Clipping de Notícias
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- 19/04/2021 - NUCLEP participa da ampliação tecnológica do IPENFonte: NUCLEP na Mídia
Com sua expertise nuclear e capacidade fabril, a NUCLEP concluiu a fabricação da Caixa de Blindagem Radiológica para a Unidade Móvel de Irradiação com Acelerador Industrial de Elétrons, projetado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).A unidade móvel, cujos requisitos de segurança são chancelados pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), pela BSS Serviços de Blindagem e pela CNEN, autarquia federal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), à qual o IPEN está vinculado, tem várias aplicações. Esta possui um acelerador de feixe de elétrons responsável por tratar efluentes industriais para fins de reutilização, se apresentando como uma alternativa limpa e tecnológica para as empresas.
Com o laboratório móvel, que será usado por profissionais do IPEN no treinamento a empresas de todo país, é possível ampliar a capacidade nacional de tratamento de efluentes, gerando benefícios tecnológicos e econômicos em relação às técnicas convencionais.
A blindagem radiológica fabricada pela NUCLEP pesa cerca de 15,86t e tem como objetivo fornecer a proteção adequada durante as operações, promovendo a segurança dos trabalhadores e do ambiente.
Dentro da Unidade Móvel de Irradiação com Acelerador Industrial de Elétrons, serão aplicadas atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e prestações de serviços em escalas laboratoriais e industriais.
A participação da NUCLEP neste projeto reforça a sua capacidade de atender as mais diversas demandas dos projetos nucleares e contribuir com a sociedade brasileira.
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- 19/04/2021 - Nuclep participa da ampliação tecnológica do IPENEmpresa entrega peça que vai colaborar com importantes pesquisas brasileiras sobre tratamento de efluentes
Empresa entrega peça que vai colaborar com importantes pesquisas brasileiras sobre tratamento de efluentes
Fonte: O Dia
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ - Com experiência no setor nuclear e capacidade fabril, a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep)– indústria estatal que atua no bairro de Brisamar, Itaguaí - concluiu a fabricação da Caixa de Blindagem Radiológica para a Unidade Móvel de Irradiação com Acelerador Industrial de Elétrons, projetado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).A unidade móvel tem várias aplicações e conta com um acelerador de feixe de elétrons responsável por tratar efluentes industriais para fins de reutilização, o que viabiliza uma alternativa limpa e tecnológica para as empresas. Os requisitos de segurança são garantidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pela BSS Serviços de Blindagem e pela CNEN - autarquia federal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações a qual o IPEN está vinculado.Com o laboratório móvel, que será usado por profissionais da IPEN para realizar treinamentos em empresas de todo país, é possível ampliar a capacidade nacional de tratamento de efluentes, o que gera benefícios tecnológicos e econômicos em relação às técnicas convencionais.A blindagem Radiológica fabricada pela Nuclep pesa mais de 15 toneladas e tem como objetivo fornecer a proteção adequada durante as operações, promovendo a segurança dos trabalhadores e do ambiente.
A Unidade Móvel de Irradiação com Acelerador Industrial de Elétrons é importante na aplicação de atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e prestações de serviços em escalas laboratoriais e industriais.
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- 19/04/2021 - FAPESP divulga novas normas de Prestação de ContasFonte: Agência FapespAgência FAPESP – A FAPESP implementará, em 16 de maio de 2021, as novas Normas para Uso de Recursos e Prestação de Contas, que foram divididas em duas partes: Normas para Uso de Recursos e Prestação de Contas de Auxílios e Bolsas e Normas para Uso de Recursos e Prestação de Contas de Subvenção Econômica.
Com essa divisão, as instruções para uso de recursos de subvenção econômica deixam de constar como exceções no texto da norma geral de Auxílios e Bolsas e as instruções disponibilizadas às beneficiárias de subvenção se tornam mais completas e claras.
As normas foram atualizadas considerando os novos procedimentos adotados pela FAPESP e a adequação às alterações de legislação e de atos normativos editados pela própria Fundação. As seções do texto foram reorganizadas, com o agrupamento de informações relacionadas a cada tema.
O sistema eletrônico de Prestação de Contas de Auxílios e Bolsas, que funcionará no Sistema de Apoio à Gestão (SAGe), integrará o controle das liberações de recursos, eliminando a necessidade de inclusão manual dos valores liberados.
Entre as demais funcionalidades do novo módulo do SAGe, os outorgados de Auxílios à Pesquisa, cujas notas de material permanente e material de consumo são emitidas no CNPJ2 da FAPESP, podem carregar diretamente da base das Secretarias das Fazendas Estaduais ou Fazenda Nacional os dados dessas notas fiscais, para que sejam associadas à Prestação de Contas. O sistema permite ainda o carregamento de dados de uma nota fiscal emitida no CPF do outorgado por meio da chave de acesso ou do arquivo XML.
Deverão ser submetidas em formato eletrônico as Prestações de Contas iniciais de processos de Auxílios e Bolsas, bem como as Prestações de Contas seguintes. No caso de processos para os quais já tenha sido apresentada ao menos uma Prestação de Contas em papel, os outorgados poderão continuar a enviar Prestações de Contas em formato físico à FAPESP, até 31/12/2021.
Período de transição
Para que outorgados e Escritórios de Apoio Institucional ao Pesquisador (EAIPs) possam se familiarizar com o sistema, e considerando a situação de exceção causada pela pandemia da COVID-19, as Prestações de Contas iniciais de Auxílios e Bolsas, previstas para os meses de março, abril e maio de 2021, foram prorrogadas para o mês de junho de 2021, respeitando o dia do mês previsto no termo de outorga (dia 10, 20 ou 30).
USP
Para processos vinculados à Universidade de São Paulo (USP), os outorgados deverão fazer o preenchimento da Prestação de Contas pelo Sistema de Gestão da Informação de Projetos (GIP), por força de decisão tomada no âmbito da USP. O GIP foi integrado ao SAGe em 16 dezembro de 2020, no âmbito de termo de cooperação para troca de informações firmado entre a FAPESP e a USP em 2017.
Cronograma de implementação das novas normas
19/04/2021
Publicação das novas normasLiberação do sistema SAGe para início do preenchimento de Prestações de Contas eletrônicas.
16/05/2021
Entrada em vigor das novas normasA partir desta data, as Prestações de Contas podem ser submetidas eletronicamente via SAGe, nas datas estabelecidas para envio do compromisso nos Termos de Outorga de Auxílios e Bolsas. Também a partir desta data passa a ser obrigatória a submissão de Prestações de Contas iniciais em formato eletrônico, via SAGe. Para processos que já tenham apresentado ao menos uma Prestação de Contas em formato físico à FAPESP, será facultativa a submissão de Prestação de Contas em formato eletrônico ou o envio em formato físico até 31/12/2021.
01/01/2022
Fim do período de transiçãoA partir desta data, todas as Prestações de Contas parciais e finais devem ser enviadas eletronicamente à FAPESP, via SAGe. Para processos vinculados à USP, que já tenham apresentado ao menos uma Prestação de Contas em formato físico à FAPESP, continuará sendo facultativa a submissão de Prestação de Contas em formato eletrônico via GIP ou o envio em formato físico à FAPESP até o término da vigência destes processos.
Manuais de apoio
As orientações para elaboração e submissão da Prestação de Contas no SAGe podem ser consultadas no Manual de Apoio disponível no link "Manuais”, dentro do próprio SAGe.
Também no link "Manuais” do SAGe está disponível o Manual de Apoio com orientações para que os outorgados façam a delegação de usuários ou membros dos Escritórios de Apoio Institucional ao Pesquisador, autorizados a elaborar suas Prestações de Contas no sistema.
Dúvidas sobre a utilização do sistema podem ser enviadas por meio do Converse com a FAPESP, em Informações > Informações Gerais (fapesp.br/converse/informacoes/orientacao-geral).
