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- 18/05/2022 - CDTN recebe mais de sete mil litros de rejeitos radioativosFonte: Defesa em FocoO Serviço de Gerência de Rejeitos (SEGRE), do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), já recebeu 7.400 litros de rejeitos radioativos e de fontes radioativas fora de uso para armazenamento desde o início de 2022. Os rejeitos radioativos são derivados de diversas aplicações da energia nuclear.Mais recentemente, em abril, o CDTN recebeu 14 tambores de 200 litros de rejeitos radioativos derivados de um navio da década de 1950 que foi descomissionado. O material, enviado pela Marinha do Brasil, continha tinta de trítio, um elemento radioativo, e está armazenado de forma segura nas instalações do CDTN.Outros quatro tambores de 200 litros também foram recebidos pelo CDTN. Enviados pelo Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN-CO/CNEN), os tambores continham detectores de fumaça e pára-raios radioativos. O CDTN também recebeu 19 tambores de 200 litros de rejeitos radioativos sólidos provenientes do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN).O recebimento de rejeitos radioativos no CDTN é uma das atribuições legais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e também envolve atividades de tratamento e acondicionamento dos materiais, posteriormente armazenados de forma segura nas instalações do Centro, aguardando alternativas para deposição final no país.Fonte: CDTN
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- 16/05/2022 - Ipen inaugura laboratório com microscópio a laser de uso raro no mundoMicroscópio a laser de novo laboratório do Ipen só tem em outras duas instituições no mundo
Microscópio a laser de novo laboratório do Ipen só tem em outras duas instituições no mundo
Fonte: CIMM
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) inaugurou no fim de abril um laboratório multiusuário com o que há de mais avançado em microscopia: o Snom (sigla em inglês para microscopia óptica de varredura de campo próximo), microscópio subnano a laser cujo método óptico com super-resolução permite resolver o interior de uma molécula com acuidade nanométrica.Adquirido com apoio da FAPESP, o equipamento será fundamental para o avanço em vários campos de pesquisa, entre eles plasmônica, guias de ondas fotônicas, micro e nanolasers, fotovoltaicos, fotocondutores, fenômenos biológicos celulares, fluorescência de zeptólitros e espectroscopia de correlação. Uma das possibilidades é mapear o interior de células vivas de forma não invasiva.
Apenas duas instituições no mundo dispunham de microscópio equivalente – o Ipen agora é a terceira. Para operar o equipamento, os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações (Celap), passaram por um treinamento em Lille, na França, onde está sediada a empresa fabricante.
"Na realidade, um sistema igual ao nosso não existe em outro lugar. O Snom adquirido pelo Ipen é o único capaz de evitar interferências climáticas nas amostras devido, por exemplo, a aparelhos de ar-condicionado”, conta Wetter.
O Snom é capaz de realizar medidas em amostras líquidas e de controlar a temperatura da amostra, características que lhe garantem o acesso a células vivas.
"Além disso, como o Snom captura a distribuição de luz do campo próximo, as imagens não apresentam nenhuma contribuição de luz fora de foco, como ocorre em outros métodos de imagem óptica. Um Snom correlaciona a topografia da amostra com uma análise espectral de luz”, acrescenta Zanardi.
O pesquisador Marcelo Linardi destaca que os grupos de pesquisa que fazem uso de microscópios semelhantes publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo. "Isso significa que nós estaremos com instrumentação para publicar em revistas de alto impacto. Agora, é trabalhar e apresentar resultados”, afirma.
Wilson Calvo, superintendente do Ipen, enfatiza a possibilidade de novas parcerias que o novo microscópio deve fomentar. "Há um potencial de colaborações que o uso do Snom pode gerar, visto que é um laboratório multiusuário”, avalia.
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- 14/05/2022 - O que é a medicina nuclear e quais as suas aplicações?Fonte: TV BrasilO programa "Ciência é Tudo" exibido pela TV Brasil no dia 14 de maio, teve como uma de suas pautas a Medicina Nuclear e os avanços desenvolvidos no setor. Foi destacada a participação do IPEN-CNEN nos desenvolvimentos e serviços prestados há mais de 60 anos na área. A pesquisadora do Centro de Radiofarmácia, Regina Célia Carneiro, comentou sobre as aplicações de radiofármacos no diagnóstico e terapia.Nesta edição também foi apresentado o laboratório multiusuário com o equipamento SNOM (do inglês Scanning Near Field Optical Microscopy), um microscópio sub-nano a laser adquirido com apoio da FAPESP e o terceiro instalado no mundo. Os pesquisadores do Centro de Lasers e Aplicações, Anderson Zanardi e Niklaus Wetter, destacaram as características e o potencial de pesquisas que poderão ser realizadas com o novo equipamento.O programa "Ciência é Tudo" é resultado de uma parceria entre a TV Brasil e o MCTI.Assista aqui -
- 11/05/2022 - O que é a medicina nuclear e quais as suas aplicações?Fonte: TV BrasilNeste episódio do Ciência é Tudo, entenda o que é a medicina nuclear, quais as suas aplicações e como o Brasil está posicionado neste setor. O IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - produz 85% dos radiofármacos consumidos no país.
Conheça uma pesquisa realizada por cientistas da USP que pode ajudar no tratamento da doença de Parkinson. A doença causa a morte ou degeneração de células do cérebro, diminuindo a produção de dopamina e afetando o sistema nervoso central. Uma substância identificada pelos pesquisadores preveniu 60% da morte de células cerebrais em testes realizados em camundongos.
Veja algumas ações inovadoras voltadas para o desenvolvimento de veículos elétricos. A EMBRAPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - une empresas e startups em projetos inovadores em eletromobilidade.
E tem ainda uma matéria especial mostrando como é a vida e o trabalho dos pesquisadores brasileiros na Antártica.
O Ciência é Tudo é uma parceria da TV Brasil com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - MCTI.
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- 11/05/2022 - FAPESP reunirá bolsistas de pós-doutorado e pesquisadores de destaque em diferentes áreas da ciênciaEm comemoração aos seus 60 anos, a FAPESP promoverá encontros entre bolsistas de pós-doutorado da Fundação e de outras agências de fomento do país e pesquisadores com destacada atuação em suas respectivas áreas de conhecimento no Brasil e no exterior. As inscrições estão abertas até 10 de junho.
Em comemoração aos seus 60 anos, a FAPESP promoverá encontros entre bolsistas de pós-doutorado da Fundação e de outras agências de fomento do país e pesquisadores com destacada atuação em suas respectivas áreas de conhecimento no Brasil e no exterior. As inscrições estão abertas até 10 de junho.
