Ipen na Mídia
-
- 04/02/2020 - Governo Bolsonaro estuda uso amplo de tecnologia nuclear em alimentosTécnica é usada para eliminar parasitas e aumentar a vida útil do alimento
Técnica é usada para eliminar parasitas e aumentar a vida útil do alimento
Fonte: Folha de S. PauloO governo Jair Bolsonaro tem mantido conversas com entidades científicas e setores da indústria com o objetivo de viabilizar a adoção em escala comercial da tecnologia de irradiação de alimentos para o mercado interno e para exportação.As conversas são lideradas pelo Gabinete de Segurança Institucional e ocorrem desde a publicação da resolução número 16, de 24 de outubro de 2019, que criou um grupo técnico para discutir "a promoção do tratamento de alimentos e materiais com tecnologia nuclear”.Em resumo, a técnica prevê que um alimento ou insumo seja colocado em uma máquina blindada conhecida como irradiador e submetido a uma dosagem específica de radiação ionizante. Os principais objetivos são eliminar parasitas e retardar o amadurecimento ou brotamento do alimento, prolongando assim sua vida útil.Entre os planos em discussão pelo grupo técnico está a instalação de plantas industriais com irradiadores em pontos estratégicos do país, para uso em alimentos —ou com propósitos múltiplos, para diminuir os custos.Uma segunda fase das conversas, a ter início neste ano, prevê a assinatura de acordos bilaterais em que a irradiação é pré-condição para a exportação dos alimentos.A irradiação de alimentos é regulamentada no Brasil pela Resolução n. 21 da Anvisa, de 2001, e pela Instrução Normativa n. 9 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de 2011. Ambas permitem o uso de três tipos de irradiação: isótopos radioativos (cobalto-60 emissor de raios gama); elétrons acelerados e raios-X. A utilização do radioisótopo césio-137 é praticamente vetada no Brasil mas permitida em outros países."No Brasil, a maioria dos pesquisadores apoia a instalação de aceleradores de elétrons, porque é muito simples: cortou a força elétrica, não tem radiação nenhuma nem problemas de resíduo radioativo”, afirma Thiago Mastrangelo, do Laboratório de Irradiação de Alimentos e Radioentomologia do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da USP em Piracicaba (SP).A Nuctech, da China, a Rosaton, da Rússia, e a Fraunhofer, da Alemanha, manifestaram interesse em trazer seus irradiadores com tecnologia de feixe de elétrons para o mercado brasileiro.A estatal Rosaton encomendou um estudo para avaliar tanto a instalação de uma planta quanto o fornecimento do serviço de irradiação.Um dos principais fabricantes de aceleradores de elétrons no mundo, a Nuctech disse ter mantido "conversas políticas”, sem dar detalhes.Já o foco do instituto de pesquisa Fraunhofer é a aplicação de feixe de elétrons sobre sementes com o objetivo de eliminar patógenos como alternativa ao "tratamento químico”, com uso inclusive na agricultura orgânica."Estamos trabalhando junto com produtores de sementes, universidades e investidores. O Brasil é de interesse particular para nós nesse planejamento devido à grande importância da indústria da agricultura e o alto nível de disposição para a inovação”, afirmou Ines Schedwill, chefe de marketing do Fraunhofer, em Dresden (ALE).
O Brasil possui tecnologia de irradiação desde a década de 1970, mas sua aplicação comercial em alimentos para o mercado interno é limitada a pimentas, condimentos e temperos, além de rações para animais.
A Sterigenics, com sede nos EUA, detém hoje o monopólio da irradiação no Brasil com uma planta instalada em Jarinu (SP) com irradiadores de cobalto e de elétrons.
O Cena possui dois irradiadores com fontes de cobalto-60 e um raio-X da Americana RadSource para uso científico e/ou de baixa escala comercial.
Já o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) tem um acelerador de elétrons para uso em pesquisa e um irradiador Multipropósito de cobalto-60 para uso semi-industrial.
O principal empecilho à disseminação do uso da irradiação no Brasil é o custo —a instalação de uma planta moderna custa cerca de R$ 20 milhões, incluindo equipamento e infraestrutura mas não a logística. Daí o interesse em abrir o mercado para as estrangeiras e envolver o setor produtivo de grande porte nas conversas.
"É uma técnica boa que, se bem aplicada, vai trazer vantagens para o Brasil no sentido de eliminar barreiras comerciais e de aumentar a exportação”, afirma o pesquisador Murillo Freire, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
"O Brasil precisava de um irradiador em cada estado, porque é um país de dimensões enormes. Mas não tem quem invista de fato, porque as pessoas têm medo ou desconhecem. E é um negócio que dá dinheiro, o retorno é de um ano para um investimento de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões”, afirma Anna Lucia Villavicencio, pesquisadora do Centro de Tecnologia das Radiações do Ipen.
Nesse sentido, um irradiador de elétrons é visto como mais indicado pelos pesquisadores. O maior mercado importador de frutas brasileiras, por exemplo, é a Europa, que vê com ressalvas o uso de radioisótopos, mas aceita melhor a radiação por feixe de elétrons ou raios-X, segundo Mastrangelo.
Outro problema é percepção do público, que identifica o uso de energia nuclear com acidentes como o que envolveu a manipulação de Césio-137 em Goiânia (1987), ou ainda Chernobil (1986)
"Falta conscientização do público em geral. Criou-se uma ideia de que produto irradiado é produto radioativo. Mas a irradiação não torna o produto radioativo. Em outros países, muitos preferem o produto irradiado porque sabem que é mais seguro”, diz Freire. "O esforço é de quebrar esse paradigma, levar a técnica ao conhecimento de todos. Ela tem vantagens e desvantagens e ela não serve para tudo. Então tem que saber direitinho onde você vai aplicar e com que finalidade para você ter vantagem com isso.”
"É mais seguro que o orgânico, que utiliza adubo natural, que é cheio de bactérias e micro-organismos patogênicos”, afirma Villavicencio.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) consideram que a tecnologia de irradiação de qualquer alimento até a dose de 10 kGy (quilo-Gray) não representa risco toxicológico e é nutricionalmente adequada, além de ser uma opção de combate ao desperdício e à escassez de alimentos.
No entanto, o tema continua controverso.
A Alemanha, por exemplo, não permite a irradiação de alimentos porque o consumidor considera que falta comprovação científica de que não causa mal. Mas autoriza que alimentos que tenham sido irradiados em outros países da União Europeia sejam comercializados em território alemão.
E o que garante que o alimento irradiado não se torne radioativo?
"Com radiação eletromagnética, ou seja raio-X ou raio gama, a energia [aplicada sobre o alimento] tem de ser abaixo de 5 MeV [milhões de eletrovolts]. Acima disso, o fóton já tem energia suficiente para bater no núcleo do átomo e tornar o material irradiado radioativo. O cobalto-60, por exemplo, só emite duas ondas gama: uma com 1.17 e outra com 1.33 MeV, quer dizer, muito abaixo de 5 MeV”, diz Mastrangelo.
"Para elétrons acelerados o limite é 10 MeV. Acima disso, esse elétron já tem energia suficiente para desestabilizar o núcleo da amostra, e ela ficaria radioativa. Os aceleradores já vêm regulados para não ultrapassar essa potência”, afirma.
Mastrangelo diz ainda que o alimento não tem nenhum contato com a fonte radioativa em si, protegida por mais de uma camada de selagem.