Evento e vídeos para dúvidas
A FAPESP realizará no dia 30/04/2021 evento on-line sobre as novas normas e sobre a elaboração da Prestação de Contas no SAGe. As inscrições devem ser feitas no endereço https://fapesp.br/14840.
No encontro, serão apresentadas as principais alterações nas Normas de Uso de Recursos e Prestação de Contas. Também serão demonstradas algumas das funcionalidades do módulo de Prestação de Contas do SAGe.
Ao final da apresentação, a FAPESP esclarecerá dúvidas gerais sobre as novas normas e sobre o sistema. As dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail evento-normaspc@fapesp.br e serão respondidas apenas durante o evento.
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- 17/04/2021 - MG Grafeno deve ampliar a produçãoFonte: Diário do ComércioA primeira e única planta de produção de grafeno em Minas Gerais passa por adaptações e terá capacidade de produzir, já em 2022, 500 quilos/ano do nanomaterial, expansão de 400% da produção atual.
O projeto MG Grafeno – iniciativa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) – está na fase de adaptação da planta e aquisição de equipamentos para essa finalidade. O projeto também busca, nessa fase, fortalecer parcerias para viabilizar comercialmente o produto.
O grafeno é um nanomaterial oriundo do grafite. É leve, mas com resistência mecânica maior que a do aço. Adicionado aos polímeros, por exemplo, torna o produto mais forte. Tem propriedades como impermeabilidade e anticorrosão. Inglaterra, Estados Unidos e China também têm investido na produção de grafeno. "É um mercado em expansão e, sendo Minas Gerais um produtor de grafite, há muita potencialidade”, avaliou o coordenador de produção do MG Grafeno, Flávio Plentz.
O MG Grafeno existe desde 2016 e fica na sede do CDTN, no campus da UFMG. O projeto recebeu investimentos de aproximadamente R$ 50 milhões da Codemge. Na planta, são desenvolvidas tecnologias para a produção de grafeno de alta qualidade, a baixo custo e em larga escala. Diversas aplicações do nanomaterial já foram testadas e certificadas. "Chegamos a um custo e qualidade de produção que já viabiliza a aplicação comercial”, informou Plentz, que é professor do departamento de física da universidade.
Na primeira fase o projeto desenvolveu conhecimento de produção e caracterização dos produtos. A segunda fase, que começou em 2019, certificou e consolidou o portfólio. A pesquisa de aplicações foi realizada em parceria com a iniciativa privada. Nesta nova fase, segundo Plentz, a planta está em expansão, serão incluídos novos equipamentos. Assim, a produção que hoje é de 100 kg passará para 500 kg/ano.
Atualmente, são produzidos pelo MG Grafeno três produtos da família do grafeno. Um deles é o grafeno de poucas camadas, considerado o mais nobre. As aplicações estão em composições com polímeros, na fabricação de tintas, baterias, sensores, em segmentos da indústria eletrônica, entre outros.
As nanoplacas de grafeno entre cinco e dez camadas são usadas em projetos com fibras poliméricas, polímeros para embalagens e resinas epóxi. Já as nanoplacas de grafite têm uso na fabricação de tintas e revestimentos.
Parceria – A parceria com a iniciativa privada é fundamental em todas as fases do projeto, na avaliação de Flávio Plentz. O trabalho em conjunto vai desde o fornecimento de grafite, feito pela Nacional Grafite, com planta em Itapecerica – até rodadas pilotos em fábricas.
Há companhias parceiras na área de polímeros, de recobrimentos anticorrosivos, de resinas epóxi e até de baterias. A Oxys Energy é uma das parceiras do projeto. "O objetivo perseguido desde o começo é levar o know-how para a iniciativa privada, viabilizar a comercialização e tornar Minas um importante produtor de grafeno”, finalizou.
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- 16/04/2021 - Angra 1 entra em manutenção a partir do sábado (17/4), e tira 600 MW do SINA Eletronuclear disse que trata-se de uma parada programada para reabastecimento de combustível
A Eletronuclear disse que trata-se de uma parada programada para reabastecimento de combustível
Fonte: Estado de MinasA usina nuclear Angra 1, no Rio de Janeiro, vai entrar em manutenção a partir deste sábado (17/4), retirando do Sistema Interligado Nacional (SIN) cerca de 600 megawatts (MW) de capacidade instalada. Angra 2, com potência maior (1.200 MW), já havia parado no ano passado para manutenção.
"Neste sábado (17/4), à 0h, a Eletronuclear vai desconectar a usina nuclear Angra 1 do SIN para reabastecimento de combustível. Trata-se de uma parada programada, em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), com duração programada para 35 dias", antecipou a Eletronuclear ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Durante esse período, o ONS despachará a energia de outras usinas do sistema interligado de forma a garantir um abastecimento seguro de energia elétrica para o País, disse a subsidiária da Eletrobras.
As paradas de reabastecimento ocorrem, aproximadamente, a cada 14 meses e são programadas com pelo menos um ano de antecedência, levando-se em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN.
Nesta parada, além do reabastecimento de cerca de 1/3 do combustível nuclear, serão realizadas atividades de inspeção e manutenção periódicas e também instalações de diversas modificações de projeto, que precisam ser feitas com a usina desligada.
"No total, 2.904 tarefas foram programadas para o período. Para executá-las, a empresa contratou firmas nacionais e internacionais, que estão disponibilizando aproximadamente 600 profissionais, sendo 30 estrangeiros, para atuar em conjunto com os técnicos da Eletronuclear", informou a estatal.
Para a realização desta parada, uma série de medidas de mitigação da covid-19 foram tomadas pela Eletronuclear. Além da redução do escopo das atividades, foram realizadas diversas ações de comunicação, treinamento e conscientização do pessoal contratado e próprio, além de reforço das medidas de distanciamento social (refeições em horário escalonado, reuniões por meio de videoconferência, demarcação no piso de acesso, etc.). Todas essas ações foram compiladas em uma cartilha, que foi disponibilizada para os profissionais envolvidos na parada.
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- 16/04/2021 - Irã diz ter conseguido enriquecer urânio a 60%, extrapolando em 15 vezes limite do acordo nuclearPresidente do Parlamento do Irã informou que os cientistas iranianos conseguiram obter urânio enriquecido a 60%. Vale destacar que o acordo nuclear de 2015 previa limite de 3,67%.
Presidente do Parlamento do Irã informou que os cientistas iranianos conseguiram obter urânio enriquecido a 60%. Vale destacar que o acordo nuclear de 2015 previa limite de 3,67%.
Fonte: Sputnik BrasilNesta sexta-feira (16), o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, anunciou a conquista de enriquecimento de urânio a 60%."Tenho orgulho de anunciar que os cientistas iranianos […] conseguiram obter urânio enriquecido a 60%", escreveu Ghalibaf em sua conta no Twitter.O político iraniano felicitou o povo do Irã pelo enriquecimento de urânio a 60%.Na terça-feira (13), o Irã notificou a Agência Internacional de Energia Atômica sobre planejar iniciar enriquecer urânio a 60%. Teerã destacou que o urânio enriquecido a 60% seria usado na produção de molibdênio, necessário para fabricação de medicamentos radiofarmacêuticos. Segundo o presidente do Irã, Hassan Rouhani, Teerã decidiu aumentar o nível de enriquecimento de urânio e instalar centrífugas mais avançadas em reposta à sabotagem contra a usina nuclear de Natanz.De acordo com o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) celebrado em 2015, o enriquecimento de urânio era limitado a 3,67% para Irã. Após a saída unilateral dos EUA do acordo nuclear em 2018, o Irã anunciou a redução gradual de seus compromissos no âmbito do JCPOA, se recusando a restringir pesquisas nucleares, centrífugas e nível de enriquecimento de urânio. -
- 15/04/2021 - AIEA enviará especialistas ao Japão para análise de despejo de água contaminada de FukushimaA Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) planeja enviar uma equipe internacional de especialistas ao Japão devido às preocupações de alguns países sobre a decisão de Tóquio de despejar a água contaminada da usina nuclear de Fukushima no oceano.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) planeja enviar uma equipe internacional de especialistas ao Japão devido às preocupações de alguns países sobre a decisão de Tóquio de despejar a água contaminada da usina nuclear de Fukushima no oceano.
