atenção do promotor público de Caetité, Jailson Trindade. Foi ele quem deu o alerta à Comissão Nacional de Energia Nuclear sobre o acontecido, pois a INB não havia informado a ocorrência do acidente", informam os deputados no relatório final do grupo.
Em sua defesa à época, representantes da estatal garantiram que o episódio não causou danos relevantes. Segundo a INB, a contaminação não atingiu lençóis freáticos da região graças à contenção por uma espécie de manta, instalada para reter o material.
Na época, porém, não houve consenso sobre como divulgar esse vazamento.
"Aquilo foi uma burrice terrível. Era muito mais fácil admitir, abrir o jogo, explicar tudo, inclusive que não havia perigo", disse João Manoel Barbosa, ex-assessor de comunicação da INB, em 2004, em entrevista ao jornal A Tarde.
No mesmo relatório, há uma seção dedicada a problemas de legislação em relação à segurança nuclear. O grupo de trabalho criticou o desrespeito da comissão nuclear às normas estabelecidas por ela própria em complexos como Angra 2 e em Caetité.
O maior problema seria a manutenção dos trabalhos apenas por meio de um tipo de licença preliminar, a Autorização para Operação Inicial. Para os deputados, as instalações não conseguiram atingir níveis mínimos de proteção e segurança nuclear à época – por isso, não tinham licenças de operação definitivas.
"Não deixa de ser lamentável que, para se manter uma instalação nuclear que não cumpre as condicionantes de segurança impostas pela legislação, sempre se dê um jeitinho de renovar a autorização", apontaram os deputados do grupo de trabalho em seu relatório final.
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- 18/10/2019 - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2019Agência FAPESP
A edição de 2019 da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), acontecerá entre os dias 21 e 27 de outubro e terá como tema central "Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”.
A atual edição contará com 3.925 atividades em 221 municípios de todo o país. A celebração tem o objetivo de mobilizar a população, em especial os jovens, para atividades científico-tecnológicas.
A motivação para a escolha do tema central se baseia na busca pelo desenvolvimento sustentável do Brasil, representado pela bioeconomia, e na sua relação com a Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Serão abordados na semana assuntos como bioeconomia e cidades sustentáveis, bioeconomia e segurança alimentar e nutricional, biomassa, bioprodutos, biorrefinarias e serviços ecossistêmicos e valorização da biodiversidade. As atividades incluem visitas técnicas, palestras, cursos, oficinas, experimentos didáticos, estandes expositivos, apresentações de trabalhos científicos, premiações, entre outras.
A maioria das atividades é gratuita e algumas exigem inscrições, dependendo da instituição participante.
Mais informações: https://snct.mctic.gov.br/.
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- 16/10/2019 - Primeiro ecossistema sem fins lucrativos de blockchain é lançado no BrasilCom o conceito de compartilhamento inspirado na iniciativa da espanhola Alastria, Blockum já tem o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN) e a operadora Sercomtel entre os associados do Blockum
Com o conceito de compartilhamento inspirado na iniciativa da espanhola Alastria, Blockum já tem o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN) e a operadora Sercomtel entre os associados do Blockum
Fonte: Site Cripto ID
Apesar de ser umas das tecnologias mais disruptivas que surgiram nos últimos anos, o blockchain ainda apresenta alguns gargalos. O mais comum é a demora registrada em determinadas operações decorrente da pouca escalabilidade dos sistemas interligados. Para resolver este problema, a empresa de tecnologia brasileira Golchain, lança o Blockum, o primeiro ecossistema sem fins lucrativos do segmento no Brasil, um ambiente tecnológico independente de cooperação entre empresas, entidades governamentais e pessoas. A meta é se tornar o maior ecossistema de blockchain do mundo, com mais de 50 mil nós validadores até 2021.
Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, conta que o projeto foi inspirado na iniciativa de sucesso da Alastria, na Espanha. Por lá, já são mais de 420 membros como Santander, Telefónica e SAP colaborando na mesma rede, responsável por disponibilizar ferramentas para fomentar estratégias de blockchain e acelerar a transformação digital.
Seguindo os mesmos passos, a brasileira Blockum já nasce com alguns associados representativos, entre eles o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que buscava uma plataforma segura para armazenar pesquisas e informações confidenciais, além de desenvolver estudos utilizando a tecnologia. Completam a lista a operadora de telefonia Sercomtel e centros de inovação ligados a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), reunidas dentro do ecossistema para criar um projeto municipal de desenvolvimento e inovação em blockchain em Londrina.
No sistema de compartilhamento do Blockum, cada membro do ecossistema disponibiliza sua infraestrutura de computadores e hardware, para receber em troca uma plataforma em nuvem de blockchain pronta e regulamentada para transações de valor jurídico. Com a identificação do caso de uso e o fornecimento de API’s, o associado pode desenvolver soluções com a tecnologia da maneira que for mais interessante para a sua operação, abrangendo as mais variadas utilizações.
