Ipen na Mídia
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- 24/05/2018 - Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo (Site Inovação Tecnológica)Fonte: Site Inovação Tecnológica
Com informações da Agência Fapesp
Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.
O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos. A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.
Transferência de tecnologia
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerarstartupsou firmar parcerias com outras empresas.
A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.
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- 24/05/2018 - Centro de pesquisa em energia é anunciado por Fapesp e ShellEsforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Esforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Fonte: Portal DCI São Paulo
Renato Ghelfi - São Paulo
A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine) foi anunciada ontem (23) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto contará com investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.
Além da Fapesp, também fazem parte da empreitada a empresa Shell Brasil, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e as universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com nota divulgada ontem pela fundação paulista, o objetivo do Cine é produzir pesquisas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia. Outra meta do centro é desenvolver uma forma menos danosa ao meio ambiente de transformar gás natural em combustível.
Ainda segundo a Fapesp, o Cine deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. "[O centro] poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas”, aponta a fundação.
Diretor científico da instituição, Carlos Henrique de Brito Cruz se mostrou otimista com o potencial do projeto. "O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional”, afirmou ele.
Já André Araujo, presidente da Shell Brasil, destacou a importância do desenvolvimento de alternativas sustentáveis no setor, que busca se adequar às novas tendências internacionais. "Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no Cine reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções.”
Investimento
A Fapesp será responsável pelo aporte de R$ 23,1 milhões nos próximos cinco anos. Já a Shell investirá R$ 34,7 milhões no período, enquanto USP, Unicamp e Ipen serão responsáveis pelo dispêndio de R$ 53 milhões. O gasto previsto para a fundação paulista é pequeno se comparado ao orçamento da instituição. Como foi mostrado pelo DCI em reportagem publicada no começo do ano, a Fapesp tem orçamento previsto de R$ 1,166 bilhão só para 2018, uma alta nominal de 5% em relação ao planejamento de 2017.Sedes do Cine
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp, na USP e no Ipen. Na universidade de Campinas, ficarão as divisões responsáveis pelo armazenamento avançado de energia e por portadores densos de energia. Na USP, estará o grupo para estudo de ciência de materiais e química computacionais. Já o Ipen ficará com a rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas. O Cine foi composto a partir de uma chamada de propostas, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell.
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- 24/05/2018 - FAPESP e Shell lançam Centro de Inovação em Novas Energias - Agência FapespCom participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Com participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Fonte: Agência FapespElton Alisson
A FAPESP, a Shell Brasil, as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), lançaram nesta quarta-feira (23/05), em um evento na sede da Fundação, o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos, no âmbito do Programa FAPESP Centros de Pesquisa em Engenharia, para desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero (ou próximo de zero) de gases de efeito estufa e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões no novo centro, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e Ipen como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações.
"Estou muito contente em participar desse evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias porque ele abre novas fronteiras e combina as necessidades da FAPESP e da Shell em apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico com o virtuosismo de cientistas, que querem expandir as fronteiras do conhecimento”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP.
"Fiquei muito satisfeito ao olhar as áreas de pesquisa que serão apoiadas no âmbito desse novo Centro nas quais tenho interesse pessoal”, afirmou Goldemberg, que é reconhecido como um dos maiores especialistas mundiais em energia.
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
"Uma das coisas que diferencia esse novo centro é que os pesquisadores ligados a ele não pretendem fazer avanços incrementais, mas realizar pesquisas avançadas que possam ter impacto no mundo”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
"Tem sido um prazer trabalhar na criação do CINE com a Shell, uma companhia que tem cientistas e entende a importância de se fazer boa ciência”, disse.
A FAPESP apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, em tema controle biológico de pragas.
Transição energética
O Centro de Inovação em Novas Energias foi composto a partir de uma chamada de propostas lançada pela FAPESP em parceria com a Shell em abril de 2017.
A seleção, concluída no início de 2018, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação entre a FAPESP e a Shell foi assinado em 2013. A parceria resultou, em 2015, na criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI, na sigla em inglês), sediado na Escola Politécnica da USP.
"Para mim, especificamente, este evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias faz parte de uma fantástica jornada, iniciada exatamente em maio do ano passado [quando a FAPESP e a Shell lançaram uma chamada para criação do novo Centro]”, disse André Araújo, presidente da Shell Brasil.
"Como organização, temos falado muito nos últimos anos sobre transição energética e vemos que este momento está chegando e deve se tornar realidade em breve”, disse.
De acordo com projeções apresentadas por Joep Huijsmans, líder da divisão de pesquisa e tecnologia de novas energias da Shell, estima-se que, em 2050, a população mundial será composta por, aproximadamente, 10 bilhões de pessoas, das quais 50% deverão morar em cidades.
A demanda global de energia provavelmente será quase 60% maior em 2060 do que hoje, com 2 bilhões de veículos em circulação no mundo, contra a frota atual de 800 milhões.
"A produção de energia renovável poderá triplicar até 2050, mas ainda precisaremos de grandes quantidades de petróleo e gás para fornecer toda a gama de produtos energéticos de que o mundo precisa”, estimou Huijsmans.
Maciel Filho, coordenador de transferência tecnológica do Centro, também destacou que, em 2050, estima-se que a demanda por energia elétrica passe dos atuais 18% para 50%. "O futuro sustentável demandará mais energia renovável, afim de diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, avaliou.
Também participou da abertura do evento Jane Zheng, gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell no Brasil
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- 23/05/2018 - Shell e Fapesp anunciam investimento de R$ 110 milhões em centro de pesquisaFonte: Portos e Navios
A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) anunciaram nesta quarta-feira (23) investimento recorde de R$ 110 milhões, em cinco anos, na criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).
O investimento, o maior já feito no estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá o desenvolvimento de pesquisas avançadas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia, além da transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.
O Cine se alinha ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e moderar o ritmo das mudanças climáticas globais. A missão do novo Centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa.
Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para isso, ele poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas. O projeto contribui para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia.
"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no CINE reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
"O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional. As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país”, disse o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, pois a empresa valoriza a pesquisa avançada e reconhece a capacidade científica existente no Estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental”, avaliou.
Linhas de pesquisa
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no Ipen (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas).
O Centro foi composto a partir de uma chamada de propostas anunciada conjuntamente, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell. A seleção, concluída no início deste ano, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação foi assinado pela Fapesp e pela Shell em 2013. A parceria já rendeu, em 2015, a criação do Centro de Pesquisa em Inovação em Gás, com sede na Escola Politécnica da USP.
No novo Centro de Inovação em Novas Energias, a Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal e infraestrutura.
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- 11/05/2018 - Acordo de Parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
Aconteceu, nesta quinta-feira, 10 de maio de 2018, no IPEN (Instituto de Pesquisa Energéticas Nucleares), a assinatura do Termo de Cooperação Institucional entre a Sociedade Brasileira de Radioterapia – SBRT e a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. O termo assinado pelo Presidente da SBRT, Dr. Arthur Accioly Rosa e pelo Presidente da CNEN, Dr. Paulo Pertusi, formaliza um processo de colaboração de longa data, que tem como objetivo o fomento de segurança radiológica e radioproteção
Trata-se de um momento histórico, no qual ambas as instituições se mostram entusiasmadas com o trabalho bilateral em novas frentes na busca de uma Radioterapia de qualidade e principalmente segura.