Fonte: Sputnik BrasilO diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, afirmou em entrevista à NHK que o governo japonês tinha solicitado formalmente a cooperação da agência em relação ao plano de despejo da água contaminada.
Grossi disse que a AIEA tem se preparando para a decisão do Japão durante meses, e revelou que uma equipe internacional pode ser enviada para ajudar a dissipar as preocupações, verificando se o processo de liberação da água tratada é seguro.
"Podemos ter conselheiros que podem vir de diversas áreas, países diferentes, competências diferentes. Qualquer preocupação séria tem a chance de ser discutida e analisada tecnicamente", disse Grossi.
As preocupações expressas por residentes locais e por países vizinhos, como a Coreia do Sul e a China, não podem ser ignoradas, declarou Grossi, acrescentando que a agência considerará incluir especialistas desses mesmos países, como a Coreia do Sul, em sua equipe.
"Todas estas preocupações, podemos concordar ou discordar, mas devem ser levadas a sério. Temos uma responsabilidade comum", adicionou o diretor-geral da AIEA.
Na terça-feira (13), o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou que o país despejará no oceano a água tratada procedente da usina nuclear de Fukushima. Aproximadamente 1,25 milhão de toneladas de água contaminada está armazenada em mais de mil cisternas próximas da usina nuclear de Fukushima.
Segundo o primeiro-ministro japonês, o plano de liberação da água é desenvolvido conforme os padrões de segurança para prevenir possíveis danos. Por sua vez, Seul e Pequim expressaram suas preocupações sobre o plano do governo do Japão.
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- 15/04/2021 - Oncologia: Santa Casa recebe autorização para operação da RadioterapiaAté o momento, o único hospital a ofertar o mesmo tipo de tratamento no Mato Grosso fica na capital, Cuiabá
Até o momento, o único hospital a ofertar o mesmo tipo de tratamento no Mato Grosso fica na capital, Cuiabá
Fonte: A Tribuna/MT
A Santa Casa Rondonópolis está iniciando os serviços de Radioterapia, tornando assim, o suporte e o atendimento do paciente oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de toda a região mais completo, o qual não precisará se deslocar para outras cidades a fim desse tratamento.
A obra, entregue em julho de 2020, fruto do "Projeto de Expansão da Radioterapia” do Ministério da Saúde, exigiu diversos esforços até estar preparada para o início dos atendimentos, criação de protocolos, contratação e treinamento de equipe, regulagens e testes de equipamentos e a extensa documentação exigida por diversos órgãos regulamentadores e fiscalizadores. Finalmente, nesta terça-feira (13), a certificação oficial do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi entregue e o hospital liberado para o atendimento aos pacientes.
Com a Radioterapia, o Hospital do Câncer de Rondonópolis passa a atender agora 25 municípios das regiões Sul e Sudeste, englobando 800 mil habitantes. Até o momento, o único hospital a ofertar o mesmo tipo de tratamento no Mato Grosso, fica na capital, Cuiabá.
A partir de agora, a população não precisa mais se deslocar para realizar o tratamento, contando com um serviço humanizado, com foco na qualidade e segurança do paciente.
A conquista é a concretização de um esforço de mais de 12 anos de diversas autoridades, membros de entidades de classe e da sociedade rondonopolitana.
"O Hospital do Câncer da Santa Casa Rondonópolis, habilitado no Sistema Único de Saúde como UNACON, fecha o ciclo, tornando-se um centro integrado de tratamento oncológico, equiparado aos hospitais e grandes centros de referência nacional”, concluiu a superintendente da Santa Casa Rondonópolis, Bianca Talita Franco.
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- 13/04/2021 - Enriquecimento de urânio, uma tecnologia para uso civil e militarFonte: Isto ÉO enriquecimento de urânio é o aspecto mais sensível do programa nuclear do Irã, que poderia, graças a essa tecnologia, fabricar a bomba atômica, embora sempre tenha negado ter esse objetivo.
Esse processo consiste em aumentar os isótopos físseis do urânio 235, que é inicialmente convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) e depois enriquecido, principalmente em centrífugas.
O urânio natural, conforme extraído do solo, é 99,3% urânio 238, não físsil. A parte físsil, o urânio 235, corresponde a apenas 0,7%.
Enriquecido entre 3% e 5%, esse urânio é usado para abastecer usinas nucleares para a produção de eletricidade.
Até 20%, é usado para produzir isótopos médicos, usados principalmente no diagnóstico de alguns tipos de câncer.
Para fazer uma bomba, o enriquecimento deve ser elevado até 90%.
– De 3,67% a 20% –
De acordo com os acordos alcançados em Viena em 2015 com as grandes potências (Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia), o Irã concordou em limitar o nível de enriquecimento a 3,67% para um limite de 202,8 quilos (ou 300 quilos equivalente de UF6).
Mas em resposta à decisão de Donald Trump em 2018 de se retirar do acordo, o país progressivamente voltou atrás em seus compromissos.
O Irã enriqueceu, em um primeiro momento, até 5%. Segundo o último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável pelo monitoramento das atividades nucleares do país, a quantidade desse urânio levemente enriquecido ultrapassou o limite autorizado em 14 vezes em meados de fevereiro: chegou a 2.967,8 quilos na época.
Em janeiro, o Irã iniciou o processo para subir para 20%. Suas reservas enriquecidas nessa taxa agora sobem para 55 kg, de acordo com dados recentes da Organização Iraniana de Energia Atômica.
– 60%, um limite inédito –
Na terça-feira, a República Islâmica anunciou sua intenção de chegar a 60%, um limite sem precedentes de acordo com especialistas.
Os iranianos "nunca passaram dos 20%”, disse Robert Kelley, ex-diretor de inspeções da AIEA.
E também, em paralelo, aumentaram muito o número e os resultados de suas centrífugas para "produzir mais, melhor e mais rápido”. No total, o número de máquinas passou de 5.060 antes do acordo de 2015 para mais de 6.400 em fevereiro.
No entanto, Kelley pediu prudência. "É um grande passo à frente”, "uma provocação”, mas não é "suficiente” para fazer uma bomba atômica, afirmou.
Se o Irã talvez será capaz de produzir muito urânio nos próximos anos, precisará depois transformá-lo em em arma e adaptá-lo a um míssil, o que "exige muitas etapas” (compostos químicos, explosivos, aspecto eletrônico…), diz o especialista.
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- 12/04/2021 - Serviço de Proteção Radiológica na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - CNAAA: uma perspectiva históricaFonte: Defesa.NetA Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão situadas as Usinas Nucleares Angra 1 e Angra 2, está localizada na Praia de Itaorna no município de Angra dos Reis. As Usinas Angra 1 e Angra 2 respondem pela geração de aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no País e mais de 30% da energia consumida no Estado do Rio de Janeiro.
Recentemente, foi realizado um estudo histórico de exposição à radiação na CNAAA, referente aos trabalhadores ocupacionais (Indivíduos Ocupacionalmente Expostos - IOE) que atuam, ou já atuaram, na Instalação. Trata-se de uma pesquisa que cobre os últimos 25 anos de Operação das Usinas, contemplando cerca de 17 mil trabalhadores. Conforme já era previsto pelo Serviço de Proteção Radiológica da CNAAA, as exposições à radiação por parte desses trabalhadores, acumuladas ao longo desses 25 anos, ficaram muito abaixo dos limites anuais estabelecidos por norma, tanto nacionais quanto internacionais.