Fonte: Agência FapespDuas "Escolas FAPESP 60 Anos” estão agendadas para o mês de agosto – uma na área de Ciências Exatas, Naturais e da Vida, a ser realizada entre os dias 7 e 10, e outra na área de Humanidades, Ciências Sociais e Artes, entre os dias 21 e 24."Esses encontros oferecem a pesquisadores em formação uma oportunidade de interagir com cientistas mais experientes, bem-sucedidos em diferentes campos do conhecimento, para discutir problemas científicos concretos e examinar o panorama mundial e as políticas de ciência e tecnologia. É também uma oportunidade de conviver com colegas que têm interesses comuns, de outras instituições e de outros Estados do país. É uma contribuição à formação de nossas futuras lideranças”, diz Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.Durante quatro dias, os bolsistas selecionados ficarão hospedados em um hotel-fazenda no interior de São Paulo, onde terão a oportunidade de conhecer investigações de fronteira e lideranças científicas, debater os desafios para o avanço da pesquisa, apresentar os projetos em desenvolvimento e estabelecer colaborações nacionais e internacionais."A FAPESP, neste ano de comemoração de seu 60º aniversário, dá continuidade à sua tradição de formar novas gerações de pesquisadores ao organizar um encontro em que pós-doutores conhecerão as experiências e contribuições de um conjunto de cientistas reconhecidos internacionalmente, ao mesmo tempo em que serão expostos a ideias de outras áreas, além daquela em que atuam, propiciando assim um ambiente de fertilização cruzada que abrirá possibilidades para solução de problemas que exigem uma abordagem integrada de saberes”, diz Ronaldo Pilli, vice-presidente da FAPESP e coordenador das Escolas FAPESP 60 anos.A programação inclui conferências, sessões de debate com os pesquisadores convidados e de pôsteres, além de espaços para conversas informais.Cada uma das Escolas FAPESP 60 anos reunirá 60 bolsistas de pós-doutorado de todo o país, financiados pela FAPESP e por agências brasileiras de fomento, com pesquisas nas respectivas áreas de conhecimento – Ciências Exatas, Naturais e da Vida e Humanidades, Ciências Sociais e Artes.Participarão como convidados da Escola FAPESP 60 Anos – Ciências Exatas, Naturais e da Vida o físico Osvaldo Novais de Oliveira Jr., professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) com atuação nas áreas de filmes orgânicos nanoestruturados e processamento de línguas naturais; Virgílio A. F. Almeida, professor do Departamento de Ciências da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista na avaliação de performance e modelagem em larga escala de sistemas distribuídos; o físico Guy Brasseur, do Max Planck Institute for Meteorology, de Hamburgo, com pesquisa em mudanças e variabilidade climáticas, relação entre química e o clima, interações entre biosfera e atmosfera, esgotamento do ozônio na estratosfera, poluição atmosférica, entre outros; José Nelson Onuchic, da Rice University, nos Estados Unidos, que desenvolve estudos sobre transferência de elétrons em sistemas biológicos e sobre fenômenos relacionados ao enovelamento e função de proteína; Barry O’Keefe, do National Cancer Institute, também dos Estados Unidos, estudioso de produtos naturais como fontes de novos agentes bioativos e medicamentos; e Ana Domingos, da Universidade de Oxford, que trabalha na área de neuroimunometabolismo e busca elucidar os mecanismos neuroimunes que regulam a função autonômica e suas implicações na obesidade.Da Escola FAPESP 60 Anos – Humanidades, Ciências Sociais e Artes participarão o historiador Serge Gruzinski, professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) e diretor de pesquisa do Centre Nacional de la Recherche Scientifique (CNRS), da França, especialista em questões latino-americanas; Elisa Reis, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisadora de temas como estados nacionais, cidadania, elites e desigualdade social e políticas públicas; Agnes van Zanten, da Sciences Po, na França, doutora honoris causa de várias universidades europeias (Turku, Genebra, e Bruxelas) e membro correspondente da British Academy, especialista em temas como segregação educacional e desigualdades, dinâmicas interna e externa das escolas, entre outros; Lucia Nagib, professora titular de cinema na Universidade de Reading, no Reino Unido, especialista em teoria, história e geografia do cinema mundial (world cinema) e em realismo cinematográfico; e Marta Arretche, professora do Departamento de Ciência Política da USP, com estudos sobre desigualdade, e especialista em análises comparadas dos Estados federativos e dos sistemas de proteção social.Para mais informações sobre a Escola FAPESP 60 anos – Ciências Exatas, Naturais e da Vida acesse: https://60anos.fapesp.br/escola-exatas.Para mais informações sobre a Escola FAPESP 60 anos – Humanidades, Ciências Sociais e Artes acesse: 60anos.fapesp.br/escola-humanidades. -
- 10/05/2022 - Caso nuclear iraniano preocupa 'muito' diretor da AIEAFonte: UOLViena, 10 Mai 2022 (AFP) - O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, declarou-se, nesta terça-feira (10), "muito preocupado" com a situação no Irã e denunciou uma falta de cooperação em meio ao bloqueio das negociações para salvar o acordo de 2015.A AIEA "tenta esclarecer alguns assuntos que se encontram pendentes", declarou Grossi, perante uma comissão do Parlamento europeu."Eu me refiro ao fato de, nos últimos meses, termos conseguido identificar rastros de urânio enriquecido em lugares nunca declarados pelo Irã, como se tivessem abrigado qualquer atividade nuclear", ressaltou."Estamos extremamente preocupados (...). A situação não parece muito favorável. Por enquanto, o Irã não se mostrou disposto a fornecer as informações de que precisamos", criticou o chefe do órgão de monitoramento da ONU.Vários sítios são alvo de interrogatórios por parte da AIEA.No início de março, Grossi viajou para o Irã para revisar este assunto, quando a República Islâmica solicitou o encerramento do caso. Por fim, acertou-se que ambas as partes troquem seus documento.Estas declarações surgem no momento em que o negociador da União Europeia encarregado de coordenar o diálogo sobre a questão nuclear iraniana, Enrique Mora, é esperado no Irã nesta terça-feira para tentar reiniciar o processo.Há mais de um ano, Irã e Estados Unidos mantêm negociações indiretas em Viena para ressuscitar o acordo de 2015, de modo a impedir a República Islâmica de fabricar uma bomba atômica, o que aquele país nega. Os outros participantes são Alemanha, China, França, Grã-Bretanha e Rússia.Os diplomatas deixaram Viena em 11 de março para fazer uma "pausa" e, desde então, Irã e Estados Unidos se acusam mutuamente de serem responsáveis pelo bloqueio nas discussões. -
- 10/05/2022 - Instituto de Engenharia Nuclear faz 60 anosFonte: IEN
A instalação de um reator nuclear de pesquisa no Rio de Janeiro foi o marco inicial do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), fundado em 1962. Na última semana, o IEN celebrou os 60 anos dessa história, que se expandiu por diversas áreas da tecnologia nuclear.
As comemorações tiveram início no dia 5, com a realização do workshop "Reatores de Pesquisa e de Potência no Brasil e no Mundo e as Perspectivas da Energia Nuclear no País”. Especialistas de instituições públicas e privadas da área nuclear apresentaram as mais recentes resoluções e inovações do uso da energia nuclear para uma plateia de profissionais e estudantes do setor vindos de vários estados do país.
No dia 6, foi realizada, para servidores e convidados, uma cerimônia no auditório do Instituto, com a presença do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Coelho de Almeida, e de representantes de outras instituições.
Na abertura, o diretor do IEN, Fábio Staude, falou brevemente da história da criação e expansão do Instituto e apresentou seus projetos estruturantes, em oito áreas, abrangendo desde engenharia de reatores a nanorradiofármacos, radiotraçadores, capacitação e divulgação científica. "Apostamos no aprimoramento das instalações pra fortalecer e ampliar nossas parcerias com outras instituições”, resumiu. "Essa premissa”, lembra Staude, "estava presente já na criação do IEN: promover colaboração com instituições facultando-lhes o uso das instalações e cooperação técnico-científica.”
Próximo a falar, o diretor de P&D destacou o atual papel do IEN, "um hub acolhedor de instituições com muitas possibilidades de entregas à sociedade.” Já o presidente da CNEN observou que o auditório lotado de servidores, colaboradores e representantes de centros de pesquisa e de ensino demonstra a importância do trabalho do IEN: "Mesmo com restrições de pessoal e recursos, o IEN se reposicionou com ideias, criatividade e empenho.” O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, enviou mensagem de vídeo.
Em seguida foi entregue a dez personalidades e instituições o Prêmio Luiz Aghina, criado em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento e aprimoramento do IEN e do setor nuclear brasileiro. (Leia mais no site do IEN).
Houve também o lançamento de três projetos: o curso de especialização em Direito Nuclear, inédito na América Latina, a ser oferecido a partir do próximo ano pelo Setor de Capacitação da Divisão de Ensino (Secap/Diens), a Casa da Ciência Nuclear, um espaço a ser criado no IEN para exposição permanente e mostras interativas de divulgação das aplicações da energia nuclear, e o Programa de Estágios do IEN.
Por fim foram apresentados os resultados do projeto de adequação e modernização das instalações do reator Argonauta e de seus laboratórios associados.
O projeto incluiu a aquisição de uma nova carga de elementos combustíveis, fabricados pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), em São Paulo, com tecnologia 100% nacional.
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- 09/05/2022 - Ipen inaugura laboratório com equipamento que só existe em outras duas instituições no mundoFonte: Agência FapespAgência FAPESP* – O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) inaugurou no fim de abril um laboratório multiusuário com o que há de mais avançado em microscopia: o Snom (sigla em inglês para microscopia óptica de varredura de campo próximo), microscópio subnano a laser cujo método óptico com super-resolução permite resolver o interior de uma molécula com acuidade nanométrica.
