Ipen na Mídia
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- 28/07/2022 - Ipen prorroga prazo de inscrições em cursos com professores de Instituto de Engenharia Física de MoscouAulas serão ministradas por docentes do Instituto de Engenharia Física de Moscou (Rússia) e terão monitoramento de docentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do Ipen. Inscrições até 12 de agosto
Aulas serão ministradas por docentes do Instituto de Engenharia Física de Moscou (Rússia) e terão monitoramento de docentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do Ipen. Inscrições até 12 de agosto
Fonte: Agência FAPESP
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) está recebendo, até o dia 12 de agosto de 2022, inscrições de alunos interessados em cursar disciplinas da área nuclear ministradas por professores do Instituto de Engenharia Física de Moscou, vinculado à National Research Nuclear University, da Rússia.
Os cursos terão duração de seis semanas, sendo as quatro primeiras na modalidade on-line e as duas últimas presenciais, em São Paulo. Docentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do Ipen e da Universidade de São Paulo (USP) acompanharão e darão monitoramento a cada disciplina.
Embora direcionados predominantemente a alunos de pós-graduação e pós-doutorados, os cursos também possibilitam a participação de alunos especiais e estudantes de graduação da USP, servidores, técnicos, pesquisadores, docentes dos dois programas de Pós-Graduação do Ipen, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e interessados nas áreas de Física Nuclear, Segurança Nuclear e Cálculo de Nêutron-Físicos para instalações nucleares de potência.
Não há número máximo de alunos regulares por curso, o mínimo é de dez inscritos. As aulas serão ministradas em inglês.
Os interessados em cursar as disciplinas deverão preencher formulário de inscrição e entrar em contato pelo e-mail bruna.s-topservice@ipen.br, exceto aqueles de outras unidades da USP, que também precisam do formulário, mas devem solicitar a inscrição nas suas próprias unidades.
Mais informações: https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=37&campo=17819.
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- 28/07/2022 - Produção de radiofármacos no Brasil é tema de debate da Reunião Anual da SBPCA mesa-redonda realizada na Universidade de Brasília contou com a participação de médicos, farmacêuticos e pesquisadores do setor
A mesa-redonda realizada na Universidade de Brasília contou com a participação de médicos, farmacêuticos e pesquisadores do setor
Fonte: site do MCTI
A política e produção de radiofármacos no Brasil foram temas de um debate realizado nesta terça-feira (26), durante a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência, que acontece na Universidade de Brasília. Participaram da mesa-redonda, médicos, farmacêuticos, biomédicos, pesquisadores e representantes de instituições como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI).
Os radiofármacos são compostos radioativos utilizados no diagnóstico e tratamento de doenças, entre elas o câncer.
O superintendente do IPEN detalhou o processo de fabricação dos radiofármacos produzidos pelo instituto e suas diferentes aplicações. Ele ainda deu destaque aos projetos em tramitação no Congresso Nacional que podem beneficiar a indústria brasileira de radiofármacos, além de baratear tratamentos e contribuir com os pacientes que utilizam os medicamentos.
Durante o debate, ainda foram abordadas questões como a qualificação de profissionais para atuarem na área, e investimentos para inovação no setor. Por ano, mais de um milhão e meio de procedimentos com radiofármacos são realizados no país. A mesa de debates foi uma atividade proposta pela Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN).
Reunião Anual da SBPC
A 74ª Reunião Anual da SBPC ocorre até o próximo sábado (30). O evento é realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) de forma híbrida, com atividades presenciais nos campi Darcy Ribeiro, Gama, Ceilândia e Planaltina, e on-line, com transmissões nos canais da UnB TV e da SBPC no YouTube. Este ano, o evento tem como tema "Ciência, independência e soberania nacional”, em alusão ao ano que marca o bicentenário da Independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna.
Mais informações sobre o evento:https://ra.sbpcnet.org.br/74RA.
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- 29/06/2022 - Estudo revela biomarcadores que tornam possível personalizar o tratamento de tumores de cabeça e pescoçoO cetuximab é uma das poucas terapias aprovadas para esse tipo de câncer, mas tem alto custo e faz efeito em apenas 40% dos pacientes. Artigo na revista Cells descreve alterações moleculares observadas nas células tumorais que indicam a resistência ao fármaco, abrindo caminho para o desenvolvimento de um teste preditivo
O cetuximab é uma das poucas terapias aprovadas para esse tipo de câncer, mas tem alto custo e faz efeito em apenas 40% dos pacientes. Artigo na revista Cells descreve alterações moleculares observadas nas células tumorais que indicam a resistência ao fármaco, abrindo caminho para o desenvolvimento de um teste preditivo
Fonte: Agência FAPESP
André Julião
Um grupo que reúne pesquisadores do Brasil e de Portugal desvendou as alterações moleculares que indicam a resistência de tumores de cabeça e pescoço ao cetuximab, uma das poucas terapias aprovadas para esse tipo de câncer. Cerca de 60% dos pacientes não respondem bem ao tratamento.Com os resultados, publicados na revista Cells, espera-se que os médicos possam em breve prever quais pacientes responderão ou não ao tratamento, considerado de alto custo. Baseados nos resultados, os pesquisadores sugerem ainda testar combinações do cetuximab com outros fármacos, a fim de reverter a resistência ao agente."O tratamento para os tumores de cabeça e pescoço tem evoluído relativamente pouco e evolve ainda basicamente cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O cetuximab é revolucionário, por ser uma terapia específica para um receptor celular bastante alterado nesses tumores, conhecido pela sigla EGFR”, explica Rui Manuel Reis, pesquisador do Hospital de Amor – anteriormente conhecido como Hospital do Câncer de Barretos – e da Universidade do Minho, em Portugal.Até então, não se sabia o que causava a resistência ao medicamento em uma parcela dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço. Esse é um fator decisivo na decisão sobre como tratá-los. Além disso, a incapacidade de prever o sucesso do tratamento de alto custo faz com que ele não seja incluído no rol de medicamentos cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para esse tipo de câncer.O cetuximab, porém, é utilizado de forma personalizada para tratar o câncer colorretal metastático, uma vez que existem testes genéticos para as mutações nos genes KRAS, NRAS e BRAF que predizem a resistência ao medicamento. A droga somente é administrada aos pacientes com potencial de responder de forma positiva.O estudo publicado agora abre caminho para o desenvolvimento de abordagens personalizadas também para tumores de cabeça e pescoço."Analisamos linhagens resistentes – em nível de DNA, RNA e proteínas – e encontramos alguns biomarcadores que foram bastante expressos, como a proteína mTOR. Nossa proposta é também usar regimes de combinação do cetuximab com fármacos que inibam essas proteínas expressas, revertendo esse fenótipo de resistência”, conta Izabela Faria Gomes, que realizou o trabalho durante doutorado no Hospital de Amor com bolsa da FAPESP.Atualmente, existem inibidores específicos da proteína e da via mTOR disponíveis no mercado. Dessa forma, a proteína que é expressa na linhagem resistente poderia ser inibida em regimes de combinação com outros fármacos que atuam sobre outras proteínas da mesma via de sinalização celular.Linhagens resistentesPara descobrir os mecanismos de resposta ao fármaco que podem estar ocorrendo, o grupo de Barretos desenvolveu um modelo in vitro para mimetizar a resistência que ocorre nos tumores dos pacientes.Uma linhagem de tumor de cabeça e pescoço inicialmente sensível ao medicamento foi cultivada em laboratório e "bombardeada” por um ano com o cetuximab. As células que sobreviveram, ou seja, que desenvolveram resistência, foram então analisadas pelos pesquisadores por meio de diversas ferramentas moleculares para que se pudesse entender o que as tornava diferentes."Fizemos uma pressão seletiva nessa linhagem de tumor. À medida que ficava mais tempo exposta ao medicamento, ela se tornava mais resistente. Todas as alterações moleculares foram ficando mais visíveis”, relata Renato da Silva Oliveira, pesquisador que desenvolveu o método durante seu doutorado no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Amor, sob orientação de Reis.O modelo de resistência criado pelos pesquisadores está no momento sendo aperfeiçoado em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e com a Universidade do Alabama, nos Estados Unidos.Futuramente, pode dar origem a um teste específico para detectar a resistência dos tumores de cabeça e pescoço à droga. Caso evolua para essa fase, o estudo poderá ser realizado em parceria com o A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo, onde alguns pacientes são tratados com o cetuximab.O próximo passo da pesquisa é validar os achados em modelos animais e em pacientes refratários à terapia com cetuximab. Além disso, em estudos futuros, poderão ser testados regimes de combinações entre cetuximab e outros agentes terapêuticos.O artigo Comprehensive Molecular Landscape of Cetuximab Resistance in Head and Neck Cancer Cell Lines pode ser lido em: www.mdpi.com/2073-4409/11/1/154/htm. -
- 06/06/2022 - Rios na Terra Yanomami têm 8600% de contaminação por mercúrio, revela laudo da PFPerícia analisou amostras de água corrente dos rios Couto de Magalhães, Catrimani, Paríma e Uraricoera. Danos da poluição podem afetar saúde dos indígenas que vivem próximo a garimpos ilegais.