O Órgão Regulador nacional, mais especificamente a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estabelece a Norma CNEN NN 3.01 (Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica), que baliza os limites para exposição à radiação para os Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE) e para os Indivíduos do Público (pessoas que não desenvolvem atividades laborais em áreas de radiação). A quantidade de radiação recebida por uma pessoa é chamada de Dose, que é a quantidade de energia depositada pela radiação. Sua medida é realizada na unidade denominada Sievert (Joules por quilograma), de acordo com o Sistema Internacional. A Norma CNEN NN 3.01 permite uma dose anual de radiação de até 50 mSv para o IOE, desde que não seja ultrapassada a média de 20 mSv em cinco anos consecutivos, já para o Indivíduo do Público o limite anual é de 1 mSv.
Doses acumuladas em 25 anos
O estudo utilizou resultados de doses oficiais que foram fornecidos por laboratórios certificados pela CNEN, os indivíduos foram classificados em faixas de Dose Efetiva, com doses acumuladas entre 1995 e 2019. Vide gráfico abaixo.
Gráfico 1: Quantidade de Pessoas em faixas de Dose Efetiva / Doses Acumuladas entre 1995 e 2019Levando-se em consideração os limites anuais estabelecidos na norma CNEN 3.01 e comparando com os valores acumulados ao longo dos últimos 25 anos, verifica-se que os valores de dose são mantidos muito baixos ao longo dos anos, com 99,8% das ocorrências de doses acumuladas nesse período abaixo dos limites anuais. Ressalta-se que tal análise é bastante conservativa, já que foram confrontados valores acumulados em 25 anos com limites anuais.
Foram destacados os maiores valores de dose acumuladas anualmente, para o mesmo período de 25 anos, evidenciando que não houve, em nenhum dos anos, ocorrência com valor superior aos estabelecidos em norma, conforme gráfico apresentado abaixo.
Gráfico 2: Maior Dose Efetiva Anual - Período de 25 anos (1995 a 2019)Doses anuais em 25 anos
Em outra análise, as doses foram organizadas anualmente e agrupadas com as mesmas faixas de doses, mais uma vez os resultados foram excelentes, com a maior parte dos registros concentrada na faixa de dose de menor valor. Deixando dessa forma, ainda mais evidente, que os valores de dose da CNAAA mantêm-se abaixo até mesmo do valor típico da média mundial de dose devido a radiação natural. Veja abaixo os gráficos da distribuição de dose anual e a tabela de dose média mundial devido a radiação natural.
Gráfico 3: Número de Indivíduos em Faixas de Dose Efetiva por Ano
Gráfico 3 (continuação)Com a análise dos dados, afirmamos que 86% dos IOE, ao longo da série de 25 anos, apresentaram doses inferiores à média mundial de dose devido a radiação natural, que gira em torno de 2,4 mSv ao ano.
Alguns fatos relevantes ao longo dos anos
Ao longo da série temporal, destaca-se a entrada em operação da Usina Angra 2 a partir do ano 2000, acrescentando com isso uma quantidade maior de IOE na CNAAA. Contudo, os valores de dose desse acréscimo acumularam-se na faixa de dose mais baixa.
A partir do ano 2009, as avaliações das doses oficiais da CNAAA deixaram de ser fornecidas por terceiros e passaram a ser realizadas pelo corpo técnico próprio da Eletronuclear, quando o Serviço de Monitoração Individual Externa da Empresa foi certificado pela CNEN. Anos mais tarde, o mesmo serviço foi acreditado sob a luz da Norma ISO 17025.
Considerações Finais
Quando se trata de radiação, minimizar a exposição dos trabalhadores é fundamental para assegurar sua saúde e o retorno seguro para seus lares, após cada jornada de trabalho. Os resultados de doses baixas na CNAAA são fruto de um trabalho coletivo, que envolve todas os Departamentos da Empresa, desde o emprego de equipamentos de engenharia ao treinamento e conscientização dos IOE. O acompanhamento de serviços, contabilização e controle de parâmetros radiológicos de forma ativa são o núcleo desse trabalho coletivo, que nos permitiu alcançar os resultados existentes atualmente.
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- 08/04/2021 - Fusão Termonuclear Controlada: Energia Limpa, Segura e InesgotávelFonte: Agência FapespAgência FAPESP – O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) promove neste sábado (10/04) uma nova edição da série Física para Todos, que terá como tema "Fusão Termonuclear Controlada: Energia Limpa, Segura e Inesgotável”.
A apresentação pretende delinear, de maneira simples, uma perspectiva histórica das pesquisas em fusão e seu progresso. Serão também discutidos os principais desafios científicos e tecnológicos que ainda precisam ser enfrentados para a construção de reatores comerciais afusão nuclear.
O Física para Todos promove palestras sobre os mais diversos campos científicos a um público abrangente, desde estudantes do Ensino Médio, ou jovens graduandos, até o público geral que acompanha e aprecia temas científicos.
A atual edição será apresentada pelo pesquisador Vinícius Njaim Duarte, da Princeton University (Estados Unidos). O evento será transmitido às 10h30 pelo Zoom e pelo canal do IF-USP no Youtube. Não há necessidade de inscrição prévia.
Mais informações:https://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/f%C3%ADsica-para-todos.
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- 05/04/2021 - Pesquisador da USP integrará Conselho Executivo do maior experimento ligado ao Grande Colisor de HádronsFonte: Agência FapespAgência FAPESP* – O pesquisador Marco Aurelio Lisboa Leite, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), foi indicado para compor o Conselho Executivo do experimento A Toroidal LHC ApparatuS (ATLAS), conduzido no âmbito do projeto Grande Colisor de Hádrons (LHC), da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).
O ATLAS é um detector que utiliza um eletroímã toroidal, ou seja, no qual o campo magnético fecha-se sobre si mesmo no ar. Trata-se do maior dos quatro grandes experimentos de física de partículas do LHC, mantido por uma colaboração internacional que envolve mais de 3 mil cientistas de 38 países e mais de 1.200 estudantes de doutorado.
O Conselho Executivo é a instância de governança do ATLAS responsável pela direção e coordenação do experimento, sendo composto por coordenadores de área, líderes de subsistemas e por apenas três membros da colaboração, escolhidos de forma a ampliar as competências no Conselho.
Leite foi indicado para compor o Conselho por sua contribuição com o experimento, uma vez que o pesquisador é também membro do Upgrade Speakers Committeee do Upgrade Steering Committeedo ATLAS, tendo ainda servido entre 2018 e 2019 como membro do Collaboration Board Chair Advisory Committee.
*Com informações do portal do IF-USP.
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- 05/04/2021 - Evento internacional sobre ciência e tecnologia de materiais recebe resumosFonte: Agência FapespAgência FAPESP – A Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat/B-MRS) e a União Internacional de Sociedades de Pesquisa em Materiais (IUMRS) convidam a comunidade científica a submeter resumos de trabalhos para apresentação no 19º Brazilian Materials Research Society Meeting (B-MRS Meeting), evento internacional sobre ciência e tecnologia de materiais que será realizado em formato virtual de 30 de agosto a 3 de setembro de 2021.
O evento contará com 24 simpósios temáticos em que pesquisadores e estudantes do Brasil e do exterior poderão submeter resumos de seus trabalhos para apresentação oral ou em forma de pôster. O programa também inclui sete palestras plenárias de cientistas de outros países.
Os resumos podem ser submetidos no site do evento até 25 de abril. Os interessados podem enviar até dois resumos de trabalhos, que devem ser redigidos em inglês.
Os melhores trabalhos de cada simpósio apresentados por estudantes de graduação ou pós-graduação serão distinguidos no final do evento com prêmios da SBPMat, dentro do Bernhard Gross Award.
