Clipping de Notícias
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- 14/07/2023 - Nota falecimentoFonte: CNEN
É com profundo pesar que informamos o falecimento do servidor Gustavo
Henrique Flores Caldas, na tarde de ontem, 13 de julho de 2023.
Gustavo era servidor da Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS)
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e sofreu um acidente
automobilístico, enquanto se dirigia para uma inspeção de rotina na
cidade de Maracás/BA, em 04/07/2023 e estava em estado grave no
hospital da cidade de Jequié/BA.
A CNEN está prestando total assistência aos familiares, já tendo
deslocado uma equipe ao local para tomar todas as providências que se
fazem necessárias para maior conforto da família. -
- 12/07/2023 - Presidente Lula e ministra Luciana Santos entregam Ordem Nacional do Mérito Científico a pesquisadores e entidades de ciência e tecnologiaSolenidade no Palácio do Planalto marca a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Solenidade no Palácio do Planalto marca a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Fonte: MCTI
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, entregaram, nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, as medalhas da Ordem Nacional do Mérito Científico a entidades e pesquisadores, incluindo a médica sanitarista Adele Benzaken e o infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda. Os dois cientistas tiveram a honraria revogada pelo governo Bolsonaro em 2021. Outros 21 cientistas que renunciaram à indicação em solidariedade também foram agraciados nesta quarta-feira. O evento foi ainda marcado pela retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
"Não há como pensar em crescer, em retomar indústria e produzir mais no campo, sem ciência. Não há como reduzir desigualdade sem ciência. A verdade é que o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento cientifico andam de mãos dadas”, afirmou o presidente Lula durante a cerimônia.
"Esta solenidade se reveste de muitos significados. É um ato de desagravo à ciência e de reparação histórica aos cientistas, professores, médicos, pesquisadores – brasileiras e brasileiros que foram injustamente perseguidos e ameaçados por um governo anti-ciência e anti-vida”, afirmou a ministra Luciana Santos. "Hoje, celebramos a volta da ciência e podemos dizer que o tempo do negacionismo, do desprezo pelos instrumentos de participação social e de ameaça à democracia acabou”, acrescentou.
A médica Adele Benzaken, que teve sua premiação revogada, era diretora do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde quando foi demitida após a publicação de uma cartilha sobre prevenção de doenças destinada a homens trans. "Esta cerimônia é um reencontro com a democracia, com o SUS pelo que lutamos tanto desde 1988, com os outros agraciados que foram solidários, mas, sobretudo, um reencontro com um Brasil plural, que é chave para conseguir controle das infecções”, afirmou Adele.
Já o infectologista especializado em doenças emergentes, Marcus Vinícius Guimarães Lacerda foi responsável por um dos primeiros estudos que apontaram a ineficácia da cloroquina contra a Covid-19 em 2020, e também teve sua premiação revogada em 2021. "É um resgate justo. A ciência do Brasil é forte, pujante e precisa ser conservada. A única forma de o Brasil crescer de forma sustentável é acreditando no que a Ciência produz”, avaliou Lacerda.
Para Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a cerimônia é marco importante para o setor. "Hoje é dia de festa muito importante para ciência e o Brasil, finalmente temos de volta um governo que dá valor ao conhecimento científico e vai utilizá-lo para melhorar a vida de todos, que é um dos grandes papéis da ciência”, comentou.
Novo Conselho
A solenidade no Palácio do Planalto marcou também a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), após cinco anos sem funcionamento. "O CCT é o principal fórum de debate com a comunidade científica, a sociedade e o setor produtivo e contaremos com a participação do Presidente Lula nas discussões sobre as políticas de ciência, tecnologia e inovação que vão contribuir para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, contou a ministra. "Neste governo, a ciência não é programa de um Ministério. Ela integra a agenda de todo o governo como pilar do desenvolvimento em suas múltiplas dimensões”, completou.
O Conselho foi reformulado para ampliar a participação de representantes do governo e da sociedade civil. A nova proposta recuperou o ambiente plural e democrático e restabeleceu a função de instância estratégica de formulação das políticas de ciência, tecnologia e inovação.
O presidente Lula preside o CCT, enquanto o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) exerce a Secretaria-Executiva. A ministra Luciana Santos ocupa a vice-presidência.
Composto por 34 membros, conta com a participação de 16 ministros de Estado, 8 membros entre produtores e usuários de ciência e tecnologia e 9 representantes de entidades dos setores de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia.
Entre as atribuições estão as de propor: a política de ciência e tecnologia do País, como fonte e parte da política nacional de desenvolvimento; planos, metas e prioridades de governo referentes à ciência e à tecnologia, com as especificações de instrumentos e de recursos; avaliações relacionadas à execução da política nacional de ciência e tecnologia; e opiniões sobre propostas ou programas que possam causar impactos à política nacional de desenvolvimento científico e tecnológico, e sobre atos normativos de qualquer natureza que objetivem regulamentá-la.
5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Durante a cerimônia, também foi assinado o decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com isso, haverá ampla mobilização no País para etapas regionais e setoriais que culminarão com encontro nacional, previsto para ocorrer em Brasília, no primeiro semestre de 2024. "Quero enaltecer o papel estratégico da Conferência Nacional como espaço de participação social, de contribuição para as políticas de ciência e tecnologia e para o exercício e a consolidação da democracia nas organizações do nosso setor”, explicou a ministra.
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- 10/07/2023 - Global learning collaboration: Internacional researchers, visitors connect at INLFonte: INL
Idaho National Laboratory’s International Researcher and Visitor Program drives cross-cultural exchange and promotes collaboration with worldwide scientists and academia inspiring creativity within INL’s scientific community. This program has enabled INL to bring several distinguished researchers and scientists to the lab to participate in vital programs and projects.
For several years, Idaho National Laboratory has partnered with Oak Ridge National Laboratory to bring nuclear doctoral students and their professors from United Kingdom universities to the U.S. for professional development and networking. After a pause due to COVID, visits restarted last September, with 17 students and faculty from Bangor University, Imperial College London, University of Bristol and University of Cambridge. The second group visited INL May 8 and 9 and had 20 members from five British universities: University of Liverpool, University of Manchester, Lancaster University, University of Sheffield and University of Leeds.
These visits provide information about U.S. programs, capabilities and facilities, and help the students develop their professional networks and identify opportunities for collaboration with American organizations. Those organizations include the Department of Energy Nuclear Energy University Programs, Nuclear Science User Facilities, INL’s internships and postdoctoral programs and more.
William Beaven, a doctoral student at University of Manchester, had the opportunity to see research fields not directly related to his doctoral studies and got insight into areas, equipment and techniques that he was unaware of. "The highlight for me was seeing the working hot cells (at the Materials and Fuels Complex) and looking down on to the spent fuel in the canal at the (Advanced Test Reactor) site. Additionally, the countless discussions with staff members were highly valuable networking and learning opportunities,” Beaven said.
"Visiting Idaho National Laboratory has profoundly changed my view of laboratories in the United States and my perspective on my future career,” said Federico Peruzzini, a doctoral student at University of Liverpool. "The vastness of the facilities, the impressive scientific research underway, and the level of commitment and dedication from the staff have opened my eyes to the extraordinary potential of this laboratory promoting technological innovation and scientific advancement. This has inspired me to consider career paths that can have a significant impact on society,” Peruzzini said.
Andrew Worrall, U.K. country coordinator for DOE’s Office of Nuclear Energy and section head of the Integrated Fuel Cycle at Oak Ridge, is the liaison between the two U.S. labs and U.K. universities. He organized and escorted both groups of visitors. INL will welcome the next cohort of British scholars in September.
The U.K. visits were one of many international collaborations at INL. The Department of Energy’s Visitor Program provides value to INL’s scientific community by encouraging research from diverse perspectives and fostering collaboration with researchers around the world. For over 40 years, this program has enabled DOE to bring researchers and scientists to the U.S. to participate in programs and projects at the national laboratories and DOE program offices.
The exchange visitor program is part of the Mutual Educational and Cultural Exchange Act of 1961, also known as the Fulbright-Hayes Act. The purpose of the Fulbright-Hayes Act is to increase communal understanding between the people of the United States and other countries through educational and cultural exchanges.