A SBRT gostaria de deixar registrado o agradecimento pessoal ao ex Presidente da SBRT, Dr. Eduardo Weltman e ao Coordenador Geral da Coordenação de Instalações Radioativas da CNEN, Dr. Alessandro Facure, pelo engajamento e dedicação na formalização desse acordo e, a a presença do Sr. Homero Lavieri Martins, Presidente da Associação Brasileira de Física Médica – ABFM, pelo seu contínuo apoio à SBRT.
Como iniciativas, a seguir teremos a participação formalizada da CNEN na Banca de Certificação para Título de Especialista em Radioterapia de 2018 e o engajamento no grupo de trabalho para desenvolvimento do Selo de Qualidade em Radioterapia.
A SBRT continua trabalhando em busca da melhoria da radioterapia nacional.
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- 08/05/2018 - Acordo de parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
A Sociedade Brasileira de Radioterapia tem a honra de convidar a todos os Radio-oncologistas a participar da cerimônia de assinatura do acordo de parceria entre a CNEN e a SBRT.O convênio fortalecerá ainda mais as relações da SBRT junto a Comissão, estimulando uma permanente melhoria na qualidade e na segurança dos processos de Radioterapia em território Nacional.
A cerimônia acontecerá em 10 de maio de 2018, às 14h00 no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), localizado no campus da Universidade de São Paulo (USP), cujo endereço segue abaixo:
IPEN – USP– Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Butantã, São Paulo – SP.O acesso pode ser feito pela:
• Portaria Principal, instalada na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária;
• Portaria Norte, instalada na Travessa R, 400 – Cidade Universitária.
Ficaremos honrados com a sua presença.
Arthur Accioly Rosa
Presidente Gestão 2017-2020
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- 27/04/2018 - Programa Conexão, do Canal Futura, especial sobre Energia Nuclear no BrasilRepresentantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Representantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Fonte: Canal Futura
O programa Conexão, apresentado por Karen Souza, recebeu para entrevista, no dia 27 de abril de 2018, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN); Wilson Aparecido Parejo Calvo, superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) ligado à Comissão de Energia Nuclear (CNEN); Sergio Luis de Carvalho Miranda, capitão da Marinha do Brasil; Rafael Lopes, primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). Durante o programa são apresentadas questões sobre energia nuclear e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
O programa pode ser assistido no perfil do Canal Futura no Youtube. -
- 25/04/2018 - Crise afeta órgão produtor de dispositivo que reduz cirurgia de câncer - Telejornal Repórter Brasil - EBCInstituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra
Instituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra
Fonte: Telejornal Repórter Brasil - EBC
O dispositivo chamado semente de iodo, auxiliar na cirurgia para tratamento de câncer, poderá ser produzido em breve no Brasil. Esse dispositivo marca a área afetada, facilitando uma intervenção menos invasiva, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. Atualmente, cerca de quatro mil sementes de iodo são usadas por mês para tratamentos de vários tipos de câncer, como de mama e próstata. Hoje, esse material é importado e custa cerca de 34 dólares. Se fosse produzido aqui, seria 40% mais barato. Mas o instituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra especializada.
(Entrevista com a pesquisadora Maria Elisa C. M. Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN)
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- 16/04/2018 - Servidora do Ipen exposta à radiação ganha na Justiça redução de jornada e horas extrasDecisão é da 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo, que acolheu argumentos da autora da ação, funcionária do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Decisão é da 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo, que acolheu argumentos da autora da ação, funcionária do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Fonte: O Estado de S. PauloLuiz Vassallo
A 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo concedeu a redução de jornada semanal de trabalho, de 40 horas para 24 horas, a uma servidora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), por trabalhar exposta à radiação.
A autora alegou que durante suas atividades laborais, ‘fica exposta a radiações ionizantes’, motivo pelo qual recebe mensalmente gratificação por trabalho com raio-X ou substâncias radioativas e tem direito a férias semestrais de 20 dias.
Ela requereu que fosse concedida a redução de jornada de trabalho de 40 para 24 horas semanais e pagamentos de horas extras praticadas nos últimos cinco anos contados da propositura da ação.
As informações foram divulgadas pelo Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal de São Paulo – Processo nº. 5004012-87.2017.4.03.6100
A União alegou que ‘a autora (da ação) não se enquadra na lei que determina a redução’ e afirmou que ‘tal lei foi revogada pela Lei do Funcionário Público, à qual a autora se enquadra’.
Além disso, a União pediu que, caso fosse concedida a redução de jornada, que fossem diminuídos os vencimentos proporcionalmente.
O juiz da 8.ª Vara Cível Federal reconhece, na decisão, que a servidora do Ipen desenvolve atividade que a expõe à radiação e que a própria Administração paga à servidora a gratificação, ‘o que reforça que ela está sujeita ao trabalho nessas condições’.
Além da redução de jornada, o juiz determinou o pagamento de horas extras retroativas a cinco anos, pelo tempo de trabalho excedente à jornada semanal.
COM A PALAVRA, A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
A Advocacia-Geral da União ainda não tomou conhecimento formal da sentença. Assim que for intimada da decisão, o órgão analisará se é caso de recurso. Em caso positivo, a medida será adotada dentro do prazo.
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- 02/04/2018 - Chip brasileiro integrará nova estrutura do Grande Colisor de HádronsCircuitos eletrônicos do LHC serão atualizados e ganharão 88 mil novos chips: mais rápidos, compactos e completamente projetados no Brasil
Circuitos eletrônicos do LHC serão atualizados e ganharão 88 mil novos chips: mais rápidos, compactos e completamente projetados no Brasil
Fonte: GalileuCompacto, funcional e resistente à radiação. Este é o chip Sampa, desenvolvido por pesquisadores da USP e da Unicamp para substituir os circuitos eletrônicos do experimento Alice, parte do Grande Colisor de Hádrons (LHC), localizado na sede suíça da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern).Atualmente, o Cern está passando por uma série de atualizações no seu sistema para otimizar a performance das suas pesquisas. Por isso, uma equipe de físicos e engenheiros brasileiros foi procurada para produzir uma nova versão dos chips usados nos sistemas Time Projection Chamber (TPC) e Muon Chamber (MHC), do Alice."Entre 2019 e 2020, o LHC vai passar por um upgrade que vai aumentar o número de colisões por segundo que o acelerador é capaz de gerar, o que é muito importante para que consigamos medir eventos mais raros da física de partículas,” explica Marcelo Gameiro Munhoz, professor do Instituto de Física da USP e um dos coordenadores do projeto brasileiro.Para se ter uma ideia da magnitude da atualização que está sendo feita no LHC, hoje, o experimento Alice opera com 500 colisões entre núcleos de chumbo por segundo. Já para 2020, os cientistas esperam gerar 50 mil colisões por segundo.Para alcançar esse nível de performance, os pesquisadores tiveram que projetar um chip compacto e que abrangesse dois sistemas eletrônicos: um analógico e outro digital. Atualmente, o Time Projection Chamber tem dois tipos de chip para realizar essas funções. O primeiro recebe o pulso de carga e o transforma num pulso de tensão, transferindo-o para um segundo chip, que digitaliza o pulso e faz o pré-processamento digital.Os cientistas não só conseguiram concluir essa missão, como também aumentaram o sistema de 16 canais para 32, a potência — diminuindo o consumo de energia — e garantiram um material resistente à radiação. Tudo isso em uma área de aproximadamente 0,82 cm²."O principal desafio foi combinar um chip compacto, com funcionalidades analógicas e digitais e com baixo consumo de potência”, afirma Munhoz.O chip foi aprovado por uma comissão de especialistas em microeletrônica e agora está sendo