Adquirido com apoio da FAPESP, o equipamento será fundamental para o avanço em vários campos de pesquisa, entre eles plasmônica, guias de ondas fotônicas, micro e nanolasers, fotovoltaicos, fotocondutores, fenômenos biológicos celulares, fluorescência de zeptólitros e espectroscopia de correlação. Uma das possibilidades é mapear o interior de células vivas de forma não invasiva.
Apenas duas instituições no mundo dispunham de microscópio equivalente – o Ipen agora é a terceira. Para operar o equipamento, os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações (Celap), passaram por um treinamento em Lille, na França, onde está sediada a empresa fabricante.
"Na realidade, um sistema igual ao nosso não existe em outro lugar. O Snom adquirido pelo Ipen é o único capaz de evitar interferências climáticas nas amostras devido, por exemplo, a aparelhos de ar-condicionado”, conta Wetter.
O Snom é capaz de realizar medidas em amostras líquidas e de controlar a temperatura da amostra, características que lhe garantem o acesso a células vivas.
"Além disso, como o Snom captura a distribuição de luz do campo próximo, as imagens não apresentam nenhuma contribuição de luz fora de foco, como ocorre em outros métodos de imagem óptica. Um Snom correlaciona a topografia da amostra com uma análise espectral de luz”, acrescenta Zanardi.
O pesquisador Marcelo Linardi destaca que os grupos de pesquisa que fazem uso de microscópios semelhantes publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo. "Isso significa que nós estaremos com instrumentação para publicar em revistas de alto impacto. Agora, é trabalhar e apresentar resultados”, afirma.
Wilson Calvo, superintendente do Ipen, enfatiza a possibilidade de novas parcerias que o novo microscópio deve fomentar. "Há um potencial de colaborações que o uso do Snom pode gerar, visto que é um laboratório multiusuário”, avalia.
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ipen.
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- 05/05/2022 - IEN promove em 5 de maio workshop sobre reatores nuclearesO evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN, será composto de três mesas-redondas e é aberto ao público.
O evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN, será composto de três mesas-redondas e é aberto ao público.
Fonte: IEN
Reatores nucleares para pesquisa e para produção de eletricidade serão o tema do workshop "Reatores de Pesquisa e de Potência no Brasil e no mundo e as Perspectivas da Energia Nuclear no Brasil”, a ser oferecido pelo Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), presencialmente, em seu auditório, próximo dia 5 de maio.
O evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN e será composto de três mesas-redondas. Pela manhã o assunto será "Reatores de pesquisa no Brasil e no mundo: principais utilizações e perspectivas”. À tarde haverá duas mesas: "Reatores de potência no cenário atual mundial” e "Novos Projetos e perspectivas da energia nuclear no Brasil”. As apresentações terão a participação de especialistas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Eletronuclear, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Westinghouse, entre outros que serão brevemente divulgados.
O evento é aberto ao público, especialmente pesquisadores, estudantes, professores, jornalistas e profissionais da área nuclear.
Para se inscrever preencha o Formulário de inscrição ou entre em contato o Setor de Comunicação do IEN/CNEN pelo tel.: 21 3865-3718. (INSCRIÇÕES ENCERRADAS)
Endereço do IEN: Rua Hélio de Almeida, 75 – Ilha do Fundão – Rio de Janeiro.
Mais informações: ascom@ien.gov.br
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- 05/05/2022 - Aos 60 anos, IEN/CNEN homenageia profissionais e instituições com o Prêmio Luiz Aghina 2022Criado para comemorar o 60º aniversário do IEN/CNEN, o Prêmio Luiz Aghina é um gesto de reconhecimento e agradecimento a personalidades e instituições que têm dado contribuições relevantes ao Instituto e ao setor nuclear brasileiro.
Criado para comemorar o 60º aniversário do IEN/CNEN, o Prêmio Luiz Aghina é um gesto de reconhecimento e agradecimento a personalidades e instituições que têm dado contribuições relevantes ao Instituto e ao setor nuclear brasileiro.
Fonte: IEN
Criado para comemorar o 60º aniversário do IEN/CNEN, o Prêmio Luiz Aghina é um gesto de reconhecimento e agradecimento a personalidades e instituições que têm dado contribuições relevantes ao Instituto e ao setor nuclear brasileiro. O prêmio foi instituído pelo Conselho de Gestão do IEN (CGIEN), composto por nove integrantes, responsáveis também pelas indicações. Pretende-se que seja anual, concedido sempre na celebração do aniversário do Instituto.
O nome do prêmio homenageia Luiz Osório de Brito Aghina, que fez parte do grupo de engenheiros fundadores do IEN, em 1962, e foi por muitos anos o responsável pela operação do reator Argonauta, marco inicial do Instituto. Aghina foi também diretor do IEN entre 1973 e 1977, orientou dezenas de profissionais da área nuclear e dedicou sua vida ao estudo e defesa do uso da energia nuclear em aplicações pacíficas, em particular na geração de eletricidade.
A premiação tem quatro categorias: Honra ao Mérito, Pesquisador Emérito do IEN, Menção Especial de Agradecimento (Profissional) e Menção Especial de Agradecimento (Institucional). Em 2022 serão dez agraciados, que receberão seus diplomas durante a cerimônia de comemoração dos 60 anos no auditório do IEN, no dia 6 de maio, a partir das 10h.
O Diploma de Honra ao Mérito é concedido aos servidores do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), ativos ou aposentados, em reconhecimento aos significativos serviços prestados para o crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação do IEN. Nesta ocasião serão contemplados: Isaac José Antonio Luquetti dos Santos, engenheiro, precursor dos estudos de Engenharia de Fatores Humanos no IEN, atuando decisivamente na implantação do Laboratório de Interfaces Humano-Sistema (LABIHS) e na criação do Serviço de Engenharia de Sistemas Complexos do Instituto; Valdeci Maurilio Sobrinho, servidor desde 1979 e atualmente à frente do Núcleo de Apoio Administrativo do IEN; e Valéria da Fonseca e Silva Pastura, física nuclear, que implementou e é responsável pelo Programa de Capacitação Técnico-Científica do IEN, para profissionais da área nuclear.
O prêmio Pesquisador Emérito do IEN é concedido aos pesquisadores da área nuclear, ativos ou aposentados, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ou de outras instituições, pelo conjunto de sua obra científico-tecnológica e renome junto à comunidade científica - vertente acadêmica. O prêmio será concedido a:Celso Marcelo Franklin Lapa, físico, foi um dos idealizadores e fundadores da primeira pós-graduação stricto sensu do IEN, que posteriormente se tornou o Curso de Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Nucleares, e um dos principais redatores do projeto que veio a se transformar na grande rede de colaboração Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Reatores Nucleares Inovadores; e Su Jian, engenheiro mecânico e professor titular do Programa de Engenharia Nuclear da COPPE/UFRJ.
O prêmio Menção Especial de Agradecimento (Profissional) é concedido a pessoas físicas em reconhecimento aos significativos serviços prestados ao crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação da área nuclear, nos últimos anos. Este ano serão contemplados: Aquilino Senra Martinez, físico com doutorado em Engenharia Nuclear e professor titular do PEN-COPPE/UFRJ; e José Augusto Perrotta, atualmente Inspetor de Salvaguardas da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Material Nuclear (ABACC) e coordenador técnico do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), um grande projeto integrador da área nuclear, que conta a participação de todos os institutos da CNEN.
O prêmio Aghina de Menção Especial de Agradecimento (Instituição) é concedido a pessoas jurídicas em reconhecimento aos significativos serviços prestados ao crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação da área nuclear, nos últimos anos. Os premiados de 2022 são: Instituto Militar de Engenharia - IME, instituição de ensino do Exército Brasileiro, o mais antigo parceiro do IEN; Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, unidade da CNEN localizada em São Paulo, responsável pela pioneira fabricação da primeira carga de combustíveis do Reator Argonauta do IEN (1965); e o Programa de Engenharia Nuclear do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - PEN/COPPE/UFRJ, que, para além do papel decisivo na formação de grande parte dos pesquisadores do Instituto, tem contribuído no doutoramento de muitos egressos do curso de mestrado do IEN.
