Clipping de Notícias
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- 23/03/2016 - Retomada da produção de urânio em Caetité é prioridade, diz presidente da INBObras para implantação da nova mina do Engenho devem ser concluídas em um ano.
Obras para implantação da nova mina do Engenho devem ser concluídas em um ano.
Fonte: MCTI
As Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCTI) deram início a mais uma etapa para retomada da mineração e produção do concentrado de urânio em Caetité (BA). Após reunião nesta quarta-feira (23), a expectativa é que sejam concluídas em um ano as obras para abertura da nova mina do Engenho.
Segundo a INB, esta mina tem capacidade para produzir 3,5 mil toneladas de concentrado de urânio durante 14 anos. Dois contratos para realização dos serviços de infraestrutura foram assinados, e a primeira reunião com a empresa contratada foi realizada na quarta-feira.
"A retomada da produção de urânio em Caetité é nossa prioridade e por isso estamos tomando uma série de providências para que sejam reiniciadas as atividades de mineração e beneficiamento do urânio, do qual tanto precisamos para cumprir nossa missão de garantir o fornecimento do combustível nuclear para a geração de energia elétrica nas usinas nucleares", afirmou o presidente da INB, João Carlos Tupinambá.
Além da abertura da mina do Engenho, a INB também está trabalhando no licenciamento da lavra subterrânea da mina Cachoeira e na ampliação da capacidade de produção da planta industrial de 400 para 800 toneladas por ano de concentrado de urânio.
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- 22/03/2016 - FAPESP aumenta valores de bolsasFonte: Agência FAPESP
O Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP aprovou proposta da Diretoria Científica de reajustar em 11% os valores de bolsas oferecidas pela Fundação a partir de 1º de abril de 2016.
Os reajustes, para pagamentos a serem efetuados a partir de 5 de abril, serão feitos nas bolsas de Iniciação Científica (IC), Mestrado (MS), Doutorado (DR), Doutorado Direto (DD) e Pós-Doutorado (PD-BR).
Os novos valores são: R$ 643,20 (IC), R$ 1.889,40 (MS 1 e DD 1), R$ 2.005,50 (MS 2 e DD2), R$ 2.784,60 (DR1 e DD3), R$ 3.446,40 (DR2 e DD4) e R$ 6.819,30 (PD-BR).
Também serão reajustadas as bolsas dos programas de Capacitação de Recursos Humanos de Apoio à Pesquisa, Jovem Pesquisador, Ensino Público, Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e Jornalismo Científico, em seus diversos níveis.
A tabela de bolsas com os novos valores e os vigentes até 31 de março de 2016 está disponível emwww.fapesp.br/valores/bolsasnopais.
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- 18/03/2016 - Instalação brasileira é capaz de identificar sinais de explosões nuclearesIRD, instituto ligado à Cnen/MCTI, faz parte de rede mundial de detecção de radionuclídeos. Especialidade é no monitoramento de partículas radiativas e gases nobres.
IRD, instituto ligado à Cnen/MCTI, faz parte de rede mundial de detecção de radionuclídeos. Especialidade é no monitoramento de partículas radiativas e gases nobres.
O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) é uma instituição de pesquisa, desenvolvimento e ensino na área de radioproteção, dosimetria e metrologia das radiações ionizantes, ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI). A atuação do instituto, porém, vai além da cooperação em âmbito nacional.
O IRD sedia uma estação de monitoramento global, que serve para identificar sinais de partículas radioativas e gases nobres liberados na atmosfera provenientes de explosões nucleares. Ela é parte de um sistema mundial integrado à Organização das Nações Unidas (ONU). Ao todo, são cerca de 80 estações de radionuclídeos espalhadas pelo mundo, apoiadas por 16 laboratórios internacionais – um deles é o situado no IRD.
Para aumentar a eficiência do monitoramento dessas partículas radiativas, a estação do IRD está equipada com tecnologia de detecção de gases nobres radiativos gerados por explosões nucleares. Metade das estações possuem este tipo de equipamento.Outros tipos de estações, como infrassom, hidroacústica e de abalos sísmicos também integram o sistema.
A unidade está equipada ainda com amostrador de ar, instrumento de detecção e computadores. Amostras de ar são coletadas por meio de um filtro, substituído diariamente, que retém mais de 85% das partículas.
"Uma medição criteriosa é feita em um dispositivo de detecção. O resultado é obtido por meio de espectro de raios gama, enviado para o Centro Internacional de Dados", explicou um dos membros que opera a estação, Rócio Reis.
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- 18/03/2016 - Nota oficial: Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear manifesta indignação frente ao descaso com a medicina nuclear no paísFonte: Jornal Dia a DiaA Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) vem por meio desta nota manifestar sua indignação frente ao descaso com a medicina nuclear brasileira, materializado no abandono de equipamentos de PET (tomografia por emissão de pósitrons), que estão inoperantes nas instituições, aguardando por sua instalação. Enquanto isso, os pacientes da rede pública perecem pela falta de acesso à tecnologia.
Atualmente, a Sociedade foi notificada de que há no País três aparelhos inativos, sendo um no Hospital de Base do Distrito Federal; um no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o outro no Rio de Janeiro, o Rio Imagem.
O PET foi incorporada no arsenal de tecnologias oferecidas pelo sistema público de saúde à população – por meio das portarias Nº 07ǀ Nº 08 ǀ Nº 09, publicadas em abril de 2014. Atualmente é direcionado a estratificar a extensão de dos seguintes tipos de câncer em pacientes da rede pública: (1) câncer de pulmão de células não-pequenas, (2) câncer colorretal com metástase exclusivamente hepática com potencial ressecável e (3) linfomas de Hodgkin e não Hodgkin. Neste último caso, também há avaliação da resposta do tratamento.
Segundo o presidente da Sociedade, Claudio Tinoco Mesquita, a entidade avalia que nestes dois anos a situação do acesso à ferramenta no que cabe ao potencial diagnóstico e terapêutico de pacientes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) é deficitária no País – tanto em termos de acesso tanto ao ressarcimento do procedimento aplicado aos serviços – o qual encontra-se extremamente defasado.
O Brasil possui hoje aproximadamente 135 equipamentos – entre a esfera pública e privada, o que corresponde a cerca de 23% do número de todos os serviços de medicina nuclear no Brasil (433). Existe distribuição heterogênea dos equipamentos e cobertura ainda não plena no cenário nacional. Esta assimetria distribuição dificulta o acesso a essa tecnologia. A maior concentração está na região Sudeste (51 serviços = 50,3%). Na região Nordeste, estima-se 15%; seguido do Sul, com 16%; Nordeste com 15%; Centro Oeste, com 9% e Norte com apenas 5%.
Para se ter uma ideia, há cinco estados brasileiros que não têm PET-CT, principalmente na região da Amazônia. "Pacientes nessas áreas precisam atravessar mais de 1.000 km para ter acesso ao PET”, relata o presidente da Sociedade, Claudio Tinoco Mesquita.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a densidade de PET-CT no Brasil é de 0,5 por milhão de habitantes, entre a esfera pública e privada. Sendo a população brasileira estimada em 203.894.000 habitantes, há então 2 milhões de habitantes por equipamento. No início de 2015 foram pagos pelo SUS 296 exames/mês. A perspectiva de realização de exames/ano é de 100 mil exames. Dados da Organizações das Nações Unidas apontam que a densidade adequada de equipamentos de PET-CT seria de pelo menos o dobro (1 equipamento para cada 1 milhão de habitantes). Precisamos dobrar o número de equipamentos de PET CT e o número de médicos nucleares no Brasil para atender às demandas da população. Outra medida importante é o aumento de indicações de PET CT cobertas pelo SUS.