Além disso, a ACS Publications, editora da American Chemical Society, outorgará prêmios em dinheiro aos dez melhores trabalhos de todo o evento. Para se candidatar aos prêmios, os autores deverão submeter um resumo estendido adicional ao convencional, após serem notificados da aceitação do trabalho no evento.
As inscrições para o B-MRS Meeting custam entre R$ 100 e R$ 500 até 30 de julho e devem ser feitas pelo site do evento. Após essa data, as inscrições custarão entre R$ 130 e R$ 550. As pessoas inscritas receberão link de transmissão das atividades.
Mais informações em:www.sbpmat.org.br/19encontro/.
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- 31/03/2021 - Com edição de DNA, brasileiros avançam no transplante de órgãos de porcos para humanosTrabalho é coordenado pela geneticista Mayana Zatz e pelo médico Silvano Raia, da USP; primeiro objetivo é realizar transplantes de rim
Trabalho é coordenado pela geneticista Mayana Zatz e pelo médico Silvano Raia, da USP; primeiro objetivo é realizar transplantes de rim
Fonte: Folha de São Paulo
Reinaldo José Lopes
São Carlos (SP)
Usando técnicas de edição de DNA, pesquisadores brasileiros deram passos importantes para viabilizar o transplante de órgãos de porcos para seres humanos.
Eles conseguiram remover trechos de material genético que poderiam desencadear rejeições ou causar doenças nos pacientes que receberem os tecidos de origem suína. Seu primeiro objetivo é realizar transplantes de rim, o que poderia diminuir significativamente a fila de transplantes e a dependência de constantes sessões de hemodiálise por parte dos doentes.
O trabalho está sendo coordenado pela geneticista Mayana Zatz e pelo médico Silvano Raia, da USP. "Na parte molecular, temos tido bastante sucesso”, diz Zatz.
"Transplantes de rins suínos modificados dessa maneira para babuínos [que são primatas, como o ser humano] já mostraram que é possível uma sobrevida de longo prazo. Os macacos ficaram com os rins por dois anos e meio e foram sacrificados como parte do estudo, sem que isso tivesse relação com o transplante. O procedimento ainda não foi realizado com pacientes humanos em nenhum lugar do mundo, mas há equipes trabalhando para isso, e é um esforço que precisa ser realizado no Brasil também”, argumenta ela.
Os suínos são considerados fontes promissoras para esse tipo de xenotransplante (transplante entre espécies diferentes) há tempos. Tanto o tamanho dos animais quanto sua anatomia são compatíveis com as necessidades de receptores humanos.
Para que o transplante se torne viável, dois tipos de modificação genética são considerados necessários. O primeiro envolve a remoção de três trechos do DNA suíno que provocariam rejeição aguda nos pacientes. Além disso, é preciso extirpar ainda regiões do genoma conhecidas como Pervs (sigla inglesa de "retrovírus endógenos porcinos”).
Em essência, estamos falando de vírus "fossilizados”, que infectaram os ancestrais dos porcos de hoje e inseriram versões de seu material genético no genoma dos animais. É o que o vírus da Aids ainda faz hoje com as pessoas que infecta.
No organismo dos bichos, os Pervs são inócuos, mas há o risco de eles "ressuscitarem” e infectarem outra espécie que receber o órgão transplantado. Tanto no caso dos genes de rejeição quanto no dos Pervs, a equipe já dominou os métodos necessários para deletá-los, usando a técnica de edição de DNA conhecida como Crispr (pronuncia-se "crísper”).
O próximo passo, conta Silvano Raia, será transferir o núcleo das células suínas modificadas para óvulos cujo núcleo foi retirado — na prática, um processo de clonagem — e implantar o embrião assim gerado em fêmeas. Os rins dos filhotes que nascerem a partir desse processo serão testados em sistemas de circulação extracorpórea, para demonstrar que são capazes de realizar corretamente a função filtradora do órgão.
Isso, no entanto, ainda não será suficiente para que a pesquisa chegue ao teste clínico, com pacientes. Para isso, os pesquisadores estão em busca de financiamento para construir a chamada "pig facility”, uma instação em que os suínos seriam criados em condições livres de germes e, portanto, seguras para o transplante. A área já está disponível: um espaço de 1.100 m2cedido pelo Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na capital paulista. "Com a ‘pig facility’, poderíamos começar os testes com pacientes num intervalo de seis meses a um ano”, diz Zatz.
Raia elenca os requisitos bioéticos para escolher os participantes: seriam pessoas cuja expectativa de vida ficaria maior com o transplante do que apenas com a continuidade da hemodiálise. Além disso, elas receberiam prioridade na fila de transplantes de órgãos humanos caso o procedimento não desse certo. "Seria possível fazer o xenotransplante sem retirar o rim ainda funcional do paciente, tornando-o reversível no caso de algum problema”, explica ele.
Os pesquisadores chegaram até a consultar autoridades religiosas — católicas, judaicas e muçulmanas — em busca de seu beneplácito para o procedimento. "Em essência, é algo permitido por todos”, diz Raia.
Recipiente térmico usado para transportar coração doado é colocado em uma canto da sala cirúrgica enquanto aguarda para ser transplantado em uma paciente no Instituto do Coração - (Lalo de Almeida/Folhapress)
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- 24/03/2021 - Hospital do Câncer recebe autorização da CNEN para operar novo equipamentoFonte: Diário do SudoesteEm meio a tantas dores e perdas, dias difíceis e incertezas causadas pela pandemia, uma boa notícia na área da saúde. Na manhã dessa terça-feira (23) o Hospital do Câncer de Pato Branco anunciou que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Rio de Janeiro, autorizou a operacionalização do novo acelerador linear do hospital.
"Depois de muito trabalho e ajuda de toda comunidade, hoje (terça) é um dos dias mais felizes para a Fundação Hospital do Câncer. O CNEN autorizou a operação do acelerador linear”, celebrou Osmar Gabriel, presidente do Conselho dos Instituidores.
Ele frisou ainda que essa é, sem dúvida alguma, uma das maiores conquistas na área da saúde. "O câncer é uma doença agressiva e cruel, mas o esforço da comunidade, desde a Fundação em 1997, conseguiu aproximar o tratamento do câncer junto aos pacientes. De agora em diante precisamos evoluir mais ainda”, completou.
Trâmites
Gabriel contou que o hospital pediu a autorização da CNEN no dia 9 de novembro de 2020. Correu o trâmite normal de 60 dias e em janeiro foram realizadas algumas modificações a pedido da CNEN.
Em fevereiro foi pedida uma avaliação independente, nas dependências do hospital, que deveria ser feita por um físico. O hospital solicitou a avalição do físico de Maringá (PR), Alisson Dal Col, juntamente com o físico Sidnei Maschio. O objetivo do levantamento era checar se as medidas estavam dentro dos padrões dos protocolos de segurança.
A medição radiométrica fez a leitura da radiação emitida pelo equipamento e analisou as barreiras de proteção para observar a eficácia da blindagem. Após o levantamento, o físico emitiu um laudo favorável, que foi encaminhado ao CNEN em 25 de fevereiro.
Em 9 de março o pedido entrou em processo de avaliação técnica na CNEN, e no dia 18 foi emitida a autorização para a operacionalização do aparelho.
Próximos passos
O presidente do Conselho dos Instituidores informou que o próximo passo nesse processo é encaminhar essa autorização à Vigilância Sanitária do Estado e, posteriormente, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Como já temos um serviço de radioterapia registrado junto à Anvisa, acreditamos que agora deva ser rápida essa situação. Eles devem fazer um levantamento e após a liberação da licença sanitária a máquina já pode ofertar o serviço de radioterapia aos nossos pacientes”, comemorou Gabriel.
Tratamento
Com esse novo equipamento, o tratamento dos pacientes com câncer será mais eficaz e com menos efeitos colaterais. A CNEN é uma comissão vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e faz o controle de tudo que envolve energia nuclear. Assim, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e é responsável por regular, licenciar e fiscalizar a produção e o uso da energia nuclear no Brasil.