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- 02/05/2022 - Terapias baseadas em luz apresentam bons resultados na recuperação de sequelas pós-COVIDFonte: Agência FAPESP
Terapias à base de luz, como fotobiomodulação e fotodinâmica, aliadas a técnicas como laser e pressão negativaestão apresentando bons resultados na reabilitação de pacientes com sequelas pós-COVID-19, incluindo os que tiveram lesões musculares, articulares, neurológicas, dermatológicas e pulmonares. Os dados promissores foram apresentados em artigo publicado na revista Laser Physics Letters.
A pesquisa vem sendo conduzida por grupos do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica(CEPOF) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida – ambos coordenados por Vanderlei Bagnato, professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).
Os pesquisadores têm buscado criar diretrizes para o desenvolvimento da infraestrutura necessária para o tratamento de sequelas da COVID-19, assim como estabelecer novos protocolos de atendimento adequados a equipes multidisciplinares. No estudo publicado em Laser Physics Letters, em particular, são apresentados protocolos para tratamento de pacientes que ficaram acamados por longos períodos, precisaram ser intubados ou tiveram infecções secundárias no trato respiratório (como pneumonia bacteriana) – fatores que elevam o risco de mortalidade.
"O pós-COVID afeta várias partes do corpo. Há sequelas sensoriais (alteração de paladar e olfato), musculares (fadiga), circulatórias e inflamatórias, principalmente no sistema respiratório. Há ainda outras sequelas comuns a várias infecções, como zumbido no ouvido e parestesia (dormência) facial, além de lesões na pelepara pacientes acamados por longos períodos. Nosso objetivo é contribuir com técnicas que melhorem todo esse quadro”, destaca Bagnato.
Parceria entre empresas e universidade
De acordo com o coordenador do CEPOF – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no IFSC-USP –, entre os benefícios que vêm sendo observados com a combinação de terapias à base de luz e técnicas híbridas de regeneração destaca-se a melhora no sintoma auditivo, que vem acometendo muitos pacientes curados da COVID-19.
"Trata-se de uma junção de tecnologias. São usados mais ou menos seis aparelhos para reabilitar os pacientes – entre eles um que criamos para tratar o zumbido de ouvido, problema que aumentou muito após a pandemia. Esse protocolo ainda está em pesquisa”, conta Bagnato.
Outro avanço relevante, segundo o pesquisador, é a criação de uma bota para recuperar o sistema circulatório que utiliza a tecnologia do laser. "Esses aparelhos, entre eles a bota, combinados com a fotobioestimulação estão dando um resultado excelente, inclusive para quem não teve COVID-19, mas sente dores ao praticar esportes. É um produto novo, desenvolvido em parceria com empresas. Esse é o grande mérito da pesquisa, a criação de novos equipamentos e protocolos que atendem muitas pessoas e doenças diferentes”, ressalta.
Alguns produtos já estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciando a fase de comercialização. Outros ainda estão em pesquisa, mas apresentam bons resultados, como os relatados no artigo em pauta. "O aparelho que combina ultrassom e laser é uma novidade em nível mundial, estamos tendo procura da Europa e dos Estados Unidos”, destaca o professor da USP.
Tecnologias inovadoras
"Nossa equipe vem trabalhando há bastante tempo com técnicas híbridas de regeneração para doenças crônicas e feridas que não se reabilitam, por exemplo. Todas as metodologias envolvem laserterapia combinada com pressão negativa (aparelho que promove sucção) e ultrassom”, relata Bagnato à Agência FAPESP.
Na fotobiomodulação, a luz é aplicada para estimular o metabolismo, contribuindo para a proliferação de células e a cicatrização das feridas. Outro benefício importante é o alívio da dor. O comprimento da onda, o tipo da fonte de luz, a estrutura do pulso e o tempo de uso do laser são fatores relevantes para esse processo. O artigo mostra, por exemplo, como o uso da luz infravermelha próxima (que é de 810-1064 nm) pode ativar canais iônicos sensíveis à luz presentes nas células, aumentando processos bioquímicos que aceleram a proliferação e a migração celular, entre outros mecanismos.
Já a terapia fotodinâmica envolve moléculas fotossensibilizadoras e uma fonte de luz com comprimento de onda adequado, tendo como resultado a produção de espécies reativas de oxigênio – entre elas íon superóxido, peróxido de hidrogênio, radical hidroxila e oxigênio singlete –, que são capazes de inativar microrganismos patogênicos.
Com a chegada da pandemia de COVID-19, essas metodologias foram adaptadas. Grupos de pesquisa em odontologia, fisioterapia e biomedicina que já colaboravam com a USP de São Carlos buscaram, sob a coordenação do CEPOF, desenvolver novas tecnologias e protocolos para a recuperação dos pacientes que estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou que tinham alta e sofriam com inúmeras sequelas.
Como explica Bagnato, as técnicas desenvolvidas pelo grupo podem ajudar a suprimir a reação inflamatória no pulmão – um dos órgãos mais comprometidos no pós-COVID-19. O método não invasivo tem se mostrado capaz de melhorar tanto as trocas gasosas como também aliviar dores e contraturas musculares na região torácica.
"O poder anti-inflamatório da radiação infravermelha tem ajudado muito nessas aplicações. Porém, mais do que isso, estamos desenvolvendo as ações fotodinâmicas para tratamento de pneumonias, principalmente as resistentes aos antibióticos. Desenvolvemos uma técnica que permite inalar uma molécula e tratar com iluminação extracorpórea a infecção, eliminando as colônias bacterianas”, conta o pesquisador.
Próximos passos
Além do centro de reabilitação biofotônico criado para pacientes pós-COVID em São Carlos, em funcionamento desde 2021, outros 20 centros aproximadamente estão sendo montados por meio de um consórcio em outros municípios do país. Os protocolos elaborados até o momento foram publicados no e-book Fotobiomodulação e terapias combinadas: protocolos de tratamento para as sequelas da COVID-19 e estão sendo divulgados gratuitamente pela empresa MMO, parceira no projeto.
Em São Carlos, o grupo continua levantando dados sobre fototerapia entre os pacientes atendidos no centro de reabilitação biofotônico, observando também os desdobramentos dessas terapias em doenças como Parkinson, câncer e fibromialgia, além de outras que já vinham sendo estudadas.
"Ainda não temos ideia de quanto tempo as sequelas da COVID-19 vão permanecer, agora é que vamos saber o que esses milhões de pessoas contaminadas vão enfrentar. E estamos observando, tentando verificar de que forma poderemos colaborar para tratar as complicações de médio e longo prazo. E isso tudo em parceria com o pessoal da saúde. Todas as UPAs [Unidades de Pronto Atendimento da rede pública] e ambulatórios encaminham as pessoas e nós as tratamos. Já começamos a publicar alguns artigos, mas a pesquisa continua.”
O artigo Perspectives on photobiomodulation and combined light-based therapies for rehabilitation of patients after COVID-19 recoverypode ser lido em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac52f5. Entre os autores também estão os professores do IFSC-USP Cristina Kurachi e Sebastião Pratavieira, além dos pós-doutorandos Lucas Danilo Dias e Kate Cristina Blanco. Ao todo, mais de 20 profissionais de diversas áreas da saúde e localidades do Estado de São Paulo participam das pesquisas lideradas pelo CEPOF.
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- 27/04/2022 - Congresso aprova fim de monopólio estatal na produção de radiofármacosFonte: Defesa em focoO Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, promulgou hoje (26) a Emenda Constitucional 118, que trata da quebra de monopólio na produção de todos os tipos de radioisótopos de uso médico. Até então, o monopólio pertencia à União. A emenda teve a última etapa de aprovação no dia 5 de abril, na Câmara.
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"A emenda à Constituição que promulgamos é de vital importância para garantir a universalização da oferta de procedimentos de medicina nuclear a todo território nacional, por meio da autorização de entes privados para, sob regime de permissão, produzir, comercializar e utilizar para pesquisa e uso médicos radioisótopos de meia-vida superior à duas horas”, disse Pacheco durante solenidade de promulgação, ocorrida no plenário do Senado.