fabricado em Taiwan, pela empresa Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC). As 88 mil unidades do chip devem ficar prontas no segundo semestre deste ano, quando passarão por mais testes para que, então, sejam instaladas no experimento Alice a partir de 2019.Aplicações no BrasilAlém do chip desenvolvido para o Cern, a tecnologia criada no processo também poderá ter aplicações em outras áreas da tecnologia e, em especial, aqui no Brasil."Em paralelo, nós desenvolvemos várias propostas de sensores acoplados ao chip Sampa para projetos que estão sendo feitos no país,” conta Munhoz. "Estamos, por exemplo, desenvolvendo um medidor de nêutrons para os reatores nucleares do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), aqui na Cidade Universitária da USP, e também para o futuro Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que será construído em Iperó, no interior de São Paulo.”Esses mesmos sensores acoplados ao chip poderão realizar medidas de raio X. Eles serão úteis, por exemplo, para um outro grupo de pesquisa do Instituto de Física da USP, que estuda a preservação de patrimônios históricos através de radiografias.Para o engenheiro Wilhelmus Van Noije, professor da Escola Politécnica da USP e também coordenador do projeto, a tecnologia desenvolvida no percurso da pesquisa poderá ajudar sua área de pesquisa também. Van Noije estuda meios de detecção do câncer de mama e do colo uterino para a medicina nuclear. "Como projetamos um chip tolerante à radiação, esse aspecto pode ser muito útil para a pesquisa em circuitos integrados aplicados na área da saúde”, afirma o professor.Lute pela ciênciaCada etapa da pesquisa exigiu dos pesquisadores muito mais do que uma ideia genial: a falta de recursos e a instabilidade na equipe foram as principais dificuldades que tiraram o sono dos cientistas brasileiros."Foi bastante desafiador conseguir montar uma equipe de engenheiros porque normalmente nos laboratórios internacionais há uma equipe técnica grande e bastante qualificada à sua disposição, caso você tenha um projeto interessante como esse”, exemplifica Munhoz. Mas no Brasil não é assim. "Tivemos que caçar engenheiros e pagá-los com bolsa ou prestação de serviço com recursos da Fapesp. O que sempre é muito instável, já que você os contrata por um tempo curto e eles não podem ter vínculo empregatício. Se aparece uma oportunidade de emprego, a pessoa obviamente sai do projeto.”Os pesquisadores também tiveram dificuldade para encontrar uma empresa brasileira com "know-how" para fabricar os sistemas que ainda seriam testados. Por isso, vários equipamentos mais avançados tiveram que ser importados, o que prolongava o tempo de pesquisa."Realmente, está muito difícil fazer pesquisa em tecnologia no país. E, em um país sem tecnologia, infelizmente é muito difícil que haja avanço econômico”, pontua Van Noije, que também critica os recentes cortes à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e aos fundos de financiamento à pesquisa do BNDES e do CNPq. "O governo precisava se preocupar mais em investir na tecnologia para, então, garantir o desenvolvimento social e econômico”, avalia o engenheiro.*Com supervisão de Isabela Moreira -
- 29/03/2018 - Por que o Brasil está construindo um reator nuclear de US$ 280 milhõesPessoas em tratamento de câncer podem se beneficiar do Programa Nuclear do pais
Pessoas em tratamento de câncer podem se beneficiar do Programa Nuclear do pais
Fonte: Revista GalileuEnquanto os líderes Donald Trump e Kim Jong-un trocam ofensas e competem para saber quem tem o botão maior, a questão nuclear continua sendo importante para definir o futuro do planeta. E o Brasil não está de fora dela.Por aqui, o Programa Nuclear começou ainda na década de 1950. Em 1979, a marinha começou a desenvolver seu próprio programa com a ideia de dominar o ciclo do combustível nuclear, ou seja: conseguir transformar o urânio bruto em combustível - seja para o uso em usinas ou em submarinos. E, apesar das dificuldades como a falta de investimento do governo em novas tecnologias, sobrevive até hoje.Vale lembrar que, por lei, o Brasil não pode desenvolver nenhuma tecnologia nuclear para fins não pacíficos - bombas estão fora de questão.Segundo o Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, o país possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. São 309 mil toneladas, que representam 5,3% do total mundial, perdendo apenas para Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2), Canadá e Rússia (8,3% cada).O Brasil tem hoje quatro reatores nucleares em funcionamento. O mais antigo, inaugurado em 1957, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, é o mais potente, com 5 megawatts. Por isso, muitos cientistas, militares e agentes da sociedade civil depositam esperança na construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), previsto para 2022, que está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó, próximo a Sorocaba, no interior de São Paulo, e terá potência de 30 megawatts.A questão é: depois de acidentes históricos como o de Chernobyl e Fukushima, para quê o Brasil precisa de um reator nuclear avaliado em 500 milhões de dólares?"O que estamos construindo não é apenas um reator, mas todo um polo tecnológico que vai nos ajudar a desenvolver inúmeras pesquisas nucleares”, afirma José Augusto Perrotta, coordenador técnico do RMB na Comissão Nacional de Energia Nuclear, que cita ainda a parceria com o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro que está em construção em Campinas. "Vamos abrir aqui uma torneirinha de nêutrons que vão ser muito usados.”Além do propósito militar - a marinha planeja a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro -, o reator também vai tornar o país independente na produção de radiofármacos que são usados na medicina nuclear, fundamental para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, como o câncer."Essa autonomia é superimportante, porque se amanhã ou depois o preço do dólar aumenta não ficamos escravos deste recurso para sustentar o nosso desenvolvimento”, explica a médica nuclear Evelinda Trindade, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. "Só produzindo esse conhecimento o Brasil vai ser autônomo, senão vai ficar sempre na promessa.”Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Juliano Cerci, a especialidade precisa ser democratizada, já que, por contar com produtos importados, ainda é muito cara. "Existe a medicina nuclear no SUS, mas ele é de difícil acesso. Às vezes, demoram três meses para autorizar um exame. E um paciente com câncer não pode esperar esse tempo”, explica o médico.Cerci lembra que o projeto do RMB previa um desenvolvimento em conjunto com um reator gêmeo na Argentina. Mas, com a falta de investimento do governo brasileiro, o hermano acabou despontando na frente e já está em funcionamento - enquanto o nosso nem saiu do papel."Nosso projeto foi muito sucateado. Agora, ironicamente, o reator argentino está vendendo gerador para o Brasil. Ou seja, temos um conflito: se antes os reatores iriam nascer juntos, qual é agora o benefício da argentino na construção de um reator brasileiro? Nenhum. Na verdade, ela vai perder um comprador”, diz Cerci.O presidente da SBMN chama atenção para a contradição do governo, que mesmo investindo lentamente na construção do reator - que tem previsão de conclusão para 2022 -, corta verbas de bolsas e de pesquisas, e não investe em mão de obra qualificada."O que a gente precisa é de uma visão estratégica. Se é importante produzir ciência no Brasil, então precisamos fomentar esse setor", afirma Cersi.No dia 27 de março, no entando, o jogo parece ter virado. Um convênio assinado com a Amazul, empresa pública coordenada pela Marinha, fechou um orçamento de US$ 280 milhões. O valor, de US$ 280 milhões a menos, vai ser bancado pelo Ministério da Saúde.O presidente da SBMN comemora: "É a melhor notícia para a medicina nuclear nos últimos anos. Mas esse é só um passo, as coisas não podem parar por aí." Com a mudança de governo nos próximos meses, o projeto corre o risco de sofrer mais alterações. "Precisamos continuar nesse processo de notícias boas." -
- 28/03/2018 - FAPESP apoiará a modernização de 12 Institutos Estaduais de Pesquisa (Agência Fapesp)Fonte: Agência Fapesp
A FAPESP finalizou o processo de seleção da chamada "Desenvolvimento Institucional de Pesquisa dos Institutos Estaduais de Pesquisa no Estado de São Paulo”. Serão contratadas 12 propostas, apresentadas por 12 institutos de pesquisa, às quais serão disponibilizados R$ 120 milhões, conforme previsto no edital.