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- 23/03/2021 - Brasil e Argentina retomam Comitê Binacional nas áreas de Ciência e TecnologiaFonte: Defesa.comOs ministros da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Marcos Pontes, e da Argentina, Roberto Salvarezza, estiveram reunidos por videoconferência na terça-feira (23). Na pauta do encontro, diversos temas de interesse em comum das duas nações como biotecnologia, nanotecnologia, setor espacial, setor nuclear e enfrentamento à pandemia de Covid-19, dentre outros.
Durante a reunião, o ministro Marcos Pontes detalhou uma série de iniciativas do MCTI como laboratórios na Amazônia para pesquisas de insumos farmacêuticos, o programa espacial brasileiro com o lançamento do satélite Amazonia 1 e a criação do plano estratégico para uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, a recente criação do Instituto Nacional do Mar, projetos na Antártica para aprimoramento dos estudos meteorológicos, além de todas as iniciativas de enfrentamento do coronavírus.
"Essa parceria com a Argentina é muito importante para o desenvolvimento tecnológico e econômico das duas nações. Podemos ir muito mais longe se trabalharmos em conjunto para o desenvolvimento dos nossos países e da América do Sul”, avaliou Marcos Pontes.
O encontro serviu também para selar a retomada de um antigo projeto entre as duas nações o Comitê Binacional. Ficou decidido que já em abril haverá um novo encontro entre especialistas dos dois países para trocar informações de combate à Covid-19. Depois em junho está previsto outra reunião para debater as possibilidades de cooperação nas outras áreas.
"Temos muito interesse nesta cooperação com o Brasil. Devido a urgência do momento, primeiro vamos tratar sobre o combate a Covid-19. Mas depois vamos nos reunir novamente para ver no que podemos contribuir um com outro nas outras áreas de interesse comum”, destacou o ministro argentino Roberto Salvarezza.
Também participaram da reunião o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Moura, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI), Paulo Roberto Pertusi, o sub secretario de unidades vinculadas Darcton Damião, o secretário de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI/MCTI) Paulo Alvin, o secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF/MCTI) Marcelos Morales, a coordenadora-geral de Cooperação Bilateral (ASSIN/MCTI) Vânia Gomes, o coordenador-geral de Cooperação Multilateral, Carlos Matsumoto, o coordenador-geral de Tecnologias Estratégicas do MCTI, Ricardo Mangrich além dos embaixadores do Brasil na Argentina Reinaldo Salgado, e da Argentina no Brasil, Daniel Scioli.
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- 23/03/2021 - Fukushima: Japão pede a AIEA para rever plano de despejar água no marO Governo do Japão pediu hoje à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para rever o seu plano para despejar gradualmente no mar água tratada, mas ainda radioativa, da central nuclear destruída de Fukushima.
O Governo do Japão pediu hoje à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para rever o seu plano para despejar gradualmente no mar água tratada, mas ainda radioativa, da central nuclear destruída de Fukushima.
Fonte: Notícias ao MinutoO ministro da Indústria nipónico, Hiroshi Kajiyama, solicitou hoje por videoconferência ao diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que o organismo de controlo nuclear da ONU realize uma revisão científica do plano para eliminar a água e transmita a sua opinião à comunidade internacional, informou a agência noticiosa japonesa Kyodo.
O Governo japonês estuda há algum tempo a possibilidade de despejar no Oceano Pacífico a água usada para arrefecer os reatores da central nuclear, gravemente afetada por um terramoto e tsunami em 2011, mas ainda não tomou uma decisão e conta com forte oposição da indústria pesqueira e de países vizinhos como a Coreia do Sul e a China.
O Japão pediu à AIEA que confirme se o método e as instalações utilizadas para a eliminação da água cumprem os padrões de segurança da agência, verifique os dados da radiação à volta da central e divulgue as suas descobertas.
As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reatores.
Desde há anos que a empresa responsável pela central utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioativos com exceção do trítio.
O pedido de Tóquio ocorre depois de, no início do mês, especialistas das Nações Unidas terem destacado que a água da central representa um grave risco ambiental e que seria "inaceitável" libertá-la no Oceano Pacífico, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
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- 18/03/2021 - Rejeitos Radioativos: Como a biomassa vem auxiliando no tratamento desse tipo de resíduoEstudo desenvolvido por pesquisadores do Ipen usou cascas de arroz e café para a biossorção de radionuclídeos.
Estudo desenvolvido por pesquisadores do Ipen usou cascas de arroz e café para a biossorção de radionuclídeos.
Fonte: Biomassa BRO tratamento de rejeitos radioativos ainda é um desafio no Brasil e cada vez mais estudos e pesquisas buscam por soluções para fazer a destinação desse tipo de resíduo de forma correta.
Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) entretanto visa modificar o cenário e mostrar o quanto o uso da biomassa pode ser eficaz e barato nesse tipo de tratamento.
De acordo com a Lei 10.308 de 2001, a qual trata sobre rejeitos radioativos, esse tipo de resíduo não pode ser descartado de forma qualquer e precisa de um tratamento específico para evitar danos graves a saúde e ao meio ambiente.A biomassa então entra como uma possível solução, visto que vem sendo cada vez mais objeto de estudo de pesquisadores para esse fim. Leandro Araujo, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo do Ipen, reforça que diversos tipos biomassa já estão sendo estudadas e trabalhadas para o tratamento de rejeitos radioativos.
Estudo utilizou cascas de arroz e café na biossorção de radionuclídeos
O estudo desenvolvido pelo Ipen teve como base de estudo o uso de cascas de arroz, assim como de café. De acordo com Araujo as mesmas foram utilizadas por se tratarem de resíduos agrícolas comuns e baratos no Brasil, um incentivo ainda maior para futuros investimentos.
O estudo teve como objetivo avaliar se as cascas possuíam propriedades atrativas na biossorção de radionuclídeos presentes em rejeitos radioativos. Na ocasião o estudo testou a biomassa especialmente em três tipos de rejeitos sendo urânio, amerício e césio.
Ainda de acordo com o pesquisador todo um processo foi realizado com a biomassa para que ela tivesse êxito durante o processo de tratamento do resíduo.
"As cascas foram preparadas por meio de lavagem com água destilada, secas em estufa a 80 graus celsius por 24h, esterilizadas por radiação UV, picadas e peneiradas. Parte desse material foi utilizado diretamente no tratamento do rejeito, ao passo de que outra parte foi ativada quimicamente com o uso de ácido nítrico e hidróxido de sódio e depois utilizada no tratamento do rejeito” explicou Araujo.
O que disseram os resultados para o tratamento dos resíduos
Os resultados apresentados pelo estudo foram bastante satisfatórios segundo Araujo, tendo a casca de café não processada com um ótimo produto de absorção de rejeitos de urânio e amerício. A expectativa agora é que mais estudos dêem continuidade e mostrem o quão importante a biomassa possa vir a ser na redução de rejeitos.
"Esses materiais se mostraram eficazes na remoção de radionuclídeos em solução de rejeito radioativo real, justificando a continuação desse estudo. Há também resultados atrativos de imobilização desses materiais com o uso de cimento Portland após o tratamento de rejeito radioativo. No momento temos trabalhado com outras biomassas, mas há a possibilidade de voltarmos a usar as cascas de café e arroz em trabalhos futuros” destaca Araujo.
O resultado positivo da pesquisa mostrou o quanto à biomassa bem exercendo um papel fundamental na redução dos impactos ambientais causados pelos poluentes e como incentivos para esse tipo de produção podem ser favoráveis para a preservação ambiental.
"Materiais como as cascas de café e arroz são de nosso interesse porque são resíduos agrícolas, gerados em quantidade significativa e que são baratos. Dessa forma, utilizamos um resíduo para tratar outro resíduo, diminuindo o impacto ao meio ambiente” finalizou Araujo.
