Em Foco
-
- 28/05/2024 - IPEN e Siameco-SP implantam programa de educação continuada voltado para colaboradoresColaboradores terão a oportunidade de estudar e avançar nas séries e períodos iniciais dos estudos com base na Educação Continuada de Jovens e Adultos (EJA).
Colaboradores terão a oportunidade de estudar e avançar nas séries e períodos iniciais dos estudos com base na Educação Continuada de Jovens e Adultos (EJA).
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade tecno-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), localizada na Universidade de São Paulo e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP) deram início no mês de maio as atividades do projeto: Educação Continuada para a comunidade do IPEN.
No último dia 20 de maio, ocorreu a aula inaugural em parceria com a Siemaco-SP. A turma conta com 19 alunos matriculados, distribuídos entre o Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio. Destes, 11 participarão da prova de certificação Encceja, edição 2024, que ocorrerá no mês de agosto. Sendo sete alunos do Ensino Fundamental II e quatro do Ensino Médio
Segundo o Analista em Ciência e Tecnologia do IPEN, Ítalo Henrique Alves, esse projeto nasceu de uma procura do Siemaco –SP à Coordenação de Planejamento e Gestão (COPLG) para estabelecer um projeto de Educação Continuada para jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de completar ou até mesmo de iniciar os seus estudos nas idades corretas.
Essa é uma questão que remonta a um passado no IPEN nas décadas de 80 e 90em que o Instituto manteve um programa parecido de capacitação voltado para os servidores do IPEN e terceirizados, o que foi muito importante, porque tivemos muitos servidores que se formaram por meio dessa oportunidade.
"Reavivar esse projeto com essa parceria do Siemaco é algo que considero muito importante, tanto para a comunidade, quanto para a Instituição em si porque isso faz parte de um dos seus eixos de trabalho e da sua missão, que é o ensino. Ter hoje, na casa, um projeto de ensino é importante”, finaliza Ítalo Alves.
-
- 27/05/2024 - Parceria entre IPEN-CNEN e Marinha do Brasil possibilita formação de operadores de reator de pesquisaO treinamento e formação diminuem a falta de pessoal efetivo e amplia as atividades de pesquisas do Reator IEA-R1 do IPEN.
O treinamento e formação diminuem a falta de pessoal efetivo e amplia as atividades de pesquisas do Reator IEA-R1 do IPEN.
A parceria entre a Marinha do Brasil (MB) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), está capacitando militares para apoiar atividades de pesquisa e produção de radioisótopos no Reator IEA-R1. O acordo prevê o funcionamento do reator em turnos de operação contínua para produção de radioisótopos, planejando a formação de até 40 operadores de reator e quatro profissionais de radioproteção.
Em setembro de 2023, após o exame de qualificação da CNEN, foram licenciados 10 operadores da MB, sendo quatro operadores seniores de reator e seis operadores de reator. Em abril de 2024, mais nove operadores da Força Naval e cinco operadores do IPEN/CNEN foram licenciados.
Os operadores da Marinha, com os operadores do IPEN/CNEN, serão responsáveis pela condução da operação e pelo treinamento de novas equipes.
O Gerente-Adjunto de Operações do Reator de Pesquisa IEA-R1, professor doutor Alberto Fernando, explica que o curso prepara os militares da Força para o Exame de Qualificação da CNEN, garantindo a segurança e eficiência na operação de plantas nucleares.
"Os alunos são capacitados por profissionais que já atuam no Centro do Reator de Pesquisas e no Centro de Engenharia Nuclear do IPEN/CNEN, em São Paulo (SP). Eles ministraram aulas teóricas e práticas de todos os sistemas da instalação que se encontram detalhados no Relatório de Análise de Segurança (RAS). O aproveitamento tem sido ótimo, pois todos os candidatos, treinados sob coordenação dos pesquisadores Dr. José Roberto Berretta e Dr. Renato Semmler, do Centro do Reator de Pesquisas, foram aprovados, como a turma que concluiu treinamento no final de abril de 2024” esclarece Alberto Fernando.