No Brasil, existem pouco mais de 650 especialistas de medicina nuclear, sendo a maioria localizada no Sudeste (55%), o que representa apenas 0,25% do total de médicos no Brasil. Há apenas 23 centros de formação de médicos de medicina nuclear maior parte do Sudeste. A especialidade está empreendendo esforços para crescer e atender a demanda crescente na sociedade.
PET-CT é um método diagnóstico por imagem funcional que, ao mesmo tempo, permite ao médico obter excelente resolução anatômica dos órgãos. No caso da oncologia, campo da medicina ao qual pode ser aplicada via SUS, um dos benefícios é o estadiamento (classificação do nível de impacto) da doença no organismo, o que ajuda no direcionamento do tratamento e, consequentemente, no alcance de melhores resultados e aumento da sobrevida. "O PET-CT funde a imagem anatômica com a funcional e temos o local exato onde o tumor está o que possibilita a escolha do melhor tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia”, relata Mesquita.
Acesso desigual – público x privado
Apesar da conquista, a SBMN alerta para o fato de ainda haver procedimentos a serem incorporados no âmbito da saúde pública. Enquanto no SUS o PET-CT é indicado para apenas três tipos de câncer, na saúde suplementar, o rol de abrangência é maior, conforme a Resolução Normativa – RN nº. 338, publicada no D.O.U., há dois anos, em 22 de outubro de 2013.
O rol de procedimentos referente à saúde suplementar (ANS) constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde. Entre os 44 procedimentos que tiveram ampliação na oferta de indicações para 2014 está o exame PET, que passou de três para oito – que são: avaliação de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e câncer de esôfago. Antes eram contemplados apenas câncer pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal.
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- 18/03/2016 - Roubo em Angra dos Reis não afetou segurança da usina nuclearFonte: Agência Brasil
Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil
Um grupo de cinco homens roubou quatro revólveres de cinco vigilantes de uma empresa terceirizada de vigilância, que faz a segurança da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, de propriedade da Eletronuclear, em Angra dos Reis (RJ). Apesar de ter ocorrido na noite de segunda-feira, somente hoje (17) a companhia comunicou o assalto.Os ladrões atacaram o posto de segurança da Marina Piraquara, onde renderam o vigilante e a guarnição que fazia ronda, composta por mais dois guardas. Roubaram dois revólveres, colocaram os vigilantes amarrados no carro da empresa terceirizada e se dirigiram a outro posto de observação. Lá, renderam dois guardas, roubaram seus armamentos e fugiram abandonando o carro com os sentinelas amarrados.
De acordo com a Eletronuclear, não houve vítimas e os dois assaltos, apesar de terem ocorrido na área de propriedade da empresa, aconteceram longe dos prédios onde operam as usinas nucleares. Não houve risco à segurança da Central Nuclear Álvaro Alberto. A polícia investiga o caso.
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- 17/03/2016 - Nota de Esclarecimento INBFonte: Caetité NotíciasAs Indústrias Nucleares do Brasil reiteram seu compromisso com a transparência e com o bom relacionamento com a população de Caetité, e por esta razão refutam as declarações publicadas pelo vereador Mário Rebouças, que acusa a empresa de falta de diálogo com a sociedade desta região. O vereador, que, como integrante da comissão de representantes dos proprietários de terras próximas à futura mina do Engenho já participou de encontros com a INB para discutir a questão dessas terras, não compareceu ao encontro realizado no último dia 10 na sede da Prefeitura para tratar do assunto.
Nesta reunião, da qual participaram o prefeito José Barreira, a vice-prefeita, Dra. Fátima, Élcio Dourado, procurador do município, Heraldo Rangel, superintendente de recursos minerais da INB, Luiz Alberto Gomiero, gerente de produção da INB Caetité, e Adriano Quadros, gerente de Geotecnia e Lavra, também foram debatidas outras questões que envolvem a abertura de uma nova área de mineração e a população residente no entorno.
Em relação à questão das terras, no dia 4 de março o presidente da INB, João Carlos Tupinambá, enviou correspondência a todos os representantes da comissão de representantes dos proprietários de terras, (inclusive ao vereador Rebouças), comunicando que no prazo máximo de 40 dias a empresa terá respostas ao conjunto de pontos que foram discutidos em reunião realizada no em agosto de 2015 no Rio de Janeiro, tendo em vista a submissão de todos os documentos à Consultoria Jurídica desta empresa.
Remanejamento de empregados
No que diz respeito às mudanças de funções e de locais de trabalho de empregados em Caetité, a empresa informa que pode proceder a remanejamentos de seus quadros, conforme previsto nos contratos de trabalho, e de mudanças no organograma da empresa, e que isto está sendo feito em todas as áreas e em todas as suas unidades.
Essas mudanças já haviam sido anunciadas no discurso de posse do presidente João Carlos Tupinambá quando ele ressaltou a necessidade de um realinhamento estratégico para que a empresa possa obter os melhores resultados em sua atuação.
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- 17/03/2016 - Filtragem atômica: Metamaterial pode separar átomosDe mantos da invisibilidade à proteção contra terremotos, os metamateriais sempre têm segredos a revelar.
De mantos da invisibilidade à proteção contra terremotos, os metamateriais sempre têm segredos a revelar.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Separação atômica
As propriedades únicas dos metamateriais têm sido usadas paracamuflar objetos, escondê-los de vibrações,ondas de pressão e calore até de terremotos.
Agora, Juan Restrepo-Flórez e Martin Maldovan, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, querem adicionar um outro uso para esses materiais projetados artificialmente: uma técnica de separação química direcional que permite esconder um composto enquanto se concentra outro.
Os pesquisadores acreditam que manipular a transferência de massa usando metamateriais pode reduzir a energia necessária para determinadas reações químicas e biomoleculares.
A proposta é usar materiais plásticos especialmente projetados para dirigir o fluxo de átomos tirando partido das suas propriedades físicas específicas.
Eles já fizeram os cálculos detalhados de como usar a técnica para separar uma mistura de nitrogênio e oxigênio - camuflando o nitrogênio e concentrando o oxigênio.
"Vamos controlar a forma como os átomos atravessam o metamaterial, em que direção eles vão. Ao projetar a difusividade dos metamateriais, podemos fazer os átomos de um composto irem por um caminho, e os átomos de um outro composto seguirem de forma diferente. Nós estamos manipulando as propriedades físicas para controlar a direção que os átomos tomam através do revestimento de metamaterial," explicou Maldovan.
Filtragem atômica
A técnica terá aplicações em áreas como a síntese de produtos químicos, o crescimento de cristais de semicondutores, a recuperação de resíduos de solutos biológicos ou químicos e até na produção de rins artificiais, já que a técnica é essencialmente uma nova forma de filtragem- eventualmente a filtragem mais eficiente que se possa fazer, já que operará em nível atômico.
Além de separar os átomos, a capacidade dos metamateriais para concentrá-los permitirá a construção de sensores para detectar quantidades-traço de qualquer elemento, essencialmente amplificando o sinal químico disponível.