Para quem possui interesse em acessar o estudo completo basta acessar o arquivo na plataforma SpringerLink clicando aqui: O uso de casca de arroz e café para biossorção de U (total), 241 Am e 137 Cs em resíduos orgânicos líquidos radioativos -
- 18/03/2021 - Quão seguros são os navios de guerra movidos a energia nuclear dos EUA?Fonte: Defesa Aérea e NavalPor Ryan White
Os navios de guerra movidos a energia nuclear dos EUA (NPWs) operam com segurança há mais de 50 anos sem sofrer nenhum acidente no reator ou qualquer liberação de radioatividade que prejudique a saúde humana ou tenha um efeito adverso na vida marinha. Os reatores navais têm um recorde notável de mais de 134 milhões de milhas movidas com segurança com energia nuclear e acumularam mais de 5.700 reatores-anos de operação segura. Atualmente, os EUA têm mais de 80 navios com propulsão nuclear (porta-aviões e submarinos). Esses NPWs constituem cerca de quarenta por cento dos principais combatentes navais dos EUA e visitam mais de 150 portos em mais de 50 países, incluindo aproximadamente 70 portos nos EUA e três no Japão.
Projeto da planta do reator naval
Todos os NPWs dos EUA usam reatores de água pressurizada (PWRs). Os PWRs têm um histórico de segurança estabelecido, seu comportamento operacional e riscos são conhecidos e são o projeto básico usado por aproximadamente 60% das usinas nucleares comerciais do mundo. A missão que os reatores navais apoiam é diferente da missão dos reatores comerciais.
Todos os NPWs são projetados para sobreviver a ataques em tempo de guerra e continuar a lutar enquanto protegem suas tripulações contra perigos. Eles têm recursos de controle de danos bem desenvolvidos, redundância e backup em sistemas essenciais. Além disso, para apoiar a missão de um navio de guerra, os reatores navais são projetados e operados de forma a fornecer mudanças rápidas de nível de potência para as necessidades de propulsão, garantir a continuidade da propulsão e ter longa vida operacional (núcleos de reatores navais atuais são projetados de tal forma que os porta-aviões são reabastecidos apenas uma vez na vida do navio e os submarinos nunca precisam ser reabastecidos).
Estas são as diferenças significativas entre as missões dos NPW e reatores comerciais. Além disso, o fato de que os operadores e as tripulações precisam morar nas proximidades do reator nuclear exige que o reator tenha sistemas redundantes e blindagem abrangente, além de ser confiável e seguro. Por essas razões, os projetos de plantas de reatores navais são diferentes dos reatores comerciais, o que resulta em uma capacidade aprimorada dos navios de guerra para operar com segurança em condições de batalha adversas, ou ainda com mais segurança durante operações em tempos de paz.
Existem pelo menos quatro barreiras que funcionam para manter a radioatividade dentro do navio, mesmo no caso altamente improvável de um problema envolvendo o reator. Essas barreiras são o próprio combustível, o sistema primário do reator totalmente soldado, incluindo o vaso de pressão do reator que contém o combustível, o compartimento do reator e o casco do navio. Embora os reatores comerciais tenham barreiras semelhantes, as barreiras nas NPWs são muito mais robustas, resilientes e projetadas de forma conservadora do que as dos reatores civis devido às diferenças fundamentais na missão.
O combustível nuclear naval dos EUA é um metal sólido. O combustível é projetado para choque de batalha e pode suportar cargas de choque de combate maiores que 50 vezes a força da gravidade sem liberar produtos de fissão produzidos dentro do combustível. Isso é maior do que 10 vezes as cargas de choque do terremoto usadas para projetar usinas nucleares comerciais dos EUA. Com o projeto de combustível de alta integridade, os produtos da fissão dentro do combustível nunca são liberados no refrigerante primário. Esta é uma das diferenças marcantes dos reatores comerciais, que normalmente têm uma pequena quantidade de produtos de fissão liberados do combustível para o refrigerante primário.
Um sistema primário totalmente soldado fornece uma segunda barreira de metal substancial para a liberação de radioatividade. Este sistema é formado pelo vaso de pressão do reator, que é um componente de metal muito robusto e espesso que contém o núcleo do reator e circuitos de refrigeração primários. Eles são firmemente soldados de acordo com padrões rigorosos para constituir uma única estrutura que mantém a água pressurizada em alta temperatura dentro do sistema. As bombas de refrigeração do sistema primário são bombas motorizadas enlatadas, o que significa que estão completamente contidas na barreira metálica do sistema primário totalmente soldada. Nenhuma violação no limite primário é necessária para alimentar a bomba; a bomba é operada de fora pela força de um campo eletromagnético.
Nenhuma peça giratória com vedações de gaxetas associadas penetra na barreira de metal. Embora o projeto garanta que nenhum vazamento mensurável ocorra neste sistema primário, deve-se observar que há apenas uma quantidade muito pequena de radioatividade dentro do refrigerante primário. Conforme explicado acima, não há produtos de fissão liberados do combustível para o refrigerante. As principais fontes de radioatividade no refrigerante primário são traços de corrosão e produtos de desgaste que são transportados pela água de resfriamento do reator e ativados por nêutrons quando os produtos de corrosão passam pelo combustível do reator. A concentração de radioatividade (Becquerels por grama, Bq / g) de tais produtos de corrosão ativados é quase a mesma que a concentração de radioatividade de ocorrência natural encontrada em fertilizantes comuns de jardim.
A Marinha dos EUA monitora os níveis de radioatividade na água de resfriamento do reator diariamente para garantir que qualquer condição inesperada seja detectada e tratada prontamente. A terceira barreira é o compartimento do reator. Este é o compartimento de alta resistência especialmente projetado e construído dentro do qual o sistema primário totalmente soldado e o reator nuclear estão localizados. O compartimento do reator impediria a liberação de qualquer líquido do sistema de refrigeração primário ou vazamento de pressão no caso de ocorrer um vazamento no sistema primário.
A quarta barreira é o casco do navio. O casco é uma estrutura de alta integridade projetada para resistir a danos significativos em batalha. Os compartimentos do reator estão localizados na seção central e mais protegida do navio.
A operação do reator naval
A operação de reatores navais também é diferente da de reatores comerciais devido às diferentes finalidades a que servem. Em primeiro lugar, os reatores navais são menores e mais baixos em potência do que os reatores civis. Os maiores reatores navais são avaliados em menos de um quinto de uma grande planta de reator comercial dos EUA. Além disso, os reatores navais normalmente não operam com potência total. O nível médio de potência dos reatores em porta-aviões com energia nuclear durante a vida útil do navio é inferior a 15% de sua potência nominal total. Em contraste, os reatores comerciais normalmente operam perto da potência total. Em segundo lugar, o nível de energia do reator naval é definido principalmente pelas necessidades de propulsão, e não pelas outras necessidades de serviço do navio, que também são alimentadas pelo reator, mas requerem uma pequena fração da energia necessária para a propulsão.
Consequentemente, os reatores são normalmente desligados logo após a atracação e são normalmente iniciados apenas um pouco antes da partida, uma vez que apenas uma potência muito baixa é necessária para a propulsão no porto. Enquanto no porto, a energia elétrica para as necessidades de serviço é fornecida por fontes de alimentação portuária. Este tem sido e continuará a ser o caso para os NPWs em outros portos onde há energia suficiente disponível.
Destes dois fatos por si só, segue-se que a quantidade de radioatividade potencialmente disponível para liberação de um núcleo de reator de uma NPW americana atracada em um porto é menos do que cerca de um por cento daquela de um reator comercial típico. Uma grande fração dos produtos de fissão que são produzidos durante a operação do reator, e são uma preocupação para a saúde humana, se decompõe logo após o reator ser desligado.