One of the international researchers who recently visited INL was Rafael Garcia, a Brazilian nuclear fuel postdoctoral researcher at the Nuclear and Energy Research Institute in São Paulo, Brazil. Garcia was awarded a grant from the Brazilian National Council for Scientific and Technological Development to come to INL as part of the lab’s International Researcher program. Garcia has a doctorate degree in nuclear technology from University of São Paulo and is working with the Advanced Characterization group at the Materials and Fuels Complex. "The lab is fully equipped. State-of-the-art facilities. And the maintenance work is incomparable to Brazil, where it takes more time to get the equipment repaired,” Garcia said.
INL has partnered with the Korea Nuclear International Cooperation Foundation (KONICOF) for many years to bring students from South Korea to the lab to complete this internship. The KONICOF internship provides a wide range of opportunities for students to develop their professional skills and acquire practical work experience in an international environment. INL’s current KONICOF international researcher is Jisuk Kim, who works at in the Human Factors and Reliability Department.
KONICOF provides global internships, scholarships and postdoctoral fellowships, giving nuclear experts valuable opportunities to gain experience at overseas institutions. Kim feels fortunate to receive support through the Global Postdoctoral Fellowships. "It’s fascinating that in the United States there is a strong emphasis on not only safety but also economic viability within the nuclear industry. This aspect has broadened my thinking and exposed me to new ideas. I look forward to embracing these experiences and leveraging them to enhance my understanding of the nuclear field,” Kim said.
"INL is impacting the world’s energy future through these international partnerships,” said Monica Towner, INL Visiting Scholar and International Researchers liaison. "Collaborating with and learning from our international partners is beneficial on all fronts. We look forward to both new and continued strategic partnerships with other global entities.”
The lab wasn’t the only highlight of the visit. "The area surrounding Idaho Falls is a breathtaking display of natural beauty. From the majestic snowy mountains to the rivers and clear lakes, the landscape is a paradise for nature enthusiasts,” Peruzzini said.
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- 10/07/2023 - Fontes radioativas de Césio-137 são localizadas em empresa de sucatas na capital paulistaA perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Os equipamentos tinham desaparecido no dia 29 de junho. Até agora, nenhum suspeito foi preso.
A perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Os equipamentos tinham desaparecido no dia 29 de junho. Até agora, nenhum suspeito foi preso.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo
Por Jornal Nacional
A Comissão Nacional de Energia Nuclear localizou, nesta segunda-feira (10), as duas fontes radioativas de Césio-137 que sumiram de uma mineradora em Nazareno, Minas Gerais.
As caixas, classificadas como de baixo risco, estavam em uma empresa de sucatas da capital paulista.
A perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Elas tinham desaparecido no dia 29 de junho.
Até agora, nenhum suspeito foi preso.
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- 08/07/2023 - Vídeo da FAPESP homenageia pesquisadores no Dia Nacional da CiênciaA FAPESP divulga vídeo no Dia Nacional da Ciência com depoimentos de diversos pesquisadores oriundos de várias instituições de pesquisa e áreas do conhecimento criando um painel sobre os desafios e êxitos da carreira científica. Entre os participantes, estão Maria da Penha A. Potiens, gerente do Centro de Metrologia Nuclear das Radiações do IPEN e Niklaus Wetter, pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações e responsável pela área de Internacionalização.
Assista o vídeo no link:
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- 07/07/2023 - Física Médica aplicada a imagens radiológicas | Concurso para Docente no IFUSPFonte: IFUSP
Inscrições abertas para o concurso público de títulos e provas para provimento de um cargo de Professor Doutor junto ao Departamento de Física Nuclear, área de "Física Médica aplicada a imagens radiológicas".Acesse o edital 41/23 e o Roteiro de Inscrição em bit.ly/concursosIFUSP
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- 07/07/2023 - Césio-137: CNEN alerta para os riscos de manipular as fontes que sumiram de mineradora em MGOuça entrevista com Alessandro Facure, diretor de radioproteção e segurança da CNEN.
Ouça entrevista com Alessandro Facure, diretor de radioproteção e segurança da CNEN.
Fonte: EBC
Duas fontes seladas de césio-137 foram furtadas na unidade da mineradora AMG Brasil, no município de Nazareno, na região do Campo das Vertentes, a cerca de 150 quilômetros de Belo Horizonte.
No dia 29 de junho, o desaparecimento foi informado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
As fontes foram classificadas como Categoria 5, Baixo Risco. E são revestidas de aço inoxidável e possuem uma blindagem interna, de chumbo, e uma externa, de aço inoxidável.
Para falar sobre o sumiço das cápsulas de césio-137, o Revista Brasil conversa com Alessandro Facure, diretor de radioproteção e segurança da CNEN.
Alessandro explica que essas cápsulas que sumiram não são em pó, mas de cerâmicas, o que torna difícil de serem quebradas. Mas, alerta que se o produto não for manuseado de forma adequada pode ser perigoso à saúde. -
- 06/07/2023 - Com detectores de radiação, CNEN faz buscas para localizar cápsulas de Césio-137 que desapareceram de mineradoraFonte: EPTV-G1Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) continuam as buscas pelas cápsulas de Césio-137 que desapareceram de uma mineradora de Nazareno, no Sul de Minas. Juntamente com policiais civis e militares de meio ambiente, eles fizeram uma varredura com detectores de radiação em mais de 300 hectares da empresa.
De acordo com a CNEN, outra equipe foi enviada do Rio de Janeiro para Nazareno. O objetivo é verificar as circunstâncias do desaparecimento e também as atuais condições de segurança da empresa.
A CNEN disse ainda que o relatório sobre as buscas deve ser divulgado assim que estiver pronto. O diretor de radioproteção da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Alessandro Facure Neves de Salles Soares, reforçou que as fontes radioativas são importantes em diversos processos. Por isso, qualquer informação sobre as cápsulas deve ser repassada à empresa.
"A gente associa as fontes de radiação somente à prática médica, quando a gente vai ao hospital fazer exames de raio-X. Mas, na verdade, as fontes radioativas são extensamente utilizadas em vários processos, não somente na área médica, mas em processos industriais, em fábricas de cimento, por exemplo, em mineradoras, em indústrias de petróleo e gás. A gente pede que qualquer informação seja transmitida às autoridades competentes”, disse o diretor.
A Prefeitura de Nazareno encaminhou ofício à mineradora AMG Brasil pedindo por informações sobre as medidas adotadas pela empresa desde que a ausência das cápsulas foi notada. Ainda nesta semana, a Defesa Civil da cidade deve fazer uma visita à empresa.
"O objetivo nosso é conhecer melhor a empresa e levar informações corretas e concretas para a população. É um assunto novo, como qualquer assunto novo causa curiosidade, as pessoas ficam apreensivas, querem entender melhor. Nosso planejamento é fazer uma visita na empresa. Estamos em contato com o gerente-geral, que vai nos receber. Nós vamos aproveitar uma oportunidade em que uma equipe da CNEN esteja lá para termos a oportunidade de conhecer o trabalho deles. Para nós é algo novo e o mais importante é conhecer e levar as informações corretas à população”, falou a responsável pela Secretaria de Meio Ambiente e Coordenadora da Defesa Civil, Joyce Andrade Nascimento.
A Defesa Civil de São Tiago, cidade vizinha a Nazareno, também esteve no local em busca de informações. A mineradora está a cerca de 20 quilômetros de Nazareno. No caminho entre a empresa e a cidade há uma extensa área rural.
"Nossa preocupação é com a população ribeirinha, porque o município faz divisa Nazareno. Viemos para ajudar, oferecer nossa ajuda. Estamos dispostos a fazer o que for preciso para ajudar na captura desse elemento”, comentou a agente da Defesa Civil, Aparecida Santos.
O que são as fontes desaparecidas
As fontes furtadas são de Césio-137, confeccionadas em material cerâmico. Elas são duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto.
Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear, com atividade individual de 5 mCi, elas compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco. Vale ressaltar que um milicurie (mCi) equivale a um milésimo de um Curie.
Ainda conforme o CNEN, técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da CNEN localizada em Minas Gerais, se dirigiram ao local na sexta-feira (30/06) para levantar todas as informações a respeito do evento e verificar as ações dos técnicos de radioproteção da empresa. Apesar de as autoridades policiais já terem sido acionadas, a empresa continua com a investigação interna e na procura das fontes.