A Comissão Codex Alimentarius (da FAO/OMS) estabelece os parâmetros de irradiação a que cada grupo alimentar ou alimento pode ser submetido de acordo com a finalidade. Assim, a dose máxima para retardar o brotamento de tubérculos é de 0,2 kGy; para desinfestar frutas frescas, 1 kGy; e para controle de parasitas em carnes e frutos do mar, 2 kGy.
Já a norma da Anvisa estabelece que qualquer alimento poderá ser tratado por radiação desde que a dose mínima absorvida seja "suficiente para alcançar a finalidade pretendida” e a dose máxima absorvida seja inferior àquela que "comprometeria as propriedades funcionais e/ou os atributos sensoriais [por exemplo, cor, gosto, cheiro] do alimento”.
Questionada sobre o porquê de doses específicas não terem sido fixadas, a exemplo de outros países, a Anvisa afirmou que, "na ausência de parâmetros estabelecidos em regulamento nacional podem ser adotados os padrões internacionais aceitos”.
A portaria obriga ainda que a frase "alimento tratado por processo de irradiação” conste nos rótulos e nos locais de exposição à venda de produtos a granel irradiados, por meio de cartazes ou placas.
Segundo a Anvisa, o não cumprimento das normas caracteriza infração sanitária. Já a utilização do símbolo internacional da Radura é opcional.
ENTENDA MAIS SOBRE A IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS
Para que serve?
■ Aumentar o tempo de prateleira dos alimentos
■ Eliminar parasitas, fungos e bactérias (mas não vírus) que contribuem para deterioração e doenças (por exemplo, Salmonela spp, Listeria spp, Escherichia coli, Campylobacter spp, Trichinella spiralis spp)
■ Retardar o amadurecimento e senescência de frutas e legumes
■ Inibição do brotamento de tubérculos e bulbos
■ Redução de compostos tóxicos, incluindo alergênicos, N-nitrosaminas voláteis (cancerígenas), aminas biogênicas, gossipol (embriotóxico) e outros
■ Pode ser uma exigência em acordos bilaterais de exportação, com o fim de evitar a disseminação de pragas estrangeiras a outros paísesTodo alimento pode ser irradiado?
Não. Alimentos ricos em gordura (por exemplo, castanha do pará e manteiga) não devem ser irradiados por comprometimento do paladar e possível formação de substâncias nocivas.
Quais são os riscos e efeitos adversos?
■ Radicais podem produzir componentes indesejados, destruir nutrientes e alterar funcionalidade de vitaminas, carboidratos, proteínas e lipídeos
■ Doses acima do recomendado ou em determinados alimentos podem gerar alterações de cheiro e de sabor, ranço e limo
■ Não há método único para detecção de alimentos irradiados
■ Regulamentação brasileira não fixa com números as doses máximas e mínimas permitidas.Quem utiliza?
Mais de 55 países, sendo 26 deles em escala comercial.
Desses 26: Brasil (desinfestação de especiarias e vegetais desidratados), EUA, China, África do Sul, Ucrânia, Vietnã, Bélgica, Alemanha, França, Japão e outros.
Em 2013, foram 500.000 toneladas de alimentos irradiados, sendo:
40% na China
20% nos EUA
13% no Vietnã
8% no México
19% no restante do mundoRegulamentação no mundo
A Codex Alimentarius Commission, com base em Roma, estabelece os padrões para irradiação de alimentos.Regulamentação no Brasil
A Resolução número 21, de 26/1/01, da Anvisa, estipula que:■ A dose mínima absorvida seja suficiente para atingir a finalidade e a dose máxima seja inferior à que comprometeria as propriedades funcionais ou atributos sensoriais do alimento
■ Rótulo deve conter a inscrição "alimento tratado por processo de irradiação”
■ Instalações de irradiação devem ser autorizadas e inspecionadas pelo CNENO símbolo da Radura é utilizado internacionalmente para identificar os alimentos irradiados.
Outros usos de irradiação
■ Tratamento de lixo industrial e hospitalar
■ Tratamento de sangue e derivados
■ Esterilização de equipamentos e instrumentos médicos, farmacêuticos e hospitalares
■ Esterilização de tecidos biológicos
■ Desinfestação e preservação de obras de arte e livros
■ Beneficiamento de pedras preciosasFontes: Ipen, Cena, OMS, Anvisa., AIEA
-
- 14/01/2020 - Hypera Pharma promove roadshow para divulgação do seu programa de conexão com startups, o HyperaHubSerão cinco encontros onde as startups poderão entender melhor o programa e tirar dúvidas
Serão cinco encontros onde as startups poderão entender melhor o programa e tirar dúvidas
Fonte: Startse
A Hypera Pharma, junto com a consultoria Innoscience, estará presente em cinco dos principais hubs de inovação do Brasil para promover o HyperaHub, programa de inovação aberta com conexão à startups. Nele, a companhia realizará piloto remunerado com as startups selecionadas, com o intuito de ser cliente, parceira ou até realizar aporte de recursos financeiros em troca de equity depois do piloto (no caso de desafios em novos negócios).
O objetivo dos eventos é promover o encontro de startups que tenham soluções que possam atender aos desafios propostos pela Hypera Pharma e interesse em fazer negócio. O programa HyperaHub está com as inscrições abertas até o dia 31/01 pelo site www.hyperahub.com.br
Confira a programação dos roadshows:
- Eretz Bio
Dia 15/01 às 14h00
Me. Cabrini, 462 - Vila Mariana,São Paulo, SP
Para mais informações: 11 2151-0316
- BioHub / Tecnopuc
Dia 15/01 às 18h30
Av. Ipiranga, 6681 Partenon, Porto Alegre, RS
Inscrições pelo site:https://www.sympla.com.br/hyperahub__747058
Para mais informações: 51 3353.8012
- Cietec / USP
Dia 20/01 às 14h30
IPEN - Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, São Paulo, SP
Para mais informações: 11 3487-1677
- Supera Parque
Dia 21/01 às 10h00
Av. Dra. Nadir Águiar, 1805 - Jardim Dr. Paulo Gomes Romeo, Ribeirão Preto, SP
Inscrições pelo site:http://fipase.superaparque.com.br/hypera-hub
- BioMinas
Dia 22/01 às 10h00
Av. José Cândido da Silveira, 2100 - Cidade Nova, Belo Horizonte, MG
Para mais informações:https://www.sympla.com.br/hypera-hub__758632
-
- 13/01/2020 - Treinamento técnico em desenvolvimento de fotocatalisadores com bolsa da FAPESPFonte: Agência Fapesp
Uma Bolsa FAPESP de Treinamento Técnico nível três (TT-3) é oferecida para o projeto "Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas”, desenvolvido no Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O prazo de inscrição termina em 15 de janeiro de 2020.Coordenado pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, o projeto está vinculado ao Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPEs) constituído pela FAPESP e pela Shell.O grupo desenvolve fotocatalisadores para a conversão de metano em produtos de alto valor agregado relacionados à obtenção de hidrogênio para uso nas células a combustível, que funcionam de forma semelhante a baterias. O bolsista será responsável por auxiliar nos experimentos de síntese, caracterização e atividade dos fotocatalisadores.A oportunidade é voltada a alunos graduados de nível superior em Química ou Engenharia Química/Materiais.Os interessados devem enviar para o e-mail de Estevam Spinacé (espinace@ipen.br) cópias do currículo e do histórico escolar do curso de graduação.Mais informações sobre a vaga: www.fapesp.br/oportunidades/3352.A Bolsa de TT-3 tem valor de R$ 1.228,40 mensais. É direcionada a graduados do nível superior, sem reprovações no histórico escolar e sem vínculo empregatício. A dedicação deverá ser de 16 a 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa. O tempo de bolsa TT-3 será descontado no caso de o interessado vir a usufruir de Bolsa de Mestrado ou Doutorado Direto.Mais informações sobre as bolsas de Treinamento Técnico da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.