"É um sistema extremamente democrático, já que qualquer empresa ou instituição, independente do seu tamanho, pode fazer parte do ecossistema”, explica Canavese. Segundo o executivo, com uma rede descentralizada e distribuída entre os vários associados, ao invés de concentrada em uma única companhia, é praticamente impossível que algum dado seja hackeado. "As operações também conseguem ser feitas em maior escala e sem espera. Com o partilhamento de nós validadores privados e permissionados, existe ainda maior segurança atrelada a uma rede permitida e protegida ao mesmo tempo”, detalha o executivo.
No caso do Blockum, apesar da mesma proposta de compartilhamento de infraestrutura e cooperação da Alastria, a meta é expandir a rede internacionalmente de olho no potencial desse mercado, que deve chegar a US$ 12 bilhões até 2022, de acordo com o IDC.
"Vamos lançar o Blockum agora em Portugal e depois no restante da Europa, Estados Unidos e Ásia. Nosso objetivo é fomentar a pesquisa & desenvolvimento baseada nesse tipo de tecnologia, ainda em estágio embrionário se pensarmos em todo o potencial que ela tem pela frente e as perspectivas de crescimento do setor”, informa Canavese.
Sobre a Golchain
Fundada em 2016, a Golchain é uma tecnologia voltada para o desenvolvimento de soluções públicas e privadas de blockchain, habilitando o desenvolvimento de produtos e serviços específicos neste segmento. A plataforma da Goldchain é a tecnologia provedora do Blockum, o primeiro ecossistema sem fins lucrativos de blockchain do Brasil.
Ampliação do blockchain no Brasil em debate no Fórum da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP
Fórum da RNP vai debater o uso do blockchain no Brasil, além da criptomoeda
Blockchain; Integridade ou Autenticidade; Ouça
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- 15/10/2019 - STJ decidirá se governo tem de construir depósito de lixo atômicoFonte: Vortex media
GUILHERME MENDES guilherme@vortex.media
Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode obrigar o governo a gastar alguns milhões de reais que não estavam programados. Os ministros da 2ª turma da Corte vão decidir, nesta terça-feira (15/10), se o Executivo será obrigado a reservar recursos no orçamento para construir um depósito definitivo para o lixo atômico de suas duas usinas nucleares.
O caso envolve uma disputa entre o Ministério Público Federal, a União e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Eletronuclear. Segundo o Ministério Público, a União não construiu até hoje um "depósito final” para acomodar lixo radioativo. Atualmente, o material é mantido em depósitos intermediários, como os localizados dentro do Complexo Nuclear Almirante Álvaro Alberto, local onde estão os reatores de Angra 1, 2 e, futuramente, Angra 3.
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- 14/10/2019 - Marinha impulsiona Vale do Silício NuclearForça Naval se articula para obter fundos e concretizar o projeto de um reator multiuso e um submarino nuclear
Força Naval se articula para obter fundos e concretizar o projeto de um reator multiuso e um submarino nuclear
Fonte: Destak
Após extrair o Programa Nuclear Brasileiro da Casa Civil para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) - órgão ligado à Presidência da República - através de uma articulação política ainda na gestão Temer por parte do general e ex-chefe do Gabiente, Sérgio Etchegoyen, a Marinha vem conduzindo os avanços do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Em resumo, o programa se traduz no projeto de um Reator Multipropósito e na construção de um submarino com propulsão de urânio enriquecido.
Atualmente, o Brasil possui um ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que é almirante, e vê a retomada da Usina de Angra 3 como prioridade. A obra está suspensa desde 2015, em função de escândalos de corrupção envolvendo o ex-presidente Temer e o ex-ministro de Energia Moreira Franco. Além da movimentação indicar uma mudança da matriz energética do país, a Marinha hoje concentra iniciativas nucleares por possuir corpo técnico compentente.
Hoje o mundo possui 442 reatores nucleares funcionando. A China tem 17 em construção, por exemplo, e o Brasil tem quatro reatores de pesquisa. O PNB existe desde a era Vargas, mas só foi aberto à comunidade internacional em 1987, durante o período Sarney, quando o Brasil anunciou que tinha a capacidade de enriquecer urânio. Atualmente, o RMB (Reator Multipropósito Brasileiro), com previsão de conclusão em quatro anos, passa por uma fase de captação de recursos.