Os técnicos da CNEN permanecem no local, apoiando as atividades de busca para a localização das fontes seladas extraviadas. A mineradora está regularmente licenciada pela CNEN e tem autorização para operação vigente até 30/12/2025.
Conforme a agência, tais fontes, apesar de serem de Césio-137, têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente de Goiânia. Além disso, essas fontes são confeccionadas em material cerâmico, ou seja, mesmo que fossem violadas em seus invólucros duplos de aço inox não seriam espalháveis como foi a fonte do acidente de 1987.
Essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Por isso, não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a prevenir exposições desnecessárias. -
- 04/07/2023 - Dois servidores da CNEN em trabalho de inspeção são vítimas de acidente automobilísticoFonte: CNEN
Dois servidores que se dirigiam a uma inspeção em empresa na cidade Maracás/BA sofreram grave acidente automobilístico na manhã de hoje, 04/07/2023. Infelizmente foi confirmado o falecimento de Joyra Santos, enquanto Gustavo Caldas segue internado, em estado grave, no município de Jequié/BA.
Joyra Santos era física e doutora em engenharia nuclear, tendo ingressado na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em 2005. Esteve atuando na Divisão de Aplicações Médicas e Pesquisas até 2021, quando foi transferida para a Divisão de Aplicações Industriais.
Gustavo Henrique Flores Caldas é doutor em física, ingressou na CNEN em 2003, atuando também na Divisão de Aplicações Industriais desde então.
A CNEN está prestando total assistência aos familiares, tendo deslocado duas equipes ao local para acompanhar a situação, além de tomar todas as providências administrativas que se fazem necessárias para maior conforto das famílias.
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- 04/07/2023 - AIEA aprova plano de evacuação de águas de Fukushima no JapãoFonte: Jornal Estado de Minas
O plano do governo japonês de despejar água tratada da acidentada central nuclear de Fukushima no oceano "cumpre as normas internacionais de segurança" e terá um impacto "insignificante", disse o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, nesta terça-feira.Esta avaliação, feita no âmbito do exame final do plano japonês por parte da AIEA, foi comunicada durante a visita de Grossi a Tóquio, antes do início da descarga de água prevista para este verão.
"A AIEA concluiu que a abordagem e as atividades de descarga da água tratada (...) cumprem as normas internacionais de segurança pertinentes", segundo o relatório.
"O despejo controlado e progressivo da água tratada no mar (...) teria um impacto radiológico insignificante na população e no meio ambiente", acrescenta o texto.
O triplo acidente terremoto-tsunami-nuclear de 11 de março de 2011 causou a fusão de três reatores da central de Fukushima, no acidente nuclear mais grave desde Chernobyl
A catástrofe causou vazamentos radioativos que obrigaram dezenas de milhares de pessoas nas áreas vizinhas a abandonarem suas casas com urgência.
Embora a descontaminação e o desmantelamento da central estejam previstos para durar várias décadas, o Japão enfrenta o problema imediato de armazenar em torno de 1,33 milhão de toneladas de água de chuva, águas subterrâneas e injeções necessárias para resfriar os núcleos dos reatores nucleares no local da usina, que em breve será saturado.
O governo japonês planeja despejar essa água no oceano depois de tratá-la com um sistema de descontaminação que remove os elementos radioativos, exceto o trítio, que será diluído.
O projeto já havia sido aprovado pela AIEA, mas o governo japonês havia declarado que o escoamento da água começaria somente depois da "revisão completa", cujos resultados foram apresentados hoje por Grossi. -
- 01/07/2023 - CNEN é acionada por suspeita de furto de fontes radioativasFonte: CNEN
Na noite de 29/06/2023, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi acionada por mineradora, localizada em Minas Gerais, para informar que duas fontes seladas de Césio 137, encontravam-se desaparecidas, havendo probabilidade de terem sido furtadas. Estas fontes são duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto. Com atividade individual de 5 mCi, compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco.
Técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da CNEN localizada em Minas Gerais, se dirigiram ao local nesta sexta-feira (30/06) para levantar todas as informações a respeito do evento e verificar as ações dos técnicos de radioproteção da empresa. Apesar de as autoridades policiais já terem sido acionadas, a empresa continua com a investigação interna e na procura das fontes.
Os técnicos da CNEN permanecem no local, apoiando as atividades de busca para a localização das fontes seladas extraviadas. A mineradora está regularmente licenciada pela CNEN e tem autorização para operação vigente até 30/12/2025.
Sobre as fontes extraviadas
Tais fontes, apesar de serem de Césio-137, têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente de Goiânia. Além disso, essas fontes são confeccionadas em material cerâmico, ou seja, mesmo que fossem violadas em seus invólucros duplos de aço inox não seriam espalháveis como foi a fonte do acidente de 1987.
Essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Por isso, não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a prevenir exposições desnecessárias.
Ações de resposta em curso
A CNEN foi a campo ainda no dia 30/06, colher e analisar todas as informações junto com a proteção radiológica da empresa. A busca e a localização das fontes, agora, será resultado de investigação policial.
Além disto, neste dia 05/07, a Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS/CNEN) envia uma equipe de licenciamento para apurar as circunstâncias do evento.
Para maiores esclarecimentos contactar:
Coordenação-Geral de Instalações Médicas (CGMI/ CNEN): 21 2586-1320
(Foto:CGMI/CNEN)
Medidor de densidade que utiliza a fonte de Césio 137
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- 29/06/2023 - Estratégias para atrair e reconhecer talentosEspecialistas discutem como ampliar o interesse dos jovens pela carreira científica e valorizar mais o trabalho dos pesquisadores no Brasil
Especialistas discutem como ampliar o interesse dos jovens pela carreira científica e valorizar mais o trabalho dos pesquisadores no Brasil
Fonte: Revista FAPESP
Uma carta publicada em fevereiro na revista Science expôs um mal-estar compartilhado por jovens pesquisadores brasileiros: a percepção de que, agora que chegou a vez deles, o país oferece pouquíssimas oportunidades de trabalho e baixo financiamento, tornando mais árduo o caminho para consolidar sua trajetória profissional. Intitulada "Invistam em pesquisadores em início de carreira no Brasil”, a carta assinala que, embora o país tenha elevado o número de doutores formados a um patamar de mais de 20 mil por ano, a escassez de recursos federais para a ciência a partir de 2015 criou um quadro inquietante: muitos dos cerca de 100 mil cientistas que ainda buscam se consolidar na profissão estão sem ocupação ou atuando em áreas que não exploram seu potencial e qualificação de alto nível.
"Fala-se muito de fuga de cérebros, mas grande parte dos jovens doutores fica aqui mesmo, em trabalhos que não exigem o longo preparo e investimento de uma carreira científica”, disse à Agência FAPESP a bióloga Thaís Barreto Guedes, pesquisadora no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que assina a carta com colegas das universidades federais de Goiás e da Bahia, da universidade de Richmond, nos Estados Unidos, e do Jardim Botânico Real de Kew, em Londres, Inglaterra. "Toda profissão é digna, mas o país optou por investir em formar pesquisadores e agora não busca recuperar esse investimento. É como construir uma mansão e abandoná-la.” Para ela, os jovens pesquisadores brasileiros precisam ser consultados e incluídos nas comissões de planejamento que discutem qual é o modelo mais adequado para fixar suas carreiras no Brasil. "Isso não está sendo feito”, queixa-se.
A trajetória da bióloga ilustra, de certa maneira, as dificuldades de fixação na carreira mesmo para quem tem um currículo consistente: ela concluiu o doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp) há 11 anos e fez três estágios sucessivos de pós-doutorado, com bolsas da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): no Instituto Butantan, na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e na Universidade Federal de São Paulo. Em 2022, obteve um auxílio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, da FAPESP, que apoia projetos que favorecem a formação de novos grupos de pesquisa em São Paulo e oferecem uma bolsa com duração de cinco anos ao pesquisador responsável, caso ainda não tenha vínculo empregatício com uma instituição.
A percepção de que o caminho dessa geração ficou obstruído se soma a evidências de que menos brasileiros são atraídos pela carreira científica. Muito por conta da pandemia, o número de doutores formados no país teve uma inédita queda em 2020 e 2021 e vários programas de pós-graduação se ressentem da redução do contingente de candidatos, mesmo após o fim do isolamento social (ver Pesquisa FAPESP nº 315). Até na FAPESP, cujas bolsas de doutorado não sofreram corrosão em seus valores como aconteceu com as oferecidas por agências federais, a demanda por esse tipo de apoio caiu cerca de 30% no período de 2020 a 2022, sem retornar por enquanto aos níveis de demanda anteriores à pandemia. Apesar da redução, a demanda continua bem superior à oferta.