-
- 17/12/2019 - Brasil quer ajuda de outros países para construir reator nuclearFonte: TECMUNDOO ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, está disposto a avançar um projeto do governo Michel Temer: o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), uma fonte de energia e materiais que permitir a autonomia do país em certos setores.Segundo o site Telesíntese, Pontes defendeu durante uma reunião do órgão público Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa) o estabelecimento de parcerias entre o Brasil e outros países para que o projeto saia do papel. Por enquanto, não está claro se o objetivo é fechar parcerias para fornecimento de tecnologias, permitir a utilização conjuntados equipamentos ou até mesmo pedir um financiamento conjunto.
O conjunto de prédios a ser construído junto com o reator. (Fonte da imagem: Divulgação/Ipen)Além da cooperação internacional, ele sugere um "estudo estratégico de avaliação dos riscos" para que o país saiba exatamente como o relacionamento com outros países pode ser afetado caso avanços sejam feitos na área nuclear. A ata da reunião pode ser consultada no Diário Oficial da União desta terça-feira (17).O que é o projeto?Ainda sem previsão para ficar pronto, o RMB foi apresentado pela Marinha em junho de 2018 e tem como objetivo produzir radiofármacos. Esses materiais, hoje importados, permitiria avanços em medicina diagnóstica e tratamento de doenças como o câncer.
-
- 01/12/2019 - Bolsonaro inaugura ultracentrífugas em Fábrica de Combustível NuclearO presidente Jair Bolsonaro participou hoje (29) da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). A unidade pertence à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Com a entrada em operação da cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1. O governo federal investiu, em 2019, um total R$ 18 milhões no projeto.
O presidente Jair Bolsonaro participou hoje (29) da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). A unidade pertence à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Com a entrada em operação da cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1. O governo federal investiu, em 2019, um total R$ 18 milhões no projeto.
Fonte: Agência Brasil
Por Pedro Rafael Vilela
"Essa conquista deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, visto que o enriquecimento de isotópico de urânio é uma tecnologia de ponta, 100% nacional, desenvolvida na nossa querida Marinha do Brasil, com a parceria do Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares (Ipen), lá em São Paulo. O domínio dessa tecnologia é uma fase fundamental para a fabricação do elemento-combustível que abastece atualmente os reatores das usinas Angra 1 e 2, a futura operação de combustível para Angra 3 e os reatores de pesquisa brasileiros em desenvolvimento", afirmou o presidente da INB, Carlos Freire Moreira.
A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, projeto em parceria com a Marinha do Brasil e que inclui a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. Previsto para ser concluído em 2021, o projeto atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata está com parte da estrutura pronta, aguardando instalação da ultracentrífuga pela Marinha. A previsão é que seja inaugurada no final de 2020. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a pasta vai destinar mais R$ 20 milhões para a instalação das duas cascatas restantes.
O Brasil faz parte de um seleto grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. As outras nações com esse reconhecimento são: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.
Tecnologia nacional
A tecnologia de enriquecimento do urânio, pelo processo da ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O Brasil possui uma das sete maiores reservas de urânio do mundo. Encontrado em sua forma natural, o material não produz energia. O processo de enriquecimento é realizado para separar e aumentar a concentração de um dos isótopos naturais de urânio, que sofre um processo de fissão nos núcleos dos reatores nucleares. A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas de Angra 1 e 2 e, no futuro, Angra 3.
Edição: Paula Laboissière
-
- 29/11/2019 - Bolsonaro inaugura ultracentrífugas em Fábrica de Combustível NuclearOitava cascata fica localizada na cidade de Resende, no Rio de Janeiro
Oitava cascata fica localizada na cidade de Resende, no Rio de Janeiro
Fonte: A Tribuna
Da Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira (29) da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). A unidade pertence à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Com a entrada em operação da cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1. O Governo Federal investiu, em 2019, um total R$ 18 milhões no projeto.
"Essa conquista deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, visto que o enriquecimento de isotópico de urânio é uma tecnologia de ponta, 100% nacional, desenvolvida na nossa querida Marinha do Brasil, com a parceria do Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares [Ipen], lá em São Paulo. O domínio dessa tecnologia é uma fase fundamental para a fabricação do elemento-combustível que abastece atualmente os reatores das usinas Angra 1 e 2, a futura operação de combustível para Angra 3 e os reatores de pesquisa brasileiros em desenvolvimento", afirmou o presidente da INB, Carlos Freire Moreira.
A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, projeto em parceria com a Marinha do Brasil e que inclui a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. Previsto para ser concluído em 2021, o projeto atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata está com parte da estrutura pronta, aguardando instalação da ultracentrífuga pela Marinha.
A previsão é que seja inaugurada no fim de 2020. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a pasta vai destinar mais R$ 20 milhões para a instalação das duas cascatas restantes.
O Brasil faz parte de um seleto grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. As outras nações com esse reconhecimento são: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.
Tecnologia nacional
A tecnologia de enriquecimento do urânio, pelo processo da ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O Brasil possui uma das sete maiores reservas de urânio do mundo. Encontrado em sua forma natural, o material não produz energia. O processo de enriquecimento é realizado para separar e aumentar a concentração de um dos isótopos naturais de urânio, que sofre um processo de fissão nos núcleos dos reatores nucleares. A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas de Angra 1 e 2 e, no futuro, Angra 3.
-
- 29/11/2019 - Bolsonaro inaugura ultracentrífugas em Fábrica de Combustível NuclearO presidente Jair Bolsonaro participou hoje (29) da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). A unidade pertence à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Com a entrada em operação da cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1. O governo federal investiu, em 2019, um total R$ 18 milhões no projeto.
O presidente Jair Bolsonaro participou hoje (29) da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). A unidade pertence à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Com a entrada em operação da cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1. O governo federal investiu, em 2019, um total R$ 18 milhões no projeto.
Fonte: Isto É
"Essa conquista deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, visto que o enriquecimento de isotópico de urânio é uma tecnologia de ponta, 100% nacional, desenvolvida na nossa querida Marinha do Brasil, com a parceria do Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares (Ipen), lá em São Paulo. O domínio dessa tecnologia é uma fase fundamental para a fabricação do elemento-combustível que abastece atualmente os reatores das usinas Angra 1 e 2, a futura operação de combustível para Angra 3 e os reatores de pesquisa brasileiros em desenvolvimento”, afirmou o presidente da INB, Carlos Freire Moreira.
A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, projeto em parceria com a Marinha do Brasil e que inclui a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. Previsto para ser concluído em 2021, o projeto atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata está com parte da estrutura pronta, aguardando instalação da ultracentrífuga pela Marinha. A previsão é que seja inaugurada no final de 2020. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a pasta vai destinar mais R$ 20 milhões para a instalação das duas cascatas restantes.