Uma reunião foi feita no último dia 7, no GSI, com diversos ministérios envolvidos para viabilizar parte do montante estimado em U$ 500 milhões para o RMB, movido à urânio e que fará radioativos usados para pesquisa e para a produção de radiofármacos. Estuda-se empregar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Energia barata
"No momento, [o RMB] está na fase de fechamento do prédio do reator. O projeto é de uma empresa argentina, a INVAP. Há um acordo assinado entre Brasil e Argentina de um reator para cada país", disse Francisco Deiana, diretor técnico e de operação da Amazônia Azul Tecnologia de Defesa, a Amazul S.A., criada há seis anos com o objetivo de desenvolver tecnologias nucleares. Como o Brasil possui a 7ª maior reserva de urânio do planeta, o Brasil estuda os caminhos para exportar o material e entrar na corrida de desenvolvimento de produtos e energia radioativa.
A União Europeia prevê a conversão de carros movidos a combustível fóssil para a locomoção elétrica até 2030, mas isso só seria possível em escala continental mediante o uso de 100 reatores, segundo informações da Marinha. "Sem energia barata, o mundo para", afirmou Aldo Malavasi, assessor técnico científico do Centro Tecnológico da Marinha.
No Brasil, um dos desdobramentos do RMB é produzir radiofármacos para abastecer a cadeia nacional, tanto privada quanto pública. Isto é, há pretensões de destinar produtos radioativos para exames e tratamento de câncer no SUS. "O Brasil importa U$ 20 milhões de radiofármacos por ano para abastecer 430 clínicas e hospitais, mas queremos a autossuficiência", explicou Wilson Calvo, diretor geral do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
Calvo acrescentou que a cidade de Iperó, no interior de São Paulo, será a sede do RMB com dois milhões de m². Planeja-se a instalação de cerca de 20 prédios e até mesmo um acelerador de partículas no polo que vem sendo chamado informalmente de Vale do Silício Nuclear.
SUS e submarino
Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Juliano Cerci, os convênios particulares atendem 25% dos brasileiros e são responsáveis por 70% do atendimento que usa produtos nucleares. Quem faz os outros 30% é o SUS, que atende 75% da população. "Há um abismo de diferença entre essas populações por causa do preço, questões regulatórias e acesso. Na gestão Temer, chegou-se a considerar a extinção do grupo que discute o Programa Nuclear, hoje com 11 ministérios, autarquias e agências reguladoras do país. Agora há vontade política."
Já o submarino movido à urânio será feito com recursos garantidos pela Marinha. A data de entrega é incerta porque o projeto leva cerca de 8 anos para ficar pronto, com 200 engenheiros, e aproximadamente 12 anos para ser construído.
A Marinha garante que, apesar de proteger as águas do costado nacional, a finalidade do submarino não é transportar ogivas nucleares e que AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) faz vistorias surpresas para verificar a segurança dos procedimentos. "O armamento será convencional e o projeto conta com sistemas que protegem o material radioativo para não contaminar nada", assegurou o Almirante Noriaki Wada. -
- 13/10/2019 - Amazul e Nuclep assinam contrato para construção de reator nuclear navalFonte: Poder Naval
A Nuclep – Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. foi contratada pela Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. para confeccionar parte do protótipo do reator nuclear que está sendo desenvolvido pela Marinha do Brasil. O protótipo é um modelo do reator que vai equipar o futuro submarino com propulsão nuclear (SN-BR).
O contrato, assinado em Itaguaí (RJ) nesta sexta-feira (11/10), prevê a fabricação, montagem e fornecimento do vaso (cilindro) e estruturas internas de contenção e a fabricação do tanque de blindagem primária do chamado Labgene – Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, concebido como um protótipo, em terra e em escala real, dos sistemas de propulsão que serão instalados no SN-BR.
Parte essencial do Programa Nuclear da Marinha, o Labgene tem como função permitir a simulação, em condições ótimas de segurança, da operação do reator e dos diversos sistemas eletrônicos a ele integrados, antes de sua instalação no submarino com propulsão nuclear.
Na solenidade de assinatura do contrato, o diretor-presidente da Amazul, Antonio Carlos Soares Guerreiro, salientou o início de uma nova fase para a empresa. "A partir de agora, a Amazul assume a gestão dos contratos em prol da construção do protótipo da planta de propulsão nuclear naval e, futuramente, da seção de propulsão nuclear do submarino Álvaro Alberto, com mão de obra própria, em estreita colaboração com a Marinha, e com parceiros industriais, tais como a Nuclep.”
Guerreiro destacou também o surgimento de uma parceria estratégica e com potencial sinérgico entre as duas estatais. "Por um lado, a Amazul dedicada a projetos de engenharia, em várias áreas do conhecimento, e, do outro, a Nuclep com uma enorme capacidade industrial”, observou.