Perícia analisou amostras de água corrente dos rios Couto de Magalhães, Catrimani, Paríma e Uraricoera. Danos da poluição podem afetar saúde dos indígenas que vivem próximo a garimpos ilegais.
Forte: Portal G1 - Roraima
Por Yara Ramalho, Valéria Oliveira, Marcelo Marques e Luciano Abreu, g1 RR e Rede Amazônica — Boa Vista
Um laudo da Polícia Federal sobre contaminação dos rios na Terra Indígena Yanomami, maior reserva do Brasil, revelou que quatros rios da região tem alta contaminação por mercúrio:8600%superiorao estipulado como máximo para águas deconsumo humano.
Foram analisadas amostras das águas correntes dos rios Couto de Magalhães, Catrimani, Parima e Uraricoera, próximos a garimpos ilegais onde os invasores usam produtos nocivos à natureza, principalmente o mercúrio, durante a extração de minérios.
Em relação às águas que podem ser destinadas para irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas, forrageiras, a pesca amadora e a navegação, as amostras apresentaram um teor de mercúrio de 860% nas amostras.
O objetivo da perícia, obtida com exclusividade pela Rede Amazônica, era identificar e quantificar a presença e concentração de contaminantes relacionados a atividade de extração do ouro nos garimpos ilegais dentro da Terra Indígena Yanomami.
Altamente tóxico, o mercúrio é usado pelos garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos e, assim, deixá-lo "limpo"(entenda mais abaixo). Após isso, a substância é jogada nos rios, causando poluição ambiental e impactando na saúde dos indígenas. Semana passada, foi apreendido 1Kg do metal na operação Xapiri, de combate ao garimpo na Terra Yanomami.
Uma pesquisada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 2016, revelou que indígenas de comunidades próximas ao Uraricoera tinham alto nível de mercúrio o organismo, com 9 2,3% de contaminação.
O estudo deste ano da PF também mencionou um aumento das áreas afetadas pelo garimpo. Entre 2018 e 2021, os peritos identificaram que na região do rio Uraricoera, um dos mais afetados pelo garimpo, houve um aumento de 505% da área garimpada. Em 30 anos, a Terra Yanomami vive a pior devastação da história, com aumento de 46% de degradação da floresta em um ano.
'Potencial destrutivo', diz procurador
Na avaliação do procurador da República que atua no Ministério Público Federal (MPF) em Roraima, Matheus de Andrade Bueno, como a Terra Yanomami é uma das mais afetadas pelo garimpo, a única alternativa é retirar os garimpeiros que exploram ilegalmente a reserva.
"Ela têm sido atingida de forma gravíssima pelo garimpo. E, coincidentemente, nessas áreas estão sendo detectadas presenças superiores de mercúrio, que a gente sabe que tem o potencial destrutivo muito grande e também de causar vários problemas de saúde", disse.
Ele disse que a destruição de maquinários usados no garimpo, como já ocorreram em operações deflagradas pela PF e outros órgãos de fiscalização, é importante para a contenção dos crimes ambientais, mas a retirada dos garimpeiros é uma medida emergencial. "Não há para o Ministério Público Federal nenhuma medida de saúde pública mais emergencial, mais importante para a garantia da saúde dos indígenas do que a retirada dos garimpeiros da área", pontuou.
Em maio deste ano, a Justiça Federal determinou o retorno das operações para retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami. O pedido foi feito MPF.
Contaminação no corpo humano
O mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente que se une facilmente ao ouro, formando uma liga metálica. Esse material, então, é aquecido, o mercúrio se evapora e o ouro se funde sozinho. O excesso de mercúrio restante desse processo é lançado diretamente nos rios e entra na cadeia alimentar, por meio da ingestão de água e peixes.
Segundo o laudo da PF, todas as amostras analisadas apresentam teores anormais do metal. O doutor em geologia e pesquisador da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Vladimir de Souza, explica que, no corpo humano, a contaminação é acumulativa e ocorre de médio a longo prazo.
"Quem está em contato direto, já está contaminado e isso tende a aumentar porque é acumulativo e lento. Você não vai ter contato com o mercúrio e se contaminar logo em seguida, é uma questão de médio a longo prazo."
Na avaliação do pesquisador, os números do relatório são "gravíssimos" porque os rios contaminados formam o rio Branco, o principal do estado, e, com isso, o mercúrio usado nos garimpos chega até a capital Boa Vista.
"A gente sabe que o mercúrio está dissolvido na água e ele não vai, na verdade, depurar. Ele vai chegar até Boa Vista e vai vir contaminando ao longo do caminho. Não há como depurar isso ao longo do caminho mais próximo, essa contaminação está chegando até a nossa capital", disse.
A ingestão de alimentos contaminados não é a única forma de transmissão. Segundo Vladimir de Souza, o metal entra no corpo humano pelo tecido adiposo, fazendo com que a gordura se torne o abrigo ideal.
"O mercúrio entra no nosso tecido adiposo, na nossa gordura e não sai mais. Antigamente, se pensava que era só consumindo peixes que você se contaminava, mas já se sabe que o mercúrio fica na água em suspensão. Então, até no ar e no contato você já está se contaminando com o mercúrio, ele é muito volátil", destacou.