O Brasil faz parte de um seleto grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. As outras nações com esse reconhecimento são: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.
Tecnologia nacional
A tecnologia de enriquecimento do urânio, pelo processo da ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O Brasil possui uma das sete maiores reservas de urânio do mundo. Encontrado em sua forma natural, o material não produz energia. O processo de enriquecimento é realizado para separar e aumentar a concentração de um dos isótopos naturais de urânio, que sofre um processo de fissão nos núcleos dos reatores nucleares. A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas de Angra 1 e 2 e, no futuro, Angra 3.
-
- 28/11/2019 - Carro híbrido a etanol pode rodar o km por R$ 0,14Tecnologia já está em estudo
Tecnologia já está em estudo
Fonte: Jornal da Cana
Desenvolver um carro elétrico que não precise ser carregado na tomada é o objetivo do projeto tecnológico lançado pela Nissan em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
As duas partes assinaram o acordo de cooperação terça-feira (26/11), em São Paulo.
Segundo a montadora japonesa, a ideia é utilizar o etanol para abastecer carros híbridos equipados com célula de combustível, em substituição ao hidrogênio pressurizado, usado atualmente.
A tecnologia, chamada Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), é inédita no mercado automobilístico.
O uso desta tecnologia combinado com os motores elétricos e o seu sistema de bateria garantem uma autonomia de no mínimo 600 km.
Conforme a Nissan, essa autonomia é possível abastecendo o veículo com apenas 30 litros de etanol, destaca conteúdo do TecMundo.
Em locais onde este tipo de combustível é bastante difundido, como o Brasil, os veículos elétricos não encontrariam dificuldade para recarregar.
Nova alternativa
Segundo a TecTudo, além de oferecer uma nova alternativa para o mercado de carros híbridos, a montadora também quer usar a parceria com o IPEN para transformar o modo como os veículos são integrados na sociedade, tentando viabilizar a introdução do sistema em carros de passeio.Como funciona o sistema SOFC da Nissan
A tecnologia SOFC da marca asiática se baseia na reação química de vários combustíveis com o oxigênio para produzir hidrogênio e depois eletricidade.
Bastante eficiente, o sistema funciona com etanol ou etanol misturado à água, além de ser totalmente limpo, contribuindo para preservar o meio ambiente.
Entre 2016 e 2017 a Nissan realizou testes utilizando dois veículos equipados com a tecnologia, as vans e-NV200, que se adaptaram facilmente ao uso cotidiano do país, segundo a montadora.
-
- 27/11/2019 - R$ 0,14 por km: Nissan e IPEN trabalham em híbrido a etanol supereconômicoDesenvolver um carro elétrico que não precise ser carregado na tomada é o objetivo do projeto tecnológico lançado pela Nissan em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). As duas partes assinaram o acordo de cooperação nesta terça-feira (26), em São Paulo, e divulgaram maiores detalhes sobre a novidade.
Desenvolver um carro elétrico que não precise ser carregado na tomada é o objetivo do projeto tecnológico lançado pela Nissan em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). As duas partes assinaram o acordo de cooperação nesta terça-feira (26), em São Paulo, e divulgaram maiores detalhes sobre a novidade.
Fonte: Site Tecmundo
André Luiz Dias Gonçalves, Nexperts
Segundo a montadora japonesa, a ideia é utilizar o etanol para abastecer carros híbridos equipados com célula de combustível, em substituição ao hidrogênio pressurizado, usado atualmente. A tecnologia, chamada Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), é inédita no mercado automobilístico.O uso desta tecnologia combinado com os motores elétricos e o seu sistema de bateria garantem uma autonomia de no mínimo 600 km, conforme a Nissan, abastecendo o veículo com apenas 30 litros de bioetanol. Em locais onde este tipo de combustível é bastante difundido, como o Brasil, os veículos elétricos não encontrariam dificuldade para recarregar.
Considerando o preço médio de R$ 2,9 por litro de Etanol no Paraná, por exemplo, um carro com a tecnologia da Nissa gastaria apenas R$ 0,14 por quilômetro, ou ainda 20 km por litro de etanol.
Além de oferecer uma nova alternativa para o mercado de carros híbridos, a montadora também quer usar a parceria com o IPEN para transformar o modo como os veículos são integrados na sociedade, tentando viabilizar a introdução do sistema em carros de passeio.
Como funciona o sistema SOFC da Nissan
A tecnologia SOFC da marca asiática se baseia na reação química de vários combustíveis com o oxigênio para produzir hidrogênio e depois eletricidade. Bastante eficiente, o sistema funciona com etanol ou etanol misturado à água, além de ser totalmente limpo, contribuindo para preservar o meio ambiente.
Entre 2016 e 2017 a Nissan realizou testes utilizando dois veículos equipados com a tecnologia, as vans e-NV200, que se adaptaram facilmente ao uso cotidiano do país, segundo a montadora.
-
- 26/11/2019 - Evento aborda desafios de falar de ciência na era digitalFonte: Zero Hora
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro evento da série de debates "#PapoemRede", organizada pela Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência, debaterá os desafios de falar sobre ciência na era digital.O evento busca discutir quais são as vantagens, oportunidades e dificuldades para o jornalismo e divulgação científica em um cenário dominado pela redes sociais e fake news.
O debate ocorre na próxima sexta-feira (29), às 9h, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni Ipen (av. Dr. Lineu Prestes, 2.242, Butantã), em São Paulo. O ingresso custa R$ 7,50.
O evento terá transmissões nas páginas da RedeComCiência no Facebook e no Instagram.
Programação:
9h45 Dois anos de RedeComCiência: o que fizemos até agora e o que ainda vamos fazer, com André Biernath, presidente da RedeComCiência
10h15 Mesa redonda A divulgação da ciência na era dos meios digitais, com Iberê Thenório, do canal Manual do Mundo, Laura Freitas e Ana Bonassa, do canal Nunca Vi 1 Cientista e Gabriel Alves, da Folha de S.Paulo, com mediação de Ana Paula Artaxo, do Ipen
11h15 Conferência Como falar de ciência para o grande público?, com Álvaro Pereira Junior, da Globo
-
- 26/11/2019 - Nissan e Ipen fazem parceria para desenvolvimento do uso de etanol em carros à célula de combustívelOs estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo
Os estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo
Fonte: Portal Terra
Cleide Silva
A Nissan e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, assinaram nesta tarde, 25, convênio para a segunda fase do projeto de desenvolvimento do uso do etanol em automóveis movidos à célula de combustível. Inédito no mundo, o sistema permitirá que o próprio combustível da cana gere a energia para a célula, sem necessidade de carregar na tomada, tornando mais viável a chegada de carros elétricos do País.
Os estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo, de veículo que comprovou a viabilidade do uso do bioetanol (etanol de segunda geração). "Agora o objetivo é trabalhar na redução do tamanho dos equipamentos, no aumento do desempenho e na redução de custos para que a tecnologia seja disseminada", explicou Wilson Calvo, diretor do Ipen.
Além de ser uma tecnologia com praticamente zero emissão de poluentes pelos veículos, ela é mais fácil de ser adotada pois o país já dispõe de ampla rede de postos de abastecimento de combustíveis, enquanto o sistema de carregadores de baterias ainda não está disponível em larga escala.Segundo Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil, o Ipen foi escolhido pela matriz do grupo para tocar essa nova fase do projeto por já trabalhar, há cerca de 15 anos, com estudos visando o uso do etanol em células de combustível. "É um projeto de grande interesse do País por se encaixar na nossa matriz energética", afirma. "Além disso, o conhecimento das instituições brasileiras, como o Ipen, vai contribuir para uma iniciativa global da marca, que pode beneficiar não só o Brasil, mas todo o mundo."