O reator nuclear que está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), no município de Iperó, poderá ser empregado tanto para a propulsão naval quanto para a geração de energia para iluminar cidades. "O Labgene trará um arraste tecnológico com capacidade de beneficiar vários setores, pois a mesma planta poderá ser empregada na geração de energia elétrica para localidades isoladas, em Reatores Modulares Pequenos (Small Modular Reactors – SMR), e na dessalinização de água”, disse Guerreiro.
O presidente da Nuclep, C.Alte Carlos Henrique Silva Seixas, agradeceu a confiança depositada na empresa. "Temos imenso orgulho de assinarmos com a Amazul o contrato para a construção da Seção do Bloco 40 do Labgene, parte essencial do Programa Nuclear da Marinha. A Marinha sempre contribuiu para o desenvolvimento da NUCLEP como indústria de base nacional e para que alçássemos voos altos, que nos permitissem adquirir a expertise tecnológica, representatividade e importância relevantes ao cenário do nosso país. Consolidar mais essa parceria significa muito para nós”, finalizou. -
- 08/10/2019 - Comando da Marinha será responsável por embarcações com propulsão nuclearA proposta, em forma de projeto de lei, indica que os especialistas da Marinha devem executar o licenciamento e a fiscalização de uso de material nuclear em meios navais
A proposta, em forma de projeto de lei, indica que os especialistas da Marinha devem executar o licenciamento e a fiscalização de uso de material nuclear em meios navais
Fonte: Olhar Digital
Está na pauta da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado a discussão, nesta quarta-feira (9), do projeto de lei 3423/2019. Trata-se de proposta de transferir a responsabilidade por licenciamento e fiscalização de embarcações que utilizam propulsão nuclear ou transportam combustível nuclear para o Comando da Marinha.
Atualmente, essa atribuição é da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A justificativa da mudança é o fato de que a segurança do conjunto formado pelo reator nuclear conjugado a uma embarcação requer abordagem integrada. A análise da segurança, assim, não se resume às necessidades do reator e deve considerar a integridade do meio naval.
Segundo a proposição, então, o licenciamento e a fiscalização do uso de material nuclear em meios navais devem ser executados por especialistas da Marinha. Paralelamente, devem ser observadas as normas de segurança já estabelecidas pela CNEN. O relator, Senador Paulo Rocha (PT-PA), emitiu relatório favorável ao projeto.
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- 07/10/2019 - CNEN e AMAZUL firmam parceria na produção de radiofármacosFonte: Site da CNEN
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN, unidade da CNEN em São Paulo/SP) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (AMAZUL) assinaram, na segunda-feira (7/10), em Brasília, um Termo de Execução Descentralizada. Com o instrumento, será possível prolongar a cooperação técnica para atendimento a requisitos de boas práticas na produção de radiofármacos. O documento foi assinado pelo presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, e pelo diretor-presidente da AMAZUL, Antonio Carlos Soares Guerreiro, em Brasília.
Profissionais da AMAZUL já vinham cooperando com o Centro de Radiofarmácia do IPEN no atendimento de parâmetros relativos à produção de radiofármacos. Com a assinatura do atual Termo de Execução Descentralizada, esta cooperação será garantida por mais tempo.
A produção de radiofármacos do IPEN é realizada há 60 anos e hoje atende a cerca de 2 milhões de pacientes por ano, em procedimentos de diagnóstico e de terapia de diversas doenças. Além do Tecnécio-99, do Iodo-131, do Flúor-18 e do Gálio-67, mais de vinte outros produtos são fabricados e distribuídos pelo Instituto.
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- 07/10/2019 - Cnen renova licença de Mina do Engenho em CaetitéPor meio de nota, a Cnen informou que, para que a unidade possa entrar em operação, está passando por uma fase de testes
Por meio de nota, a Cnen informou que, para que a unidade possa entrar em operação, está passando por uma fase de testes
Fonte: O Estado de S. Paulo
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão responsável por fiscalizar as atividades que envolvam a exploração do mineral radioativo no País, renovou a licença de operação de uma mina em Caetité, em abril. O pedido tinha sido apresentado pela INB em fevereiro. A renovação da licença tem prazo de 24 meses.
A licença autoriza a exploração da Mina do Engenho. Por meio de nota, a Cnen informou que, para que a unidade possa entrar em operação, está passando por uma fase de testes, para verificar "o atendimento a requisitos de segurança das estruturas, sistemas e componentes, cuja falha ou mau funcionamento possa resultar em exposições indevidas à radiação para o pessoal da instalação ou membros da população em geral”.
No Ibama, a INB apresentou um pedido de licença de operação em dezembro de 2017. O órgão ambiental não esclareceu qual é a situação atual desse licenciamento.
Atualmente, Caetité é o único lugar do País onde existe mineração de urânio. Entre 2000 e 2015, a INB explorou a mina Cachoeira e, de lá, retirou 3.750 toneladas de concentrado de urânio.