O mercúrio tem a venda controlada no Brasil, mas toneladas chegam ilegalmente aos garimpos todos os anos. O Fantástico mostrou no passado como toneladas do metal entram clandestinamente no país.
A fronteira com a Guiana é uma das duas portas de entrada de mercúrio ilegal no país mapeadas pela reportagem. A outra é Guajará-mirim, na fronteira da Bolívia com Rondônia. O contrabando da Guiana entra por Bonfim, em Roraima, e acaba na Terra Yanomami, onde houve uma disparada no número de garimpos ilegais nos últimos anos.
Maior reserva indígena do pais, a Terra Yanomami tem quase 10 milhões de hectares distribuídos no Amazonas e em Roraima, onde fica a maior parte. A região é formada por 371 comunidades de difícil acesso. Mais de 28 mil indígenas vivem na reserva.
A área é alvo do garimpo ilegal de ouro desde a década de 1980. Mas, nos últimos anos, essa busca pelo minério se intensificou, causando além de conflitos armados, a degradação da floresta e ameaça a saúde dos indígenas. -
- 16/05/2022 - Ipen inaugura laboratório com microscópio a laser de uso raro no mundoMicroscópio a laser de novo laboratório do Ipen só tem em outras duas instituições no mundo
Microscópio a laser de novo laboratório do Ipen só tem em outras duas instituições no mundo
Fonte: CIMM
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) inaugurou no fim de abril um laboratório multiusuário com o que há de mais avançado em microscopia: o Snom (sigla em inglês para microscopia óptica de varredura de campo próximo), microscópio subnano a laser cujo método óptico com super-resolução permite resolver o interior de uma molécula com acuidade nanométrica.Adquirido com apoio da FAPESP, o equipamento será fundamental para o avanço em vários campos de pesquisa, entre eles plasmônica, guias de ondas fotônicas, micro e nanolasers, fotovoltaicos, fotocondutores, fenômenos biológicos celulares, fluorescência de zeptólitros e espectroscopia de correlação. Uma das possibilidades é mapear o interior de células vivas de forma não invasiva.
Apenas duas instituições no mundo dispunham de microscópio equivalente – o Ipen agora é a terceira. Para operar o equipamento, os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações (Celap), passaram por um treinamento em Lille, na França, onde está sediada a empresa fabricante.
"Na realidade, um sistema igual ao nosso não existe em outro lugar. O Snom adquirido pelo Ipen é o único capaz de evitar interferências climáticas nas amostras devido, por exemplo, a aparelhos de ar-condicionado”, conta Wetter.
O Snom é capaz de realizar medidas em amostras líquidas e de controlar a temperatura da amostra, características que lhe garantem o acesso a células vivas.
"Além disso, como o Snom captura a distribuição de luz do campo próximo, as imagens não apresentam nenhuma contribuição de luz fora de foco, como ocorre em outros métodos de imagem óptica. Um Snom correlaciona a topografia da amostra com uma análise espectral de luz”, acrescenta Zanardi.
O pesquisador Marcelo Linardi destaca que os grupos de pesquisa que fazem uso de microscópios semelhantes publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo. "Isso significa que nós estaremos com instrumentação para publicar em revistas de alto impacto. Agora, é trabalhar e apresentar resultados”, afirma.
Wilson Calvo, superintendente do Ipen, enfatiza a possibilidade de novas parcerias que o novo microscópio deve fomentar. "Há um potencial de colaborações que o uso do Snom pode gerar, visto que é um laboratório multiusuário”, avalia.
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- 14/05/2022 - O que é a medicina nuclear e quais as suas aplicações?Fonte: TV BrasilO programa "Ciência é Tudo" exibido pela TV Brasil no dia 14 de maio, teve como uma de suas pautas a Medicina Nuclear e os avanços desenvolvidos no setor. Foi destacada a participação do IPEN-CNEN nos desenvolvimentos e serviços prestados há mais de 60 anos na área. A pesquisadora do Centro de Radiofarmácia, Regina Célia Carneiro, comentou sobre as aplicações de radiofármacos no diagnóstico e terapia.Nesta edição também foi apresentado o laboratório multiusuário com o equipamento SNOM (do inglês Scanning Near Field Optical Microscopy), um microscópio sub-nano a laser adquirido com apoio da FAPESP e o terceiro instalado no mundo. Os pesquisadores do Centro de Lasers e Aplicações, Anderson Zanardi e Niklaus Wetter, destacaram as características e o potencial de pesquisas que poderão ser realizadas com o novo equipamento.O programa "Ciência é Tudo" é resultado de uma parceria entre a TV Brasil e o MCTI.Assista aqui -
- 11/05/2022 - O que é a medicina nuclear e quais as suas aplicações?Fonte: TV BrasilNeste episódio do Ciência é Tudo, entenda o que é a medicina nuclear, quais as suas aplicações e como o Brasil está posicionado neste setor. O IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - produz 85% dos radiofármacos consumidos no país.
Conheça uma pesquisa realizada por cientistas da USP que pode ajudar no tratamento da doença de Parkinson. A doença causa a morte ou degeneração de células do cérebro, diminuindo a produção de dopamina e afetando o sistema nervoso central. Uma substância identificada pelos pesquisadores preveniu 60% da morte de células cerebrais em testes realizados em camundongos.
Veja algumas ações inovadoras voltadas para o desenvolvimento de veículos elétricos. A EMBRAPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - une empresas e startups em projetos inovadores em eletromobilidade.
E tem ainda uma matéria especial mostrando como é a vida e o trabalho dos pesquisadores brasileiros na Antártica.
O Ciência é Tudo é uma parceria da TV Brasil com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - MCTI.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
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- 10/05/2022 - Instituto de Engenharia Nuclear faz 60 anosFonte: IEN
A instalação de um reator nuclear de pesquisa no Rio de Janeiro foi o marco inicial do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), fundado em 1962. Na última semana, o IEN celebrou os 60 anos dessa história, que se expandiu por diversas áreas da tecnologia nuclear.
As comemorações tiveram início no dia 5, com a realização do workshop "Reatores de Pesquisa e de Potência no Brasil e no Mundo e as Perspectivas da Energia Nuclear no País”. Especialistas de instituições públicas e privadas da área nuclear apresentaram as mais recentes resoluções e inovações do uso da energia nuclear para uma plateia de profissionais e estudantes do setor vindos de vários estados do país.
No dia 6, foi realizada, para servidores e convidados, uma cerimônia no auditório do Instituto, com a presença do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Coelho de Almeida, e de representantes de outras instituições.
Na abertura, o diretor do IEN, Fábio Staude, falou brevemente da história da criação e expansão do Instituto e apresentou seus projetos estruturantes, em oito áreas, abrangendo desde engenharia de reatores a nanorradiofármacos, radiotraçadores, capacitação e divulgação científica. "Apostamos no aprimoramento das instalações pra fortalecer e ampliar nossas parcerias com outras instituições”, resumiu. "Essa premissa”, lembra Staude, "estava presente já na criação do IEN: promover colaboração com instituições facultando-lhes o uso das instalações e cooperação técnico-científica.”