Fases do curso
O Curso de formação do IEA-R1 é dividido em várias fases, começando com uma parte teórica seguida de um treinamento prático intensivo. Os discentes adquirem conhecimentos específicos sobre a planta nuclear, os procedimentos operacionais, normas e regulamentações, além de desenvolverem habilidades e atitudes necessárias para um operador licenciado.
O treinamento prático ocorre nas instalações do IEA-R1, permitindo que os alunos lidem com cenários variados, incluindo emergências. Além disso, o curso inclui avaliações contínuas e estágios supervisionados na planta, nos quais os alunos aplicam o conhecimento adquirido sob a supervisão de operadores licenciados.
O Capitão de Corveta (Engenheiro Naval) Ramon Soares de Faria explica que o processo de qualificação é rigoroso e inclui várias etapas, com destaque para o exame de qualificação da CNEN.
"O exame da CNEN é um dos momentos mais críticos deste processo e inclui uma parte escrita, que avalia conhecimentos teóricos, e uma parte prática, com situações operacionais e de emergência. Além disso, a CNEN também realiza entrevistas técnicas, nas quais os candidatos são questionados por uma banca de especialistas sobre diversos aspectos técnicos e operacionais”, detalha.
O coordenador e professor Dr. José Roberto Berretta enfatiza que a formação no IPEN é crucial para o desenvolvimento de operadores de reatores, destacando a importância do conhecimento. "Desde o início, busquei transmitir o máximo de informações sobre a instalação, pois isso enriquece o aprendizado dos alunos", afirma. Ainda segundo Barreta, um dos aspectos mais importantes para um operador de reator é não se limitar ao conhecimento de uma única instalação, mas expandir sua compreensão para outros reatores. "Esse conhecimento abrangente melhora significativamente a segurança na operação", conclui o coordenador.
Parceria necessária
Em 2019, o IPEN/CNEN procurou a Marinha do Brasil para verificar a possibilidade de alocar pessoal para viabilizar a retomada da operação por períodos contínuos e prolongados do reator nuclear de pesquisa IEA-R1.
Segundo a Diretora-Superintendente do IPEN, Dra. Isolda Costa, "essa parceria propiciará a produção de alguns radioisótopos importantes como o Iodo-131 e o Lutécio-177, possibilitando a disponibilidade, não para atendimento total da demanda nacional, mas em quantidades que permitam pesquisa e desenvolvimento de novos radiofármacos, bem como o atendimento emergencial em momentos de escassez desses radioisótopos no País”, esclarece.
O Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, destacou que a parceria com o IPEN/CNEN também atende à necessidade de capacitação dos futuros operadores do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE).
"Esse processo de cooperação é essencial, pois o LABGENE está sujeito às normas da CNEN, e um dos requisitos para os candidatos a operadores é possuir experiência técnica em operações nucleares. E a experiência na operação de um reator nuclear de pesquisa é válida para cumprir parte desses requisitos”, afirmou o Diretor-Geral.
A parceria tem possibilitado a formação de operadores seniores de reator, de operadores de reator e supervisores de proteção radiológica para o Reator IEA-R1, garantindo também o funcionamento do reator de forma continuada, o que propicia o desenvolvimento do potencial de pesquisa e de produção do Reator IEA-R1.
Parceria tem possibilitado a formação de operadores seniores de reator, de operadores de reator e supervisores de proteção radiológica para o Reator IEA-R1.
O Primeiro-Sargento Bruno de Oliveira Machado relatou os desafios de ingressar no curso. "O maior desafio foi entender como funciona o setor nuclear e crescer profissionalmente. Tivemos que sair da ‘zona de conforto’ e mergulhar na vasta área nuclear para nos especializar", afirmou. Ele também destacou a motivação do desafio profissional e a importância de buscar novos conhecimentos. "O futuro está caminhando para essa tecnologia, precisamos desmistificar o uso da energia nuclear e mostrar os benefícios para a sociedade, seja nos setores energéticos, saúde, agroindustrial ou segurança alimentar", concluiu.