Além de recursos de capital e custeio (material permanente e de consumo, serviços de terceiros, entre outros), esse valor inclui apoio da FAPESP por meio de bolsas de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) e de Pesquisa no Exterior (BPE), Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante, além de recursos dos programas Equipamento Multiusuário (EMU), Políticas Públicas, Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
"O objetivo é modernizar os institutos de pesquisa do estado. Além de contemplar a aquisição de equipamentos modernos, o edital deu grande ênfase à capacitação de pessoal de alto nível científico e tecnológico, capaz de utilizar esses equipamentos adequadamente”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP.O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por exemplo, teve aprovado seu plano de desenvolvimento institucional na área de transformação digital: manufatura avançada e cidades inteligentes.
"O IPT pretende usar essa oportunidade de ter um projeto com recursos FAPESP para reforçar competências associadas à transformação digital que a sociedade atravessa, no século 21, em tantas direções”, disse Fernando Landgraf, diretor-presidente do IPT.
"Como a missão do IPT é aumentar a competitividade das empresas e promover a qualidade de vida da nossa sociedade, faz todo o sentido aplicar a transformação digital ao desafio de conduzir duas linhas de pesquisa focadas na sustentabilidade das cidades inteligentes, a gestão ambiental e os sistemas inerciais autônomos, e aplicá-la também à manufatura avançada, com linhas de pesquisa em manufatura aditiva, metrologia avançada e processos bio-físico-químicos”, disse Landgraf.
Entre os projetos selecionados está o do Instituto Agronômico (IAC), "Do básico ao aplicado: modernização da infraestrutura institucional para o fomento, da pesquisa e da inovação do agronegócio”.
"O apoio da FAPESP vem em boa hora. Há 131 anos o IAC tem a missão de transferir ciência e tecnologia inovadoras para a produção agrícola. Para tanto, as pesquisas básicas e aplicadas são fundamentais. Precisamos de investimento em infraestrutura de pesquisa – genômica, inclusive – para multiplicá-la e transferir tecnologia para a produção, observando padrões de sustentabilidade e qualidade, além de formar recursos humanos”, disse Sérgio Augusto Morais Carbonell, diretor-geral do IAC.
Dezenove instituições responderam ao edital lançado em 25 de maio de 2017. As propostas submetidas foram analisadas segundo procedimentos e sistemática adotados pela FAPESP na avaliação de projetos. Mas, por tratar-se do primeiro edital institucional da Fundação, voltado para a modernização de instituições de pesquisa, as propostas foram também submetidas a um Comitê Especial formado por pesquisadores de São Paulo e de outros estados que já ocuparam função de direção em institutos de pesquisa.
INSTITUIÇÕES DE PESQUISA, PROJETOS E VALORES CONTRATADOS:
Instituição
Projeto
Valor contratado (R$)
Instituto Adolfo Lutz
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
10,839 milhões
Instituto Agronômico
Do básico ao aplicado: modernização da infraestrutura institucional para o fomento, da pesquisa e da inovação do agronegócio
13,205 milhões
Instituto Biológico
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa: modernização e adequação de unidades multiusuárias estratégicas
11,731 milhões
Instituto Butantan
Criação do Centro de Recursos Biológicos
9,060 milhões
Instituto Dante Pazzanese
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
7,912 milhões
Instituto de Botânica
Desafios para a conservação da biodiversidade frente a mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo
8,786 milhões
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)
Capacitação científica, tecnológica e em infraestrutura de radiofármacos, radiações e empreendedorismo a serviço da Saúde
13,599 milhões
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Plano de Desenvolvimento Institucional na área de transformação digital: manufatura avançada e cidades inteligentes
12,476 milhões
Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
13,164 milhões
Instituto de Zootecnia
Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa
11,665 milhões
Instituto Geológico
Modernização e ampliação da infraestrutura de pesquisa científica para subsidiar políticas públicas na área de meio ambiente
2,876 milhões
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen)
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa e Tecnologia para a vigilância e o controle de vetores
4,680 milhões
Total
120 milhões
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- 27/03/2018 - Ministério da Saúde destinará R$ 750 milhões para o RMBAcordo foi assinado entre a Amazul e o ministério
Acordo foi assinado entre a Amazul e o ministério
Fonte: AmazulSão Paulo, 27 de março de 2018 - A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e o Ministério da Saúde assinaram, nesta terça-feira (27/3), acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), plataforma que visa, entre outros objetivos, produzir radioisótopos para a fabricação de radiofármacos usados na prevenção e tratamento de câncer. O empreendimento tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos e o repasse de radiofármacos para o SUS a preço de custo.
O acordo garante investimento de R$ 750 milhões, que serão repassados pelo Ministério da Saúde até 2022. Ainda este ano, o ministério fará um aporte de R$ 30 milhões para o desenvolvimento do projeto. O acordo foi assinado pelo ministro Ricardo Barros e o presidente da Amazul, Ney Zanella dos Santos.
A Amazul é co-empreendedora do RMB junto com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) participará do projeto na parte nuclear. A empresa argentina Invap está desenvolvendo o projeto detalhado do RMB, com fiscalização da Amazul e da Cnen.
"Este reator será fundamental para o tratamento das pessoas. Hoje, nós importamos muito desse medicamento e queremos produzir no Brasil, barateando os custos. Esta decisão tem interface com vários outros ministérios, mas agora ele irá priorizar a área da saúde”, afirma o ministro Ricardo Barros.
Os radiofármacos são de grande importância para o tratamento de doenças no Sistema Único de Saúde, pois auxiliam no tratamento de diversas áreas como a cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. Com eles, é possível realizar diagnósticos de doenças e complicações como embolia pulmonar, infecções agudas, infarto do miocárdio, obstruções renais e demências. Além disso, esses produtos são os mais eficientes na detecção de câncer, pois definem qual o tipo e tamanho do tumor e qual o tratamento mais adequado para o paciente.
Para o presidente da Amazul, Ney Zanella dos Santos, o país dispõe de tecnologia para fazer todo o ciclo do radioisótopos. "Temos matéria-prima, tecnologia e pessoal capacitado para esse empreendimento que nos livrará da dependência externa na produção desses insumos estratégicos.”
Desde 2009, o Brasil tem dificuldade no abastecimento de radioisótopos, utilizado em cerca de 80% dos procedimentos adotados pela medicina nuclear. Isso se deve à paralisação do reator canadense que abastecia todo o mercado brasileiro e 40% do mundo. Desde então, o país busca outros fornecedores importados, já que, com demanda reprimida, apenas cerca de 2 milhões de procedimentos médicos utilizam os radiofármacos.
Segundo Zanella, o RMB terá outras aplicações além da medicina nuclear. A plataforma disponibilizará tecnologias que poderão ser aplicadas na agricultura, no meio ambiente e na indústria. Essas tecnologias permitem, por exemplo, testar materiais, localizar fissuras em superfícies como asas de avião ou verificar a quantidade de agrotóxicos contida em alimentos.
O reator nuclear dará ao país autossuficiência, tornando-o referência em medicina nuclear. Também pode tornar o Brasil exportador, já que o número de reatores deste porte é pequeno em todo o mundo, indo na contramão da crescente demanda do produto.
O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) será desenvolvido na cidade de Iperó (SP), junto ao Centro Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha do Brasil, que cedeu parte do terreno.