Atualmente, a produção e a comercialização desses fármacos são realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e seus institutos, como o de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. A quebra do monopólio se dá apenas aos materiais radioativos de uso médico. O monopólio estatal continua para a produção de radioisótopos necessários à agricultura e indústria.
Radioisótopos
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação e são usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar doenças na glândula tireoide.
"O radiofármaco é uma substância radioativa. Quando ela é injetada no paciente para fazer o exame, ela permite uma qualidade do exame muito mais precisa. Possibilita que diagnósticos e tratamento do câncer, diagnósticos cardíacos, diagnósticos da tireoide e outros possam ser analisados e verificados com uma atividade muito mais precoce”, afirmou o deputado General Peternelli (União Brasil-SP), relator da matéria na Câmara.
Na agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de se estudar a capacidade de absorção desses compostos pelas plantas. Na indústria, esses elementos são utilizados na conservação de alimentos, no estudo da depreciação de materiais, na esterilização de objetos cirúrgicos e na detecção de vazamentos em oleodutos.
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- 26/04/2022 - Congresso promulga emenda que acaba com o monopólio estatal de radioisótoposAté então, a Constituição só permita a produção dessas substâncias (usadas no diagnóstico e tratamento do câncer) pela iniciativa privada em casos específicos
Até então, a Constituição só permita a produção dessas substâncias (usadas no diagnóstico e tratamento do câncer) pela iniciativa privada em casos específicos
Fonte: Agência Câmara de NotíciasO Congresso Nacional promulgou nesta terça-feira (26) a Emenda Constitucional 118, que permite a produção, comercialização e o uso de todos os tipos de radioisótopos pela iniciativa privada. O texto foi aprovado no início do mês na Câmara dos Deputados.
Até então, a matéria era monopólio público explorado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e seus institutos: o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, e o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro.
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar enfermidades na glândula tireoide.
Demanda
Durante a sessão solene de promulgação, o deputado General Peternelli (União-SP), que relatou a proposta na Câmara dos Deputados, defendeu a entrada de laboratórios privados no mercado de radioisótopos para suprir a demanda de pacientes localizadas em regiões distantes do eixo Rio-São Paulo.Antes da mudança constitucional, a iniciativa privada tinha aval para produzir radioisótopos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas) apenas sob regime de permissão.
Além disso, o deputado disse que "o momento é oportuno para salientar ao Congresso Nacional e ao Executivo a importância de se investir no reator multipropósito, que vai propiciar a matéria-prima aos laboratórios para fabricar o radiofármaco”.
Expectativa de vida
O autor da proposta, senador Alvaro Dias (Podemos-PR), afirmou que prevaleceu o "bom senso” sobre a saúde pública. Ele também ressaltou que, apesar de serem qualificados, o Ipen e IEN atendiam apenas a 50% da demanda nacional."Toda vez que recebo uma notícia de falecimento de paciente por causa do câncer, questiono-me se essa vida não teria sido salva caso a proposta tivesse sido aprovada há mais tempo”, comentou.
Peternelli observou ainda que, no transcurso dos debates na Câmara, o texto recebeu apoio da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e do Conselho Federal de Medicina, entre outras associações. Além disso, acrescentou o deputado, a proposta tinha parecer favorável do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações desde 2014.
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- 25/04/2022 - Governo fala em ampliar parceria com o setor privado em mineração e geração de energia durante o Nuclear SummitFonte: PetronotíciasPor Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –O setor nuclear brasileiro deve permitir em breve uma maior participação de entes privados nas atividades de mineração de urânio e geração de energia. Essa foi uma das novidades anunciadas hoje (25) pelo governo federal durante a abertura do evento Nuclear Summit 2022, que está sendo organizado pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). A inauguração do congresso online, que será realizado até a próxima quinta-feira (28), reuniu diversos membros da indústria nuclear brasileira. O Ministério de Minas e Energia (MME) foi representado no evento pelo chefe da assessoria especial de gestão estratégica da pasta, Vice-Almirante Noriaki Wada. Ele revelou que o ministério já está fazendo os ajustes finais em uma proposta de alteração da legislação atual, permitindo que entes privados participem da atividade de mineração de urânio."Em relação à mineração de urânio, vemos muitas oportunidades de parceria com a iniciativa privada. Já temos uma proposta de mineração de urânio construída. Estamos aguardando os ajustes finais para enviá-la ao Congresso Nacional. Como resultado desse trabalho, queremos impulsionar as outras etapas do desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear, com o objetivo de alcançar a autossuficiência na produção do combustível, abastecendo nossas usinas e transformando o Brasil em exportador de produtos do ciclo do combustível nuclear”, disse Wada. Por conta de conflitos de agenda, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, não participou do evento.O representante do MME no Nuclear Summit declarou ainda que a construção de reatores para geração elétrica também é uma área que tem muito a ganhar com as parcerias com a iniciativa privada. "Assim, pensando em uma política de longo prazo para o desenvolvimento da geração nuclear na matriz brasileira, esse assunto está sendo trabalhado para ser consolidado como uma diretriz no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”, acrescentou o assessor da pasta.A abertura do Nuclear Summit teve forte presença de representantes da esfera internacional. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse no evento que as consequências das mudanças climáticas tornarão a vida em nosso planeta cada vez mais difícil. Ele reforçou que o Brasil está ciente desse desafio e que o país se comprometeu a reduzir as emissões de gases do efeito estufa pela metade até 2030 em comparação com os níveis de 2005.Grossi frisou ainda que o Brasil escolheu ampliar a presença da geração nuclear em sua matriz elétrica e que um dos possíveis caminhos para concretizar esse plano será o investimento em pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês). "A AIEA também está preparada para ajudar nesse âmbito. Nossa plataforma de SMRs fornece, aos estados-membros, acesso simplificado a toda a gama de suporte da AIEA. O Brasil está bem representado nessa recém-lançada iniciativa de harmonização e padronização nuclear para implementação segura de SMRs. Apoiaremos a implementação efetiva dessa importante tecnologia”, declarou o diretor da AIEA.Nessa mesma linha, o embaixador do Brasil na missão permanente da AIEA, Carlos Duarte, acrescentou que o Brasil mantém um relacionamento extenso e intenso com a agência. "O momento é muito oportuno para a discussão do futuro do setor nuclear no Brasil e no mundo. Há desafios e oportunidades na segurança, na proteção física, nas salvaguardas e em outros pontos. Há desafios também nas tecnologias, como no caso dos SMRs”, ponderou.Uma engrenagem importante do setor nuclear brasileiro é a Marinha, que foi representada no evento por seu diretor de desenvolvimento nuclear e tecnológico, Almirante de Esquadra Petronio de Aguiar. Em sua fala, o militar disse que a Marinha do Brasil reconhece que a concepção e a construção de reatores modulares de pequeno porte espelham o interesse mundial crescente, tendo em vista o seu grande número de aplicações. Como se sabe, a Marinha está construindo o Laboratório de Geração Nucleo elétrica (LABGENE) – que é um protótipo, em terra, da planta nuclear do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR)."O reator projetado e em construção no LABGENE tem potencial de ser adaptado para o emprego do álcool, em benefício da sociedade brasileira, provendo energia e água dessalinizada para regiões com baixo nível de armazenamento ou baixa qualidade de recursos hídricos. Tal afirmação está pautada desde 2016 na proposição do Projeto de Sal, que envolve a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a Marinha do Brasil e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)”, detalhou. O Almirante Petronio disse que análises permitem estimar que a partir de um reator semelhante ao do LABGENE seria possível atender a necessidade de abastecimento de água de um número muito grande de pessoas ou, alternativamente, para