Embora a ideia ainda precise ser comprovada experimentalmente, praticamente todas as propostas teóricas feitas até agora com os metamateriais se mostraram factíveis, por mais estranhas que parecessem à primeira vista.
O plano da dupla para demonstrar sua proposta na prática é construir os metamateriaisusando quatro tipos diferentes de polímeros, dois com alta difusividade e dois com baixa difusividade. O tamanho e os padrões dos blocos feitos na superfície de cada material serão determinados por algoritmos matemáticos para interagir com as propriedades específicas dos átomos dos compostos a serem trabalhados.
Bibliografia:
Mass Separation by Metamaterials
Juan Manuel Restrepo-Flórez, Martin Maldovan
Nature Scientific Reports
Vol.: 6: 21971
DOI: 10.1038/srep21971
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- 16/03/2016 - Energia nuclear entra na pauta dos alunos de escolas estaduaisFonte: Site Goiás Agora
O Programa de Conscientização Ambiental e Cidadania, da Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) realiza mais uma atividade nesta quarta-feira, dia 16. Desta vez, alunos de escolas estaduais terão um dia de atividades no Parque Telma Ortegal, área no município de Abadiânia onde estão os rejeitos do Césio 137.
O programa, lançado no início deste mês pelo governador Marconi Perillo, consiste em levar para as escolas palestras, debates, oficinas e promover visita guiada aos parques estaduais e estações de tratamento de água e esgoto, em uma verdadeira imersão nas questões de preservação e conservação da natureza. Dentro das escolas, haverá exibição de filmes com temática ambiental, levantando a discussão do tema entre os alunos.
A partir das 8 horas, os alunos vão percorrer uma trilha e conhecer mais do Cerrado goiano e do meio ambiente através de intervenções artísticas e teatrais. Em seguida, vão conferir a exposição fotográfica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), responsável pelo armazenamento e monitoramento do material radioativo presente no parque. A exposição será seguida da apresentação de filmes e palestras sobre as principais questões que envolvem a energia nuclear no Brasil e no mundo.
A Saneago também vai apresentar um material educacional com objetivo de mostrar aos alunos os riscos da contaminação dos mananciais e lençóis freáticos. Com uma unidade fixa no Parque Telmar Ortegal, o Batalhão Ambiental abre uma exposição sobre a fauna do Cerrado, com animais taxidermizados apreendidos ao longo de operações, além de frutos e materiais apreendidos de caça e pesca.
O Programa de Conscientização Ambiental e Cidadania é realizado pela Secima, em parceria com a Seduce (Gustav Ritter), Saneago, OVG e Comando Ambiental da Polícia Militar, e deve atingir mais de 60 mil alunos, nas 18 maiores cidades de Goiás. Mais informações: (62) 3201-5253 -
- 15/03/2016 - Feira de ciências e engenharia mostrará 340 projetosA 14ª Edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) começará no dia 15 de março, na Escola Politécnica (Poli) da USP, em São Paulo.
A 14ª Edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) começará no dia 15 de março, na Escola Politécnica (Poli) da USP, em São Paulo.
Fonte: Site Inovação TecnológicaNeste ano serão apresentados 341 projetos de 752 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, orientados por 476 professores. Os estudantes estarão na Poli expondo os projetos até 17 de março.
Os 341 projetos finalistas foram selecionados entre um grupo de mais de 2,2 mil, submetidos diretamente pelos estudantes ou por meio das 125 escolas afiliadas. Os projetos abrangem diversas áreas do conhecimento e se destacam por oferecer soluções criativas para problemas reais, a exemplo de novos mecanismos de controle do mosquitoAedes aegyptiou de tecnologias para reduzir acidentes por embriaguez ao volante ou monitorar e resgatar crianças esquecidas em automóveis.
"O mais importante não são os resultados, como chegar a um protótipo ou produto, por exemplo, mas todo o processo, as diversas etapas de investigação, reflexão, construção e observação necessárias para a execução dos projetos", destaca a coordenadora da Febrace, Roseli de Deus Lopes.
Projeto mais popular
Na mostra, os trabalhos serão avaliados por pesquisadores e especialistas de diversas áreas do conhecimento. O público visitante também poderá eleger o projeto mais popular, postando seu voto no site da Febrace.
Os autores dos melhores trabalhos ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 200 prêmios. Também concorrerão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, na cidade de Phoenix, Arizona, EUA.
Promovida anualmente pela Poli, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), a Febrace é a maior feira brasileira pré-universitária de ciências e engenharia em abrangência e visibilidade.
A mostra pública de projetos será realizada entre 15 e 17 de março, ficando aberta das 14h às 19h, em uma tenda instalada no estacionamento da Escola Politécnica (Poli) da USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, nº 3, travessa 3, Cidade Universitária). A entrada é franca.
Mais informações no site www.febrace.org.br.
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- 11/03/2016 - INB é multada pelo Ibama por omitir contaminação de urânio na BahiaFonte: UOL Notícias
Brasília - A estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), responsável pela exploração de uma mina de urânio no município de Caetité, na Bahia, foi multada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 50,5 mil, por ter omitido do órgão de fiscalização laudos técnicos que comprovavam a contaminação de um poço em área próxima da usina.Segundo o Ibama, o valor estipulado para a multa se baseia em uma equação que considera a motivação da infração, seu impacto sobre o meio ambiente, a consequência para a saúde pública e o porte da empresa. A área técnica do órgão conclui que a empresa é culpada pela infração, já que omitiu dados, mas atestou que não foi possível comprovar uma ligação direta entre a contaminação da água e a operação da empresa na extração do urânio. As possíveis consequências sobre a saúde pública da família que vive na propriedade também foram desconsideradas, apesar de a reportagem ter confirmado, à época, que o poço era utilizado no consumo diário de água.
A autuação oficializada no dia 3 de março soma-se a outras oito multas que o Ibama já aplicou sobre a INB, por causa de irregularidades envolvendo omissão de informações e acidentes com material químico. A estatal ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação opera a única mina de urânio em atividade na América Latina. A infração baseou-se em uma série de reportagens publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" a partir de agosto do ano passado.
Em outubro de 2014, a INB realizou uma primeira inspeção no poço de uma propriedade privada e identificou uma quantidade do minério tóxico mais de quatro vezes acima do limite permitido para consumo humano. O achado, porém, não foi comunicado aos órgãos estaduais e federais responsáveis, tampouco à prefeitura do município. Uma segunda checagem só seria foi feita pela INB em março de 2015, sete meses depois, quando a empresa encontrou um índice de urânio mais de três vezes acima do limite determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Novamente, porém, não houve comunicação sobre o caso. Em vez disso, a estatal divulgou um informe público para garantir que não havia encontrado nenhuma irregularidade em todas as inspeções de água feitas ao longo do ano.
Os dois laudos só foram chegar à prefeitura de Lagoa Real no fim de maio de 2015, conforme revelou o jornal. Foi quando a gestão municipal tratou de ir até o proprietário do poço contaminado e comunicá-lo que este não deveria consumir aquela água. Ainda assim, nada chegou a ser informado aos governos federal e ao Estado da Bahia.
Por causa da denúncia, o governo da Bahia prometeu instalar um programa de monitoramento permanente de água na região. Em janeiro deste ano, 19 poços passaram por testes de água realizados pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), a pedido do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). Os dados revelaram que pelo menos mais três poços da região estão com nível de urânio acima do limite, portanto são impróprios para o consumo humano. O secretário de Meio Ambiente do governo da Bahia, Eugenio Spengler, disse ao jornal que os novos pontos de contaminação serão fechados.