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- 20/03/2018 - Diretor de Agência Internacional de Energia Atômica visita IRDFonte: IRDTexto: Lilian Bueno/Ascom IRDO Diretor Geral Adjunto de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Dazhu Yang, visitou o IRD no último dia 19 de março, acompanhado do chefe da Seção de Cooperação Técnica para a América Latina da AIEA Raul Ramirez Garcia. A comitiva foi acompanhada pela coordenadora-geral de assuntos internacionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Viviane Simões, e pelo assessor Chao Tsu Chia. Foram visitadas as áreas de metrologia de raio-X e nêutrons e as instalações do laboratório de indústria.
O diretor do IRD, Renato Di Prinzio, apresentou as atividades desenvolvidas em radioproteção e segurança, emergência, dosimetria, física médica, metrologia e estudos ambientais, além das atividades de apoio ao organismo regulador brasileiro na área nuclear (CNEN). A formação desde o mestrado e doutorado stricto sensu e a pós-graduação lato sensu foram enfatizados pelo gestor. Participaram do encontro os chefes de divisão e de serviços tecnológicos do IRD.
Yang mostrou interesse na atividade institucional de capacitação que proporciona aos profissionais de países da África cursarem o mestrado lato sensu em radioproteção e segurança de fontes radioativas. O curso realizado no IRD é resultado de uma parceria com a AIEA. "É importante essa atividade, assim como a ida de experts brasileiros a esses países”, afirma. Nas áreas técnicas pode acompanhar laboratórios que tiveram aporte de recursos do organismo internacional.
A comitiva segue em visita para conhecer atividades relacionadas à tecnologia nuclear e ao programa nuclear brasileiro. Os compromissos oficiais incluem visitas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicaçõe e ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, dia 20. Na quarta, 21, visitam o projeto de uso de radiação ionizante para controle do mosquito Aedes aegypt, no Recife. Na quinta, conhecerão o Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó (SP), instalação da Marinha do Brasil, e o local onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro, projeto voltado à produção radioisótopos, matéria-prima para os radiofármacos empregados na área médica. Dia 23, sexta, visitam a área de radioterapia do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), instituto vinculado à CNEN.
A visita finaliza com um encontro com o presidente da CNEN Paulo Roberto Pertusi para a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o Brasil e a AIEA, ainda no Ipen, em São Paulo.
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- 14/03/2018 - Falta de Mo-99 deve ser normalizada nos próximos dias, segundo IpenDesde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade somente nos últimos dias. Outros fornecedores para o Brasil também enfrentaram problemas. O Ipen confirmou novos embarques e a perspectiva de normalização dos próximos dias.
Desde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade somente nos últimos dias. Outros fornecedores para o Brasil também enfrentaram problemas. O Ipen confirmou novos embarques e a perspectiva de normalização dos próximos dias.
Fonte: Boletim da SBMNBrasil recebeu 30% a menos do Molibidenio-Tecnecio previsto na semana passada. Desde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade preliminarmente nos últimos dias. Somado a isso, outros três fornecedores brasileiros, Argentina, Rússia e Holanda, enfrentaram problemas para sua fabricação e distribuição.
Jair Mengatti, diretor de Produtos e Serviços do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), afirma que nenhuma região brasileira deixou de ter acesso ao Mo-99, contudo, menos material foi entregue graças aos problemas pontuais que afetaram os quatro países responsáveis pelo fornecimento ao Brasil.
"Recebemos as confirmações de embarque e essa situação será normalizada nos próximos dias”, adianta.
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- 08/03/2018 - Mulheres cientistas: saiba quem são as brasileiras que fazem a ciência acontecer - Último Segundo - Portal IGNo Dia Internacional da Mulher, o iG entrevistou mulheres das áreas biológicas e exatas que pesquisam e atuam no cenário científico brasileiro
No Dia Internacional da Mulher, o iG entrevistou mulheres das áreas biológicas e exatas que pesquisam e atuam no cenário científico brasileiro
Fonte: Último Segundo - IGPor Camille Carboni e Marina Teodoro - iG São PauloMarie Curie, Ada Lovelace, Rosalind Franklin, Nise da Silveira e Graziela Maciel Barroso: no Brasil e no mundo, a história está repleta de mulheres na ciência que deixaram sua marca e romperam barreiras nas áreas de exatas e biológicas, por mais que estas ainda sejam vistas como "masculinas”. Seja ao ganhar o Prêmio Nobel duas vezes por suas pesquisas sobre radioatividade, como Curie, ou por ser a maior catalogadora de plantas do Brasil, como Barroso, as mulheres sempre estiveram presentes na produção científica mundial.E hoje? Onde estão as mulheres na ciência ? Quem são as mulheres que comandam equipes de pesquisa, criam projetos, e ganham prêmios mundo afora? Conheça algumas dessas cientistas que o cumpam esses espaços e fazem a ciência acontecer, atualmente, no Brasil.
Ligia Moreiras Sena: mãe e cientista
A paulista Ligia Moreiras Sena, fundadora do site "Cientista Que Virou Mãe” , queria ser engenheira aeronáutica. Aos 15 anos, suas aspirações profissionais incluíam uma graduação no ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Mas, na época, o instituto não aceitava mulheres.
"Esse foi o primeiro impacto que eu, como menina, encontrei a respeito de ser cientista ”, disse a bióloga, hoje doutora em Ciências e em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). " Embora eu não identificasse isso como entendo hoje, ou seja, como uma consequência do machismo estrutural e do patriarcado da sociedade, já foi um grande impacto para mim naquele momento”.
Com o desejo de ser cientista desde a adolescência, ela mudou seus planos e se formou em Biologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Sua atuação nas ciências biológicas começou com pesquisas sobre neurociência e neurofarmacologia, área a qual dedicou suas produções tanto no mestrado em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) quanto em seu primeiro doutorado, também em Ciências, pela UFSC. Mas tudo mudou quando Sena engravidou de Clara, hoje com sete anos de idade.
"Eu era uma mulher que não tinha a maternidade como plano, como uma meta. Eu não pensava em ser mãe, eu pensava em ser cientista, e as coisas para mim eram bastante separadas”, explicou.
Tal distinção, porém, foi aos poucos se dissolvendo: o nascimento da filha não foi uma mudança apenas na vida pessoal da paulista, que declara "que tem sido uma grande alegria ser mãe", mas também em sua carreira científica.
Doutorado em Saúde Coletiva
"Assim que minha filha nasceu, abandonei 15 anos de pesquisa na área de neurociência e neurofarmacologia porque comecei a indentificar muitas das dificuldades que as mulheres passavam a viver apenas porque se tornavam mães", conta. E foi a partir daí que Sena iniciou seu segundo doutorado, também na UFSC, mas desta vez com uma pesquisa sobre a violência obstétrica.
Ela conta que a existência das práticas chamou sua atenção. "Isso me pareceu tão desumano, uma violação tão brutal de direitos, que eu simplesmente não consegui continuar a minha carreira e resolvi destinar meus esforços como cientistas para pesquisar a questão da violência obstétrica no Brasil”.
Hoje, sua atuação está diretamente ligada ao doutorado em Saúde Pública – cuja tese discorre sobre o impacto da violência obstétrica sobre as mulheres brasileiras – , principalmente quanto ao direito das mulheres e crianças e o empoderamento feminino por meio da maternidade.
Cenário da mulher na ciência brasileira
Além disso, o tempo como doutoranda e a nova área de pesquisa também evidenciaram muitos dos problemas de gênero ainda presentes na ciência, principalmente com os estereótipos atribuídos às áreas biológicas e exatas.