outros usos industriais.O Almirante também lembrou de possíveis aplicações da energia nuclear para o ambiente marinho do país. "Para o Brasil, considerando a importância da nossa Amazônia Azul e da economia do mar, com seus reconhecidos potenciais, a opção nuclear parece ser particularmente atraente com a instalação de SMRs em áreas costeiras e ilhas oceânicas, cogeração de energia, dessalinização, emprego de micro reatores na produção de óleo e gás, entre outras iniciativas”, concluiu.Uma das novidades do Nuclear Summit 2022 será a realização de um inédito curso internacional sobre SMRs. Com um novo design, e menores custos de implantação, essa tecnologia tem sido apontada como o futuro da indústria nuclear. Adicionalmente, por oferecerem flexibilidade, os SMRs também podem ser usados como complemento às usinas movidas por fontes variáveis, como eólica e solar."A aplicação da tecnologia de SMRs vai permitir a redução de riscos econômicos, produção de hidrogênio, maior flexibilidade, dessalinização de água, produção de calor e muitos outros atributos para os quais a geração nuclear atual não é tão flexível”, disse o presidente da ABDAN, Celso Cunha. "O Nuclear Summit vai discutir mais do que temas técnicos. É um evento sobre as principais tendências do setor, envolvendo as novas tecnologias e os rumos políticos que impactam os programas nucleares de vários países no mundo. Por mais que seja um evento muito voltado para quem faz parte do setor nuclear, também é um momento muito importante para as pessoas que estão conectadas nas grandes transformações mundiais”, completou.Outro tópico discutido na abertura do evento foi a presença feminina na indústria nuclear mundial. Esse tema, inclusive, será abordado com maior abrangência durante um painel do Nuclear Summit na quarta-feira (27), a partir das 9h. Para a presidente da World Nuclear Association (WNA), Sama Bilbao y León, será necessário recrutar todos os talentos disponíveis para concretizar a promessa de escalar a energia nuclear a um novo patamar. "É importante que a indústria global de energia nuclear esteja preparada para atrair essas jovens mulheres para as carreiras de Ciência, Tecnologia e Engenharia, destacando as oportunidades que existem nessas áreas”, avaliou. -
- 25/04/2022 - Desafio da nuclear é economia de escopo demonstrávelPara presidente da Eletronuclear, novos reatores modulares podem mudar paradigma da economia por escala, com ganhos em produção e no fluxo de caixa dos futuros projetos
Para presidente da Eletronuclear, novos reatores modulares podem mudar paradigma da economia por escala, com ganhos em produção e no fluxo de caixa dos futuros projetos
Fonte: Canal EnergiaCom o tripé de acontecimentos envolvendo crise climática, pandemia e guerra na Ucrânia, a discussão sobre dependência energética aos combustíveis fósseis acelerando a adoção de outros mercados voltou à tona no debate energético global, com os pequenos e micro reatores modulares estando no centro da discussão por seus potenciais ganhos de eficiência, segurança e custo em relação aos modelos nucleares tradicionais.
Na visão do presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, a transição energética demonstra um gap que poderia ser suprido pela fonte nuclear, sobretudo com as novas tecnologias vindas a partir dos SMRs – Small Modular Reactors, os quais podem ser alocados perto dos centros de carga por seu espaço físico mínimo, diferentemente do que acontece com renováveis como a eólica, solar ou hidráulica.
"Esses reatores mudam o paradigma da economia por escala pela busca pelas economias de escopo. Ao invés de uma usina maior podemos fazer sete menores, com ganhos em produção, fluxo de caixa do projeto e na geração individual”, disse o executivo durante o Nuclear Summit 2022 nessa segunda-feira, 25 de abril, afirmando que o desafio no momento é demonstrar de forma clara que essa metodologia de negócio compensa a de escala desenvolvida no passado.
Guimarães lembra que a crise hídrica foi um fator de percepção de que a energia nuclear pode desempenhar, com elevados fatores de capacidade, uma pequena ocupação de espaço físico para aproximação de grandes centros consumidores, não dependendo também de condições climáticas. Até por isso ele credita um "aumento tímido” da participação da fonte no PDE 2031, com a novidade Angra 4, e no PNE 2050, que prevê de 8 GW a 10 GW, o que no futuro não representará uma mudança significativa frente aos 2,7% atuais na matriz.
"No passado já foram feitos estudos para novas centrais e que precisam ser retomados para seleção dos melhores locais, sejam centrais de grandes potências ou pequenos reatores operando em clusters”, refere, salientando o momento de oportunidades que dependem de aproveitamento, citando também os usos não elétricos da energia nuclear, como no mercado de calor ou dessalinização de águas salgadas ou salobras e como produtora de hidrogênio.
Brasil deve ser exportador de energia e urânio
Ademais Guimarães vê o Brasil com significativo espaço para crescer também como fornecedor e exportador de urânio e seus enriquecimentos a médio e longo prazo, sobretudo com a inserção dos pequenos reatores modulares que exigem um elemento combustível diferenciado e que o país poderá fornecer.
"Em termos econômicos é difícil competir com preço em relação a outras fontes mas utilizando as tecnologias atuais a história é diferente, com até mais condições de reciclagem de combustível”, complementa.
Essa mesma oportunidade foi ressaltada pelo diretor de Engenharia da Chesf, Reive Barros, que afirmou que o mundo reencontrou na geração termonuclear oportunidades para consumidores tradicionais e processos industriais dada as características da fonte, inclusive permitindo no futuro a exportação do hidrogênio para o exterior.
"Com escala será desenvolvida toda estratégia para o combustível vocacionado ao mercado interno e externo, com uma visão de médio e longo prazo há cada 10 anos permitindo uma reavaliação do passado e o que pode ser incorporado para o futuro, sendo essa é a principal diferença do planejamento brasileiro em relação a outros países”, salientou o especialista, lembrando que o país possui a nona maior reserva de urânio no mundo.
Segundo ele, as políticas públicas estão definidas por aqui, assim como a estabilidade jurídica e regulatória, nesse caso precisando aprofundar para a questão nuclear, criando as condições necessárias e um modelo institucional para competição e participação da iniciativa privada na expansão da fonte nos próximos anos.
"Não tem país no mundo que tem contratos de longo prazo como o Brasil, o que é música para os ouvidos do investidor, com a garantia de recebíveis”, destaca Barros, ressaltando também a previsibilidade do MME quanto a definição dos leilões pelos próximos três anos, um arcabouço legal que dá ao Brasil competividade e atratividade aosplayers.
Para Barros, o tema dos pequenos reatores é importante num conceito de Geração Distribuída mais próximo aos centros de carga, atendendo não só ao mercado mas ampliando a segurança energética, além do que a retomada de Angra 3 e 4 poderá colocar o país na liderança do protagonismo da geração nuclear na América Latina, visto ter a tecnologia, o conhecimento e o combustível.
"O desafio do Brasil hoje é gerenciar as oportunidades das renováveis administradas no sistema. Nossa oferta é quase que o dobro da necessidade e devemos ter uma estratégia de exportador de energia”, pontua Reive Barros, da Chesf, afirmando ser necessário aproveitar a vocação das fontes limpas para exportação de energia, via H2 ou interligações por toda América Latina.
EUA investe US$ 6 bilhões
Já no contexto da recente estratégia norte-americana, que prevê US$ 6 bilhões na área de energia nuclear, Reive Barros entende que o Brasil pode importar a ideia de aproveitamento desse tipo de geração para os sítios que utilizam ainda carvão, ajudando também na questão do desemprego após o abandono da atividade, o que pode acontecer no médio e longo prazo.
Sobre esse pacote anunciado nos Estados Unidos, a presidente-executiva do Nuclear Energy Insitute (NEI), Maria Korsnick, disse que um dos projetos pilotos do programa, o Tera Power, será construído na localidade de uma mina de exploração de carvão, demonstrando sinergia entre a frota nuclear para regiões onde haviam apenas estações de combustíveis fósseis.
"A vantagem competitiva desses reatores modulares é a simplicidade, podendo ser implementados de forma eficiente com relação a custos”, sustenta, afirmando que a nova tecnologia pode melhorar os preços atuais de US$ 35 a US$ 40 MWh e promover parcerias de complementaridade com eólica e solar.
Na avaliação da especialista o Brasil tem na mão uma oportunidade de demonstrar ao restante do mundo que está revigorando seu interesse na energia nuclear e começar a pensar em fornecer o combustível após o contexto da guerra, visto ter também a capacidade de enriquecimento e fabricação de elementos derivados do urânio.