Próximo a falar, o diretor de P&D destacou o atual papel do IEN, "um hub acolhedor de instituições com muitas possibilidades de entregas à sociedade.” Já o presidente da CNEN observou que o auditório lotado de servidores, colaboradores e representantes de centros de pesquisa e de ensino demonstra a importância do trabalho do IEN: "Mesmo com restrições de pessoal e recursos, o IEN se reposicionou com ideias, criatividade e empenho.” O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, enviou mensagem de vídeo.
Em seguida foi entregue a dez personalidades e instituições o Prêmio Luiz Aghina, criado em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento e aprimoramento do IEN e do setor nuclear brasileiro. (Leia mais no site do IEN).
Houve também o lançamento de três projetos: o curso de especialização em Direito Nuclear, inédito na América Latina, a ser oferecido a partir do próximo ano pelo Setor de Capacitação da Divisão de Ensino (Secap/Diens), a Casa da Ciência Nuclear, um espaço a ser criado no IEN para exposição permanente e mostras interativas de divulgação das aplicações da energia nuclear, e o Programa de Estágios do IEN.
Por fim foram apresentados os resultados do projeto de adequação e modernização das instalações do reator Argonauta e de seus laboratórios associados.
O projeto incluiu a aquisição de uma nova carga de elementos combustíveis, fabricados pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), em São Paulo, com tecnologia 100% nacional.
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- 09/05/2022 - Ipen inaugura laboratório com equipamento que só existe em outras duas instituições no mundoFonte: Agência FapespAgência FAPESP* – O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) inaugurou no fim de abril um laboratório multiusuário com o que há de mais avançado em microscopia: o Snom (sigla em inglês para microscopia óptica de varredura de campo próximo), microscópio subnano a laser cujo método óptico com super-resolução permite resolver o interior de uma molécula com acuidade nanométrica.
Adquirido com apoio da FAPESP, o equipamento será fundamental para o avanço em vários campos de pesquisa, entre eles plasmônica, guias de ondas fotônicas, micro e nanolasers, fotovoltaicos, fotocondutores, fenômenos biológicos celulares, fluorescência de zeptólitros e espectroscopia de correlação. Uma das possibilidades é mapear o interior de células vivas de forma não invasiva.
Apenas duas instituições no mundo dispunham de microscópio equivalente – o Ipen agora é a terceira. Para operar o equipamento, os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações (Celap), passaram por um treinamento em Lille, na França, onde está sediada a empresa fabricante.
"Na realidade, um sistema igual ao nosso não existe em outro lugar. O Snom adquirido pelo Ipen é o único capaz de evitar interferências climáticas nas amostras devido, por exemplo, a aparelhos de ar-condicionado”, conta Wetter.
O Snom é capaz de realizar medidas em amostras líquidas e de controlar a temperatura da amostra, características que lhe garantem o acesso a células vivas.
"Além disso, como o Snom captura a distribuição de luz do campo próximo, as imagens não apresentam nenhuma contribuição de luz fora de foco, como ocorre em outros métodos de imagem óptica. Um Snom correlaciona a topografia da amostra com uma análise espectral de luz”, acrescenta Zanardi.
O pesquisador Marcelo Linardi destaca que os grupos de pesquisa que fazem uso de microscópios semelhantes publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo. "Isso significa que nós estaremos com instrumentação para publicar em revistas de alto impacto. Agora, é trabalhar e apresentar resultados”, afirma.
Wilson Calvo, superintendente do Ipen, enfatiza a possibilidade de novas parcerias que o novo microscópio deve fomentar. "Há um potencial de colaborações que o uso do Snom pode gerar, visto que é um laboratório multiusuário”, avalia.
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ipen.
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- 05/05/2022 - IEN promove em 5 de maio workshop sobre reatores nuclearesO evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN, será composto de três mesas-redondas e é aberto ao público.
O evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN, será composto de três mesas-redondas e é aberto ao público.
Fonte: IEN
Reatores nucleares para pesquisa e para produção de eletricidade serão o tema do workshop "Reatores de Pesquisa e de Potência no Brasil e no mundo e as Perspectivas da Energia Nuclear no Brasil”, a ser oferecido pelo Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), presencialmente, em seu auditório, próximo dia 5 de maio.
O evento faz parte das comemorações dos 60 anos do IEN e será composto de três mesas-redondas. Pela manhã o assunto será "Reatores de pesquisa no Brasil e no mundo: principais utilizações e perspectivas”. À tarde haverá duas mesas: "Reatores de potência no cenário atual mundial” e "Novos Projetos e perspectivas da energia nuclear no Brasil”. As apresentações terão a participação de especialistas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Eletronuclear, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Westinghouse, entre outros que serão brevemente divulgados.
O evento é aberto ao público, especialmente pesquisadores, estudantes, professores, jornalistas e profissionais da área nuclear.
Para se inscrever preencha o Formulário de inscrição ou entre em contato o Setor de Comunicação do IEN/CNEN pelo tel.: 21 3865-3718. (INSCRIÇÕES ENCERRADAS)
Endereço do IEN: Rua Hélio de Almeida, 75 – Ilha do Fundão – Rio de Janeiro.
Mais informações: ascom@ien.gov.br
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- 27/04/2022 - Congresso aprova fim de monopólio estatal na produção de radiofármacosFonte: Defesa em focoO Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, promulgou hoje (26) a Emenda Constitucional 118, que trata da quebra de monopólio na produção de todos os tipos de radioisótopos de uso médico. Até então, o monopólio pertencia à União. A emenda teve a última etapa de aprovação no dia 5 de abril, na Câmara.
Entre no canal do Defesa em Foco no Whatsapp e fique por dentro de todas as notícias do dia
"A emenda à Constituição que promulgamos é de vital importância para garantir a universalização da oferta de procedimentos de medicina nuclear a todo território nacional, por meio da autorização de entes privados para, sob regime de permissão, produzir, comercializar e utilizar para pesquisa e uso médicos radioisótopos de meia-vida superior à duas horas”, disse Pacheco durante solenidade de promulgação, ocorrida no plenário do Senado.
Atualmente, a produção e a comercialização desses fármacos são realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e seus institutos, como o de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. A quebra do monopólio se dá apenas aos materiais radioativos de uso médico. O monopólio estatal continua para a produção de radioisótopos necessários à agricultura e indústria.
Radioisótopos
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação e são usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar doenças na glândula tireoide.
"O radiofármaco é uma substância radioativa. Quando ela é injetada no paciente para fazer o exame, ela permite uma qualidade do exame muito mais precisa. Possibilita que diagnósticos e tratamento do câncer, diagnósticos cardíacos, diagnósticos da tireoide e outros possam ser analisados e verificados com uma atividade muito mais precoce”, afirmou o deputado General Peternelli (União Brasil-SP), relator da matéria na Câmara.
Na agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de se estudar a capacidade de absorção desses compostos pelas plantas. Na indústria, esses elementos são utilizados na conservação de alimentos, no estudo da depreciação de materiais, na esterilização de objetos cirúrgicos e na detecção de vazamentos em oleodutos.