A mais recente experiência de Sena, porém, não foi a primeira envolvendo desigualdade de gênero na área científica por que ela passou. Ainda em suas pesquisas sobre neurociência e neurofarmacologia , ela revelou ter passado por situações preconceituosas e identificado problemas estruturais na ciência brasileira, alguns deles cujas possíveis explicações passaram a fazer sentido após ter se tornado mãe.
"Embora a gente tenha inúmeras excelentes cientistas aqui no Brasil, reconhecidas internacionalmente, ainda é um meio extremamente machista”, pontuou. "Se fizermos um levantamento, conseguiremos ver uma grande discrepância das mulheres em papéis de liderança na ciência. Estamos quase em pé de igualdade na graduação, mas a proporção diminui conforme aumenta o grau de titularidade”.
Dentre as inúmeras explicações para o desequilíbrio de gênero na área, Sena apontou a forma como a maternidade é vista no Brasil. "A sociedade vê as mulheres mães como as únicas responsáveis pelas crianças, e isso é cruel, desumano e irresponsável”, explicou. Dessa forma, a mulher acumula tarefas domésticas e relacionadas ao cuidado com as crianças, algo que não acontece com os homens.
"A gente vive hoje uma ciência muito produtivista aqui no Brasil. Tem que publicar, publicar, publicar. Então a nossa jornada de trabalho não é apenas as oito horas diárias, na grande maioria das vezes, você tem que chegar em casa e escrever artigo, preparar aulas, cuidar do trabalho de orientandos, e isso exige muito”, descreveu Sena.
Quando se é mulher e mãe, entretanto, a situação muda. De acordo com a paulista, cientistas mães precisam cuidar da vida de seus filhos, e por isso, parte de suas carreiras fica prejudicada. "Talvez esteja aí uma das explicações para o fato de nós termos menos mulheres em cargos de chefia e liderança na ciência no Brasil, embora tenhamos maravilhosas cientistas mulheres”.
"Meu primeiro doutorado foi feito completamente livre, leve e solta, eu não tinha filhos e não era casada. O meu segundo doutorado foi feito com uma criança no colo, então eu sei exatamente a diferença das duas situações”, assinalou.
Denise Alves Fungaro:
pesquisadora premiada na área da Química AmbientalGanhadora de sete prêmios por sua pesquisa sobre a transformação dos resíduos de carvão gerados por termelétricas, a química Denise Alves Fungaro é formada pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado e doutorado em Química Analítica pela mesma instituição e pós-doutorado em Eletroquímica aplicada ao meio ambiente pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
A pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN/SP) tem uma longa história com a área científica: desde criança, a química e seus experimentos sempre chamaram a sua atenção. O interesse, sempre apoiado pelos seus pais, foi o primeiro passo para uma carreira de sucesso, que já lhe rendeu diversos prêmios no campo da Química Ambiental.
Durante sua graduação, na década de 1980, a classe de química era diferente das outras turmas de exatas, como em física ou matemática: "metade da classe era de mulheres, ou seja, havia um equilíbrio de gênero e essa questão passou despercebida”, relembrou.
Fungaro também afirmou não ter sofrido preconceito, em sua área de pesquisa e atuação, por ser mulher, porém, percebe que há estereótipos na sociedade que contribuem para que ainda haja desigualdade de gênero na ciência.
"A desvalorização vem do pensamento de que as pessoas que atuam na área de exatas precisam ser mais inteligentes do que em outras atividades, e de que os homens são mais inteligentes do que as mulheres”, explicou.
Contudo, a pesquisadora destacou a grande presença feminina na área acadêmica química e explicou que a forma de contratação de profissionais em universidades, por meio de concursos, é democrática. "Há avaliação de currículo, prova de conhecimento e prova didática para docentes, todas as etapas com nota. Isso faz com que não haja possibilidade de avaliação subjetiva da banca examinadora”.
O mesmo acontece nas premiações, onde a avaliação é baseada na qualidade do material apresentado. "No entanto, pode haver obstáculos para as mulheres em relação aos cargos de chefia”, explicou.
"Sendo uma pesquisadora com uma carreira de sucesso e destaque na área de química, demonstro que as barreiras enfrentadas pelas mulheres, afetadas por possíveis vieses inconscientes, podem ser superadas”, declarou. "Ainda mais importante, posso ser um referencial feminino para que as jovens que desejam ser cientistas se sintam estimuladas a seguir esse tipo de carreira dando o meu testemunho”.
Além disso, a química também assinalou que a diversidade na ciência é necessária para "resolver os problemas complexos atuais relacionados à energia, água e meio ambiente, em geral, em um ambiente colaborativo”.
Tânia Vertemati Secches:
uma das primeiras geneticistas do BrasilA médica pediatra e geneticista Tânia Vertemati Secches, nascida em 1955, é uma das primeiras especialistas em Genética Médica do Brasil. Ela se especializou em pediatria e, depois de anos de atuação, migrou para a área da genética, ainda muito nova no País. Ela já atuouem pesquisa clínica, ensino e clínica em diversas instituições, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e foi professora no curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIt).
Vertemati explicou que a sua escolha pela faculdade de medicina aconteceu de forma inspiracional: o pediatra que a acompanhou durante toda a infância foi o principal responsável pela opção, que, segundo a especialista, pode se tornar realidade a partir de um conjunto de fatores.
"Meus pais sempre acreditaram muito em mim, e minha mãe, embora não tenha formação universitária, sempre foi uma mulher de vanguarda, vislumbrando um futuro diferente para mim, um caminho distinto do que era esperado para as mulheres da minha família”, explicou.
O apoio, entretanto, não veio só da família, mas também da comunidade científica da qual faz parte. Como optou por priorizar a família durante um período de sua vida, e acredita que, para as mulheres, conciliar a vida profissional e pessoal ainda é um desafio, o apoio e incentivo foram essenciais para voltar, após alguns anos, à atuação médica.
Em 2002, a médica já estava ligada ao mundo da genética – contato iniciado em 1985, durante o início de um mestrado após o fim da residência pediátrica – e decidiu realizar a nova especialização.
"Meus mestres foram pessoas que, independente do gênero , me inspiraram a ser quem sou e, apesar de todas as dificuldades de que temos notícias, hoje me sinto capaz de lutar por meu espaço em condições de igualdade”.
"Como em minha área de atuação a idade não é vista como limitação, pude retornar depois que minhas filhas cresceram”, contou. Sua área, inclusive, encaixa-se em uma situação incomum no país: no estado de São Paulo, as mulheres são a maioria com títulos de especialista.
Quanto ao cenário geral das mulheres na ciência e na medicina, Vertemati acredita que a atuação feminina apresenta o diferencial de conseguir associar, de forma simultânea e com facilidade, diversas tarefas. "Talvez porque, historicamente, tenhamos precisado desempenhado mais funções”, explica.
Entretanto, como a área exige de seus profissionais muitas especializações, atualizações e comprometimento, a geneticista enxerga a desigualdade de gênero como um resultado da disposição cultural dos gêneros na sociedade.
"Como, muitas vezes, a mulher ainda é a responsável por cuidar do dia-a-dia da vida familiar, pode ser difícil conciliar a profissão com os afazeres da maternidade, por exemplo. Em um mundo com mais equidade e distribuição de tarefas entre homens e mulheres, possivelmente essa questão poderia ser melhor equacionada”.
Atualmente, a especialista trabalha com atendimento clínico de forma integral. Atua majoritariamente na área genética, como genética oncológica, reprodutiva, erros inatos do metabolismo, dismorfologia e farmacogenética, apesar de ainda atender alguns casos pediátricos.