Por sua vez a diretora-geral da World Nuclear Association, Sama Bilbao y Leon, destacou que a indústria nuclear precisa acelerar seu desenvolvimento para a matriz energética mundial, o que envolve muitos aspectos, como governos pragmáticos e determinados em criar planos efetivos para o mercado de baixo carbono investir na escala apropriada para cumprir os objetivos.
"Essa governança assertiva deve dar os sinais que vão guiar as políticas, mercados e estruturas financeiras que vão ajudar a criar a base para as fontes de baixo carbono”, define.
Nuclear é verde, mas tema é politizado
Ela citou também a recente atualização da taxonomia europeia reconhecendo a fonte como uma tecnologia verde, mas entende faltar ainda alguns passos para a efetiva implementação, esperando que tudo seja concluído da melhor forma. "Tem sido um processo frustrante e uma questão politizada, sem examinar o que importa mesmo, que é sustentabilidade da energia nuclear”, aponta a executiva.
Para Sama, esse movimento pode ser influente para outros que estão sendo desenvolvidos ao redor do mundo, com a associação realizando no momento um mapeamento das atividades nessa área, afirmando existir mais de 20 taxonomias de fornecimento sustentável sendo delineadas e que se diferenciam muito entre si.
Pensando na parte dos problemas, o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética e atual Professor Titular da COPPE-UFRJ, Maurício Tolmasquim, falou em dois pontos centrais. O primeiro seria o histórico atraso de construção e em como o planejamento do setor poderia ser feito com esse grau de incerteza, como nos 13 anos para erguer Angra 1 e 25 anos para Angra 2, sem falar nos 37 anos que se arrastam para a terceira unidade.
"Outra questão fundamental é o custo. Se temos R$ 349/MWh para Angra 1 e 2, são 60% a mais que uma térmica a gás e mais do que o dobro da eólica e solar. Mas o planejador não pode ter preconceito com nenhuma das fontes, devendo analisar todos os pontos e suas externalidades”, ressalta, citando a confiabilidade da nuclear como fonte de base e a confiabilidade, podendo funcionar sem interrupção por um ano ou mais, em 93% do tempo.
Entre outros problemas à vista o professor cita que o urânio é um elemento esgotável, apesar das reservas no país, e que a questão do resíduo nuclear ainda é um ponto sem resolução à nível mundial. "Outro fator é que o risco de ocorrer uma falha é muito baixo, mas quando ocorrem os acidentes podem ter dimensões catastróficas, o que fica na cabeça de todo mundo”, completa Tolmasquim.
Por outro lado, ele lembra da leitura de analistas que apontam os pequenos reatores modulares como equipamentos mais seguros, com argumentos de serem menos propensos ao aquecimento com os eventos de calor, podendo reduzir também outros riscos de engenharia como falhas nas bombas, além de ter menos peças móveis do que os reatores tradicionais. O quarto argumento é que depende mais de sistemas passivos, não dependendo de intervenção humana em caso de alguma ocorrência.
"Não tenho dúvidas de que a descarbonização vai ditar a política energética daqui em diante. A experiência com a pandemia e da crise climática reforça o quão importante é enfrentar as questões globais com antecedência”, finaliza Mauricio Tomasquim, da COPPE/UFRJ.
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- 25/04/2022 - Medicina nuclear: IPEN inaugura laboratório com microscópio capaz de visualizar câncer cervicalFonte: Blog Tania MalheirosO Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-SP) inaugura nesta sexta-feira (29/4), às 14h30, o seu primeiro laboratório com microscópio que terá capacidade de visualizar câncer cervical em áreas grandes, além de outras atividades como a realização de análise dos modos de vibração de uma molécula. O microscópio sub-nano a laser com tecnologia francesa: o SNOM (Near-field Scanning Optical Microscopy), se destina a desenvolver novos radiofármacos (insumos utilizados no diagnóstico e combate ao câncer). O IPEN obteve cerca de R$ 16 milhões através de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com o projeto "Capacitação cientifica, tecnologia e em infraestrutura em radiofármacos e radiações a serviço da Saúde”.Segundo o coordenador responsável pelo projeto, Marcelo Linardi, o IPEN, Instituto da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) será a terceira instituição a adquirir o equipamento SNOM deste tipo no mundo, e o mínimo que se espera do equipamento são resultados de ponta. "Para termos ideia do alto nível de caracterização que o equipamento fornece, os grupos de pesquisa que o utilizam publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas, com grande fator de impacto. Agora o IPEN terá condições técnicas para produzir trabalhos na área e radiofarmácia e nanotecnologia de alto nível", avaliou Linardi.
UMA INFINIDADE DE APLICAÇÕES
Os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas, coordenador do projeto Multiusuário FAPESP no qual esse equipamento foi enquadrado; e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações, que abriga o laboratório, são os responsáveis pelo equipamento SNOM. Segundo Wetter, são inúmeras as possibilidades de aplicações. "Fica até difícil mencionar as vantagens desse equipamento, tamanha a sua diversidade, desde visualização de câncer cervical em áreas grandes até a visualização de uma única molécula e análise dos modos de vibração desta molécula", informou.
Ao destacar a importância do IPEN, Linardi lembrou também que o Centro de Radiofarmácia (CECRF) é uma área estratégica do Instituto, que desenvolve e produz radioisótopos e radiofármacos para a realização de diagnósticos e terapia em medicina nuclear. "Para ser uma instituição de vanguarda na pesquisa, desenvolvimento e produção de radiofármacos em prol da qualidade de vida humana, o IPEN deverá estar preparado para atender à demanda de comercialização dos radiofármacos, mesmo que crescente, e preparar-se para a introdução de novos produtos, mantendo o estado da arte no desenvolvimento de radiofármacos”, comentou.
O IPEN E A NANOTECNOLOGIA - No mesmo evento está programado o lançamento do livro institucional "O IPEN e a Nanotecnologia” da autoria de Linardi, pesquisador emérito do Instituto. A publicação resume todas as atividades do Instituto no campo da ciência e tecnologia, que permeia as inúmeras e diversificadas atividades do IPEN, nas áreas de saúde, energia, materiais e ensino.
O livro foi prefaciado pelo professor Ado Jorio de Vasconcelos do Laboratório de Nano-Espectroscopia, do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Nos últimos dois séculos, economia mundial tem exibido ciclos de crescimento ligados às revoluções industriais. Estas revoluções são precedidas por desenvolvimentos técnico-científicos disruptivos que mudam significativamente a nossa forma de vida. A primeira revolução industrial deu-se com o aparecimento da máquina a vapor, seguida de revoluções geradas pela introdução do sistema ferroviário, da energia elétrica, da indústria petroquímica e, por último, da tecnologia da informação. A próxima revolução tecnológica já exibe suas facetas, e apresenta-se relacionada ao desenvolvimento da nanotecnologia.”.
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- 25/04/2022 - Nuclear Summit 2022 reúne grandes nomes da indústria e oferece curso sobre SMRsEntre os dias 25 e 28 de abril, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) realizará a primeira edição do Nuclear Summit. O encontro foi pensado como um grande fórum para discutir as tendências do setor nuclear brasileiro à luz dos grandes movimentos mundiais. O evento foi idealizado pela ABDAN e conta com a parceria da Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês) e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Entre os dias 25 e 28 de abril, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) realizará a primeira edição do Nuclear Summit. O encontro foi pensado como um grande fórum para discutir as tendências do setor nuclear brasileiro à luz dos grandes movimentos mundiais. O evento foi idealizado pela ABDAN e conta com a parceria da Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês) e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Fonte: ABDAN
A lista de convidados já conta com nomes de peso, como o diretor da AIEA, Rafael Grossi e outros. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas neste link.
Além das palestras de personalidades de renome do setor, outro grande ponto alto do evento será o inédito curso sobre pequenos reatores modulares (SMRs). Com um novo design, e menores custos de implantação, essa tecnologia tem sido apontada como o futuro da indústria nuclear. Adicionalmente, por oferecerem flexibilidade, os SMRs também podem ser usados como complemento às usinas movidas por fontes variáveis, como eólica e solar.