Essa tecnologia foi um dos temas abordados no mês passado durante o Salão do Automóvel de Tóquio, no Japão, onde as empresas tradicionalmente apresentam as tecnologias futuros para o setor automobilístico. O evento de hoje ocorreu no campus do Ipen, na Cidade Universitária.
Investimento
Os dois parceiros vão investir inicialmente R$ 300 mil, mas, por ser um convênio de 60 meses, em princípio, novos aportes deverão ser aplicados na medida do necessário.
Segundo a Nissan, o projeto envolve o desenvolvimento de uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (chamada de SOFC), que funciona por meio da energia elétrica gerada a partir da utilização do bioetanol. Pelos testes feitos até agora com o protótipo, o uso desse sistema combinado com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de bateria garantem ao veículo autonomia superior a 600 km com 30 litros de etanol.
"A colaboração do Ipen será no desenvolvimento da célula de combustível a etanol de menor porte (do que o usado nos testes), mais eficiente e mais barato", afirmou Fabio Coral Fonseca, pesquisador do instituto e responsável pelo projeto. "A vantagem é transformar diretamente em eletricidade a energia de um combustível renovável e estratégico para o País para viabilizar o carro elétrico".
-
- 25/11/2019 - Nissan e Ipen fazem parceria para desenvolvimento do uso de etanol em carros à célula de combustívelOs estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo
Os estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo
Fonte: O Estado de S. Paulo
Cleide Silva, O Estado de S.Paulo
A Nissan e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) assinaram nesta tarde, 25, convênio para a segunda fase do projeto de desenvolvimento do uso do etanol em automóveis movidos à célula de combustível. Inédito no mundo, o sistema permitirá que o próprio combustível da cana gere a energia para a célula, sem necessidade de carregar na tomada, tornando mais viável a chegada de carros elétricos do País.
Os estudos começaram em 2016 pela Nissan do Brasil e sua matriz japonesa e já foram realizados testes com um protótipo, de veículo que comprovou a viabilidade do uso do bioetanol (etanol de segunda geração). "Agora o objetivo é trabalhar na redução do tamanho dos equipamentos, no aumento do desempenho e na redução de custos para que a tecnologia seja disseminada”, explicou Wilson Calvo, diretor do Ipen.Além de ser uma tecnologia com praticamente zero emissão de poluentes pelos veículos, ela é mais fácil de ser adotada pois o país já dispõe de ampla rede de postos de abastecimento de combustíveis, enquanto o sistema de carregadores de baterias ainda não está disponível em larga escala.
Segundo Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil, o Ipen foi escolhido pela matriz do grupo para tocar essa nova fase do projeto por já trabalhar, há cerca de 15 anos, com estudos visando o uso do etanol em células de combustível. "É um projeto de grande interesse do País por se encaixar na nossa matriz energética”, afirma. "Além disso, o conhecimento das instituições brasileiras, como o Ipen, vai contribuir para uma iniciativa global da marca, que pode beneficiar não só o Brasil, mas todo o mundo.”
Essa tecnologia foi um dos temas abordados no mês passado durante o Salão do Automóvel de Tóquio, no Japão, onde as empresas tradicionalmente apresentam as tecnologias futuros para o setor automobilístico. O evento de hoje ocorreu no campus do Ipen, na Cidade Universitária.
Investimento
Os dois parceiros vão investir inicialmente R$ 300 mil, mas, por ser um convênio de 60 meses, em princípio, novos aportes deverão ser aplicados na medida do necessário.
Segundo a Nissan, o projeto envolve o desenvolvimento de uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (chamada de SOFC), que funciona por meio da energia elétrica gerada a partir da utilização do bioetanol. Pelos testes feitos até agora com o protótipo, o uso desse sistema combinado com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de bateria garantem ao veículo autonomia superior a 600 km com 30 litros de etanol.
"A colaboração do Ipen será no desenvolvimento da célula de combustível a etanol de menor porte (do que o usado nos testes), mais eficiente e mais barato”, afirmou Fabio Coral Fonseca, pesquisador do instituto e responsável pelo projeto. "A vantagem é transformar diretamente em eletricidade a energia de um combustível renovável e estratégico para o País para viabilizar o carro elétrico”.
-
- 21/11/2019 - Evento discutirá os desafios de falar sobre ciência na era digitalOs desafios de falar sobre ciência na era digital será o tema da primeira edição do Papo em Rede, evento da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência. A ação será no dia 29 de novembro, em São Paulo.
Os desafios de falar sobre ciência na era digital será o tema da primeira edição do Papo em Rede, evento da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência. A ação será no dia 29 de novembro, em São Paulo.
Fonte: Portal Imprensa
Kassia Nobre
André Biernath, presidente da Rede, explica que o objetivo é discutir as vantagens, oportunidades, dificuldades e desafios para o jornalismo e a divulgação científica em tempos de redes sociais e desinformação.
"Nós pensamos em uma série de projetos de encontros informais para que pudéssemos conversar e discutir um pouco sobre o cenário brasileiro de jornalismo de ciência e da divulgação cientifica. A nossa ideia é fazer outros eventos a partir deste primeiro e que nós possamos discutir as dificuldades que a gente encontra no dia a dia. E resolvemos começar com esta questão de redes sociais e fake news”.
Biernath afirma ainda que o público-alvo não são só jornalistas que cobrem ciência.
"A gente tem como público-alvo jornalistas que cobrem ciência, jornalistas que cobrem vários assuntos, mas que vez ou outra uma pauta de ciência cai no colo dele. Também congregamos assessores de imprensa, profissionais de comunicação de instituições públicas e privadas, professores, alunos, cientistas interessados em fazer divulgação da ciência e também influenciadores digitais. A gente espera que este grupo veja a rede como um canal de suporte para que eles façam suas reportagens da melhor maneira possível”.
Confira a programação do evento9h45 – Dois anos de RedeComCiência: o que fizemos até agora e o que ainda vamos fazer (André Biernath – presidente da RedeComCiência)10h15 - Mesa redonda - A divulgação da ciência na era dos meios digitais - participação de Iberê Thenório (Manual do Mundo), Laura Freitas e Ana Bonassa (Nunca Vi 1 Cientista) e Gabriel Alves (Folha de São Paulo), com mediação de Ana Paula Artaxo (Ipen)11h15 - Conferência - Como falar de ciência para o grande público? - Álvaro Pereira Junior (Fantástico, Rede Globo).
A criação da RedeA Rede foi criada em 2018 como um grupo fechado no Facebook após jornalistas que cobrem ciência participarem da Conferência Mundial de Jornalismo de Ciência.
"Nós sentimos a falta de um grupo que representasse nosso país. Um grupo que esteja acima das redações e de nossos cargos e que nós jornalistas de ciências possamos nos reunir e discutir o que a gente está fazendo e como a gente pode melhorar. A gente tinha uma preocupação muito grande de ter uma atuação internacional maior para mostrar o trabalho que é feito aqui no Brasil. Nossas dores, dificuldades, ideias e iniciativas”, explica o presidente.