O governo baiano anunciou ainda a construção de uma unidade de tratamento de câncer na região. No ano passado, em entrevista ao jornal, a diretora da atenção especializada da Secretária de Saúde, Alcina Romero, afirmou que, ainda em 2012, dados já apontavam que havia um volume de pessoas com a doença superior à média de toda Bahia. "Essa região apresenta um número de novos casos de câncer superior ao número de casos de todo o Estado", disse Alcina, que é responsável pela gestão de todas as unidades de tratamento de câncer em operação na Bahia. "Há uma prevalência. O câncer tem um comportamento diferente nesta região."
A INB sempre negou haver qualquer tipo de contaminação na região, seja por meio natural ou em decorrência de suas atividades. A empresa sempre garantiu que, apesar de haver presença de material radioativo na água da região, esta sempre ficou abaixo do limite aceito pelos órgãos de controle. Das nove multas que recebeu do Ibama, a estatal pagou até hoje apenas duas infrações, que totalizam R$ 52 mil. Cinco punições - que incluem casos de vazamento e somam cerca de R$ 2 milhões - ainda estão em fase de recurso e julgamento. Outras duas multas, a preços atuais chegam a cerca de R$ 3,2 milhões, já transitaram em julgado, mas não foram pagas pela empresa.
Em razão disso, o Ibama enviou os dados da INB para o Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin), o que impede a estatal de tomar financiamentos.
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- 11/03/2016 - Efeitos de Fukushima chamam atenção da ciênciaO impacto do desastre nuclear de Fukushima, ocorrido há cinco anos, pode ser visualizado de maneira assustadora através de graves deformidades detectadas em borboletas. A descoberta foi feita pela pesquisadora japonesa Chiyo Nohara, falecida há alguns meses. A redação japonesa da swissinfo.ch encontrou-a durante uma conferência realizada na Suíça.
O impacto do desastre nuclear de Fukushima, ocorrido há cinco anos, pode ser visualizado de maneira assustadora através de graves deformidades detectadas em borboletas. A descoberta foi feita pela pesquisadora japonesa Chiyo Nohara, falecida há alguns meses. A redação japonesa da swissinfo.ch encontrou-a durante uma conferência realizada na Suíça.
Fontes: Site SWISSINFO
O impacto do desastre nuclear de Fukushima, ocorrido há cinco anos, pode ser visualizado de maneira assustadora através de graves deformidades detectadas em borboletas. A descoberta foi feita pela pesquisadora japonesa Chiyo Nohara, falecida há alguns meses. A redação japonesa da swissinfo.ch encontrou-a durante uma conferência realizada na Suíça.
"Até então não tinha nada a ver com Fukushima", lembrou-se Chiyo Nohara ao longo da entrevista realizada em 2014, durante um simpósio sobre o tema "Efeitos da radioatividade sobre os genes" em Genebra. Nesse momento ela já se encontrava gravemente enferma. "Depois do acidente nuclear me preocupava tanto como se a minha filha vivesse por lá. Eu quis ir logo depois para Fukushima e ver com os meus próprios olhos o que havia ocorrido". Essa ideia foi o verdadeiro impulso para a pesquisa de borboletas.
Inicialmente Nohara não tinha nada a ver com ciências exatas. Na Universidade de Aichi, algumas centenas de quilômetros ao sul de Tóquio, ela trabalhava como professora e ensinava como estruturar sistemas de controle para a administração público. Posteriormente se voltou à área ambiental e mudou-se para a ilha de Okinawa, onde assumiu uma cadeira na Universidade de Ryukyu.
Em 11 de março de 2011 ocorreu a catástrofe tríplice: terremoto, tsunami e acidente nuclear na central de Fukushima. Imediatamente Nohara solicitou à universidade autorização para pesquisar possíveis mudanças nas borboletas. Como seu colega Joji Otaki já trabalhava com a família das Lycaenidaes, uma espécie de borboleta azul, ela escolheu as Zizeeria mahas, um subtipo das Lycaenidaes, muito comum no Japão.
Em maio de 2011, pesquisadores recolheram machos da borboleta afetadas pelas radiações nas cidades de Fukushima e Motomiya (aproximadamente 60 quilômetros ao noroeste, respectivamente oeste da central nuclear). Já no local, descobriram que suas asas eram menores do que de borboletas da mesma família, mas originárias de um lugar remoto.
De volta à Okinawa, eles criaram com as borboletas irradiadas a primeira geração de laboratório. Nesses insetos perceberam um atraso no desenvolvimento na fase da pupa e na incubação, assim como uma maior incidência de malformações. Quanto mais próximo à central nuclear os machos foram recolhidos, mais frequentes eram as malformações na prole.
A progenitura da segunda geração apresentava finalmente não apenas malformações semelhantes como a dos seus progenitores, mas também outras formações anormais como, por exemplo, antenas tortas.
Além disso, o grupo pesquisou os efeitos da radiação ao irradiar artificialmente borboletas saudáveis da ilha de Okinawa e depois alimentá-las com erva-azeda para irradiá-las também internamente. Também nesse caso verificou-se uma queda da taxa de sobrevivência, uma redução do tamanho das asas e malformações nos corpos. "Dessa forma confirmamos as descobertas feitas com as borboletas recolhidas no laboratório", disse Nohara. Sua pesquisa foi publicada em 2012 na revista científica Nature.
A entrevista foi realizada em 29 de novembro de 2014
swissinfo.ch: Por que você decidiu viajar apenas dois meses após catástrofe nuclear para Fukushima e recolhe provas?
Chiyo Nohara: De fato, no momento havia o risco de ocorrer outros acidentes na central nuclear através de tremores secundários. Mas eu queria de qualquer maneira recolher borboletas irradiadas, que ainda estava no estágio de larva em Fukushima. Em Chernobyl essa pesquisa com organismos só foi realizada cinco anos após o acidente. Eu queria evitar que isso acontecesse mais uma vez.
Com o professor Otaki e dois outros pesquisadores visitei no final de maio diferentes locais. Nossa intenção era comparar as provas com as de Tóquio e outras cidades.
swissinfo.ch: Antes você realizava auditorias em administrações públicas. Depois começou a procurar borboletas mortas e procurar nelas deformidades físicas. Era um mundo completamente diferente, não?
C.N.: Eu não tinha condições de refletir sobre a mudança na minha situação. O cotidiano era antes extremamente estressante e o tempo, escasso. Eu visitava todos os dez dias a prefeitura de Fukushima e recolhia mostras de erva-azeda irradiadas. Eu alimentava com elas as borboletas para que seus órgãos internos também fossem contaminados.
Eu voava de Okinawa para Tóquio e, de carro, até Fukushima. Depois procurava amostras de erva-azeda e, ao mesmo tempo, um serviço de correio para enviar as plantas ainda frescas três, ou até quatro vezes por dia, à Okinawa.
Eu passava a cada vez três noites no local. De volta à Okinawa, ia à noite diretamente para o laboratório e alimentava durante toda a noite as borboletas. Minha intenção era aliviar um pouco o pesquisador responsável por esse trabalho durante as minhas ausências. Durante um ano e meio trabalhamos assim.
swissinfo.ch: Quais foram os experimentos que lhe impressionaram mais?