Sobre o Reator
O IEA-R1 é um reator de pesquisa tipo "piscina”, moderado e refrigerado a água leve, que utiliza elementos de berílio e de grafite como refletores. Foi projetado para operar a uma potência máxima de 5 MW. Ele pode ser utilizado para várias finalidades, com destaque para a produção de radioisótopos para uso em medicina nuclear, como o Samário-153, utilizado como paliativo da dor em metástases óssea e no tratamento de artrite reumatoide; o Iodo-131, utilizado na terapia de câncer de tireoide e hipertireoidismo, na terapia de hepatomas, na localização e terapia de feocromocitomas, neuroblastomas e outros tumores, no estudo da função renal, na determinação do volume plasmático e volume sanguíneo total; e o Irídio-192, produzido na forma de fios metálicos, utilizados na técnica de braquiterapia para o tratamento de câncer. Pesquisas estão sendo realizadas para a produção de geradores de Tecnécio-99m, Lutécio-177 e Rênio-188.
Ainda conforme a diretora do IPEN/CNEN, além dos pesquisadores do Centro do Reator de Pesquisas, onde o reator está localizado, também utilizam os serviços de irradiação do IEA-R1: o Centro de Engenharia Nuclear, o Centro de Tecnologia das Radiações, a Diretoria de Radiofármacos, o Centro de Metrologia das Radiações, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, o Instituto de Engenharia Nuclear, o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o Instituto de Geociências da USP, o Instituto de Física da USP, o Instituto de Radioproteção e Dosimetria, a Universidade Federal Fluminense e o TRACERCO do Brasil (empresa privada que executa inspeções e testes em refinarias de petróleo).Com um compromisso contínuo com a excelência e a inovação, a Marinha do Brasil, em parceria com o IPEN/CNEN, permanece investindo na educação e no treinamento em energia nuclear, formando profissionais capacitados e prontos para liderar o futuro energético do Brasil. A capacitação desses operadores é essencial para assegurar um futuro próspero e seguro para o Brasil, destacando-se como uma Nação líder no uso pacífico e sustentável da energia nuclear.
Assista ao vídeo sobre o assunto: Parceria entre Marinha e IPEN forma operadores de reator de pesquisa - YouTube
Ulysses Varela - Jornalista Científico - Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
Com apoio de Edwaldo Costa (Marinha)
-
- 27/05/2024 - Oportunidade de bolsas para projetos de microreatores e baterias nucleares no IPEN-CNENAs bolsas são oferecidas para profissionais da área de Engenharia Elétrica ou Física e o prazo para inscrições termina em 5 de junho de 2024.
As bolsas são oferecidas para profissionais da área de Engenharia Elétrica ou Física e o prazo para inscrições termina em 5 de junho de 2024.
O Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN informa sobre a oportunidade de duas bolsas para atuação em projetos para o desenvolvimento de microreatores e baterias nucleares.
Ambas as bolsas têm duração de 26 meses e são destinadas a profissionais de nível superior na área de Engenharia Elétrica ou Física. Entretanto, uma delas exige pelo menos quatro anos de Doutorado.
O modelo de seleção será por meio de análise do currículo e entrevista com os candidatos agendada após a análise das documentações enviadas. O trabalho desenvolvido será presencial ou híbrido, com 40 horas semanais por 26 meses.
Perfil dos candidatos para as bolsas:
■ Profissional de Nível Superior da área de Engenharia Elétrica
- Regime de contratação: Bolsa de Pesquisador
- Remuneração mensal inicial: R$ 6.372,58
- Duração da bolsa: 26 meses com 40 horas semanais
- Pré-requisitos:
Curso superior em Engenharia Elétrica ou Física
Formado há pelo menos 10 anos
Experiência de pelo menos 10 anos na área de geradores ou geração elétrica
Organização e proatividade■ Profissional de Nível Superior da área de Engenharia Elétrica com Doutorado
- Regime de contratação: Bolsa de Pesquisador
- Remuneração mensal inicial: R$ 7.684,91
- Duração da bolsa: 26 meses com 40 horas semanais
- Pré-requisitos:
Doutor em Engenharia Elétrica ou Física
Doutorado há no mínimo 4 anos
Experiência na área de geradores ou geração elétrica
Organização e proatividadeInscrições
Os interessados deverão encaminhar currículo para a Dra. Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do CEENG/IPEN, pelo e-mail malimorato@gmail.com com o nome da vaga até o dia 07/06/2024, às 18h, identificando o nome do cargo e a formação básica no título do e-mail.