Agora, a estatal deve começar a explorar uma nova jazida no local, a mina do Engenho. Em Caetité, a INB realiza, além da mineração, o beneficiamento do minério, que resulta no produto concentrado de urânio ou yellowcake.
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- 07/10/2019 - Governo decide retomar mineração de urânio e ampliar programa nuclearDiante das restrições de Orçamento, ideia é firmar parcerias com iniciativa privada para explorar o mineral em áreas nas quais ele não é majoritário, para não alterar a Constituição
Diante das restrições de Orçamento, ideia é firmar parcerias com iniciativa privada para explorar o mineral em áreas nas quais ele não é majoritário, para não alterar a Constituição
Fonte: O Estado de S. Paulo
Anne Warth, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Após cinco anos, o governo pretende retomar a mineração de urânio em território nacional como estratégia para ampliar o programa nuclear brasileiro. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ao Estado que esse não é apenas um desejo do governo, mas uma decisão política que será adotada. A expectativa é iniciar os trabalhos na mina do Engenho, em Caetité, na Bahia, até o fim deste ano.
A exploração será feita unicamente pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), mas a ideia do governo, diante das restrições do Orçamento para realizar investimentos, é firmar parcerias com a iniciativa privada para explorar o potencial de urânio em território nacional.
Com apenas um terço do território prospectado, o Brasil tem hoje a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo – atrás de Austrália, Casaquistão, Canadá, Rússia, África do Sul e Nigéria. O urânio é matéria-prima para o combustível utilizado em usinas nucleares, e sua exploração é monopólio constitucional da União. Hoje, apenas a estatal INB pode atuar na área.
Mas o governo avalia que é possível firmar parcerias em casos específicos, particularmente quando a presença de urânio é minoritária em uma reserva. É o caso da mina de Santa Quitéria, no Ceará, em que há 90% de fosfato e 10% de urânio. Por isso, a INB formou o consórcio com o Grupo Galvani, que deve começar a operar até o início de 2024, de acordo com o presidente da INB, Carlos Freire (ler entrevista na pág. B3). Para o ministro, esse será o primeiro passo para a formação de outras parcerias.
"Existem algumas alternativas sem necessidade de alteração da Constituição para que essa atividade minerária possa ser feita pela INB e uma outra empresa de capital privado. No que diz respeito ao urânio, a INB seria majoritária. Na exploração, não tem só urânio, pode ter outro mineral e normalmente tem”, afirmou o ministro Albuquerque.
Mudança
Para o ministro, porém, é possível avançar. Ele defende a quebra do monopólio da União na exploração de urânio e até a exploração de usinas nucleares pelo setor privado. Para isso, no entanto, seria preciso aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Congresso – com apoio de três quintos dos deputados e senadores, em dois turnos de votação em cada casa legislativa.
"Segurança existe. Operamos usinas nucleares há mais de 40 anos. Não existe problema com o setor privado. Qual a diferença do setor privado e do setor estatal? Nenhuma, desde que se tenha condições de controlar e fiscalizar. Essa discussão é coisa do passado e, se for hoje para o Congresso, não vai haver esse tipo de resistência. Essa é a minha opinião pessoal, até pelo convívio que tenho com o Congresso e diversos parlamentares”, disse.
Empresas estrangeiras de países como China, Estados Unidos, França, Japão, Coreia do Sul e Rússia já manifestaram interesse em explorar urânio no País, segundo a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.
Segundo Martha, isso ficou claro em rodadas sobre a retomada das obras de Angra 3 – quando o governo encontrou o setor e apresentou estudos e informações preliminares para testar alternativas com o setor privado."Testamos alguns modelos para ver a reação dos investidores potenciais e tentar montar algo mais atrativo. O que tem aparecido nas conversas é o interesse do investidor de não vir só para Angra 3, mas muito mais voltado numa agenda de continuidade do programa nuclear brasileiro, e um interesse em toda a cadeia produtiva, em não estar só na usina, mas também na exploração do urânio”, disse ela.
Usinas
O Brasil tem hoje duas usinas nucleares em operação – Angra 1 e Angra 2. Angra 3, com 67% das obras concluídas, foi paralisada em 2015, quando investigações da Operação Lava Jato descobriram um esquema de desvio de recursos por parte das empreiteiras. Agora, a usina precisa de R$ 16 bilhões para ser concluída e, para isso, o governo também estuda uma parceria com o setor privado."Temos um limitador constitucional em relação à atividade nuclear no Brasil. No caso de Angra 3, não seria um controlador, mas um minoritário. Para ser atrativo para o minoritário, estamos considerando que ele tenha de fato 49% das ações ou um número relevante”, disse.
A ideia, segundo a secretária especial do PPI, é publicar o edital para a escolha de um parceiro privado para Angra 3 no primeiro semestre de 2020 e retomar as obras da usina no segundo semestre do ano que vem.