C.N.: O experimento com a irradiação dos órgãos internos. Alguns insetos alimentávamos com ervas contaminadas. Já o grupo de controle recebia ervas não contaminadas do Japão ocidental. Assim observamos, que todas as borboletas alimentadas ainda como larvas com a erva-azeda retirada da região de Fukushima eram visivelmente mais lentas do que aquelas do grupo de controle.
Foi um grande choque para mim. Eu achava que isso estava relacionado à doença que as pessoas chamavam popularmente, após a explosão da bomba nuclear em Hiroshima, de "Genbaku Bura-Bura" (benbaku = explosão da bomba nuclear, bura-bura = de longa duração).
swissinfo.ch: Quais são as suas mais recentes descobertas?
C.N.: Os resultados das observações sobre as contaminações internas por radioatividade são muito interessantes. Eles foram publicados há pouco. Essas observações são para mim como uma luz na escuridão.
Nós dividimos as larvas da primeira geração gerada em laboratório, todas descendentes das borboletas irradiadas em Fukushima, em dois grupos. Uma alimentava-se da erva-azeda contaminada e as outras, com a erva de Okinawa. Como esperávamos, as taxas de mortalidade e anomalias eram no primeiro grupo muito mais elevadas do que no grupo de Okinawa.
Mas com a segunda geração a situação já era diferente: as taxas de sobrevivência da progenitura alimentada com a erva-azeda de Okinawa do grupo de borboletas contaminadas era tão elevadas como as do grupo de Okinawa, cuja alimentação desde a primeira geração era feita com a erva-azeda não contaminada.
Aqui há uma forte probabilidade de que esse fenômeno também se aplique em seres humanos. Isso significa que as taxas de sobrevivência podem aumentar nas gerações seguintes se a alimentação não for mais contaminada. Nesse sentido os resultados me dão esperanças.
swissinfo.ch: Esse experimento chamou bastante a atenção dos participantes desse importante simpósio em Genebra, não?
C.N.: De fato. O interesse era bem grande, pois as taxas de sobrevivência e normalidade na segunda geração de insetos nascidos em laboratório voltaram a melhorar. Porém gostaria de ressaltar dois pontos: em primeiro lugar, as taxas de mortalidade e anomalias nas borboletas da primeira geração, que receberam erva-azeda contaminada, são ainda muito elevadas. E, em segundo, não é possível descartar na segunda geração danos nos genomas, mesmo se as taxas de sobrevivência e normalidade se elevaram graças à alimentação saudável originárias de Okinawa.
No simpósio, um dos presentes se manifestou. Ele projetou os nossos resultados sobre os seres humanos e disse que era problemático que os filhos de pais contaminados por radioatividade em Chernobyl permanecessem na região, alimentando-se até hoje de produtos irradiados.
De fato, escuta-se muito que algumas crianças de Chernobyl sofrem de diversos problemas físicos e psicológicos. Muitas cometem suicídio. Ou que os pais não aguentam a pressão das crianças e terminam abandonando as famílias.
Também as pessoas de Fukushima que foram para Okinawa sofrem de diferentes sintomas. Essas vítimas da radioatividade precisam ser bem acolhidas na sociedade. Elas necessitam de pontos de apoio para ter acesso às terapias e aconselhamentos necessários.
Nós precisamos aprender com as experiências de Chernobyl e, necessariamente, estabelecer pontos de contato para a troca de informações para que as pessoas não sejam abandonadas a si próprio. Além da minha pesquisa, procuro também, juntamente com algumas pessoas transferidas de Fukushima para Okinawa, possibilidades para a realização desses pontos de apoio.
Chiyo Nohara (1955 – 2015)
A pesquisadores fundou sob a supervisão do professor Joji Otaki, da Universidade de Ryukyu, um grupo de pesquisa sobre as consequências da catástrofe nuclear de Fukushima sobre borboletas.
Antes trabalhava na Universidade de Aichi como professora de auditoria para a administração pública.
Na Escola Graduada de Engenharia e Ciência na Universidade de Ryukyu, ela concluiu a primeira metade do programa de doutorado na área de ciências marítimas e do meio ambiente.
Ela faleceu em 28 de outubro de 2015, na ilha de Okinawa, depois de uma longa doença.
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- 11/03/2016 - Acidente nuclear de Fukushima completa 5 anos e preocupa ecologistasFonte: Agência Brasil
Da Agência LusaO grupo ecologista Greenpeace advertiu hoje, no quinto aniversário do terremoto e do tsunami que provocaram o acidente nuclear de Fukushima, que "não há solução à vista para os quase 100 mil desalojados” pela crise na central japonesa. "Não sabemos exatamente o que causou o acidente e o governo japonês continua minimizando o nível de radioatividade nas zonas que tiveram de ser evacuadas. É trágico e inaceitável”, lamentou, em comunicado, o diretor da organização ecologista no Japão, Junichi Sato.
Para os ambientalistas, a crise da central Fukushima Daiichi foi "um dos piores acidentes industriais na história” e os governos devem apostar urgentemente na "energia limpa, renovável e segura”. O Greenpeace também pediu ao governo japonês e à operadora Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da central, para dar prioridade à "segurança e ao meio ambiente” e apontou que o encerramento da central de Takahama, ordenado esta semana por um tribunal do Japão, por razões de segurança, é "um sinal de que a energia nuclear não tem futuro" no país.
O Greenpeace concluiu um estudo do impacto ambiental do acidente de Fukushima e apresentará os resultados nos próximos meses. No entanto, já publicou, na semana passada, relatório em que alerta para as mutações detectadas na flora e na fauna da área afetada pelo acidente de 11 de março de 2011, advertindo para as "elevadas concentrações de radiação” em folhas novas de cedro e no pólen, alterações de crescimento em árvores como o abeto ou em espécies como as borboletas azuis, para danos no ADN de gusanos (um tipo de verme) e para uma redução da fertilidade da andorinha comum.
Cinco anos após o desastre nuclear de Fukushima, o Japão pretende que os 37 países que ainda proíbem ou limitam a importação de alimentos daquela região levantem as restrições, afirmou hoje o governo. "Gostaríamos de erradicar estes rumores danosos [sobre os produtos de Fukushima] mostrando os progressos na reconstrução, através das nossas embaixadas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida.
O chefe da diplomacia nipônica se comprometeu a "continuar trabalhando” para que sejam levantadas as barreiras, impostas por conta das emissões da central que contaminaram as zonas próximas e que afetaram os produtos da agricultura, pecuária e pesca.
Segundo dados oficiais japoneses, 37 países e regiões, incluindo a China ou a Coreia do Sul, ainda impõem limitações. O Japão também proibiu temporariamente a venda e o consumo de vários produtos de Fukushima, como arroz ou carne de vaca, dentro do próprio país.