-
- 23/05/2024 - Trabalho de Iniciação Científica desenvolvido no IPEN-CNEN é premiado na INAC 2024Evento reúne cientistas de renome em uma iniciativa que busca aproximar a ciência da sociedade de forma descontraída e acessível. O trabalho premiado foi desenvolvido no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER-IPEN)
Evento reúne cientistas de renome em uma iniciativa que busca aproximar a ciência da sociedade de forma descontraída e acessível. O trabalho premiado foi desenvolvido no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER-IPEN)
Sob a orientação do professor e pesquisador nuclear do IPEN, Leonardo Gondim de Andrade e Silva, o trabalho do aluno de Iniciação Científica, Iago Vinício da Silva, foi premiado em segundo lugar entre 87 trabalhos durante a avaliação das apresentações de pôsteres na 10ª edição das Sessões Técnicas do Junior Pôster para alunos de graduação, realizada na INAC 2024.
A pesquisa, com o tema: "Análise da Influência da Radiação com Feixe de Elétrons na Resistência ao Impacto da Blenda de PVB com Poliamida 6” está ligada ao tema do evento e está voltada para uma linha que contempla a aplicação da radiação ionizante e de radioisótopos na indústria, meio ambiente e agricultura. Na qual a radiação é usada para desinfestação de flores e alimentos realizando análises dos alimentos irradiados ou o processamento de polímeros e as modificações causadas pela radiação. Cura de tintas, vernizes, adesivos e revestimentos por radiação ultravioleta e feixe de elétrons e uma série de outras finalidades.
A premiação fomenta a vocação científica e estimula potenciais talentos entre os alunos de graduação, aprimorando a qualificação dos alunos para ingresso em cursos de pós-graduação, além de contribuir para a expansão e renovação de profissionais técnicos da área nuclear no país.
Para Iago Silva, que é aluno do 7° semestre de engenharia Química da Universidade Santo Amaro (Unisa), receber a premiação representa uma grande vitória pessoal, um sonho que começou a ser uma realidade, pois sempre quis contribuir com a ciência brasileira.
"Ter ganho esta premiação reforça a certeza de querer continuar a pesquisar na área Nuclear, pois é uma área com alto potencial de desenvolvimento e de fundamental importância para a sociedade, tanto hoje quanto no futuro. Em nossa pesquisa estamos reciclando o PVB (poli vinil butiral), plástico usado nas indústrias de para-brisas de automóveis, buscando uma nova aplicação para um material que seria descartado em aterros e transformando em um material novo e muito mais resistente, por meio da incorporação em PA 6 (poliamida 6 conhecida como nylon) e o processo de irradiação com feixe de elétrons nas instalações do IPEN, explica.
Como prêmio, Iago Silva recebeu, além da menção honrosa pelo segundo lugar como melhor trabalho apresentado, um vaucher para a realização de uma visita à usina da Eletronuclear, operadora da central nuclear Álvaro Alberto, que premiou os 3 primeiros colocados com uma estadia no hotel em Angra dos Reis com direito a café da manhã e almoço. Os 3 primeiros colocados também ganharam, da China National Nuclear Corporation (CNNC), uma lembrança do evento.
Segundo o professor Leonardo de Andrade e Silva a apresentação foi efetuada no formato e-poster e avaliada considerando: o domínio para apresentar o tema, o domínio para responder às perguntas, o conteúdo do e-poster e a qualidade visual do e-poster. "A avaliação dos resumos estendidos foi realizada anteriormente por pesquisadores ad hoc especialmente convidados para este fim e o nosso trabalho foi um dos selecionados entre 87 resumos”, comemorou.