Além disso, o Nuclear Summit abrirá uma janela de discussão sobre as oportunidades de negócios na geração nuclear nos próximos anos no Brasil. A Eletronuclear trabalha para avançar junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para a extensão por 20 anos do prazo da operação de Angra 1. Ao mesmo tempo, a empresa avança na retomada das obras de Angra 3. Em paralelo, o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050 indicou a construção de mais 10 GW de geração de energia nuclear, o que representaria cerca de oito novas usinas dentro desse horizonte.
O Nuclear Summit também vai debater a presença de mulheres no segmento. A participação feminina no setor nuclear vem crescendo e é incentivada internamente pela própria indústria. As informações sobre a programação do evento, bem como a lista completa dos palestrantes está disponível no site oficial do encontro.
Saiba mais e se inscreva em https://nuclearsummit2022.com/
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- 20/04/2022 - Em fórum sobre medicina nuclear, MCTI aponta desafios que permeiam o setorEvento organizado pelo Conselho Federal de Medicina debateu sobre a medicina nuclear
Evento organizado pelo Conselho Federal de Medicina debateu sobre a medicina nuclear
Fonte: MCTIA concentração no centro-sul do País de unidades de saúde que atuam na área de medicina nuclear e também no setor privado foram apontados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) como desafios que precisam de atenção da sociedade, durante o I Fórum Virtual de Medicina Nuclear. O evento foi realizado na terça-feira (19) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e reuniu mais de 400 profissionais da área. Outro ponto destacado durante o evento foi a necessidade de manutenção regular de recursos para a produção nacional de radioisótopos e radiofármacos. "É desejo do ministério contribuir com o crescimento do setor, de forma a oferecer serviços de ponta à população brasileira via Sistema Único de Saúde”, afirmou o secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF/MCTI), Marcelo Morales, representou o ministro no fórum.
Atualmente, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, o Brasil possui 436 serviços de medicina nuclear, entre clínicas, hospitais e centros de pesquisa, que realizam cerca de 2 milhões de procedimentos por ano, utilizando radiofármacos. No entanto, cerca de 80% dessas unidades encontram-se nas regiões Sul e Sudeste e, apenas 25% dos atendimentos são realizados pelo sistema público de saúde.
Outro aspecto envolve o abastecimento regular de radiofármacos no País. O Projeto de Lei Orçamentária aprovado no Congresso Nacional para o ano de 2021 destinou recursos insuficientes para operação anual do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade que produz 85% dos radiofármacos consumidos no País, o que causou problemas no fornecimento. À época, a Anvisa aprovou a importação temporária e excepcional para evitar o desabastecimento nacional. Logo, o governo solucionou o fato com aporte de recursos adicionais.
Além disso, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) nº 517/2010 para autorizar a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e uso médicos. Na prática, a proposta da legislação que aguarda promulgação, visa a autorizar a produção privada de radioisótopos de uso médico e deve fortalecer a cadeia de produção, hoje concentrada no Governo Federal, por meio do IPEN.
O secretário destacou que o instituto, ligado ao MCTI, tem papel central para o desenvolvimento da medicina nuclear no País, atuando em vários setores da atividade nuclear, como as aplicações das radiações e radioisótopos, em reatores nucleares, em materiais e no ciclo do combustível, em radioproteção e dosimetria. "Todas essas iniciativas têm proporcionado avanço significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o país, possibilitando estender os benefícios da energia nuclear à segmentos maiores de nossa população”, afirmou Morales.
Outra iniciativa mencionada pelo secretário foram os esforços no sentido de viabilizar o Reator Multipropósito Brasileira, cuja execução está sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao MCTI. Este é o principal empreendimento de base científica e tecnológica da área nuclear do país e permitirá dobrar imediatamente o número de procedimentos anuais realizados em medicina nuclear; garantirá a estabilidade no fornecimento de radioisótopos; contribuirá para ampliação do número de clínicas e hospitais que oferecem serviços de medicina nuclear; e promoverá economia de mais de U$15 milhões ao ano com custos de importação de insumos.
Segundo a Câmara Técnica de Medicina Nuclear do CFM, os dados da Demografia Médica de 2020 apontam que o País tem pouco mais de mil médicos titulados especialistas em medicina nuclear. De acordo com um levantamento divulgado pelo NewsLab, o número de clínicas dedicadas à medicina nuclear cresce cerca 5% ao ano no Brasil.
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- 19/04/2022 - Emenda que quebra monopólio sobre radioisótopos será promulgada na terçaFonte: Agência SenadoO Congresso Nacional se reúne na próxima terça-feira (26) para promulgar a Emenda Constitucional 118. O texto quebra o monopólio do poder público e permite a fabricação pela iniciativa privada de todos os tipos de radioisótopos de uso médico. A sessão solene está marcada para as 15h30, no Plenário do Senado.
Essa mudança foi sugerida pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 100/2007, do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). A matéria autoriza a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e uso médicos. Após ser aprovado pelo Senado, o texto também foi analisado na Câmara, onde foi renumerado como PEC 517/2010. Os deputados federais aprovaram a proposição em abril deste ano.
Antes da Emenda Constitucional 118, a produção e a comercialização dos radioisótopos no Brasil só eram realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e de seus institutos, como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. A produção por empresas privadas só era permitida no caso de radiofármacos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas).
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação e são usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar doenças na glândula tireoide.
Na medicina, os radioisótopos de vida longa são utilizados no estudo, diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Na agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de se estudar a capacidade de absorção desses compostos pelas plantas. Na indústria, esses elementos são utilizados na conservação de alimentos, no estudo da depreciação de materiais, na esterilização de objetos cirúrgicos e na detecção de vazamentos em oleodutos.
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- 18/04/2022 - Reitoria divulga comunicado sobre continuidade do uso de máscaras nos campiTambém foi definido o aumento do limite da taxa de ocupação nos refeitórios da Universidade para até 75% de sua capacidade
Também foi definido o aumento do limite da taxa de ocupação nos refeitórios da Universidade para até 75% de sua capacidade
Fonte: Jornal da USP
Por Adriana Cruz
A Reitoria divulgou, no dia 18 de abril, um comunicado a respeito da manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras nos ambientes fechados da Universidade. O tema deverá ser reavaliado pela Comissão Assessora de Saúde da USP nas próximas semanas. Também foi definido o aumento do limite da taxa de ocupação nos refeitórios para até 75% de sua capacidade. Leia, a seguir, a íntegra do comunicado.
Comunicado da Reitoria
São Paulo, 18 de abril de 2022.
Conforme dados do Boletim Epidemiológico USP-Covid, divulgado no dia 13 de abril e disponível no site USP Retorno Seguro, a situação da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo continua melhorando.
Apesar dessa melhora consistente nos indicadores da pandemia, o uso de máscaras permanece obrigatório no transporte público e nos serviços de saúde, por determinação do Estado, e em todos os ambientes fechados da USP, por recomendação da Comissão Assessora de Saúde da Reitoria. A justificativa para isso é que as atividades acadêmicas exigem que os alunos permaneçam longos períodos próximos uns dos outros em ambientes fechados, o que favorece a transmissão do vírus — mesma lógica que o Estado utiliza para manter a obrigatoriedade no transporte público.
A Comissão Assessora de Saúde da USP debateu o tema na última quarta-feira, 13 de abril, e, por cautela, decidiu manter a obrigatoriedade das máscaras em ambientes fechados e reavaliar essa regra nas próximas semanas. O uso de máscaras também é recomendado em ambientes abertos dos campi, sempre que houver maior concentração de pessoas.
A Comissão também optou por aumentar o limite da taxa de ocupação dos refeitórios da Universidade para até 75% de sua capacidade, visto que esses locais sãoa única opção da alimentação para grande parte dos alunos e que não foi detectado nenhum surto de transmissão de covid-19 em decorrência douso desses ambientes até o momento.
Vale lembrar que apenas pessoas vacinadas estão autorizadas a frequentar a Universidade e reforçamos a importância de que todos tomem as doses de reforço para proteção adicional.
Solicitamos colaboração para o cadastro dos comprovantes de imunização nos sistemas corporativos para que eles sejam validados pelas autoridades competentes, pois esses dados permitem o maior controle de eventuais surtos e a adoção de medidas sanitárias pertinentes.
Carlos Gilberto Carlotti Junior
reitor da USP