A Rede busca ainda criar uma estratégia de integração nacional para agregar jornalistas fora de São Paulo. "Nós estamos fazendo uma série de eventos e a ideia é levar workshops, palestras e debates para instituições fora de São Paulo. O primeiro modelo foi um workshop na Universidade Federal do Mato Grosso que foi um debate sobre jornalismo de ciência. Nós repetimos este evento em uma universidade de Lajeado (RS) e pretendemos levar em janeiro para Fortaleza”.
Serviço#Papo em Rede no. 1 - os desafios de falar de ciência na era digitalAuditório Romulo Ribeiro Pieroni - IPEN - São Paulo, SP29 de novembro de 2019, 09h-12h15Ingresso: R$ 7,50. -
- 16/11/2019 - Etanol é alternativa válida - artigo Fernando CalmonCarro a álcool evoluiu para flex, que ainda terá avanços em consumo e emissões por causa do Rota 2030
Carro a álcool evoluiu para flex, que ainda terá avanços em consumo e emissões por causa do Rota 2030
Fonte: O Estado de Minas
Coluna Fernando CalmonAgora em 2019 comemoram-se os 40 anos do protocolo entre o Governo Federal e a indústria automobilística que deu origem aos primeiros carros 100% movidos a álcool, cujo primeiro a receber um certificado foi um Fiat 147. Posteriormente, deu-se conta de que há quatros tipos de álcool – metanol, etanol, butanol e propanol – e no Brasil se chegou a usar uma mistura de metanol, etanol e gasolina (batizada de MEG) no início dos anos 1990, por curto período. Então se decidiu, adiante, por etanol (abreviado pela letra E) como nome correto. A sigla usada no mundo passou a ser E100 (puro) e E85, E27 ou E10 para indicar o percentual de sua mistura com a gasolina.
Durante a 19ª Conferência Internacional Datagro, no fim do mês passado em São Paulo, foi anunciado outro marco de grande importância. Em 24 de dezembro de 2019 começa a embalar o programa Renovabio com a regulamentação dos créditos de descarbonização (captura de CO2 ou gás carbônico precursor de aquecimento da atmosfera e mudanças climáticas).
Conhecidos pela sigla CBio e precificados em bolsa de valores, estes créditos comercializáveis estimularão as usinas de etanol a produzir de forma mais eficiente, focadas na descarbonização e boas práticas de balanço energético e ambiental. Em médio prazo o CBio poderá tornar mais competitivo o preço do combustível verde ante a gasolina.
Por outro lado, em razão do programa Rota 2030 também surgirão progressos nos motores flex quanto à economia de combustível e menores emissões. Há metas rígidas de redução de poluentes controláveis e do próprio CO2. No futuro, motores híbridos otimizados para 100% de etanol de cana (neutro em carbono no ciclo de vida) poderão ser alternativa aos elétricos a bateria no Brasil.
Há outra possibilidade. Pilhas a hidrogênio geram eletricidade para carros elétricos. A partir de etanol no tanque de combustível, sem mudar nada da infraestrutura de abastecimento, um reformador a bordo transforma o combustível vegetal em hidrogênio. No fim deste mês, a Nissan assinará convênio com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da Universidade de São Paulo. O grande avanço é eliminar o reformador e o Ipen não só aceitou o desafio como terá apoio da marca japonesa.
Tração elétrica continua a ser tanto solução quanto problema, neste caso pelo alto preço e outros desafios das baterias, inclusive de infraestrutura de recarga e origem nem sempre limpa da eletricidade. Agora mesmo a Alemanha decidiu aumentar os subsídios para carros elétricos até 2025. Ao mesmo tempo em que isso foi saudado pela indústria e por ambientalistas, desnuda outra realidade: os consumidores não vinham mostrando interesse firme, pois incertezas continuam.
Comprar um automóvel pelo dobro do preço é decisão difícil em qualquer lugar. De outro lado, ninguém garante que os atuais impostos pesados sobre combustíveis não serão transferidos depois para as tarifas de eletricidade, com impacto sobre custo total de propriedade. A manutenção de um elétrico é, de fato, bem mais baixa, porém a substituição ou reforma das baterias depois de 8 a 10 anos de uso teria de cair muito de preço para não anular a economia esperada.ALTA RODA
OUTUBRO - foi mês de boas vendas no mercado interno, mas no acumulado do ano está ligeiramente abaixo da previsão da Anfavea, que espera crescimento de 9,1% em 2019 sobre 2018. Segundo a entidade, há razões para esperar crescimento também em 2020. Já é possível encontrar crédito com juros de 10% a 12% ao ano (padrão, 19%) para os melhores clientes.
ERRO - de calibração levou à detonação e daí à pré-ignição, ocasionando ruptura de pistão, biela e bloco, seguida de forte vazamento de óleo e incêndio em unidade do novo Onix Plus no Maranhão. Recall começa no dia 18 de novembro envolvendo todos os veículos em circulação e em estoque. Antes da nova geração do Onix sedã a GM não produzia motores turbo no Brasil.
HYUNDAI HB20 - sedã, na versão de topo Diamond Plus, mostrou importante subida de nível geral nesta segunda geração. Motor turbo 1-litro, 3-cilindros tem ótimas respostas e baixo nível de ruído e vibração. Melhorou muito o espaço no banco traseiro. É o primeiro carro nacional com frenagem autônoma emergencial. Acabamento de boa qualidade inclui até maçanetas cromadas.
STATION CLUBMAN e crossover Countryman, da grife John Cooper Works, são produtos de alto desempenho da britânica Mini. Ambos têm motor turbo de 306 cv e tração 4x4. Interior encanta pela originalidade e bancos bem projetados. Embora o crossover (R$ 239.990) deva vender mais que a station (R$ 219.990), esta impressiona por extraordinária rapidez em curvas.
QUANDO aprovado no Congresso em até 120 dias, o brasileiro não pagará mais o seguro obrigatório DPVAT. Indenizações de baixo valor, fraudes recorrentes e descontrole administrativo da Seguradora Líder levaram o sistema ao descrédito. Todo motorista deve se preocupar agora com seguro próprio a favor de terceiros. Haverá grande concorrência entre seguradoras. -
- 23/10/2019 - Nissan mostra no Japão tecnologia de etanol de 2ª geração criada no BrasilMontadora apresentou, no Salão do Automóvel da capital japonesa, projeto que permite uso de combustível de cana para gerar hidrogênio da célula de combustível
Montadora apresentou, no Salão do Automóvel da capital japonesa, projeto que permite uso de combustível de cana para gerar hidrogênio da célula de combustível
Fonte: O Estado de S. Paulo
Cleide Silva*, O Estado de S.Paulo
TÓQUIO – Em evento em que carros elétricos são a principal atração, a Nissan anunciou nesta quarta-feira, 23, em Tóquio, no Japão, que um projeto iniciado no Brasil pode ser uma nova alternativa global para o futuro dos chamados carros verdes.
O uso do etanol de segunda geração para produzir a energia de veículos movidos a célula de combustível já é visto como "comercialmente viável"pelo presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, embora ainda sejam necessários vários testes para confirmar sua viabilidade.
Em parceria com universidades brasileiras e engenheiros da empresa no Brasil, Estados Unidos, China e Japão, a Nissan descobriu que pode usar o etanol extraído de cana geneticamente modificada para gerar o hidrogênio da célula de combustível.