O recente reajuste de bolsas de agências federais e a intenção declarada do governo de ampliar investimentos públicos em ciência podem representar um alívio nesse cenário adverso, observa o biólogo molecular Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). Ele ressalva que a mudança é muito recente e incipiente. "Tivemos um aumento de valor das bolsas federais, mas ainda não atingiu todas as modalidades com que o CNPq trabalha. Sou otimista. Acho que em 2024 teremos resultados no sentido de voltar a atrair pesquisadores e retê-los”, afirma. Um requisito para que isso ocorra é garantir financiamento contínuo. "Quando o pesquisador recebe aportes regulares, consegue avançar em seus projetos e gerar conhecimento. Se não há recursos, a motivação cai a zero e as equipes se desestruturam”, afirma Dellagostin, que também destaca a mudança de clima com a troca de governo. "O contexto hostil nos últimos quatro anos sinalizava para a população que a ciência não valia a pena.”
A perda de interesse na carreira científica tem razões complexas e ocorre em vários países. Estados Unidos e Reino Unido há décadas têm dificuldade em recrutar entre seus cidadãos mão de obra para seus sistemas de ciência e tecnologia e importam pesquisadores de fora, com destaque para países como Índia e China. "Muitos alunos talentosos das universidades que poderiam seguir carreira acadêmica são atraídos por oportunidades muito bem remuneradas no setor privado”, diz o físico Ricardo Osório Galvão, presidente do CNPq. Ele observa que a popularização das redes sociais também pode ter tido um papel na perda de interesse. "Há três anos, debati esse assunto em uma mesa-redonda com a pesquisadora Mariette DiChristina, que foi editora da revista Scientific American e hoje atua no Departamento de Jornalismo Científico da Universidade de Boston. Ela dizia que as redes sociais despertaram nas pessoas uma ansiedade por respostas rápidas e não complexas que as afastam das perguntas aprofundadas da ciência, como se não tivessem paciência para elas”, afirma. A única forma de enfrentar o problema, na avaliação de Galvão, é investir em educação para melhorar o letramento científico dos jovens brasileiros, cujo desempenho em avaliações de aprendizagem como a do Programa de Avaliação Internacional de Alunos (Pisa) é bastante precário (ver gráfico).
A socióloga Sandra Unbehaum, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, observa que, para a maioria das crianças e adolescentes de baixa renda, as escolas nem sempre são um ambiente estimulante para a curiosidade científica. "Muitas têm laboratório, mas são mal equipados. As bibliotecas normalmente são precárias – poucas têm um bibliotecário dedicado a orientar os alunos. Esses jovens encontram muitos obstáculos para poder alcançar a universidade e uma carreira científica e, mesmo com o apoio de ações afirmativas, ainda são poucos os que conseguem”, diz ela, que coordenou o recente relatório "Panorama de educação Stem no Brasil: Ensino de ciências e suas tecnologias: Análise de 2010 a 2020”, encomendado pelo British Council. O documento aponta outros entraves, como a escassez de professores de física e química nas escolas – as disciplinas acabam sendo ministradas por pessoas sem formação adequada.
A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante, considera que é preciso ter cautela na avaliação da crise na pós-graduação e afirma que há realidades distintas no país, que requerem estratégias peculiares para a fixação de jovens doutores. "Se há redução na procura pela pós-graduação em regiões mais consolidadas, na região Norte a demanda ainda é maior do que a oferta”, compara. Segundo diz, também falta clareza sobre variáveis como o real grau de influência da pandemia na crise do sistema. "Houve gente que adiou planos de entrar na pós-graduação apenas para poder fazê-lo presencialmente”, analisa. Ela aponta outros fatores envolvidos, como um desgaste no modelo de formação de pesquisadores, que é visível em várias partes do mundo e tem a ver com a rigidez dos cursos em um mundo cada vez mais interdisciplinar. "Os alunos querem mais liberdade de movimento em suas áreas e será necessário tornar a formação mais flexível e atraente”, afirma.
A Capes planeja organizar um censo nacional da pós-graduação. "Precisamos conhecer melhor as trajetórias dos nossos egressos para desenhar as soluções adequadas.” Esses percursos são diferentes tanto regionalmente quanto entre campos de conhecimento. "Há algumas áreas, como as que tratam de sistemas de informação, como automação e inteligência artificial, em que há carência de recursos humanos e os profissionais são rapidamente absorvidos pelo mercado, mesmo sem fazer pós-graduação. O Brasil vai precisar de pessoal qualificado nessas áreas e será necessário investir nelas”, prevê Bustamante. O ritmo e o rumo da economia vão ditar novos desafios ao sistema. "Os jovens pesquisadores precisam ser absorvidos pelo setor privado, que historicamente emprega poucos doutores. Há uma demanda pela reindustrialização do país, mas não no formato da indústria do século XX. Também vamos precisar de bons cientistas na gestão de políticas públicas.”
Para Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a realização, até o primeiro semestre de 2024, de uma Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação pode ajudar a modular as ambições do sistema de pós-graduação e atrair investimentos para áreas prioritárias para o país. "A conferência deve sinalizar para os pesquisadores em que áreas o Brasil pretende ser protagonista e líder na produção de conhecimento, e que serão tratadas como prioridade para o desenvolvimento do país”, afirma. "Isso certamente vai valer para as áreas em que o destino nos aquinhoou bem, como o meio ambiente e a biodiversidade da Amazônia.” Para ele, segue sendo essencial destinar mais recursos públicos para a ciência. "Praticamente não existe no país carreira de pesquisador separada da de docente em universidade pública. Ela será atrativa se houver concursos, valorização salarial, perspectiva de boa aposentadoria e plano de carreira.”
Há consenso de que algumas estratégias de fixação precisam ser reforçadas, como ampliar as bolsas de pós doutorado, fundamentais para manter um jovem pesquisador em atividade enquanto não ingressa em uma instituição em caráter permanente. "Em 2015, tínhamos 9 mil bolsas de pós-doutorado da Capes e do CNPq, hoje temos 4,3 mil. Considerando o aumento no número de doutores titulados nos últimos oito anos, teríamos que criar umas 7,5 mil bolsas para recuperar o terreno”, informa Dellagostin, do Confap.
Há outras frentes de discussão. No Brasil, a formação de pós-graduação é dividida em dois anos de mestrado e quatro de doutorado. Espera-se, nesse período, que os bolsistas se dediquem exclusivamente à atividade de pesquisa. Isso faz com que muitos obtenham o primeiro emprego formal tardiamente, depois dos 35 anos, quase 10 anos mais tarde do que o padrão de países desenvolvidos. Uma ideia que vem sendo amadurecida é incluir a contribuição ao INSS e a contagem do tempo de aposentadoria no período de pós-graduação. "Antigamente, isso não era necessário porque muitos ingressavam na docência ainda quando faziam o mestrado”, afirma Dellagostin. "Se esses alunos se formarem aos 38 anos e só então começarem a contribuir com o INSS, terão uma vida profissional muito diferente da que teriam em outras carreiras”, disse o diretor científico da FAPESP, Marcio de Castro (ver entrevista). Para ele, esse é o momento de discutir modelos diferentes dos que estão em vigor. "O mestrado virou um programa profissional. Só um terço dos mestres vai para o doutorado. Mas continuamos insistindo em exigir o mestrado na formação de um pesquisador. Não seria melhor reforçar o doutorado e o pós-doutorado?”, indaga.
O bioquímico Jorge Guimarães, que presidiu a Capes e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Empresarial (Embrapii), considera que há três iniciativas simples que o governo poderia tomar no curto prazo para melhorar as condições dos jovens cientistas. A primeira seria mudar o foco das bolsas de produtividade do CNPq, que hoje oferecem uma complementação à remuneração entre R$ 1.200 e R$ 1.560 a pesquisadores, como reconhecimento a sua produção e ao trabalho de orientar estudantes. "Essas bolsas foram instituídas pelo CNPq há muito tempo, quando ainda não estava disseminado o regime de tempo integral nas universidades e os salários dos docentes eram baixos. Hoje, elas significam pouco para pesquisadores seniores que as recebem, mas fariam toda a diferença se fossem redirecionadas, e com valores atraentes, a jovens docentes de universidades federais e estaduais, que têm salários ainda pouco compensadores”, afirma.