Edição: Graça Adjuto
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- 11/03/2016 - Cinco anos depois do desastre de Fukushima, nem os robôs sobrevivem à radiaçãoO sismo e consequente tsunami que abalaram o Japão a 11 de março de 2011 provocaram o pior desastre nuclear desde Chernobyl na central de Fukushima. Mais de 60 mil japoneses vivem em casas improvisadas desde então. Ministro da Reconstrução diz que ainda serão precisos mais cinco anos até tudo regressar à normalidade
O sismo e consequente tsunami que abalaram o Japão a 11 de março de 2011 provocaram o pior desastre nuclear desde Chernobyl na central de Fukushima. Mais de 60 mil japoneses vivem em casas improvisadas desde então. Ministro da Reconstrução diz que ainda serão precisos mais cinco anos até tudo regressar à normalidade
Fonte: Site Expresso
Era uma sexta-feira tal como hoje. Há precisamente cinco anos, a 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9 abalou a costa leste do Japão, gerando uma onda de dimensões massivas que atingiu a central de Fukushima e que provocou o maior desastre nuclear da História moderna desde o incidente de Chernobyl em 1986. Quase 19 mil pessoas perderam a vida, contando com as 18 mil que continuam oficialmente desaparecidas até hoje. E dos 160 mil japoneses que foram retirados das imediações da central, entre 60 mil e 100 mil vivem há meia década em alojamentos improvisados sem possibilidade de voltarem para as suas casas.Esta manhã, marcando os cinco anos do pior sismo algum dia registado no Japão, a Greenpeace advertiu que "não há solução à vista para os quase 100 mil deslocados". "Não sabemos exatamente o que causou o acidente e o governo japonês continua a minimizar o nível de radioatividade nas zonas que tiveram de ser evacuadas", lamentou em comunicado Junichi Sato, diretor do braço nipónico da organização ecologista. "É trágico e inaceitável."
Para os ambientalistas, a crise na central Fukushima Daiichi ("número 1", em japonês), que está em processo de desmantelamento, foi "um dos piores acidentes industriais da história” e os governos devem apostar urgentemente na "energia limpa, renovável e segura”. É o que o Japão tem tentado fazer, tendo anunciado em meados de fevereiro que pretende triplicar a produção de energia eólica até 2020 — semanas antes de um tribunal nipónico ordenar o encerramento imediato de dois reatores da central de Takahama por "motivos de segurança" e com base "nas lições de Fukushima".
Não é para menos. Cinco anos depois do desastre de proporções míticas, as autoridades nipónicas continuam a tentar lidar com os estragos e os altíssimos níveis de radioatividade registados dentro e ao redor da central de Fukushima. São tão altos que nem os robôs sobrevivem, apontava na quinta-feira a Reuters num artigo a marcar o quinto aniversário do sismo e consequente tsunami.
"Os robôs enviados para detetar os níveis de radiotividade do combustível nos reatores nucleares de Fukushima morreram", conta o correspondente da agência. Cinco anos depois, continua, "uma 'parede de gelo' subterrânea ao redor da central parcialmente destruída, cujo objetivo era impedir que a água no subsolo fique contaminada, continua por concluir. E as autoridades ainda não sabem como se ver livres da água altamente radioativa que está armazenada num crescente número de tanques ao redor da central."
Hoje, os níveis de radiação na central continuam tão altos que tornam impossível chegar às entranhas das instalações e remover os materiais perigosos das barras de combustível derretidas que continuam dentro dos reatores. A operadora de Fukushima, a Tokyo Electric Power Co (Tepco), conseguiu alcançar alguns progressos, retirando parte dessas barras de um dos edifícios mais afetados pela onda de 10 metros de altura que varreu a central. Mas a tecnologia necessária para retirar o combustível radioativo dos outros três reatores ainda não foi desenvolvida, aponta a agência no mesmo artigo.
"É extremamente difícil aceder ao interior da central nuclear", admite Naohiro Masuda, o responsável da Tepco pela desativação da central. "O maior obstáculo é a radiação."
Duramente criticada por não ter planos de contingência preparados para reagir de imediato ao desastre, a Tepco encetou esforços para conseguir reduzir os níveis de radioatividade ao redor de Fukushima. E nalgumas zonas da região, poucas, conseguiu que esses níveis baixassem para os mesmos valores registados atualmente em Tóquio. Mas os trabalhos de desativação e desmantelamento da central podem durar mais 30 a 40 anos a estarem concluídos.
A par disto, o governo tem investido milhares de milhões de euros nos esforços de reconstrução das zonas mais afetadas pelo sismo, mas grande parte do trabalho continua por concluir. "A reabilitação e reconstrução chegaram a um determinado nível em termos de equipamento, mas ainda há falta de software", confirma o ministro japonês da Reconstrução, Takagi Tsuyoshi, citado pela BBC. "Vamos ter ambos os aspetos em atenção no futuro e alcançar uma reconstrução total nos próximos cinco anos", prometeu esta manhã.
Para marcar o quinto aniversário do desastre, o Japão vai cumprir um minuto de silêncio às 14h46 locais (7h46 da manhã em Lisboa), a hora a que o sismo abalou o leste do país. Logo a seguir, o primeiro-ministro, Shinzo Abe, e o imperador Akihito vão depositar flores numa cerimónia na capital em memória das vítimas.
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- 09/03/2016 - Centro de inovação aberta da Unicamp completa um anoFonte: Agência Fapesp
Karina Toledo
Responsáveis por regular processos importantes do organismo, como divisão, proliferação e diferenciação celular, as enzimas quinases são consideradas alvos prioritários para o desenvolvimento de fármacos. No entanto, estima-se que apenas 40 das cerca de 500 proteínas desse tipo identificadas no genoma humano já tenham sido bem estudadas.
Atualmente, há 31 compostos capazes de inibir a ação de enzimas quinases aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) – a agência regulamentadora de alimentos e remédios dos Estados Unidos –, sendo 27 para o tratamento de câncer, um para síndrome mielodisplásica, um para artrite reumatoide e um para fibrose pulmonar idiopática.
Na avaliação de especialistas, há ainda muitos alvos terapêuticos potenciais a serem explorados e, com a missão de fazer avançar o conhecimento na área em um modelo de inovação aberta, foi inaugurado há cerca de um ano o Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases, da Universidade Estadual de Campinas (SGC-Unicamp).
Apoiado pela FAPESP por meio do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), o centro integra o Structural Genomics Consortium (SGC), uma parceria público-privada que reúne cientistas de universidades, indústrias farmacêuticas e entidades sem fins lucrativos de apoio à pesquisa.
O SGC também conta com centros em Oxford (Inglaterra), Toronto (Canadá) e, mais recentemente, abriu unidades na Carolina do Norte (Estados Unidos), Estocolmo (Suécia) e Frankfurt (Alemanha).
Todas as equipes que integram o consórcio estiveram reunidas pela primeira vez no Brasil, no dia 7 de março, para participar do workshopNew Horizons in Medicinal Chemistry of Protein Kinases(Novos Horizontes em Química Medicinal de Proteínas Quinases). O encontro reuniu pesquisadores já vinculados ao SGC e também potenciais colaboradores para a apresentação de estudos voltados a desvendar a estrutura cristalográfica e desenvolver inibidores para um grupo de 27 proteínas quinases humanas sobre as quais muito pouco se conhece.
"Os centros de Oxford, Frankfurt e da Carolina do Norte trabalham em parceria com a Unicamp. O objetivo é desenvolver, dentro de cinco anos, sondas químicas para 27 quinases. Certamente, até o fim do próximo ano estaremos vendo os primeiros resultados práticos desse trabalho, ou seja, a descoberta de como essas quinases participam de mecanismos causadores de doenças”, afirmou Aled Edwards, fundador e presidente do consórcio.
Sonda química é uma pequena molécula capaz de se ligar de maneira específica a uma enzima-alvo e inibir o seu funcionamento. Ao fazer isso em culturas celulares ou modelos animais, os pesquisadores podem descobrir quais são os processos regulados pela quinase nas células e entender como isso está relacionado com o surgimento de doenças.