Beatriz Bonamichi e Viviane Rezende:
pesquisa clínica também é lugar de mulherPara Beatriz Bonamichi, de 33 anos, escolher a área da saúde em que iria atuar nunca foi um problema. Segundo ela, o percurso durante a faculdade não parecia desigual entre homens e mulheres. Porém, ao dar seus primeiros passos em direção à carreira acadêmica, foi possível sentir a diferença de gênero pela primeira vez.
"Percebi que parece existir uma predileção para o gênero masculino nessa área. Foi mais difícil, mas eu queria muito seguir no mundo acadêmico e por isso fiz o doutorado ”, contou ela, que realizou parte da especialização em Endocrinologia na Joslin Diabetes Center - Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos.
Mesmo com tanta determinação, Bonamichi percebeu no doutorado que queria trabalhar na área de pesquisa clínica . "Eu queria seguir carreira acadêmica, mas quando fui pra fora conheci mais sobre pesquisa relacionada à indústria farmacêutica e decidi mudar os planos”, contou.
Ao voltar para o Brasil, ela foi em busca de um emprego que satisfizesse seus anseios pela nova área de atuação. "Sinto que meu trabalho faz a diferença na vida das pessoas que passam a ter acesso a um tratamento que poderia demorar anos até chegar a esses pacientes. É por isso que eu escolhi a área de pesquisa clínica”, disse Bonamichi, que hoje é gerente médica da área na farmacêutica Sanofi.
Quando se trabalha pelo que acredita, barreiras podem ser ignoradas e oportunidades podem ser criadas. Para a endocrinologista, que dá suporte médico e científico para vários projetos de âmbito nacional e global nas áreas de oncologia, diabetes e pneumológica, foi na pesquisa clínica que ela encontrou espaço para crescer e se impor como mulher e profissional.
"Hoje consigo ver muitas mulheres ocupando cargos importantes nesse setor. Nunca imaginei que a área fosse tão acolhedora para nós. Por isso, eu acredito que há espaço para o crescimento feminino dentro desse nicho e bato nessa tecla para que mais mulheres saibam disso, porque antes eu também não sabia”, ressaltou ela, que também foi sub-investigadora em estudos relacionados a Diabetes e Doença Cardiovascular no Instituto de Pesquisa Clínica (IPEC).
Quem também partilha do mesmo pensamento é a gerente de operações clínicas da Unidade de Pesquisa Clínica da Sanofi, Viviane Rezende, de 39 anos. Há quase 10 anos na mesma empresa, a carioca é formada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e técnica em biotecnologia pela Escola Técnica Federal Química do Rio de Janeiro.
As duas contam que cerca de 80% do departamento de pesquisa clínica da farmacêutica é formado por mulheres que atuam em funções importantes. O setor envolve pesquisas científicas em humanos para avaliar a segurança e eficácia de um procedimento ou medicamento em teste por meio da coleta de dados.
Filha de pais matemáticos, a escolha pela carreira científica nunca foi um problema para Rezende. "Comecei por acaso na pesquisa clínica, quando precisavam de uma pessoa para organizar arquivos em um antigo estágio. Lá eu tive acesso à informações que me interessavam até que passei a ir atrás do assunto mais a fundo”.
Ela conta que a pesquisa clínica não é muito abordada na faculdade, mas que desde que entrou para esse mundo nunca mais quis sair. Na empresa atual, Rezende já passou pela área de pesquisa clínica em doenças raras e, atualmente, coordena, no País, os estudos internacionais da empresa com moléculas inovadoras.
Mãe de três filhas, duas gêmeas de 4 anos, e uma de 9 anos, a farmacêutica coloca características como maturidade, planejamento, empoderamento e jogo de cintura como as principais influenciadoras para que mulheres sejam bem aceitas nesse setor da ciência. "Acho que o lidar com pessoas e pesquisas, poder fazer uma equipe funcionar bem são funções bem exercidas por mulheres. Quando se é mulher, você aprende a lidar com momentos difíceis, e é por isso que somos boas no que fazemos”, finaliza.
Cientistas feministas: ‘mulheres que podem e fazem ciência de qualidade’
Sim, as mulheres estão por dentro do mundo científico . Se você leu essa matéria até aqui, já deve ter entendido que há muitas de nós realizando trabalhos inovadores e valiosos seja na área de exatas, humanas ou biológicas.
Porém, muitas vezes, o trabalho e o prestígio de uma cientista acaba restrito a uma comunidade específica. Pensando em democratizar esse conhecimento de uma forma inclusiva, a partir de uma linguagem acessível, a bióloga Carolina Biachini resolveu criar, em 2015, um blog onde outras mulheres pudessem se unir para difusão desse tipo de conteúdo. E assim nasceu o " Cientistas Feministas ”.
Para dar vida ao projeto, Bianchi se uniu com outras mulheres feministas que cursam ou já cursaram pós-graduação. Todas são ativistas no âmbito acadêmico e atuam em diferentes áreas do conhecimento.
"A internet é um instrumento que possibilita uma boa difusão da informação. Buscamos falar de assuntos relevantes para a sociedade como um todo, mas especialmente de temas que se relacionam ao feminismo e mulheres de maneira geral”, explicaram Mariana Armond Dias Paes, Laís Vignati, Mariana Pitta Lima e Bianca Lucchesi Targhetta, membros do coletivo que conversaram com a redação do iG .
No endereço eletrônico, é possível encontrar de tudo: desde a descoberta de novas espécies de seres vivos à formação de supernovas e até mesmo resenhas de livros e filmes. Lá, todos os artigos científicos utilizados para basear os textos são recentes, reforçando a ideia de que a ciência é para todas e todos e tem impacto no dia a dia.
"Além disso, todos os textos são de autoria própria, estimulando a divulgadora científica que existe em cada uma de nós”, ressaltaram elas. Juntas por um ideal que ganha força a cada dia, o conteúdo é baseado, muitas vezes, em experiências pessoais. "É a cada novo texto reafirmar que mulheres podem e fazem ciência de qualidade”.
Hoje o blog conta com 70 colaboradoras, entre colunistas e ilustradoras voluntárias, de todos os cantos do Brasil – e até de outros países. Os materiais publicados são organizados em oito editorias, e lá é possível encontrar textos sobre astronomia, biociências, ciências da saúde, ciências humanas e sociais, física, matemática, química e ainda uma coluna chamada de "em off: feminismo”.
Feminismo + ciências = empoderamento
Além da paixão pela ciência, as participantes do projetos também compartilham uma ideologia em comum: o feminismo. Usar o movimento que promove a conquista e o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres em um âmbito que ainda é composto, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino foi a maneira que elas encontraram de reforçar a importância da representatividade no mundo acadêmico.
"Apesar do progresso em relação ao espaço ocupado por mulheres na ciência brasileira, que têm publicado mais e recebido mais financiamento para pesquisa, ainda existe uma desigualdade de gênero importante. Cargos de maior prestígio e visibilidade ainda têm sido ocupados prioritariamente por homens”, ressaltam.
Para embasar esse argumento, coletivo aponta para uma pesquisa recente que mostrou que as mulheres ocupam os espaços mais baixos nos níveis do sistema de classificação de pesquisadores para receberem bolsas de produtividade pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, enquanto os homens ocupam as posições mais elevadas. "O que reproduz o cenário de desigualdade mas amplo do mercado de trabalho. As mulheres também estão em menor representação na Academia Brasileira de Ciências”, analisa o coletivo.
Na opinião de todas elas, desde a formulação de críticas à própria maneira de produzir ciência – seus pressupostos teóricos e metodológicos – podem sofrer influências feministas.