O CNPq planeja repatriar pesquisadores, oferecendo contratos de trabalho temporário em vez de bolsas
Outra sugestão se relaciona ao repatriamento de pesquisadores. "Países como Argentina e China criaram programas para atrair de volta cientistas que foram ao exterior, oferecendo oportunidades de trabalho e financiamento específico dos respectivos projetos. Poderíamos lançar inciativas de fomento a repatriados ou para que pesquisadores radicados no exterior passassem temporadas no Brasil e se conectassem com grupos daqui”, afirma. Uma terceira frente seria a criação de vagas dentro das universidades e em outras instituições de ciência e tecnologia, mas desvinculadas da docência. Guimarães propõe conceder recursos públicos a grupos já estabelecidos para contratar pesquisadores em regime de CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] que atuem em seus projetos. "Várias instituições como Embrapa, CNPEM, Impa, têm seus pesquisadores e pessoal técnico contratados há vários anos pelo regime CLT. As 96 unidades da Embrapii contratam pesquisadores com carteira assinada. Isso é possível porque a Embrapii é uma organização social e não segue as regras das instituições públicas. Se grupos vinculados a programas de pós-graduação tivessem essa prerrogativa, poderiam incorporar a seus projetos um contingente de jovens talentos, ajudando a retê-los”, afirma.
Ricardo Galvão, do CNPq, conta que a agência planeja lançar um novo programa, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para repatriar doutores brasileiros em atividade no exterior. A iniciativa já tem nome, Ciência em Reconstrução, mas seu formato ainda está em análise na área jurídica do órgão. A ideia inicial é oferecer aos pesquisadores não bolsas, mas contratos de trabalho temporários, que podem chegar a quatro anos de duração. "A nova legislação trabalhista permite que o serviço público faça contratações temporárias, possivelmente por meio de fundações de apoio a universidades”, afirma. A meta é trazer os pesquisadores não só para atuar em instituições de ciência e tecnologia, mas também em empresas. "O objetivo é repatriar doutores vinculados principalmente a áreas em que temos falta de profissionais, como tecnologias digitais, e ajudar a impulsionar a inovação em empresas”, afirma o presidente do CNPq. Ainda não há previsão de quando a iniciativa deverá ser lançada.
Nos últimos anos, a saída de pesquisadores para o exterior alimentou a ideia de que o país passava por uma inédita fuga de cérebros, tangidos pela falta de investimento e de oportunidades. Um estudo recente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) estimou que cerca de 3 mil pesquisadores foram trabalhar em instituições do exterior nos últimos anos. "O problema parece estar aumentando, mas o contingente é restrito quando comparado a ondas de evasão de talentos de outros países”, explica a socióloga Ana Maria Carneiro, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, que está fazendo um levantamento para mapear a situação e as motivações de brasileiros altamente qualificados que atuam no exterior, em carreiras acadêmicas, órgãos governamentais, empresas e startups.
Dados preliminares de seu estudo serão apresentados em julho em Curitiba na reunião anual da SBPC. Eles dizem respeito a pouco mais de mil questionários respondidos por pesquisadores que trabalham no exterior, entre pós-doutorandos e docentes de universidades (cerca de 60%), estudantes (30%) e indivíduos que trabalham e estudam fora (por volta de 10%). A metade deles saiu depois de 2018 e 82% foram embora sem previsão de retorno. As razões alegadas para deixar o país foram variadas, como ofertas de trabalho no exterior, melhores condições de financiamento e de infraestrutura, chances de progressão na carreira, qualidade de vida, entre outras. "A situação política conflagrada do Brasil também aparece como motivação, em especial dos que saíram nos últimos quatro anos”, informa.
A boa notícia é que parte dos que saíram cogita retornar. Cerca de 35% condicionam o retorno a oportunidades de emprego, enquanto 11% aceitariam ter um vínculo parcial, mantendo atividades dentro e fora do país. Quinze por cento planejam voltar só depois da aposentadoria. O questionário termina com uma pergunta aberta sobre quais políticas públicas deveriam ser criadas para que o país aproveite melhor o potencial desses recursos humanos qualificados que estão no exterior. "É possível identificar três grandes temas”, explica Ana Maria Carneiro. O primeiro abrange a ampliação do financiamento à ciência. O segundo é incentivar a internacionalização. "Há a percepção de que o ambiente de pesquisa no Brasil ainda é avesso a colaborações, com entraves burocráticos e falta apoio à mobilidade”, afirma a socióloga. Um terceiro conjunto de recomendações trata de contribuições que eles poderiam dar. "Alguns se propõem a fazer atividades como participar de comitês de avaliação de agências de fomento e julgamento de concursos. A maioria se mostrou disposta a receber estudantes e colegas brasileiros em suas instituições.” Segundo Carneiro, com a mudança de governo, criaram-se perspectivas melhores para repatriar talentos brasileiros. "Mas é preciso avançar no sentido de dar condições de fixação a jovens cientistas e de investir na infraestrutura de pesquisa, que em muitas instituições está sucateada”, explica.
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- 23/06/2023 - CNEN divulga Edital para processo de seleção de bolsistas PCIFonte: Site da CNEN
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) torna público o Edital 02/2023 do Programa de Capacitação Institucional – PCI para a realização do processo seletivo de bolsistas para execução de projetos no âmbito deste Programa.
O objetivo é selecionar especialistas, pesquisadores, tecnologistas e técnicos que possam contribuir para a execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento.
O período de inscrição é de 23/06/2023 a 10/07/2023.
Conheça o edital e os requisitos para participar da seleção:
■ Edital
■ Anexo I
■ Anexo II
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- 16/06/2023 - Documentário russo que trata sobre as relações entre Brasil e Rússia entrevista pesquisadores do IPENO segundo episódio da série Novo Mundo do canal russo Life.Doc trata das relações culturais, econômicas e científicas entre a Rússia e o Brasil. Na esfera científica e tecnológica são apresentados os intercâmbios no fornecimento de radioisótopos para produção de radiofármacos no IPEN para uso em medicina Nuclear e o convênio do Instituto com o Moscow Engineering Physics Institute (MEPhI), da National Research Nuclear University. São entrevistados, respectivamente, o gerente do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Emerson Soares Bernardes e o responsável pela Internacionalização do Instituto, Niklaus Wetter.
A duração do documentário é de 47 minutos e a participação do IPEN se inicia aos 19 minutos e 16 segundos.
O programa mostra também as relações na área da cultura como dança e Carnaval.
Link para o episódio no canal do Life.Doc no YouTube
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- 16/06/2023 - Obras de artistas consagrados passam pelo processo de desinfeção por irradiação no Instituto de Pesquisas Energéticas e NuclearesFonte: Blog de Tânia Malheiros
Obras de artistas consagrados como Carmela Gross, Siron Franco, Claudio Tozzi, Leda Catunda, entre outros, acabam de passar pelo processo de desinfeção por ionização gama do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). A tecnologia, que consiste no uso de Cobalto-60,material radioativo, para descontaminar acervos e bens culturais de forma rápida e segura, tem sido cada vez mais utilizada mundialmente, e o IPEN é pioneiro na pesquisa e no desenvolvimento dessa área, no Brasil. As obras irradiadas pertencem ao acervo da Fundação Padre Anchieta – TV Cultura. De acordo com Lígia da Silva Farias, gerente de Documentação, elas haviam sido retiradas a fim de evitar a contaminação de outras peças.
A obra desta matéria é "Expansões Orgânicas", de Claudio Tozzi.
"O tratamento por irradiação possibilitará, incialmente, que sejam colocadas de volta na Reserva Técnica e, em um futuro próximo, integrem exposições ou eventos destinados ao público, cenários de programas da própria TV, garantindo o cumprimento da missão institucional da FPA”, anunciou. No IPEN, esse trabalho é desenvolvido no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, coordenado pelo pesquisador Pablo Vasquez, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER).Ele conta que esse trabalho é realizado em colaboração principalmente com instituições públicas. A Biblioteca Mario de Andrade, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), o Museu Afro Brasil, do Instituto Lina Bo & Prieto Maria Bardi, foram algumas das beneficiadas, além de diversos acervos da Universidade de São Paulo (USP).