Dessa vez, porém, o governo fará restrições no edital e vai exigir empresas com experiência na área – empreiteiras, por exemplo, serão vetadas. "O governo só tem praticamente feito sondagens de mercado com empresas exploradoras de atividade nuclear. Isso já é uma sinalização de que o edital vai exigir esse nível de experiência para participar da parceria”, disse.
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- 07/10/2019 - SBFoton Conference 2019A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Fonte: Agência Fapesp
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.A conferência, com o tema "Conectando Pessoas com Luz”, inclui sessões plenárias, palestras, sessões técnicas (apresentações orais e de pôsteres), painéis e um salão de exposições. O SBFoton 2019 é apoiado pela IEEE Photonics Society e pela The Optical Society.
Os interessados podem enviar um artigo completo original para revisão enviados até 31 de maio, pela página do evento. A aceitação será comunicada no dia 31 de julho e a versão final será enviada até 30 de agosto. Os manuscritos apresentados serão publicados pelo IEEE Xplore (indexado pela Web of Science e Scopus).
As inscrições têm desconto até 12 de agosto (entre R$ 150 e R$ 1.000) e podem ser feitas também pela página do evento. O endereço do IPEN é av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: https://bit.ly/2EFPUPT.
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- 07/10/2019 - SBFoton Conference 2019A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Fonte: Agência Fapesp
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.A conferência, com o tema "Conectando Pessoas com Luz”, inclui sessões plenárias, palestras, sessões técnicas (apresentações orais e de pôsteres), painéis e um salão de exposições. O SBFoton 2019 é apoiado pela IEEE Photonics Society e pela The Optical Society.
Os interessados podem enviar um artigo completo original para revisão enviados até 31 de maio, pela página do evento. A aceitação será comunicada no dia 31 de julho e a versão final será enviada até 30 de agosto. Os manuscritos apresentados serão publicados pelo IEEE Xplore (indexado pela Web of Science e Scopus).
As inscrições têm desconto até 12 de agosto (entre R$ 150 e R$ 1.000) e podem ser feitas também pela página do evento. O endereço do IPEN é av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: https://bit.ly/2EFPUPT.
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- 04/10/2019 - Amazul participa de simpósio sobre preservação de alimentos por irradiaçãoA Amazul esteve presente no 1º Simpósio Brasileiro de Tecnologia para Preservação de Alimentos por Irradiação, realizado pela Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR) no dia 3 de outubro, em Maringá (PR).
A Amazul esteve presente no 1º Simpósio Brasileiro de Tecnologia para Preservação de Alimentos por Irradiação, realizado pela Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR) no dia 3 de outubro, em Maringá (PR).
Fonte: Notícias Amazul
O diretor técnico e de Operação Francisco Roberto Portella Deiana e o engenheiro de automação e controle Rômulo Carneiro participaram do evento. Na abertura, o diretor falou sobre os projetos da Amazul dentro do Programa Nuclear Brasileiro e ressaltou a importância do uso da tecnologia nuclear em benefício da sociedade.
Segundo a Organização das Nações Unidas, 30% de toda a comida produzida por ano no planeta é desperdiçada ou se perde ao longo das cadeias produtivas. E a utilização da tecnologia nuclear pode ajudar a reverter o quadro por aumentar a vida útil dos alimentos por meio da irradiação. Além de estender a vida útil, a irradiação ajuda a reduzir perdas, garantir a segurança alimentar e aumentar a oferta de alimento ao consumidor.
"Há pouquíssimos irradiadores no País. Então, há muito potencial de crescimento nessa área”, diz Carneiro. Para o engenheiro, eventos como esse ajudam a divulgar os benefícios trazidos pela tecnologia nuclear e desmistificar a ideia de que a irradiação contamina o alimento. "É importante mostrar que o alimento não tem contato com o elemento radioativo, apesar de sofrer a ação dele. A irradiação promove uma redução da carga microbiana no alimento. Há um limite de radiação estabelecido mundialmente para isso”, explica.
Entre os temas abordados no simpósio estavam a esterilização com o uso da irradiação, a irradiação de produtos, insumos e matérias-primas voltados às indústrias alimentícias, a Política Institucional Brasileira para o setor da Agricultura, a implementação das técnicas de irradiação na agricultura e a experiência da Rosatom em tecnologias de irradiação.
O evento contou com palestrantes de diversas instituições, como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a SBPR e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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- 04/10/2019 - Cietec busca startups para o Samsung Creative StartupsA Incubadora USP/IPEN-Cietec foi a selecionada do estado de São Paulo para receber a 5ª edição do Samsung Creative Startups, programa de aceleração de startups da empresa em parceria com a Anprotec e com o Centro Coreano de Economia Criativa e Inovação. A chamada tem por objetivo selecionar até 20 empreendimentos que receberão aporte financeiro de até R$ 200 mil livres de equity, além de treinamentos, assessoria, mentoria, suporte às atividades de Pesquisa & Desenvolvimento e Inovação. As atividades de apoio terão duração de até nove meses.