Segundos dados do SGC, o desenvolvimento de uma sonda química pode levar entre 18 meses e 2 anos e custar somas muitas vezes proibitivas para o meio acadêmico. Para a indústria farmacêutica, por outro lado, investir no estudo de quinases sobre as quais nada se sabe – sem nenhuma garantia de que a pesquisa poderá resultar em algo lucrativo – representaria um risco grande. Por isso surgiu a ideia de unir esforços em um modelo de inovação aberta, no qual todos os resultados de pesquisas ficam disponíveis à comunidade científica mundial, sem o obstáculo imposto por patentes ou qualquer outro acordo de propriedade intelectual.
As farmacêuticas parceiras do SGC, entre elas GlaxoSmithKline (GSK), Novartis, Pfizer e Bayer, se comprometeram a disponibilizar algumas sondas químicas já existentes em sua biblioteca de compostos e ajudar no desenvolvimento de pelo menos 15 novas moléculas voltadas a investigar o funcionamento de quinases ainda pouco conhecidas pela ciência.
A empreitada deve contar em breve com um novo parceiro 100% nacional: o laboratório Aché, conforme anunciado durante o workshop realizado na última segunda-feira.
"Neste primeiro ano de funcionamento do centro da Unicamp conseguimos equipar o laboratório, contratar os pesquisadores e começamos a colher os primeiros resultados. O mais importante é que estamos começando a formar uma rede de colaboradores aqui no Brasil, incluindo o laboratório Aché. Eles ficarão responsáveis pelo desenvolvimento de sondas químicas e nós pela parte de biologia estrutural”, contou Paulo Arruda, pesquisador da Unicamp responsável pelo centro do SGC no Brasil.
De acordo com Cristiano Guimarães, diretor da Área de Inovação Radical do Aché, a empresa vem investindo no desenvolvimento de novos ativos farmacêuticos há alguns anos, porém, até o ano passado, a síntese de moléculas com potencial terapêutico era feita por terceirizados.
"Nós desenhávamos as moléculas, contratávamos empresas para sintetizá-las e fazíamos o gerenciamento dos projetos. Mas, nos últimos anos, temos buscado internalizar as etapas de execução e para isso foi criado o Laboratório de Design e Síntese Molecular dentro do Aché”, contou.
A unidade foi inaugurada em novembro de 2015 e, segundo Guimarães, abriu a possibilidade de a empresa ingressar no SGC.
"Não fazemos inovação em biologia no Aché. Temos um laboratório para sintetizar moléculas capazes de interagir com alvos que já estão estabelecidos. Participar desse consórcio é uma maneira de acessar novos alvos terapêuticos, ficar nesse vórtice de inovação que permite colher informações, trocar ideias e novos projetos nascem”, explicou.
Medicina de Precisão
Na abertura do workshop, o vice-presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, disse que a instituição está orgulhosa de colaborar com a iniciativa – um bom exemplo de como a academia pode interagir com a indústria para consolidar a pesquisa e o desenvolvimento em diferentes áreas.
"Estamos na era da Medicina de Precisão e, para que ela possa ser viabilizada, é essencial conhecer os mecanismos biológicos envolvidos nas diferentes doenças que acometem os humanos. Somente assim é possível desenhar drogas capazes de interferir nesses mecanismos”, disse Krieger.
O pesquisador da Universidade de Oxford Opher Gileadi, que no último ano esteve no Brasil para ajudar a organizar o funcionamento do centro da Unicamp, destacou que o apoio da FAPESP permitiu montar um laboratório compatível com os demais centros do SGC.
"Há um ano tínhamos o dinheiro aprovado, mas uma sala vazia e apenas duas pessoas. Hoje temos um verdadeiro centro do SGC”, comemorou.
O centro da Unicamp também tem a missão de investigar o papel de quinases importantes na biologia de plantas para, por exemplo, descobrir como tornar plantas importantes para a agricultura mais resistentes à seca. No entanto, segundo Arruda, as atividades neste primeiro ano estiveram voltadas principalmente à parte de química medicinal.
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- 07/03/2016 - Agência de Energia Nuclear intensificará ajuda para combater vírus do zikaFonte: ABENA AIEA intensificará sua ajuda no combate ao vírus do zika na América Latina, anunciou nesta segunda-feira em Viena o diretor-geral da agência nuclear da ONU, Yukiya Amano.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) lançará um projeto de cooperação técnica projetado para fomentar a capacidade regional na América Latina e no Caribe para controlar o Aedes aegypti, mosquito vetor de doenças como o vírus do zika.
"O projeto fortalecerá os mecanismos nacionais e regionais para o controle da população do mosquito Aedes", explicou Amano em discurso perante o Conselho de Governadores da AIEA, que reúne-se esta semana em Viena.
Os especialistas da AIEA desenvolveram uma série de atividades para dar assistência a projetos de cooperação técnica que envolva a técnica do inseto estéril (SIT), acrescentou o diretor-geral.
O SIT cria insetos machos esterilizados pela exposição à radiação, que depois são dispersados de maneira sistemática na região afetada, onde se acasalam com as fêmeas - que só se reproduzem uma vez - sem gerar descendentes.
Para poder realizar estes projetos em grande escala, Amano fez hoje um pedido a todos os países que estejam em condições para contribuir no financiamento.
O diretor-geral lembrou ainda que a agência nuclear fornecerá ao Brasil um radiador de células gama para aumentar a produção de mosquitos estéreis para serem liberados em áreas piloto do projeto.
A AIEA já está ajudando os países mais afetados pelo vírus com equipes nucleares portáteis que permitem detectar rapidamente o vírus, concluiu Amano.
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- 07/03/2016 - Investigações sobre Angra 3 têm atraso à espera de novas delaçõesOperação Lava Jato investiga suposto esquema de corrupção na construção de Angra 3
Operação Lava Jato investiga suposto esquema de corrupção na construção de Angra 3
Fonte: Correio Braziliense
Negociações de acordos de delação dos réus da 16.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em julho, que investiga suposto esquema de corrupção na construção de Angra 3, vão atrasar o ritmo do processo na Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Em setembro, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, desmembrou o então inquérito do setor elétrico do processo da Petrobras.
O juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, é o responsável pela investigação na primeira instância. Ele estima que, mesmo com o atraso, uma sentença sobre o caso deve sair até julho.
As testemunhas de acusação foram as primeiras a serem ouvidas no caso, entre elas o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, ambos delatores na Lava Jato. Já os nomes indicados pelas defesas prestam depoimento desde o fim de janeiro até 11 de março.
A partir daí, Bretas previa dar seguimento ao interrogatório dos 14 réus da ação, entre eles o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear e um dos pais do Programa Nuclear Brasileiro (acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina), e Otávio Marques de Azevedo, presidente afastado da Andrade Gutierrez. A intenção esbarrou na notícia de que alguns réus, incluindo Azevedo, estão firmando acordo de delação premiada.
"O Ministério Público concorda, os advogados também, que é prudente pararmos logo depois de acabar a oitiva das testemunhas Vou ter que suspender o processo esperando descerem as informações do Supremo. Aí, sim, vou chamá-los um por um com a expectativa de que eles confirmem aqui aquilo que disseram na delação", disse o magistrado.