No caso da FPA-TV Cultura, 78 obras, cerca de 30 metros cúbicos passaram pelo processo, que levou apenas quatro dias (precisamente 32 horas), um trabalho que levaria meses para ser concluído em processo químico, com a vantagem de que o material poder ser manuseado tranquilamente, sem risco para o usuário e sem a necessidade de "quarentena", informou Vasquez. Outro benefício da técnica de irradiação, segundo ele, é que, dependendo da característica das obras, elas podem ser processadas dentro das caixas utilizadas como embalagem para transporte, evitando assim possíveis acidentes na sua movimentação.
Processo seguro
Vasquez garante que o procedimento é seguro. A explicação é simples: a radiação gama proveniente do Cobalto-60 não possui energia suficiente para desestabilizar o núcleo do átomo, ou seja, é uma radiação cuja energia está abaixo do limiar de ativação da maior parte dos elementos, diferentemente do que ocorre, por exemplo, no bombardeamento por nêutrons no interior de um reator nuclear, que pode deixar traços de radioatividade no material.
Segundo ele, a dose absorvida pelos produtos é o parâmetro fundamental a ser controlado. No caso de livros, por exemplo, geralmente, é utilizada dose muito baixa, mas suficiente para eliminar qualquer tipo de insetos como traças, cupins e outros microrganismos que causam danos. Para outras obras, os pesquisadores estudam as condições do objeto a ser irradiado (propriedades, dimensões, estado etc.) para definir a dose e o tempo de permanência na câmara de Cobalto-60. "Para cada benefício desejado, decide-se a dose mínima e a dose máxima aplicável ao produto, e a viabilidade de aplicação no irradiador. Toda obra ou produto que chega ao IPEN para ser desinfestado é devidamente embalado e não tem contato com material radiativo”, explica Vasquez.
O pesquisador ressalta a importância de transferir tecnologia e divulgar o procedimento para a sociedade, principalmente porque as instituições governamentais – acervos públicos – podem usufruir da colaboração com o IPEN de forma gratuita. "A excelência do trabalho realizado pelo IPEN e seu impacto na preservação do patrimônio cultural brasileiro e nas outras áreas de atuação é motivo de orgulho de todos. Sua manutenção deve ser apoiada por toda a sociedade, que se beneficia direta ou indiretamente das ações aí realizadas”, afirmou Lígia Farias.
Sobre o irradiador
O Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 com tecnologia 100% nacional, desenvolvido e implantado pela equipe técnica do CETER, está em operação há quase 20 anos. Foi idealizado para o desenvolvimento de novas aplicações utilizando a radiação ionizante gerada por fontes de Cobalto 60,dentre elas a redução da carga microbiana ou no combate a pragas em alimentos, a esterilização de produtos médicos-descartáveis e farmacêuticos, como os geradores de tecnécio-99m processados no Centro de Radiofarmácia do IPEN, e a indução de cor em pedras e gemas preciosas.
Fonte e fotos: IPEN
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- 12/06/2023 - Medicina Nuclear: país deve criar complexo econômico-industrial; quer reduzir a desigualdade na oferta do tratamento contra o câncerFonte: Blog da jornalista Tânia Malheiros
O Brasil deve criar um complexo econômico-industrial em saúde 4.0, para alavancar e integrar muitas áreas da medicina nuclear, como a radiofarmácia pública, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O assunto está sendo discutido entre o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Júnior, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN Wilson Parejo Calvo, representantes de unidades técnico-científicas da CNEN e da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear e o coordenador-geral de Serviços, Informação e Conectividade do Ministério da Saúde, Rodrigo Leite, em reunião recente. Reduzir as desigualdades na oferta do tratamento contra doenças como o câncer é uma das metas.
"O conceito advindo da indústria 4.0 trata de conectividade, automação e sistemas inteligentes”, afirmou Rodrigo Leite. Ele lembrou que 80% da população brasileira tem no SUS o único recurso para cuidar da saúde, destacando ainda "a importância do projeto de governo de uma neoindustrialização, com visão de futuro”.
Para Rondinelli, há oportunidade de cooperação em diversas áreas, como insumos, regulação, controle, tecnologia, a partir das atividades de produção dos radiofármacos, elementos radioativos essenciais no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, nas áreas de oncologia, neurologia, cardiologia, entre outras.
No governo passado, o desabastecimento de radiofármacos(medicamentos que utilizam radiação)levou à crise diversas clínicas do SUS responsáveis pelo tratamento e diagnostico de pacientes com câncer e outras doenças.
Tratamento
O diretor de P&D da CNEN apresentou os diversos produtos desenvolvidos pelas unidades de pesquisa e frisou o quanto os institutos e centros da CNEN podem contribuir com a saúde pública. Citou estudos clínicos em curso e produtos essenciais para diagnóstico e terapia. Ao mesmo tempo, o uso de tratamentos como radioterapia, braquiterapia, o trabalho em metrologia das radiações, o licenciamento e controle, a radioproteção de trabalhadores, do público e do meio ambiente foram destacados em sua importância em saúde.
"Um dos grandes objetivos nossos é que os laboratórios façam parte do complexo industrial de saúde pública e já temos experiências bem-sucedidas, como o IPEN (Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares), no Estado de São Paulo”, enfatizou Calvo, ex-diretor geral do órgão.
Recursos Humanos
O diretor lembrou que nas quatro unidades produtoras de radiofármacos da CNEN há infraestrutura essencial para propiciar produção e atendimento público e há necessidade de investimentos em recursos humanos, com recomposição de pessoal, e materiais, para que seja ampliada a escala de oferta desses insumos essenciais à saúde. O presidente da CNEN pontuou que já houve aporte do Fundo Nacional da Saúde em equipamentos e que com mais investimentos será possível ampliar a oferta para a população usuária da rede SUS.
Acesso aos radioisótopos
O IPEN foi pioneiro na oferta de vários produtos, os institutos têm expertise e desenvolvem pesquisas de grande importância e alcance. Alguns dos produtos são exclusivos, como é o caso do fluoroestradiol (¹⁸F) - ¹⁸FES, nome comercial Radiofes, radiofármaco desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear para detectar câncer de mama.
População mais carente
Alguns dos temas apontados na reunião como de destaque foram a atuação CNEN em medicina nuclear; participação das discussões que possibilitem que os radiofármacos sejam mais disponíveis e acessíveis à sociedade, especialmente para a população mais carente. Na pauta também, a integração de informações que permitam sistema mais completo de informações para a segurança radiológica de trabalhadores e pacientes; modernização para ampliar o potencial de participação das diversas regiões brasileiras no uso dos radiofármacos.
Para isso, o presidente da CNEN frisou a importância do Reator Multipropósito Brasileiro, projeto de arraste que trará autonomia no uso dos radiofármacos, estabilidade no fornecimento, já que o país se tornará autossuficiente com potencial inclusive para exportação de radioisótopos.
Desigualdade de oferta
Na reunião, eles concordaram que a aproximação entre todos os agentes da cadeia produtiva e os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Saúde trarão ganhos para quem mais importa: o cidadão, que demanda por cuidados de saúde de qualidade. Nesse sentido, está sendo organizado um workshop pelo IPEN, que contará com a participação de todas as unidades técnico-científicas - sobre a radiofarmácia pública, sua importância e como as tecnologias podem ser cada vez mais acessíveis. O gerente do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Emerson Bernardes, lembrou que a desigualdade na oferta e distribuição dos radiofármacos nas diferentes regiões do país e como isso precisa e pode ser aperfeiçoado para o acesso cada vez mais universal.
Leite parabenizou a nova gestão da CNEN por reativar o assunto. Afirmou que o momento é muito desafiador, mas que a reconstrução e a revalorização das instituições implicam na ampliação e fortalecimento do complexo industrial da saúde, e que há potencial também deste setor na geração de emprego. Rondinelli destacou a importância de todas as unidades CNEN na formação de recursos humanos para a saúde e como o RMB, projeto estruturante, trará fornecimento regular dos radiofármacos para o mercado nacional. A instalação a ser construída em Iperó, no interior de São Paulo, em área de dois milhões de metros quadrados, envolve também um acelerador de alta energia, um Laboratório de Fusão e vai alavancar o país em diversas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, elevando-o a um outro patamar.