A Incubadora USP/IPEN-Cietec foi a selecionada do estado de São Paulo para receber a 5ª edição do Samsung Creative Startups, programa de aceleração de startups da empresa em parceria com a Anprotec e com o Centro Coreano de Economia Criativa e Inovação. A chamada tem por objetivo selecionar até 20 empreendimentos que receberão aporte financeiro de até R$ 200 mil livres de equity, além de treinamentos, assessoria, mentoria, suporte às atividades de Pesquisa & Desenvolvimento e Inovação. As atividades de apoio terão duração de até nove meses.
O programa busca projetos voltados aos setores de saúde digital, bem-estar, fitness, segurança, criptografia, privacidade e furto, inteligência artificial, Realidade Virtual e Realidade Aumentada e Internet das Coisas. As empresas podem enviar suas propostas até o dia 20 de dezembro. A análise e seleção ocorrerá entre janeiro e março do ano que vem e, nesta etapa, os selecionados podem ser chamados para entrevistas virtuais.
Para participar do Samsung Creative é necessário estar vinculado a uma Incubadora. O programa pré-selecionou 17 incubadoras credenciadas junto ao Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e/ou ao Comitê das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento da Amazônia (CAPDA), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), além de estarem regularizadas para a aplicação de recursos provenientes de Lei de Informática. No estado de São Paulo, a escolhida foi a Incubadora USP/IPEN-Cietec.
O Samsung Creative já acelerou 45 startups desde a sua primeira edição, sendo que seis delas selecionaram o Cietec para participar, entre elas a Epistemic, empresa que desenvolveu um aplicativo que funciona como um diário de epilepsia, em que o paciente ou cuidador pode inserir diversos tipos de dados sobre as crises epilépticas, a DEV Tecnologia criadora de um dispositivo Bluetooth Low Energy, com a finalidade de ensino de biologia a crianças e com potencial de viralização - o bichinho virtual 4.0, e a VRMonkey, desenvolvedora de um jogo em Realidade Virtual de Escape de Room com tema de Alice no País das Maravilhas.
Paula Gomez, CEO da Epistemic, conta como está sendo a experiência de participar do Samsung Creative. "O programa é bem completo, com sessões informativas de diversos assuntos relevantes e nos proporcionou entregas que dão evolução ao nosso projeto, bem como diversas sessões valiosas de feedback, além de contato com outras startups geniais selecionadas. O Cietec também está sendo muito importante neste projeto, pois nos orienta a chegar no objetivo do produto desenvolvido”, afirma.
Já Sílvia Takey, sócia-diretora da DEV Tecnologia, aponta que o programa trouxe grande aprendizado em termos de Design Thinking para desenvolvimento de produtos utilizados por consumidores finais, já que o histórico da DEV é todo pautado em negócios B2B. "A Samsung nos permitiu ampliar o olhar para os mercados que podemos atingir e o Cietec foi muito importante neste processo, pois foi o viabilizador do aproveitamento da verba da Lei da Informática, sem a qual o investimento não-reembolsável não seria possível, além do apoio no processo de prestação de contas exigido pela Samsung”.
Para Pedro Matsumura Kayatt, CEO da VRMonkey, os bootcamps de design thinking e diversas consultorias do projeto ajudaram a empresa no alinhamento do produto da empresa para um de maior sucesso.
Segundo Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, uma das missões do Cietec é proporcionar a captação de recursos de fomento e investimento. ”Para nós é muito gratificante contribuir para que as empresas comecem a atuar efetivamente no mercado por meio de programas como o Samsung Creative. Estamos muito orgulhos dos resultados que o projeto tem gerado para nossas incubadas”, finaliza Risola.
As inscrições podem ser feitas pelo site https://gust.com/programs/chamada-para-selecao-de-empreendimentos-batch-5 e a empresa interessada deve indicar que pretende rodar o programa no Cietec para se integrar a incubadora.