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- 26/04/2022 - Congresso promulga emenda que acaba com o monopólio estatal de radioisótoposAté então, a Constituição só permita a produção dessas substâncias (usadas no diagnóstico e tratamento do câncer) pela iniciativa privada em casos específicos
Até então, a Constituição só permita a produção dessas substâncias (usadas no diagnóstico e tratamento do câncer) pela iniciativa privada em casos específicos
Fonte: Agência Câmara de NotíciasO Congresso Nacional promulgou nesta terça-feira (26) a Emenda Constitucional 118, que permite a produção, comercialização e o uso de todos os tipos de radioisótopos pela iniciativa privada. O texto foi aprovado no início do mês na Câmara dos Deputados.
Até então, a matéria era monopólio público explorado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e seus institutos: o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, e o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro.
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar enfermidades na glândula tireoide.
Demanda
Durante a sessão solene de promulgação, o deputado General Peternelli (União-SP), que relatou a proposta na Câmara dos Deputados, defendeu a entrada de laboratórios privados no mercado de radioisótopos para suprir a demanda de pacientes localizadas em regiões distantes do eixo Rio-São Paulo.Antes da mudança constitucional, a iniciativa privada tinha aval para produzir radioisótopos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas) apenas sob regime de permissão.
Além disso, o deputado disse que "o momento é oportuno para salientar ao Congresso Nacional e ao Executivo a importância de se investir no reator multipropósito, que vai propiciar a matéria-prima aos laboratórios para fabricar o radiofármaco”.
Expectativa de vida
O autor da proposta, senador Alvaro Dias (Podemos-PR), afirmou que prevaleceu o "bom senso” sobre a saúde pública. Ele também ressaltou que, apesar de serem qualificados, o Ipen e IEN atendiam apenas a 50% da demanda nacional."Toda vez que recebo uma notícia de falecimento de paciente por causa do câncer, questiono-me se essa vida não teria sido salva caso a proposta tivesse sido aprovada há mais tempo”, comentou.
Peternelli observou ainda que, no transcurso dos debates na Câmara, o texto recebeu apoio da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e do Conselho Federal de Medicina, entre outras associações. Além disso, acrescentou o deputado, a proposta tinha parecer favorável do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações desde 2014.
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- 25/04/2022 - Medicina nuclear: IPEN inaugura laboratório com microscópio capaz de visualizar câncer cervicalFonte: Blog Tania MalheirosO Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-SP) inaugura nesta sexta-feira (29/4), às 14h30, o seu primeiro laboratório com microscópio que terá capacidade de visualizar câncer cervical em áreas grandes, além de outras atividades como a realização de análise dos modos de vibração de uma molécula. O microscópio sub-nano a laser com tecnologia francesa: o SNOM (Near-field Scanning Optical Microscopy), se destina a desenvolver novos radiofármacos (insumos utilizados no diagnóstico e combate ao câncer). O IPEN obteve cerca de R$ 16 milhões através de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com o projeto "Capacitação cientifica, tecnologia e em infraestrutura em radiofármacos e radiações a serviço da Saúde”.Segundo o coordenador responsável pelo projeto, Marcelo Linardi, o IPEN, Instituto da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) será a terceira instituição a adquirir o equipamento SNOM deste tipo no mundo, e o mínimo que se espera do equipamento são resultados de ponta. "Para termos ideia do alto nível de caracterização que o equipamento fornece, os grupos de pesquisa que o utilizam publicam com relativa frequência na Nature, uma das mais prestigiadas revistas científicas, com grande fator de impacto. Agora o IPEN terá condições técnicas para produzir trabalhos na área e radiofarmácia e nanotecnologia de alto nível", avaliou Linardi.
UMA INFINIDADE DE APLICAÇÕES
Os pesquisadores Anderson Zanardi de Freitas, coordenador do projeto Multiusuário FAPESP no qual esse equipamento foi enquadrado; e Niklaus Ursus Wetter, do Centro de Lasers e Aplicações, que abriga o laboratório, são os responsáveis pelo equipamento SNOM. Segundo Wetter, são inúmeras as possibilidades de aplicações. "Fica até difícil mencionar as vantagens desse equipamento, tamanha a sua diversidade, desde visualização de câncer cervical em áreas grandes até a visualização de uma única molécula e análise dos modos de vibração desta molécula", informou.
Ao destacar a importância do IPEN, Linardi lembrou também que o Centro de Radiofarmácia (CECRF) é uma área estratégica do Instituto, que desenvolve e produz radioisótopos e radiofármacos para a realização de diagnósticos e terapia em medicina nuclear. "Para ser uma instituição de vanguarda na pesquisa, desenvolvimento e produção de radiofármacos em prol da qualidade de vida humana, o IPEN deverá estar preparado para atender à demanda de comercialização dos radiofármacos, mesmo que crescente, e preparar-se para a introdução de novos produtos, mantendo o estado da arte no desenvolvimento de radiofármacos”, comentou.
O IPEN E A NANOTECNOLOGIA - No mesmo evento está programado o lançamento do livro institucional "O IPEN e a Nanotecnologia” da autoria de Linardi, pesquisador emérito do Instituto. A publicação resume todas as atividades do Instituto no campo da ciência e tecnologia, que permeia as inúmeras e diversificadas atividades do IPEN, nas áreas de saúde, energia, materiais e ensino.
O livro foi prefaciado pelo professor Ado Jorio de Vasconcelos do Laboratório de Nano-Espectroscopia, do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Nos últimos dois séculos, economia mundial tem exibido ciclos de crescimento ligados às revoluções industriais. Estas revoluções são precedidas por desenvolvimentos técnico-científicos disruptivos que mudam significativamente a nossa forma de vida. A primeira revolução industrial deu-se com o aparecimento da máquina a vapor, seguida de revoluções geradas pela introdução do sistema ferroviário, da energia elétrica, da indústria petroquímica e, por último, da tecnologia da informação. A próxima revolução tecnológica já exibe suas facetas, e apresenta-se relacionada ao desenvolvimento da nanotecnologia.”.
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- 20/04/2022 - Em fórum sobre medicina nuclear, MCTI aponta desafios que permeiam o setorEvento organizado pelo Conselho Federal de Medicina debateu sobre a medicina nuclear
Evento organizado pelo Conselho Federal de Medicina debateu sobre a medicina nuclear
Fonte: MCTIA concentração no centro-sul do País de unidades de saúde que atuam na área de medicina nuclear e também no setor privado foram apontados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) como desafios que precisam de atenção da sociedade, durante o I Fórum Virtual de Medicina Nuclear. O evento foi realizado na terça-feira (19) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e reuniu mais de 400 profissionais da área. Outro ponto destacado durante o evento foi a necessidade de manutenção regular de recursos para a produção nacional de radioisótopos e radiofármacos. "É desejo do ministério contribuir com o crescimento do setor, de forma a oferecer serviços de ponta à população brasileira via Sistema Único de Saúde”, afirmou o secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF/MCTI), Marcelo Morales, representou o ministro no fórum.
Atualmente, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, o Brasil possui 436 serviços de medicina nuclear, entre clínicas, hospitais e centros de pesquisa, que realizam cerca de 2 milhões de procedimentos por ano, utilizando radiofármacos. No entanto, cerca de 80% dessas unidades encontram-se nas regiões Sul e Sudeste e, apenas 25% dos atendimentos são realizados pelo sistema público de saúde.