Leia no Blog diversas reportagens sobre a crise do desabastecimento de radioisótopos na rede pública, corte de verbas, durante o governo de Jair Bolsonaro. Lei também toda a história do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
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- 12/06/2023 - Nota de falecimento - Odair Dias GonçalvesO velório será no dia 13 de junho, às 08 horas, no Crematório da Penitência, à R. Monsenhor Manuel Gomes, 307 – Caju, onde às 11h ocorrerá a cremação.
O velório será no dia 13 de junho, às 08 horas, no Crematório da Penitência, à R. Monsenhor Manuel Gomes, 307 – Caju, onde às 11h ocorrerá a cremação.
Fonte: CNEN
O físico Odair Dias Gonçalves, um dos expoentes da área nuclear brasileira, faleceu neste dia 11 de junho, deixando um legado para a pesquisa e desenvolvimento em diferentes instituições e entidades. Professor titular do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1979, Odair foi presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) entre 2003 e 2011, acumulando, nesse período, a presidência dos Conselhos Executivos da Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP) e Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Entre 2009 e 2012, também exerceu a presidência da Radiation Physics Society (IRPS), tendo permanecido como membro do Conselho Executivo dessa Sociedade. Em 2011, retornou à coordenação do Programa de Graduação em Física Médica da UFRJ e também comandava o Laboratório de Física de Raios Gama e X do IF-UFRJ.
Foi autor de 65 artigos, com mais de 400 citações nas áreas de pesquisa fundamental e aplicada de interações de fótons com a matéria, principalmente espalhamento de Rayleigh e Compton, Física Médica e Energia Nuclear (políticas, segurança e proteção), dentre outras.
O velório será no dia 13 de junho, às 08 horas, no Crematório da Penitência, à R. Monsenhor Manuel Gomes, 307 – Caju, onde às 11h ocorrerá a cremação.
Odair deixa um filho e duas netas.
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- 10/06/2023 - Energia renovada: programa nuclear volta com força à pauta do governoRetomada da construção de Angra 3, investimentos na exploração de urânio e apoio da iniciativa privada estão entre os projetos importantes do setor
Retomada da construção de Angra 3, investimentos na exploração de urânio e apoio da iniciativa privada estão entre os projetos importantes do setor
Um acordo firmado com a Alemanha durante a ditadura militar deu início ao programa nuclear brasileiro. Ele previa a construção de quatro ou cinco usinas até 2030, mas saíram do papel ao longo das últimas décadas apenas as instalações de Angra 1 e 2. A pressão ambiental e os acidentes ocorridos em Chernobyl (Ucrânia), em 1986, e Fukushima (Japão), em 2011, fizeram algumas nações repensarem esse modelo. O maior símbolo disso foi a própria Alemanha, que, em abril, desligou as últimas três usinas do tipo em operação por lá. Ironicamente, enquanto o sócio europeu que nos ajudou a entrar na era nuclear tira os pés do negócio, o governo Lula retoma agora com força vários projetos importantes nesse setor.
Um dos exemplos dessa política envolve a usina de Angra 3, no Rio de Janeiro, cuja construção foi iniciada há quatro décadas e paralisada inúmeras vezes. Em 2015, acabou sendo suspensa em razão de investigações da Lava-Jato contra desvios na Eletronuclear, estatal que detém o monopólio da energia nuclear brasileira. As obras, que estão 60% concluídas, foram retomadas em novembro do ano passado e a sua finalização, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é uma prioridade. A União aguarda a liberação de empréstimo de 20 bilhões de reais junto ao BNDES para concluir o projeto até 2029. Quando entrar em operação, ela será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte nesse mesmo período.
A exploração de urânio também está nos planos. O Brasil tem a sexta maior reserva do mundo, mas opera somente uma mina, em Caetité (BA), que extrai 400 toneladas por ano. Segundo o Plano Nacional de Mineração, o próximo passo será a construção de outra em Santa Quitéria (CE), com capacidade para 2 300 toneladas anuais - o suficiente para abastecer as usinas em Angra e exportar o excedente. O empreendimento, segundo a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), está em fase de licenciamento. Outro projeto do governo Lula é tirar do papel o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), parceria de 500 milhões de dólares entre Brasil e Argentina em Iperó (SP). O objetivo é atingir a autossuficiência na produção de radiofármacos, medicamentos essenciais para o diagnóstico de câncer e que são, em grande parte, importados. "O preenchimento dessas lacunas no setor de saúde representa uma oportunidade de desenvolvimento econômico para o país”, diz a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Em janeiro, ela foi à Argentina com Lula para discutir o projeto. Segundo o ministério, as obras devem começar em 2024 - a previsão é que o reator esteja operante em 2028. O modelo é semelhante ao OPAL, que opera na Austrália desde 2007 e que foi implantado pela empresa argentina Invap, a mesma parceira do empreendimento brasileiro.
Não chega a ser surpreendente a retomada nuclear em tempos de Lula 3. Desde a transição de governo, no fim do ano passado, a equipe do petista já sinalizava claramente que teria um apetite maior para o assunto do que o demonstrado pelo ex-presidente. Jair Bolsonaro chegou a ensaiar que seguiria por esse caminho, mas não conseguiu concretizar suas promessas. Além disso, foi justamente nas gestões de Dilma Rousseff e do próprio Lula no passado que alguns projetos nucleares foram lançados, sendo que vários deles ficaram marcados por denúncias de corrupção. Além de Angra 3, a lista inclui o submarino nuclear, outra iniciativa que sofreu com as denúncias da Eletronuclear. Presidente à época da estatal, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva foi preso no curso da Operação Radioatividade. No começo de 2022, a pena foi reduzida de 43 anos para quatro anos, dez meses e dez dias.
Apesar de ser uma das energias mais limpas disponíveis, o imaginário negativo associado a empreendimentos nucleares pode provocar resistências. O último incidente no país ocorreu em setembro passado, quando Angra 1 jogou material radioativo na baía de forma acidental - a empresa minimizou o episódio, mas o caso está sob investigação.
Apesar de especialistas argumentarem que os riscos são muito pequenos, quando comparados aos de outras indústrias energéticas, é quase certo que o plano atômico provocará discussões explosivas na Esplanada de Ministérios. Atual titular da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva já se manifestou contrária a iniciativas do tipo no primeiro governo Lula. Hoje, a energia nuclear é responsável por apenas 2% da produção nacional (60% vêm de hidrelétricas). A ver se, com o novo impulso, virão mais investimentos e maior relevância para o setor - ou será suficiente apenas para acender a luz de novas polêmicas.
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- 09/06/2023 - Nuclear-Powered Cargo Ships Are Trying to Stage a ComebackFaced with the difficult task of decarbonizing, some shipping companies are taking another look at a polarizing solution—nuclear fission.
Faced with the difficult task of decarbonizing, some shipping companies are taking another look at a polarizing solution—nuclear fission.
Fonte: Wired
Chris Baraniuk
President Eisenhower had a simple dream. While the US military was busy expanding its young arsenal of nuclear weapons and launching, in 1954, the world’s first nuclear submarine, Eisenhower dreamed up a ship that would symbolize peace. Propelled by the superlative power of the atom, this vessel would travel the world under the stars and stripes, carrying nothing but a few US officials and goodwill.
But his aides weren’t buying it. Why couldn’t this floating ego trip at least try to make a buck or two? In the end, Eisenhower agreed to authorize a nuclear-powered merchant ship that would carry both cargo and passengers. As well as goodwill, naturally.
The nuclear ship Savannah, capable of hauling 14,000 tons of cargo, entered service in 1962. Its reactor was encased behind 4 feet of concrete, as well as thick layers of steel and lead. In the glitzy passenger lounge stood an 8-foot-long table topped with white marble—and an early CCTV system so passengers could keep an eye on the reactor while sipping martinis.
A zero-emissions cargo ship is a dream that might seem even more potent today, in an age when decarbonization is crucial to addressing the climate crisis. Shipping currently accounts for 3 percent of all greenhouse gas emissions and is viewed as a particularly difficult industry to decarbonize. Nuclear energy, at the point of use, produces zero emissions.
But heed this cautionary tale of nuclear hubris. The NSSavannahwas a failure. During its first year at sea, the ship dumped 115,000 gallons of radioactive waste into the ocean. It had inadequate cranes and poorly designed cargo hatches. Egregiously expensive to run, the vessel carried passengers for a mere three years, and cargo alone for another five, before retiring.