"Importante citar a contribuição fundamental das teóricas feministas negras para complexificar essa crítica [às barreiras impostas às mulheres no acesso ao campo científico], incluindo a categoria de raça para revelar mecanismos de opressão”, pontuam.
Elas usam como exemplo a ativista americana e filósofa socialista Angela Davis, que esteve no Brasil ano passado e está à frente da convocação da greve internacional das mulheres no 8 de março. "A militância feminista enfrenta desde os mecanismos de exclusão das mulheres no âmbito acadêmico, a crítica da própria ciência e de como tem sido divulgada e produzida historicamente. A agenda precisa ser permanentemente atualizada, incluindo novas pautas”.
Questionadas sobre qual é o melhor caminho para mudar esse cenário, elas insistem em dizer que representatividade é fundamental. O meio que elas encontraram de promover esse conceito foi a partir da internet. Com uma plataforma de fácil acesso e linguagem didática, elas conseguem provar que é possível que mulheres façam ciência, escrevam sobre ciência, participem ativamente da vida acadêmica, do movimento feminista e de discussões pertinentes à sociedade.
"Todas nós estamos aqui representando um pouco das mulheres cientistas, buscando fugir dos estereótipos. Cada colaboradora do blog tem sua própria história de inspiração para a ciência e é com esse pensamento que nos dedicamos à missão de inspirar outras mulheres”, concluem. Vida longa à ciência feminista!
Juliana Adlyn/Cientistas Feministas
Coletivo Cientistas Feministas produz conteúdo cientifico de qualidade criado apenas por mulheres na ciência -
- 02/03/2018 - SBMN visita Aramar para conhecer local onde será instalado o RMBFonte: SBMNNesta sexta-feira, parte da diretoria e sócios da SBMN estiveram em Iperó, interior de São Paulo, para visitar o Centro Experimental de ARAMAR, local onde será construído o Reator Multopropósito Brasileiro. A obra, que tem previsão de conclusão em 2022, promete garantir autonomia do Brasil na produção de radiofármacos.O grupo foi recebido pelo Contra-Almirante Noriaki Wada, vindo de Brasília especialmente para a ocasião, que explicou as áreas já em funcionamento no complexo. "Esta é uma grande oportunidade de exaltar a importância da Medicina Nuclear, a qual já é de conhecimento da Presidência da República”, comentou.
Com a palavra, o presidente da SBMN, Juliano Cerci, comentou ser um privilégio visitar o Complexo por representar a consolidação de um projeto intimamente ligado ao avanço da Medicina Nuclear. "O avanço desse projeto é a costura de pontes em prol da população brasileira”, pontuou.
Na sequência, o diretor de operações do Centro Industrial Nuclear de Aramar, Sérgio Luís de Carvalho Miranda, também detalhou o funcionamento da complexo e convidou o coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrota, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), para detalhar o projeto. "O que estamos construindo aqui é mais que um reator, mas um grande centro de pesquisa”, afirmou.
O grupo seguiu então para visitar os galpões do complexo, onde também está sendo construído o submarino nuclear brasileiro.
O repórter Nathan Fernandes, da Revista Galileu, também acompanhou a visita para uma reportagem sobre o tema, incluindo as perspectivas de avanço da Medicina Nuclear, para a próxima edição da publicação.
Palestra proferida aos visitantes em ARAMAR -
- 28/02/2018 - Escola SP de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers recebe inscrições - Agência FAPESPEvento no IPEN visa difundir e aprofundar o conhecimento em fotônica de lasers. Estudantes do Brasil e do exterior podem participar
Evento no IPEN visa difundir e aprofundar o conhecimento em fotônica de lasers. Estudantes do Brasil e do exterior podem participar
A Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers e suas Aplicações (São Paulo School of Advanced Science on Frontiers of Lasers and their Applications) será realizada de 16 a 27 de julho no Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na Cidade Universitária, em São Paulo.O evento tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e ocorrerá juntamente com a XVI Escola André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não Linear, vinculada à Sociedade Brasileira de Física (SBF).Estudantes de graduação e de pós-graduação, do Brasil e do exterior, podem submeter candidaturas à participação nas escolas até 31 de maio. Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países serão oferecidos como benefícios (financiados pela FAPESP) passagens aéreas, despesas de transporte terrestre local (aeroporto-hotel) e diárias na cidade que sediará a escola.Os interessados devem apresentar carta de recomendação, currículo científico de página única (modelo disponível no formato Word), resumo de pesquisa (incluindo figuras e referências) e preencher um questionário on-line, acessível no site do evento.De acordo com Niklaus Ursus Wetter, coordenador-geral das escolas, o principal objetivo é difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica de lasers para criar uma massa crítica de cientistas nesse campo da ciência."Esse aumento é possível mediante um ensino de qualidade na base e na fronteira do conhecimento na área, respectivamente os focos das escolas. Elas promoverão aulas lecionadas por um corpo docente do Brasil e exterior, além de minicursos, oficinas e palestras, de maneira a garantir que os alunos aproveitem ao máximo”, disse Wetter.A fotônica é uma das áreas que mais trará impactos tecnológicos, sociais e econômicos em um futuro próximo, segundo Wetter, porém ainda há alguns desafios para esta área florescer no Brasil."Entre os gargalos, vejo falta de formação de qualidade em parte dos nossos estudantes em comparação com estudantes provenientes de países onde a educação é uma prioridade de Estado, o que, em certas situações, nos impede de atacar temas mais complexos como os presentes nessa recente área”, disse."A realização das escolas, com apoio da FAPESP, é mais um passo importante para a formação de cientistas, criação de empresas e inovação nessa área tão estratégica, que movimentou, em 2017, um mercado de US$ 530 bilhões”, disse Wetter. -
- 15/02/2018 - Pesquisador do Ipen recebe prêmio da Sociedade Americana de Cerâmica - Agência FapespReginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award" da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS)
Reginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award" da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS)
Fonte: Agência Fapesp
Reginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award” da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS).A distinção foi entregue durante a sessão de abertura da 42ª Conferência Internacional sobre Cerâmica Avançada e Compósitos realizada pela ACerS de 21 a 26 de janeiro em Daytona Beach, Flórida.
Um dos pesquisadores principais do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP –, Muccillo recebeu o prêmio por sua atuação na organização dos mais de 20 simpósios que ocorrem paralelamente durante a conferência anual da ACerS.
"Fui escolhido por fazer parte do comitê organizador de um desses vários simpósios que têm, no total, mais de 200 organizadores”, disse Muccillo à Agência FAPESP.
O pesquisador coordenou o simpósio em homenagem ao último presidente da ACerS, Mrityunjay Singh, cientista-chefe do Ohio Aerospace Institute, cuja gestão encerrou-se em dezembro de 2017.
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- 05/02/2018 - Governo estuda ampliar flexibilização do monopólio da União em radiofármacos - Estado de MinasFonte: O Estado de Minas
O governo vai analisar a conveniência da ampliação da flexibilização do monopólio da União na produção de radiofármacos. Para estudar o assunto, foi criado um grupo técnico formado por vários ministérios. O grupo tem 120 dias para apresentar as propostas. Esse prazo poderá ser prorrogado, uma única vez, por mais 60 dias corridos.
A constituição do grupo está formalizada em resolução do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, presidido pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Sérgio Eetchegoyen.
Os trabalhos do grupo serão coordenados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Ainda participam do grupo representantes do próprio GSI, da Casa Civil, dos ministérios das Relações Exteriores, Fazenda, Saúde, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Planejamento, além da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear.
(Luci Ribeiro)