Outro aspecto envolve o abastecimento regular de radiofármacos no País. O Projeto de Lei Orçamentária aprovado no Congresso Nacional para o ano de 2021 destinou recursos insuficientes para operação anual do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade que produz 85% dos radiofármacos consumidos no País, o que causou problemas no fornecimento. À época, a Anvisa aprovou a importação temporária e excepcional para evitar o desabastecimento nacional. Logo, o governo solucionou o fato com aporte de recursos adicionais.
Além disso, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) nº 517/2010 para autorizar a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e uso médicos. Na prática, a proposta da legislação que aguarda promulgação, visa a autorizar a produção privada de radioisótopos de uso médico e deve fortalecer a cadeia de produção, hoje concentrada no Governo Federal, por meio do IPEN.
O secretário destacou que o instituto, ligado ao MCTI, tem papel central para o desenvolvimento da medicina nuclear no País, atuando em vários setores da atividade nuclear, como as aplicações das radiações e radioisótopos, em reatores nucleares, em materiais e no ciclo do combustível, em radioproteção e dosimetria. "Todas essas iniciativas têm proporcionado avanço significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o país, possibilitando estender os benefícios da energia nuclear à segmentos maiores de nossa população”, afirmou Morales.
Outra iniciativa mencionada pelo secretário foram os esforços no sentido de viabilizar o Reator Multipropósito Brasileira, cuja execução está sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao MCTI. Este é o principal empreendimento de base científica e tecnológica da área nuclear do país e permitirá dobrar imediatamente o número de procedimentos anuais realizados em medicina nuclear; garantirá a estabilidade no fornecimento de radioisótopos; contribuirá para ampliação do número de clínicas e hospitais que oferecem serviços de medicina nuclear; e promoverá economia de mais de U$15 milhões ao ano com custos de importação de insumos.
Segundo a Câmara Técnica de Medicina Nuclear do CFM, os dados da Demografia Médica de 2020 apontam que o País tem pouco mais de mil médicos titulados especialistas em medicina nuclear. De acordo com um levantamento divulgado pelo NewsLab, o número de clínicas dedicadas à medicina nuclear cresce cerca 5% ao ano no Brasil.
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- 19/04/2022 - Emenda que quebra monopólio sobre radioisótopos será promulgada na terçaFonte: Agência SenadoO Congresso Nacional se reúne na próxima terça-feira (26) para promulgar a Emenda Constitucional 118. O texto quebra o monopólio do poder público e permite a fabricação pela iniciativa privada de todos os tipos de radioisótopos de uso médico. A sessão solene está marcada para as 15h30, no Plenário do Senado.
Essa mudança foi sugerida pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 100/2007, do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). A matéria autoriza a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e uso médicos. Após ser aprovado pelo Senado, o texto também foi analisado na Câmara, onde foi renumerado como PEC 517/2010. Os deputados federais aprovaram a proposição em abril deste ano.
Antes da Emenda Constitucional 118, a produção e a comercialização dos radioisótopos no Brasil só eram realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e de seus institutos, como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. A produção por empresas privadas só era permitida no caso de radiofármacos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas).
Radioisótopos ou radiofármacos são substâncias que emitem radiação e são usadas no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças, principalmente o câncer. Um exemplo é o iodo-131, que emite raios gama e permite diagnosticar doenças na glândula tireoide.
Na medicina, os radioisótopos de vida longa são utilizados no estudo, diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Na agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de se estudar a capacidade de absorção desses compostos pelas plantas. Na indústria, esses elementos são utilizados na conservação de alimentos, no estudo da depreciação de materiais, na esterilização de objetos cirúrgicos e na detecção de vazamentos em oleodutos.
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- 09/04/2022 - Homens são presos após suspeita de que estariam armazenando urânioPolícia Civil de São Paulo investiga se material apreendido é radioativo
Polícia Civil de São Paulo investiga se material apreendido é radioativo
Fonte: SBT News
Dois homens foram presos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após os agentes descobrirem que dupla armazenava pedras que podem conter urânio. A polícia investiga se o material seria vendido para integrantes de uma facção criminosa.A apreensão foi feita após os policiais receberem uma denúncia de que o material era oferecido por um homem. Uma amostra das duas toneladas estaria disponível para ser vista na casa, em Guarulhos. Os agentes, se passando por compradores, foram até o imóvel, onde prenderam Rodrigo Tarssios Coelho do Amaral e Clodoaldo de Oliveira Santos.
Na delegacia, ambos deram versões diferentes sobre o caso. Clodoaldo, por sua vez, afirmou que recebeu uma caixa com urânio em uma rodoviária no Acre. O produto deveria ser trazido a São Paulo, para ser entregue a um homem de nome "Souza". Pelo serviço, ele receberia R$ 10 mil. Já Rodrigo, disse que extraiu o material radioativo da fazenda de um tio em Rondônia, e que a facção criminosa PCC providenciaria a vinda dele até São Paulo.
O urânio é um material radioativo, usado na produção de energia, na medicina e agricultura. Em grandes quantidades, é utilizado na fabricação de bombas nucleares. De acordo com Madison Almeida, diretor da Comissão Nacional de Energia Nuclear, tecnologia, no entanto, não está disponível no Brasil. "O urânio pode ser utilizado para fins bélicos. Ele precisa ser enriquecido em uma taxa muito alta, acima de 90%. O Brasil, por tratados e convenções internacionais, só aplica o urânio em fins pacíficos que são os medicinais, na agricultura, meio ambiente e indústria", disse em entrevista ao SBT.
O caso é investigado pela Polícia Civil, que não descarta a possibilidade de golpe. Os policiais aguardam o laudo do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares do Governo Federal (IPEN), que vai atestar se a pedra é ou não radioativa.
Assista aqui a reportagem.
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- 07/04/2022 - IPEN contesta acusações da SBMN sobreFonte: Blog Tania Malheiros
A nota oficial do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), médico George Coura Filho, com "acusações” ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (IPEN-CNEN), responsabilizando a entidade por "interrupções frequentes" do fornecimento de radioisótopos para tratar pacientes com câncer, gerou mal estar. Ele diz na nota que recebeu com "muita satisfação” a aprovação, pela Câmara dos Deputados da PEC-517-2010, que autoriza a privatização da produção de radioisótopos (medicamentos com radiação para combater o câncer). Até aí, tudo bem, segundo os servidores - "é questão de opinião". Nos bastidores, contudo, contam que pode haver dificuldade na execução das parcerias entre as duas instituições. A SBMN tem convênio com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com repasses de verbas através do IPEN.O blog contatou o gerente do Centro de Radiofarmácia do IPEN, o farmacêutico Emerson Bernardes, que tem mestrado e doutorado em Imunologia Básica e Aplicada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Segundo ele, foram aportados recursos pela AIEA da ordem de 755 mil EUROS (cerca de RS 4 milhões), divididos de forma igualitária entre o IPEN, CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e SBMN. "Os recursos repassados para a SBMN, através da parceria com o IPEN-AIEA, serão utilizados para produção de Lutécio-177-PSMA, um novo radiofármaco para tratamento de um tipo de câncer de próstata mais agressivo (câncer de próstata metastático resistente à castração)”, informou, ao descartar o rompimento da parceria, que vem sendo comentada nos bastidores do IPEN..