"Com isso, podemos reduzir o tamanho da bateria e aumentar sua eficiência, dispensar o reformador (equipamento que provoca a reação química necessária para gerar eletricidade) e, assim, reduzir custos", afirmou Silva em apresentação feita especialmente para jornalistas brasileiros.
Testes no Brasil
A empresa iniciou no Brasil em 2016 estudos para usar o etanol nas células de combustível, tecnologia que praticamente elimina toda a emissão de poluentes.
Agora em sua segunda fase de testes em conjunto com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, o projeto começa a se mostrar viável comercialmente e, segundo Silva, poderá ser adotado de forma global. "Esse já não é um projeto só do Brasil."
Os testes até agora foram feitos em uma van da Nissan, a NV200, e o próximo passo será em automóveis, informa Motohisa Kanijo, engenheiro que lidera o projeto. "Acredito que esta seria a melhor solução econômica (para o carro a célula de combustível)."
Segundo ele, serão necessáriosmais cinco anos de estudos para chegar ao ponto de teste da tecnologia em automóveis. A solução, além de mais barata, dispensaria a necessidade de infraestrutura de abastecimento de hidrogênio em postos, pois todo o processo de geração de energia ocorreria dentro da própria célula de combustível.
Como os projetos da indústria automobilística para reduzir emissões de poluentes envolvem diferentes tipos de tecnologias, a Nissan apresenta no Salão do Automóvel de Tóquio o protótipo Ariya, o primeiro utilitário esportivo (SUV) elétrico da marca que em breve chegará ao mercado.
A Honda também mostra seu primeiro automóvel 100% elétrico, o Honda-e, que será produzido no Japão a partir de 2020, assim como scooters também movidas a eletricidade.
Preocupação com a economia
Outra novidade da Honda é a nova geração do Fit, que chega ao Japão em versões híbrida e a gasolina. O Fit é o único modelo da mostra que virá para o Brasil, em data ainda não revelada. "Isso ocorrerá no momento certo", limita-se a dizer o presidente mundial do grupo, Takahiro Hachigo. Apostas são de que o novo modelo chegue ao País em 2021, na versão flex.
O executivo afirma ser "uma preocupação" para o grupo o fato de a economia brasileira não estar crescendo. Por outro lado, ele espera que a melhora nas vendas de automóveis "continue por um longo tempo".
Tradicionalmente um evento para mostrar tecnologias futuristas, o salão de Tóquio deste ano está mais voltado às tecnologias de combustíveis limpos e a maioria dos expositores apresentam produtos nessa linha, seja carro elétrico, híbrido e a célula de combustível.
Veículos autônomos, vedetes do salão anterior, em 2017, estão nos estandes mas sem o mesmo destaque dos elétricos. "Os autônomos começarão a chegar para usos específicos, mas ainda estão longe do dia a dia do consumidor, enquanto os elétricos já são uma realidade", justifica Silva.
*A JORNALISTA VIAGOU A CONVITE DA ANFAVEA
-
- 16/10/2019 - Primeiro ecossistema sem fins lucrativos de blockchain é lançado no BrasilCom o conceito de compartilhamento inspirado na iniciativa da espanhola Alastria, Blockum já tem o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN) e a operadora Sercomtel entre os associados do Blockum
Com o conceito de compartilhamento inspirado na iniciativa da espanhola Alastria, Blockum já tem o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN) e a operadora Sercomtel entre os associados do Blockum
Fonte: Site Cripto ID
Apesar de ser umas das tecnologias mais disruptivas que surgiram nos últimos anos, o blockchain ainda apresenta alguns gargalos. O mais comum é a demora registrada em determinadas operações decorrente da pouca escalabilidade dos sistemas interligados. Para resolver este problema, a empresa de tecnologia brasileira Golchain, lança o Blockum, o primeiro ecossistema sem fins lucrativos do segmento no Brasil, um ambiente tecnológico independente de cooperação entre empresas, entidades governamentais e pessoas. A meta é se tornar o maior ecossistema de blockchain do mundo, com mais de 50 mil nós validadores até 2021.
Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, conta que o projeto foi inspirado na iniciativa de sucesso da Alastria, na Espanha. Por lá, já são mais de 420 membros como Santander, Telefónica e SAP colaborando na mesma rede, responsável por disponibilizar ferramentas para fomentar estratégias de blockchain e acelerar a transformação digital.
Seguindo os mesmos passos, a brasileira Blockum já nasce com alguns associados representativos, entre eles o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que buscava uma plataforma segura para armazenar pesquisas e informações confidenciais, além de desenvolver estudos utilizando a tecnologia. Completam a lista a operadora de telefonia Sercomtel e centros de inovação ligados a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), reunidas dentro do ecossistema para criar um projeto municipal de desenvolvimento e inovação em blockchain em Londrina.
No sistema de compartilhamento do Blockum, cada membro do ecossistema disponibiliza sua infraestrutura de computadores e hardware, para receber em troca uma plataforma em nuvem de blockchain pronta e regulamentada para transações de valor jurídico. Com a identificação do caso de uso e o fornecimento de API’s, o associado pode desenvolver soluções com a tecnologia da maneira que for mais interessante para a sua operação, abrangendo as mais variadas utilizações.
"É um sistema extremamente democrático, já que qualquer empresa ou instituição, independente do seu tamanho, pode fazer parte do ecossistema”, explica Canavese. Segundo o executivo, com uma rede descentralizada e distribuída entre os vários associados, ao invés de concentrada em uma única companhia, é praticamente impossível que algum dado seja hackeado. "As operações também conseguem ser feitas em maior escala e sem espera. Com o partilhamento de nós validadores privados e permissionados, existe ainda maior segurança atrelada a uma rede permitida e protegida ao mesmo tempo”, detalha o executivo.
No caso do Blockum, apesar da mesma proposta de compartilhamento de infraestrutura e cooperação da Alastria, a meta é expandir a rede internacionalmente de olho no potencial desse mercado, que deve chegar a US$ 12 bilhões até 2022, de acordo com o IDC.
"Vamos lançar o Blockum agora em Portugal e depois no restante da Europa, Estados Unidos e Ásia. Nosso objetivo é fomentar a pesquisa & desenvolvimento baseada nesse tipo de tecnologia, ainda em estágio embrionário se pensarmos em todo o potencial que ela tem pela frente e as perspectivas de crescimento do setor”, informa Canavese.
Sobre a Golchain
Fundada em 2016, a Golchain é uma tecnologia voltada para o desenvolvimento de soluções públicas e privadas de blockchain, habilitando o desenvolvimento de produtos e serviços específicos neste segmento. A plataforma da Goldchain é a tecnologia provedora do Blockum, o primeiro ecossistema sem fins lucrativos de blockchain do Brasil.
Ampliação do blockchain no Brasil em debate no Fórum da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP
Fórum da RNP vai debater o uso do blockchain no Brasil, além da criptomoeda
Blockchain; Integridade ou Autenticidade; Ouça
-
- 14/10/2019 - Marinha impulsiona Vale do Silício NuclearForça Naval se articula para obter fundos e concretizar o projeto de um reator multiuso e um submarino nuclear
Força Naval se articula para obter fundos e concretizar o projeto de um reator multiuso e um submarino nuclear
Fonte: Destak
Após extrair o Programa Nuclear Brasileiro da Casa Civil para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) - órgão ligado à Presidência da República - através de uma articulação política ainda na gestão Temer por parte do general e ex-chefe do Gabiente, Sérgio Etchegoyen, a Marinha vem conduzindo os avanços do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Em resumo, o programa se traduz no projeto de um Reator Multipropósito e na construção de um submarino com propulsão de urânio enriquecido.