Other countries also tried—and struggled—to make nuclear merchant ships work during the 20th century. West Germany’s demonstration nuclear cargo ship, theOtto Hahn, was refused entry to some ports and the Suez Cana lon safety grounds. TheMutsu, a Japanese vessel, suffered a minor failure in its reactor’s radiation shielding in 1974, causing outcry. Indignant fishers blocked the ship’s return to port for several weeks.
As of 2023, there is only one active nuclear-powered merchant ship in the world, the Russian-built container-carrying NS Sevmorput. It is tiny compared to most fossil-fuel-powered container ships andhas been plagued by breakdowns.
These four boondoggles handily illustrate why giant merchant ships still generally run on oil. And yet, for well over half a century, nuclear-powered submarines and aircraft carriers, as well as icebreakers, have been sailing the oceans with relatively little fuss. Hundreds of nuclear reactors have operated at sea and, given the urgency of reducing emissions now, one could argue that it is time to finally embrace nuclear cargo ships.
In February, a gaggle of organizations based in South Korea, including those behind multiple shipping lines, signed a memorandum of understanding with this in mind. The group aims to develop nuclear-powered merchant ships equipped with small modular reactors. But they won’t say much else about the project.
"We believe it is too early to mention details on the tangible results of this partnership,” Hojoon Lee, a spokesperson for HMM, one of the shipping lines involved, tells WIRED. "We still have a long way to go to achieve the commercial viability of nuclear energy sources.”
There is another project afoot, in Norway, called NuProShip (Nuclear Propulsion of Merchant Ships). The team behind it has come up with a short list of six possible reactor designs that could work in a demonstrator vessel, says project manager Jan Emblemsvåg of the Norwegian University of Science and Technology. "The progress is quite OK,” he adds, via email. He and colleagues plan to convert a liquefied natural gas tanker called theCadiz Knutsento run on nuclear power.
Both the South Korean and Norwegian efforts are considering molten salt reactors. Instead of solid fuel rods, the nuclear fuel in these devices is dissolved into, for example, molten fluoride salts. Such reactors first operated in the 1960s and are nothing new, but technical issues, including corrosion occurring inside the reactors, have hampered their widespread rollout. Despite concerns from some over the viability of this technology, multiple countries are pursuing it. Proponents say that, in principle, such reactors could have serious safety and efficiency advantages over other types, such as pressurized water reactors, which are used in the majority of nuclear power stations worldwide. Meltdowns—where reactions in the solid nuclear fuel get out of control, causing it to overheat, melt, and risk breaching the containment of the reactor—are made effectively impossible in a molten salt design because the fuel is already in a molten state and can be drained to prevent a runaway reaction.
Nuclear fuel is incredibly energy dense, stresses Luciano Ondir Freire of the Nuclear and Energy Research Institute in Brazil. Despite the significant upfront cost of building a new reactor, for the largest container ships, he estimates that switching from dirty fossil fuels to nuclear would be cost-effective in the long run.
Nuclear reactors can operate for many decades—take the one at Nine Mile Point in New York, which has been running since 1969. That sounds good, but for ship owners it could actually be a problem. A large container ship might only have a service life of around 20 years, which means you wouldn’t get much use out of the expensive new reactor specially made for it. Plus, you would be left with the headache of removing the nuclear power plant components and making the vessel safe so that it could be scrapped—the NSSavannah, now essentially a museum piece, has yet to be fully decontaminated, more than half a century after it ended commercial operations.
Ondir Freire and Delvonei Alves de Andrade, who also works at Brazil’s Nuclear and Energy Research Institute, have published multiple papers on the history and possible future of nuclear-powered merchant shipping—and they have a solution in mind: small reactors that can be detached from one ship and installed in another, or in some other kind of facility.
But figuring out what to do with a ship’s reactor is far from the only hurdle. People need to be convinced of the safety of nuclear energy and technology, says Alves de Andrade. Despite excellent safety records at many nuclear sites around the world, public perceptions remain understandably dominated by the Chernobyl and Fukushima disasters, as well as by concerns around what to do with radioactive waste.
And while there are lots of nuclear reactors operating at sea right now, they tend to be on vessels with some of the highest security in the world. Commercial ships are occasionally subject to piracy and accidents, including large fires and explosions—the thought of adding nuclear fuel to such scenarios is unlikely to be met with enthusiasm.
The task of switching to a world in which nuclear-powered vessels are commonly welcomed at commercial ports is "not trivial,” says Stephen Turnock, professor of maritime fluid dynamics at the University of Southampton. "You have to have protocols in place to say what would happen in the event of an emergency associated with a nuclear-powered vessel,” he explains.
Simon Bullock, a shipping researcher at the University of Manchester, says that there is not enough of a regulatory framework to define how nuclear ships would operate globally in the commercial sector, including detail on who would bear responsibility for any mishaps. Would it be the ship owner, the ship operator, the manufacturer of the nuclear reactor, or the country where the ship is registered, known as the flag state? There are six "decade-long problems” of this kind regarding nuclear vessels that the International Maritime Organization (IMO) and other agencies would have to sort out if nuclear-powered commercial ships were ever to become widespread, he says.
Liz Shaw, an IMO spokesperson, says that "there is a long history of IMO cooperating and coordinating with other entities where necessary.” There are guidelines for how member states may submit proposals to update existing regulations, she adds.
The crews on nuclear ships would also require special training and expertise, which raises the cost of running such vessels. Is it worth dealing with all these challenges, given the need to decarbonize right now? Probably not, says Bullock. "The critical thing here is the next 10 years,” he says, referring to the urgency of tackling emissions and climate change right now. "Nuclear can do nothing about that.”
Even the Norwegian NuProShip project won’t convert its first demonstrator ship until at least 2035. Meanwhile, there are other low- or zero-emissions fuels already being deployed in vessels—from methanol to ammonia, electric batteries, and hydrogen. None of these is perfect, and all will jostle for supremacy in the coming years. Nuclear, with its many complications, is "possibly a dangerous distraction” from the main horse race, says Bullock.
For what it’s worth, Turnock’s money is on hydrogen. Last month, sportswear brand Nike launched a hydrogen-powered barge in Europe, and there are various other hydrogen-powered vessels of a similar size already sailing.
Looking further ahead, however, perhaps ship owners will eventually adopt nuclear technology in earnest. Here’s a fun fact. The originalSavannah, a steamship, was also a technological pioneer. Built in 1818 in the US, it was the first steam-propelled vessel to cross the Atlantic. But its huge engines meant it could carry hardly any cargo and so was deemed unprofitable. Yet within decades, steam ruled the waves.
So while the NSSavannahmay appear a tantalizingly short-lived experiment, swathed in the long-faded atomic idealism of the 1950s, perhaps nuclear-powered merchant ships will somehow come to dominate after all. As President Eisenhower found out, dreams are one thing. Then there’s the future.
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- 07/06/2023 - Pós-doutorado em materiais óxidos para energia no IPENBolsista participará de projeto que busca desenvolver uma rota sustentável para a conversão de metano com uso de tecnologias eletroquímicas avançadas
Bolsista participará de projeto que busca desenvolver uma rota sustentável para a conversão de metano com uso de tecnologias eletroquímicas avançadas
Fonte: Agência FAPESP
Uma Bolsa FAPESP de Pós-Doutorado está disponível pelo projeto "Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas”, desenvolvido no Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O prazo de inscrição se encerra na sexta-feira (09/06).
Coordenado pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, o projeto está vinculado ao Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.
O projeto se concentra nas áreas de eletroquímica de estado sólido e catálise, sendo necessária experiência em cerâmica, nanopartículas, deposição e caracterização de filmes finos, técnicas de síncrotron, cromatografia gasosa e materiais de alta temperatura.
O bolsista terá a oportunidade de fazer contribuições significativas para o avanço da pesquisa em eletroquímica de estado sólido e catálise.
Os candidatos devem enviar currículo e carta de interesse para o e-mail cecco@ipen.br.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/6057/.
A oportunidade de pós-doutorado está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 9.047,40 mensais e Reserva Técnica equivalente a 10% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista de PD resida em domicílio fora da cidade na qual se localiza a instituição-sede da pesquisa e precise se mudar, poderá ter direito a um auxílio-instalação. Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em: www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em: www.fapesp.br/oportunidades.