Quanto às acusações da SBMN, não desculpou: "O que deixou perplexa a maioria dos servidores do Centro de Radiofarmácia não foi o posicionamento da SBMN a favor da PEC 517-2010, mas sim a forma desrespeitosa com a qual se referiram ao IPEN. É uma inverdade, para não dizer leviandade, afirmar categoricamente que interrupções frequentes de fornecimento pelo IPEN prejudicaram a população brasileira”.
Emerson Bernardes assegura que, nos últimos cinco anos, a única interrupção na produção de geradores foi devido à pandemia, a partir de 2020. Mesmo assim, afirmou, a instituição foi afetada apenas nas primeiras semanas quando não havia voos para o transporte de radioisótopos vindo do exterior. (O Brasil importa radioisótopos da Rússia, África do Sul e Holanda).
"Nessa situação de pandemia, qualquer grupo privado que já estivesse estabelecido no Brasil sofreria as mesmas consequências. Fora a pandemia, tivemos o problema recente com a falta de orçamento para o IPEN em setembro de 2021, que já não vem ao caso neste momento. Portanto, sinto muito dizer que a SBMN e a sociedade brasileira dependem da importação da maior parte dos radioisótopos necessários para produção dos radiofármacos utilizados em cerca de 80% dos procedimentos de medicina nuclear e não há grupo privado que vá alterar essa situação de dependência internacional”, comentou.
Na avaliação do gerente do Centro de Radiofarmácia, a falta de conhecimento leva a afirmações que acabam colocando a população brasileira contra o Instituto. "Nesse sentido, gostaria de destacar que o IPEN trabalha há mais de 60 anos, tendo sido pioneiro na produção e introdução de novos radiofármacos no Brasil. Se agora o momento for de abertura, se o Congresso Nacional entendeu isso - não pelos motivos corretos-, se a população brasileira e a SBMN apoiam essa decisão, então que venham os novos tempos”, comentou.
E foi adiante: "Por que acusar o IPEN, que vem sobrevivendo sem investimentos, e não questionar os grupos políticos, partidos políticos que deixaram esquecida a PEC por 10 anos? Além de ter seus servidores se aposentando, sem a devida reposição, mantendo a produção com trabalhos aos finais de semana e feriados atendendo a sociedade”.
Sobre os preços que serão praticados pela iniciativa privada, questionou: "não serão os mesmos preços praticados pelo IPEN; obviamente serão muito mais altos. Ora, se é consenso que os preços serão mais altos, por que então a SBMN diz estar preocupada com o SUS (Sistema Único de Saúde)”?
FUTURO DO IPEN: PROJETO PARA QUATRO MIL PACIENTES
Sobre o futuro do IPEN, ele garantiu que o Instituto continuará buscando reafirmar a sua marca na inovação. "Hoje mesmo estávamos (alguns de nós) participando de um encontro científico promovido pela AIEA e tivemos a oportunidade de mostrar nosso trabalho, coordenado pelo IPEN e com a parceria do CNPEM e da própria SBMN!
"Estamos trabalhando num projeto. O IPEN planeja demonstrar a viabilidade de produzir o radionuclídeo Actínio-225 a partir de materiais contidos em rejeito radioativo. O Actínio-225 tem mostrado resultados melhores em casos onde o radionuclídeo Lutécio-177 não foi efetivo em eliminar o tipo de câncer de próstata mais agressivo (câncer de próstata metastático resistente à castração)”.
A boa notícia é que já fizemos os cálculos. "Em princípio, temos rejeito radioativo material suficiente para produzir o Actínio -225, capaz de tratar mais de quatro mil pacientes, pensando em 4 ciclos de tratamento por paciente. Obviamente, os desafios são imensos, mas temos expertise, interesse, e financiamento da AIEA para buscar soluções para os desafios. E qual a finalidade maior disso tudo? Voltarmos a ser pioneiros em pesquisa e desenvolvimento, onde a atividade privada ainda não vislumbra lucro, ou seja: função de estado, função do IPEN”.
Mas afinal, o que são esses rejeitos que poderão ser tão bem utilizados? "São agulhas de Rádio-226 que eram usadas para braquiterapia há décadas, mas que foram descartadas. São fontes radioativas seladas deixadas em depósitos de rejeito radioativo. O Rádio-226 tem meia vida muito longa (1600 anos), e pode ser usado como alvo para produção de um outro radionuclídeo (Actínio-225) de muito interesse atual na medicina nuclear.
CARTA DA SBMN
A SBMN – Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, recebe com muita satisfação a aprovação da PEC 517/2010, em seu inteiro teor, que autoriza a produção privada de radioisótopos de uso médico. Nos últimos cinco anos, muitos pacientes deixaram de realizar exames de cintilografia e tratamentos com radioisótopos por interrupções frequentes de fornecimento pelo IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.
A possibilidade da produção destes insumos pela iniciativa privada é um alento para milhares de pacientes e uma esperança para inúmeros serviços de medicina nuclear, que oferecem esses exames a pacientes do SUS - Sistema Único de Saúde e das operadoras de saúde, bem como geram empregos diretos e indiretos. Reforçamos o entendimento do caráter autorizativo da medida, o que não exclui que a União continue a investir tanto no IPEN, como nos diversos institutos da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, visando não apenas a manutenção da produção atual, o retorno de insumos que não estão sendo produzidos, bem como o desenvolvimento de pesquisas na área, objetivo que está no DNA da fundação do próprio Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares.
Esperamos que as empresas interessadas na produção de radiofármacos possam trabalhar lado a lado com o IPEN, complementando o mercado de radioisótopos para fins médicos onde ele está deficitário. A quebra do monopólio estatal permitirá o crescimento da Medicina Nuclear como especialidade médica, a exemplo do que ocorreu previamente na questão dos radiofármacos de meia vida curta. Desta forma, a SBMN não acredita que a PEC 517/2010 represente o fim do IPEN, que continuará fundamental, como sempre foi, no desenvolvimento da medicina nuclear brasileira. (Presidente George B. Coura Filho).
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- 05/04/2022 - Câmara conclui votação de PEC que autoriza produção privada de material radioativo para uso médicoNo ano passado, órgão responsável pelos insumos suspendeu a produção. Defensores do texto falam em ‘restrição’ de produção no país, já oposição critica medida e responsabiliza corte de verbas.
No ano passado, órgão responsável pelos insumos suspendeu a produção. Defensores do texto falam em ‘restrição’ de produção no país, já oposição critica medida e responsabiliza corte de verbas.
Fonte: G1
A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (5) a votação, em dois turnos, de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a produção privada de material radioativo (radioisótopos) para uso médico. A matéria segue para promulgação.
O texto-base foi aprovado em primeiro turno em março, mas ainda faltava a análise dos destaques (sugestões de alteração) e a aprovação em segundo turno. Nesta terça (5), os destaques foram rejeitados e o texto-base aprovado em segundo turno por 334 votos a 116.
Os radioisótopos de uso médico são materiais radioativos usados, por exemplo, para a fabricação de radiofármacos terapêuticos ou de diagnóstico de doenças.