O anúncio das startups pré-selecionadas para fase de avaliação presencial será feito dia 10 de março e a divulgação do resultado acontece em 6 de abril de 2020.
cardc@1920 -
- 19/09/2019 - Preserving the Past: Nuclear Techniques Support the Conservation of Cultural Heritage around the WorldPablo Vasquez of Brazil's Nuclear and Energy Research Institute (IPEN) shared samples of centuries-old manuscripts, originally produced in Italy and Portugal, which had been recently preserved using nuclear techniques
Pablo Vasquez of Brazil's Nuclear and Energy Research Institute (IPEN) shared samples of centuries-old manuscripts, originally produced in Italy and Portugal, which had been recently preserved using nuclear techniques
Fonte: Site da AIEA
James Howlett, IAEA Department of Technical Cooperation
On 19 September, on the penultimate day of the IAEA’s 63rd General Conference, delegates from Brazil, Croatia, France and Indonesia joined Agency staff in recounting recent achievements in the use of radiation technology to preserve and protect artefacts of cultural value, including statues, paintings and centuries-old manuscripts."Preserving cultural heritage using nuclear technology helps us to understand and respect the history, knowledge and experience of the countries as well as contributes to the socioeconomic benefits of the countries,” said Ana Raffo-Caiado, Director of the Division for Europe at the IAEA's Department of Technical Cooperation.
Museums, art galleries and libraries have increasingly turned to radiation to treat deteriorated cultural assets, particularly those which require emergency intervention or where the use of conventional techniques could cause damage. Reflecting this growing interaction, the ‘Nuclear Techniques for Preserving Cultural Heritage’ side event provided an opportunity to explore the outcomes and achievements of several technical cooperation projects which supported the preservation of objects of cultural value using radiation.
IAEA and Member State speakers demonstrated how artefacts were protected and preserved with the help of radiation technologies, including a collection of ancient, bronze statues in Croatia wooden iconostases in the Holy Voivode of Michael and Gabriel Church in Romania and the mummy of Egyptian pharaoh Ramesses II.
"The long-term preservation of these artefacts can pose a serious challenge to us, as these objects are often affected by their storage conditions, flooding events and even by climate change. As a result, sharing experiences through IAEA regional technical cooperation projects has been quite useful for us,” said Branka Mihaljevic, Head of the Radiation Chemistry and Dosimetry Laboratory in Croatia’s Ruder Boskovic Institute.
"Through TC projects and coordinated research projects, the IAEA has been supporting national experts by providing them with harmonized and efficient methods with which to conserve cultural heritage items for the foreseeable future. These efforts also respond to Target 4 of Sustainable Development Goal 11: To strengthen efforts to protect and safeguard the world’s cultural and natural heritage,” said Tomo Furusawa, an IAEA Programme Management Officer.
Traditionally, chemical and physical methods have been used for the treatment and restoration of artefacts, but these have drawbacks and limitations—chemical methods can leave undesirable substances in or on the objects, possibly causing harm later to the artefact, the restorers or to the environment, while physical methods can harm the object itself.
By contrast, radiation treatment does not leave any trace on the treated object or cause any damage. But this is not the only advantage which sets radiation technologies apart from convention methods—its versatility allows radiation treatment to meet the broad needs of its users. "Nuclear techniques can support our conservation efforts in many ways,” said Pablo Vasquez of Brazil’s Nuclear and Energy Research Institute (IPEN). "Authentication and dating are possible, but at IPEN our focus is disinfection and consolidation.”
The IAEA also supports research in the area of cultural heritage preservation, bringing together institutes from across the world in order to expand the possible applications of nuclear technologies. An ongoing Coordinated Research Project (CRP) is working towards the development of standardized procedures and the synthesis of new radiation-curable resins—upon its completion, the CRP’s results are expected to clarify the effects of irradiation on materials commonly found in objects of cultural value.
Training is also available online. The IAEA’s Cyber Learning Platform for Network Education and Training (CLP4NET) is a cost-free, e-learning platform which connects users with educational resources. IAEA Radiation Chemist Bum Soo Han demonstrated to attendees how the CLP4NET has been expanded to include new resources and courses related to cultural heritage, to facilitate the use of radiation technologies and to encourage further self-study.
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- 09/09/2019 - Amazul participa do 33º Congresso Brasileiro de Medicina NuclearFonte: Notícias Amazul
A Amazul esteve presente no 33º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, que ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro em Porto Alegre. O evento promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear teve como tema a "Saúde do Homem” e trouxe novidades discutidas mundialmente sobre medicina nuclear.
Nilo falou sobre os propósitos do RMB, que tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos, base de fabricação dos fármacos usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Além da produção de radioisótopos, o RMB também terá aplicações diversas na indústria, agricultura, meio ambiente, pesquisa, testes de materiais e combustíveis nucleares e formação de pessoal.
Atualmente, a Amazul participa do empreendimento atuando em diversas frentes: elaboração de documentação de engenharia, fiscalização, integração de projetos, suporte ao licenciamento nuclear e ambiental, preparação das equipes de implantação e operação e buse Medicina Nuclear é realizado anualmente e tem o objetivo de capacitar e aprimorar o conhecimento dos profissionais da medicina nuclear, melhorando a qualidade da assistência prestada para a população.