Preparação para Emergências
Defesa em profundidade devido às quatro barreiras existentes nas NPWs dos EUA, é extremamente improvável que a radioatividade seja liberada do núcleo do reator para o meio ambiente. Para garantia adicional, no entanto, os NPWs dos EUA têm vários sistemas de segurança para evitar que problemas aconteçam e se expandam. O sistema primário totalmente soldado, é projetado com um critério de projeto de vazamento zero que permite aos operadores de reatores NPWs determinar rapidamente se houve mesmo um vazamento de refrigerante primário muito pequeno e tomar medidas corretivas imediatas antes que possa levar a problemas adicionais.
Além disso, os NPWs dos EUA têm um sistema de desligamento de reator à prova de falhas, que provoca o desligamento do reator muito rapidamente, bem como outros sistemas de segurança de reator múltiplos e recursos de projeto, cada um dos quais tem back-ups. Entre eles está uma capacidade de remoção de calor de decomposição, que depende apenas do arranjo físico da planta do reator e da própria natureza da água (convecção natural impulsionada por diferenças de densidade), e não da energia elétrica, para resfriar o núcleo.
Além disso, os reatores navais têm acesso imediato a uma fonte ilimitada de água do mar que pode, se necessário, ser trazida a bordo para resfriamento e proteção de emergência e permanecerá no navio. Todos os reatores nos NPWs dos EUA estão localizados em compartimentos robustos e têm várias maneiras de adicionar água para resfriar o reator. Esses múltiplos sistemas de segurança garantem que, mesmo no evento altamente improvável de múltiplas falhas, os reatores navais não superaquecerão e a estrutura do combustível não será danificada pelo calor produzido no núcleo do reator.
Assim, seriam necessárias condições de acidente virtualmente incríveis, onde esses sistemas de segurança e seus backups falham, para causar uma liberação de produtos de fissão do núcleo do reator para o refrigerante primário. A tripulação do NPW é totalmente treinada e totalmente capaz de responder imediatamente a qualquer emergência no navio. As práticas operacionais navais e os procedimentos de emergência são bem definidos e rigorosamente aplicados; e os indivíduos são treinados para lidar com situações extraordinárias e estão sujeitos a altos padrões de responsabilidade. Além disso, o fato de a tripulação viver tão perto do reator fornece o melhor e mais rápido monitoramento até mesmo da menor alteração no status da planta. Os operadores ficam muito sintonizados com a maneira como a planta soa e cheira.
No caso extremamente improvável de um problema a bordo envolvendo a planta do reator de um NPW dos EUA visitando outros países, a Marinha dos EUA iniciaria as ações necessárias para responder e poderia recorrer a outros ativos de resposta nacional dos EUA, se necessário. Devido ao design robusto da planta do reator, vários sistemas de segurança e uma equipe totalmente treinada e capacitada, a segurança das NPWs dos EUA é extremamente alta. Para que um acidente que afete a operação do navio ou da tripulação aconteça, o navio deve experimentar simultaneamente numerosas e irreais falhas dos equipamentos e falhas do operador. Mesmo que tal cenário de acidente seja muito irreal, os NPWs dos EUA e suas instalações de apoio são obrigadas a simular tais situações à medida que conduzem um treinamento significativo em cenários de acidente de reator altamente improváveis. Com essa abordagem de defesa em profundidade, mesmo no evento altamente improvável de um problema envolvendo o reator nuclear de um NPW dos EUA, toda a radioatividade do combustível deveria permanecer dentro do navio.
Quando um porta-aviões dos EUA está no porto para manutenção, os reatores nucleares são desligados?
Normalmente, os reatores serão desligados sempre que o navio estiver atracado em um porto que possa fornecer serviços completos em terra (energia elétrica, água, etc). Se os serviços de terra não estiverem disponíveis, um reator será desligado, normalmente o que tiver consumido mais combustível.
A decisão também depende das necessidades operacionais. Ao reiniciar a partir do ferro frio, a condição limite é o aquecimento da tubulação de vapor. Todo esse aço frio precisa ser aquecido gradualmente e a condensação eliminada dos pontos baixos. Aquecê-lo muito rápido pode rachar o navio. O capitão provavelmente verifica suas ordens e, se houver alguma chance de que eles precisem sair em menos de 72 horas, eles provavelmente manterão reatores ou nível de energia suficientes para fumegar e sair de lá.
Geralmente, para manutenção, um navio irá para um estaleiro e a disponibilidade de manutenção será geralmente predefinida em termos de duração e programação. O reator provavelmente será desligado para uma condição de ferro frio, onde a usina a vapor pode esfriar.
Ainda há alguém a bordo que irá monitorá-los e mantê-los?
Atracado significa que você não precisa de operadores de acelerador ou relógios do motor principal. Desligar um reator reduz ainda mais o pessoal.
O reator normalmente é desligado quando o navio está em manutenção. Isso é para que mais tripulantes possam entrar em liberdade, já que uma equipe de vigilância de desligamento requer menos pessoas.
Em um desligamento de manutenção, você pode ficar com um oficial de vigilância, um supervisor de vigilância, um operador de reator de desligamento e 1–2 caras em cada ‘caixa’ (espaço de maquinário) para ficar de olho nas coisas. Isso é para cada planta, então existem alguns relógios compartilhados, técnico do reator, despachante de carga, etc.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Naval Post -
- 17/03/2021 - Nuclep entrega acumuladores de energia para Angra 3Fonte: Diário do ValeO Ministério de Minas e Energia (MME) e a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) promovem solenidade para realizar a entrega dos dois últimos acumuladores da usina nuclear Angra 3, fabricados pela Eletronuclear. O evento ocorre na próxima sexta-feira (19), às 10h, quando a Nuclep também inaugura uma linha de produção de torres de transmissão de energia.
Estarão presentes o presidente da República, Jair Bolsonaro; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e o governador em exercício do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Além disso, participarão da cerimônia o presidente da Nuclep, Carlos Henrique Seixas, juntamente com os demais diretores da empresa, e o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
Os acumuladores de Angra 3 são tanques com 14,2 metros de comprimento e 22 toneladas, utilizados para fazer o resfriamento do sistema primário, onde fica o reator. Por isso, são estratégicos para garantir a segurança de uma usina nuclear.
Esses equipamentos armazenam água pressurizada rica em boro, que neutraliza a reação de fissão nuclear que ocorre no núcleo. Em caso de emergência, sua função é injetar o líquido rapidamente no sistema primário para resfriar o reator. A água é descarregada de forma passiva, por ação da gravidade, sem a necessidade de energia elétrica.
Angra 3 terá, no total, oito acumuladores. Todos foram produzidos pela Nuclep, assim como os demais grandes equipamentos da usina, incluindo o vaso de pressão do reator, os geradores de vapor, os condensadores e o pressurizador.
Quando entrar em operação, Angra 3, com potência de 1.405 megawatts, terá capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o período. Com a usina em funcionamento, a central nuclear de Angra produzirá energia equivalente a 60% do consumo do estado do Rio de Janeiro. As obras da unidade estão previstas para serem reiniciadas em outubro, com conclusão estimada para 2026.
Produção
Já a nova linha de produção da Nuclep fabricará todos os tipos de torres de transmissão e telecomunicação. O objetivo da empresa é atuar como uma fornecedora do setor energético nacional, contribuindo para o seu desenvolvimento. A previsão é produzir até 35 mil toneladas de estruturas metálicas anualmente, possibilitando a instalação de 1,5 mil km por ano em linhas de transmissão.
O MME prevê a instalação de 55 mil km de linhas de torres de transmissão no Brasil até 2027. Com a perspectiva de absorver a grande demanda que existe nesse mercado, a Nuclep foca na redução de sua dependência de recursos da União. O faturamento pode chegar a R$ 300 milhões até 2022. Uma expansão da capacidade produtiva para 60 mil toneladas anuais também está nos planos, mas vai depender da resposta do mercado.