Atualmente, o Brasil possui um ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que é almirante, e vê a retomada da Usina de Angra 3 como prioridade. A obra está suspensa desde 2015, em função de escândalos de corrupção envolvendo o ex-presidente Temer e o ex-ministro de Energia Moreira Franco. Além da movimentação indicar uma mudança da matriz energética do país, a Marinha hoje concentra iniciativas nucleares por possuir corpo técnico compentente.
Hoje o mundo possui 442 reatores nucleares funcionando. A China tem 17 em construção, por exemplo, e o Brasil tem quatro reatores de pesquisa. O PNB existe desde a era Vargas, mas só foi aberto à comunidade internacional em 1987, durante o período Sarney, quando o Brasil anunciou que tinha a capacidade de enriquecer urânio. Atualmente, o RMB (Reator Multipropósito Brasileiro), com previsão de conclusão em quatro anos, passa por uma fase de captação de recursos.
Uma reunião foi feita no último dia 7, no GSI, com diversos ministérios envolvidos para viabilizar parte do montante estimado em U$ 500 milhões para o RMB, movido à urânio e que fará radioativos usados para pesquisa e para a produção de radiofármacos. Estuda-se empregar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Energia barata
"No momento, [o RMB] está na fase de fechamento do prédio do reator. O projeto é de uma empresa argentina, a INVAP. Há um acordo assinado entre Brasil e Argentina de um reator para cada país", disse Francisco Deiana, diretor técnico e de operação da Amazônia Azul Tecnologia de Defesa, a Amazul S.A., criada há seis anos com o objetivo de desenvolver tecnologias nucleares. Como o Brasil possui a 7ª maior reserva de urânio do planeta, o Brasil estuda os caminhos para exportar o material e entrar na corrida de desenvolvimento de produtos e energia radioativa.
A União Europeia prevê a conversão de carros movidos a combustível fóssil para a locomoção elétrica até 2030, mas isso só seria possível em escala continental mediante o uso de 100 reatores, segundo informações da Marinha. "Sem energia barata, o mundo para", afirmou Aldo Malavasi, assessor técnico científico do Centro Tecnológico da Marinha.
No Brasil, um dos desdobramentos do RMB é produzir radiofármacos para abastecer a cadeia nacional, tanto privada quanto pública. Isto é, há pretensões de destinar produtos radioativos para exames e tratamento de câncer no SUS. "O Brasil importa U$ 20 milhões de radiofármacos por ano para abastecer 430 clínicas e hospitais, mas queremos a autossuficiência", explicou Wilson Calvo, diretor geral do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
Calvo acrescentou que a cidade de Iperó, no interior de São Paulo, será a sede do RMB com dois milhões de m². Planeja-se a instalação de cerca de 20 prédios e até mesmo um acelerador de partículas no polo que vem sendo chamado informalmente de Vale do Silício Nuclear.
SUS e submarino
Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Juliano Cerci, os convênios particulares atendem 25% dos brasileiros e são responsáveis por 70% do atendimento que usa produtos nucleares. Quem faz os outros 30% é o SUS, que atende 75% da população. "Há um abismo de diferença entre essas populações por causa do preço, questões regulatórias e acesso. Na gestão Temer, chegou-se a considerar a extinção do grupo que discute o Programa Nuclear, hoje com 11 ministérios, autarquias e agências reguladoras do país. Agora há vontade política."
Já o submarino movido à urânio será feito com recursos garantidos pela Marinha. A data de entrega é incerta porque o projeto leva cerca de 8 anos para ficar pronto, com 200 engenheiros, e aproximadamente 12 anos para ser construído.
A Marinha garante que, apesar de proteger as águas do costado nacional, a finalidade do submarino não é transportar ogivas nucleares e que AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) faz vistorias surpresas para verificar a segurança dos procedimentos. "O armamento será convencional e o projeto conta com sistemas que protegem o material radioativo para não contaminar nada", assegurou o Almirante Noriaki Wada. -
- 07/10/2019 - CNEN e AMAZUL firmam parceria na produção de radiofármacosFonte: Site da CNEN
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN, unidade da CNEN em São Paulo/SP) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (AMAZUL) assinaram, na segunda-feira (7/10), em Brasília, um Termo de Execução Descentralizada. Com o instrumento, será possível prolongar a cooperação técnica para atendimento a requisitos de boas práticas na produção de radiofármacos. O documento foi assinado pelo presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, e pelo diretor-presidente da AMAZUL, Antonio Carlos Soares Guerreiro, em Brasília.
Profissionais da AMAZUL já vinham cooperando com o Centro de Radiofarmácia do IPEN no atendimento de parâmetros relativos à produção de radiofármacos. Com a assinatura do atual Termo de Execução Descentralizada, esta cooperação será garantida por mais tempo.
A produção de radiofármacos do IPEN é realizada há 60 anos e hoje atende a cerca de 2 milhões de pacientes por ano, em procedimentos de diagnóstico e de terapia de diversas doenças. Além do Tecnécio-99, do Iodo-131, do Flúor-18 e do Gálio-67, mais de vinte outros produtos são fabricados e distribuídos pelo Instituto.
-
- 07/10/2019 - SBFoton Conference 2019A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Fonte: Agência Fapesp
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.A conferência, com o tema "Conectando Pessoas com Luz”, inclui sessões plenárias, palestras, sessões técnicas (apresentações orais e de pôsteres), painéis e um salão de exposições. O SBFoton 2019 é apoiado pela IEEE Photonics Society e pela The Optical Society.
Os interessados podem enviar um artigo completo original para revisão enviados até 31 de maio, pela página do evento. A aceitação será comunicada no dia 31 de julho e a versão final será enviada até 30 de agosto. Os manuscritos apresentados serão publicados pelo IEEE Xplore (indexado pela Web of Science e Scopus).
As inscrições têm desconto até 12 de agosto (entre R$ 150 e R$ 1.000) e podem ser feitas também pela página do evento. O endereço do IPEN é av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: https://bit.ly/2EFPUPT.
-
- 07/10/2019 - SBFoton Conference 2019A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Fonte: Agência Fapesp
A Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton) organiza a sua segunda reunião anual, a SBFoton International Optics e Photonics Conference, entre os dias 7 e 9 de outubro de 2019, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.A conferência, com o tema "Conectando Pessoas com Luz”, inclui sessões plenárias, palestras, sessões técnicas (apresentações orais e de pôsteres), painéis e um salão de exposições. O SBFoton 2019 é apoiado pela IEEE Photonics Society e pela The Optical Society.
Os interessados podem enviar um artigo completo original para revisão enviados até 31 de maio, pela página do evento. A aceitação será comunicada no dia 31 de julho e a versão final será enviada até 30 de agosto. Os manuscritos apresentados serão publicados pelo IEEE Xplore (indexado pela Web of Science e Scopus).
As inscrições têm desconto até 12 de agosto (entre R$ 150 e R$ 1.000) e podem ser feitas também pela página do evento. O endereço do IPEN é av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: https://bit.ly/2EFPUPT.