Previsão
O juiz acredita que o número de ações desmembradas da Lava Jato enviadas à Justiça do Rio pode aumentar. "Existe uma expectativa, e isso ainda não está claro pois será definido no âmbito do Supremo, que demais assuntos de irregularidade envolvendo a Eletrobrás, se existirem, ficariam aqui, no Rio de Janeiro", comentou o magistrado.
A chegada do processo da Radioatividade implicou uma série de mudanças na 7.ª Vara do Rio, cujos processos não eram eletrônicos. "Se tivesse que transformar em processo físico, teria 500 volumes. É mais do que todo o resto da vara. É impossível, seriam mais de 160 mil páginas", disse. Tampouco havia equipamento para teleconferências ou um procedimento de gravação das audiências, o que foi providenciado para "manter o padrão" de Curitiba.
Comparação
Bretas, que vem sendo lembrado como o "Sérgio Moro do Rio", evita comparações com o juiz paranaense, mas diz admirar o trabalho do colega. Mais discreto, ele conta que prefere se manter longe dos holofotes. Também adota a política da boa vizinhança com advogados, promotores e acusados na condução das audiências. "Isso não é um ringue".
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- 07/03/2016 - Série de explosões ocorre em usina nuclear dos EUAUma série de explosões ocorreu na usina nuclear no condado de Oconee, no estado americano de Geórgia.
Uma série de explosões ocorreu na usina nuclear no condado de Oconee, no estado americano de Geórgia.
Fonte: Site Sputnik
Segundo o jornal Washington Times, o alarme na usina foi acionado após várias explosões e um incêndio no transformador.As fontes na edição nos serviços de emergência comunicam que o incêndio foi extinto dentro de 30 minutos depois de os bombeiros chegarem ao local.
O acidente não provocou vítimas ou perigo de vazamento de substâncias radioativas. No entanto, um dos três reatores está parado.
Além disso, o fogo danificou aslinhas elétricas.
A usina nuclear de Oconee é uma das mais maiores dos EUA, com uma potência de cerca de 2600 megawatts.
Este não é o primeiro acidente em instalações nucleares norte-americanas. Um mês atrás, testes mostraram que as águas perto da usina de Indian Point, no estado de Nova York, continham materiais radioativos. Em maio de 2015, na mesma usina ocorreu uma explosão em um transformador, o que causou o pânico entre os habitantes locais.
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- 06/03/2016 - Rússia e Bolívia assinaram acordo para criação de centro de pesquisa nuclearA Rússia e a Bolívia assinaram neste domingo (6) um acordo de cooperação intergovernamental sobre o uso pacífico de energia nuclear e de cooperação na construção de um centro de pesquisa e tecnologia nuclear.
A Rússia e a Bolívia assinaram neste domingo (6) um acordo de cooperação intergovernamental sobre o uso pacífico de energia nuclear e de cooperação na construção de um centro de pesquisa e tecnologia nuclear.
Fonte: Site Sputnik
"Somos gratos à República da Bolívia, o presidente Evo Morales, por ter escolhido a nós e as tecnologias russas para a construção de um primeiro centro deste tipo na Bolívia", afirmou o chefe do programa nuclear russo, Sergei Kirienko, durante a cerimónia de assinatura.Acompanhado por Morales e o Ministro dos Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sanchez, Kirienko prometeu estabelecer "o melhor e mais avançado centro de pesquisa nuclear na América Latina e no mundo na cidade de El Alto.
Morales destinou 300 milhões de dólares para que o projeto no país sul-americano prossiga a investigação nuclear nos campos da medicina, agricultura e geologia, entre outros.
Rússia e Bolívia assinaram um acordo de cooperação nuclear pacífica em 2015. A agência nuclear estatal russa Rosatom e Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia assinaram um memorando de entendimento sobre cooperação para usos pacíficos da energia nuclear em novembro.
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- 04/03/2016 - Ministro Celso Pansera lança o programa Mulheres na Ciência nesta segunda-feiraObjetivo é ampliar a participação feminina na produção científica e tecnológica do país. No evento, Pansera também prestará homenagem às mulheres que atuam nos institutos de pesquisa do MCTI.
Objetivo é ampliar a participação feminina na produção científica e tecnológica do país. No evento, Pansera também prestará homenagem às mulheres que atuam nos institutos de pesquisa do MCTI.
Fonte: Site MCTI
ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, lança nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro (RJ), o programa Mulheres na Ciência, que reúne ações para promoção da paridade e de combate à desigualdade entre homens e mulheres no ambiente de pesquisa, além da ampliação da participação feminina na produção científica e tecnológica do Brasil. O evento, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, será realizado às 14h30 no auditório da Finep. Na ocasião, Celso Pansera também prestará homenagem às mulheres que atuam nos institutos de pesquisa vinculados ao MCTI.
Serviço
Evento: Lançamento do programa Mulheres na Ciência
Data: 07/03/2016
Hora: 14h30
Local: Auditório da Finep, Avenida do Chile, 330, 10o andar - Centro- Rio de Janeiro - RJ
Informações à imprensa
Assessoria de Comunicação do MCTI
Jéssica Mattos
(61) 9329-5303 / (21) 99844-1655
jessica.mattos@mcti.gov.br
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- 03/03/2016 - Entidades vinculadas ao MCTI discutem parcerias internacionais na área nuclearIndústrias Nucleares do Brasil e o Oak Ridge National Laboratory vão promover intercâmbio de informações e conhecimento. Já a Cnen negocia visita técnica à Índia.
Indústrias Nucleares do Brasil e o Oak Ridge National Laboratory vão promover intercâmbio de informações e conhecimento. Já a Cnen negocia visita técnica à Índia.
Fonte: Notícias MCTI
As Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCTI) firmaram acordo de cooperação com o laboratório nuclear norte-americano Oak Ridge National Laboratory (ORNL), com o objetivo de promover intercâmbio de informações e conhecimento por meio de reuniões técnicas, seminários e treinamentos envolvendo representantes das duas instituições. A assinatura aconteceu na sede da INB, em Resende (RJ).
"O acordo representa desenvolvimento para o setor nuclear brasileiro. A INB vai tirar o máximo proveito desta relação, que seguramente atenderá às duas partes envolvidas", afirmou o diretor de Produção do Combustível Nuclear da empresa, Giovani Moreira.
Para o gerente de análise técnica do Combustível da INB, Luciano Sadde, a parceria será extremamente proveitosa para a entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por conta da expertise dos estrangeiros. "O ORNL é um dos laboratórios mais respeitados do mundo e esperamos contar com uma cooperação bastante efetiva. Por isso, preparamos os campos de cooperação para saber onde eles podem nos ajudar", explicou.
Índia
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Renato Cotta, se reuniu com o embaixador da Índia no Brasil, Lunil Sal para viabilizar uma visita de uma delegação técnica da Cnen ao país asiático. A viagem serviria para melhor identificar possibilidades de cooperação entre as nações na área nuclear.
O embaixador indiano lembrou de algumas etapas de entendimento entre Brasil e Índia no setor, que datam desde os anos 1960. Ele destacou a assinatura de Memorandos de Entendimento de 1968 e 1996. Ressaltou ainda que, em 2007, teve início uma nova etapa do relacionamento dos países na área nuclear com troca de visitas oficiais e declarações favoráveis de autoridades brasileiras e indianas.
"Há uma necessidade de os dois países se aproximarem", destacou o embaixador Lunil Sal.