A Constituição já permite a comercialização e a utilização, sob regime de permissão, de radioisótopos para uso médico. Contudo, a produção pela iniciativa privada só pode ser feita nos insumos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas).
Atualmente, a produção e comercialização de radiofármacos no Brasil são realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) por meio de institutos como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Os defensores da proposta afirmam que, com a legislação atual, há uma restrição de produção, com equipamentos defasados e quantidades inferiores ao recomendado.
Já a oposição, crítica à matéria, justificou que o problema da falta de insumos é decorrente da falta de recursos enviada pelo governo federal.
Em setembro do ano passado, o IPEN, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia do governo federal, anunciou a suspensão da produção de produtos radiofármacos e radioisótopos usados para o tratamento de câncer no Brasil.
Na ocasião, o órgão justificou a suspensão com base em um grande corte no orçamento federal em 2021.
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- 01/04/2022 - Grupo estuda como transformar moléculas orgânicas em eletricidade, combustível e matéria-prima industrialExperimentos conduzidos no Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) visam promover a transformação de glicerol e metanol por meio de uma reação eletroquímica conhecida como eletroxidação
Experimentos conduzidos no Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) visam promover a transformação de glicerol e metanol por meio de uma reação eletroquímica conhecida como eletroxidação
Fonte: Agência FAPESPPesquisadores do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) e colaboradores utilizaram um tipo de reação eletroquímica conhecido como eletroxidação para promover a transformação de moléculas orgânicas, como glicerol e metanol, e gerar hidrogênio, eletricidade e outras substâncias que podem servir de matéria-prima para a indústria.O CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell. Tem sedes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).Mais conhecido por glicerina, seu nome comercial, o glicerol é um composto derivado de óleos e gorduras, usado na indústria química. Atualmente, é obtido principalmente a partir da produção de biodiesel. A cada mil litros de combustível gerados a partir de óleos vegetais ou gordura animal, sobram cerca de 100 litros de glicerol. Diante de um possível aumento na produção de biocombustíveis no futuro, torna-se necessário encontrar novos usos para o glicerol, que pode se converter em importante poluente se descartado no ambiente.Nos estudos coordenados por Elton Sitta, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foram realizados experimentos em células eletroquímicas, dispositivos formados por dois eletrodos e uma solução chamada de eletrólito. Os pesquisadores utilizaram platina em um dos eletrodos, onde ocorrem as reações de eletroxidação, um processo escalável, possível de gerar eletricidade e novas moléculas.No primeiro trabalho, publicado na revista Electrochimica Acta em 2021, os autores estudaram em detalhe a eletroxidação do glicerol em sistemas com diferentes eletrólitos alcalinos.Por meio do uso de técnicas que estão sendo aprimoradas por pesquisadores do CINE, sob coordenação do professor da Unicamp Pablo Sebastián Fernández, foi possível coletar amostras da superfície do eletrodo enquanto as reações ocorriam e identificar e quantificar as substâncias. Dessa forma, os autores observaram a formação de glicerato e lactato, compostos utilizados nas indústrias farmacêutica, cosmética e têxtil.O segundo trabalho trata dos fenômenos complexos que geram oscilações na eletroxidação do metanol. A pesquisa conseguiu identificar, mapear e explicar essas oscilações. Totalmente realizado na UFSCar, o trabalho foi destaque de capa da revista Physical Chemistry Chemical Physics. O metanol é um álcool que pode ser extraído da madeira ou de sobras de reflorestamento, mas atualmente é fabricado a partir do gás natural.Por meio da compreensão dos fenômenos fundamentais que ocorrem na eletroxidação dessas substâncias, as pesquisas podem contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de produção de combustíveis, eletricidade e matérias-primas a partir de fontes renováveis usando processos limpos e escaláveis."O uso de moléculas orgânicas como glicerol e metanol é uma alternativa interessante à oxidação da água na produção de hidrogênio”, explica o professor Sitta. "Em geral, é mais fácil oxidar essas moléculas do que a água para fornecer os elétrons necessários para a formação de hidrogênio.”O hidrogênio é utilizado na indústria alimentícia e também em veículos ainda experimentais com células a combustível, equipamentos que extraem elétrons do hidrogênio e fornecem energia a motores elétricos.O artigo Glycerol electro-oxidation at Pt in alkaline media: influence of mass transport and cations pode ser encontrado em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S001346862101608X?via%3Dihub.Já o estudo Oscillatory dynamics during the methanol electrooxidation reaction on Pt pode ser lido em: https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2021/CP/D1CP02490F.* Com informações da Assessoria de Imprensa do CINE. -
- 28/03/2022 - SBPC pede a deputados para votaremFonte: Blog Tania Malheiros
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviou nesta segunda-feira (28/3) carta aos deputados federais solicitando que votem ‘não’ à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 517/10) que trata da produção de radioisótopos de uso médico pela iniciativa privada. A votação está prevista para ocorrer amanhã (29/3).No documento, a entidade lista alguns argumentos importantes e reafirma que o IPEN, instituição pioneira e responsável pelo desenvolvimento da Radiofarmácia no País, continue fornecendo produtos essenciais para a população brasileira, especialmente a atendida pelo SUS.
Eis a carta aos parlamentares:
Temos certeza do seu compromisso com a saúde da população do nosso país, já tão debilitada. Pedimos seu apoio para votar NÃO na segunda votação da PEC 517/2010 agendada para a próxima semana.
Confiamos no seu voto fundamentado no interesse público. Entretanto, pedimos sua atenção para argumentos importantes, mas desconhecidos pela relatoria até o momento:
O monopólio da União em vigor restringe-se somente à importação de molibdênio-99 (99Mo) para industrialização dos geradores de 99Mo/99mTc em território nacional, papel exclusivo e desempenhado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN/SP). Portanto, as instituições públicas e privadas podem produzir e comercializar os demais radiofármacos, desde que os mesmos sejam registrados na ANVISA.
Atualmente, o preço do gerador de 2 Curies de99Mo/99mTc produzido pelo IPEN é de R$ 6.835,00 e o importado pela iniciativa privada é de R$ 17.200,00. Mesmo com correções de variação cambial do99Mo, o preço do gerador do IPEN não passaria de R$ 8.885,50.
Há possibilidade de autonomia nacional na produção de radioisótopos com a construção e operação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) viabilizando a ampliação e democratização da oferta de diagnósticos e terapias pelo SUS. Atualmente, de cerca de dois milhões de procedimentos/ano, somente 25% são destinados ao sistema público.
O IPEN possui um plano de ação com a ANVISA e, com recursos públicos, vem trabalhando para modernizar as instalações da produção de geradores de99Mo/99mTc no Centro de Radiofarmácia até 2025, capacitando-se para duplicar sua produção. A iniciativa privada, ao registrar seus produtos na ANVISA, poderá provocar a interrupção do IPEN, fato já ocorrido com alguns produtos do Instituto. Isso pode acarretar desperdício de recursos públicos.
Nesse sentido, a Sociedade solicita seu voto NÃO à PEC 517/2010 para que o IPEN, uma instituição pioneira e responsável pelo desenvolvimento da Radiofarmácia no país, continue fornecendo produtos essenciais para a população brasileira, especialmente à atendida pelo SUS.