Sobre a INAC 2024
A INAC 2024 serve como uma plataforma intelectual para uma exploração profunda das faces multifacetadas da energia nuclear, particularmente o seu papel como catalisador do crescimento industrial, da geração de emprego e do avanço socioeconômico. Além disso, a conferência pretende destacar as contribuições inestimáveis da ciência e tecnologia nuclear para a sustentabilidade ambiental nas regiões e nações onde estes recursos são utilizados.
Ulysses Varela - Jornalista científico - BGE-DA - IPEN-CNEN -
- 22/05/2024 - Com foco na sustentabilidade, pesquisadores do IPEN/CNEN conseguem gerar energia elétrica a partir de caldo de cana in naturaProtótipo desenvolvido no laboratório do IPEN/CNEN demonstrou que é possível extrair energia elétrica alimentando células a combustível diretamente com caldo de cana-de- açúcar.
Protótipo desenvolvido no laboratório do IPEN/CNEN demonstrou que é possível extrair energia elétrica alimentando células a combustível diretamente com caldo de cana-de- açúcar.
Um dos maiores desafios da humanidade nos dias de hoje é conseguir gerar energia elétrica abundante, barata e sustentável, ou seja, sem prejuízo ao meio ambiente devido à criação de represas e aos desmatamentos, ou que não gere rejeitos e resíduos tóxicos, como ocorre com o carvão mineral e os combustíveis fósseis. A boa notícia é que as pesquisas neste setor continuam avançando e, se depender do esforço de cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), em breve pode surgir mais uma fonte de energia elétrica renovável e sustentável.Unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), localizada no campus da USP, em São Paulo, o IPEN tem excelência reconhecida na área de células a combustível e hidrogênio, buscando soluções inovadoras na área de energias renováveis. Desta vez, os cientistas mostraram que é possível gerar energia elétrica apartir do caldo-de-cana in natura, um feito que se inspirou na ideia "futurista” do filme "De volta para o futuro”, da década de 80, quando um cientista utilizava resíduos de uma lixeira como combustível para fazer um carro viajar no tempo.Similitudes entre ficção científica e ciência real à parte, a ideia de pesquisar sistemas energéticos eficientes e de baixo impacto ambiental, com foco no estudo e desenvolvimento da tecnologia de células a combustível, é uma tendência mundial e que já vem sendo estudada no IPEN/CNEN desde os anos 2000. Todavia, conforme relata o pesquisador do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) do IPEN/CNEN, Rodrigo Souza, foi a partir de uma pesquisa de doutorado de um engenheiro ambiental que a ideia tomou forma e se concretizou."Inicialmente, a ideia Bruno David Quiroz Villardi era pegar cana-de-açúcar e extrair o máximo dela, sem causar danos ao meio ambiente. Primeiro, ele pegaria o caldo-de-cana e transformaria direto em energia elétrica sem passar pelo etanol, uma vez que, para ser produzido, o etanol gera uma grande quantidade de vinhaça que não pode serdescartada em qualquer lugar, fora o alto consumo energético e de recursos hídricos para produzir o etanol. Então, se você para numa barraca de caldo-de-cana e abastece ali uma célula combustível de um carro, por exemplo, isto é muito mais prático, sem falar em transporte de etanol, que é caro e inflamável”, explicou.Almir Oliveira Neto, pesquisador do mesmo laboratório, destaca que a equipe envolvida nesse estudo aproveitou toda a tecnologia atual existente em célula a combustível para oxidação do álcool, na qual o IPEN se tornou uma referência nacional e internacional. "Nós já tínhamos toda uma experiência e estrutura desenvolvida para o estudo da oxidação do etanol direto em uma célula a combustível, a fim de transformá-la em energia, porém, a oxidação do etanol na célula combustível é parcial, ou seja, não é possível um aproveitamento total do número de elétrons da reação natemperatura em que nós trabalhamos”, conta.O estudo, então, parte do princípio de que o etanol é convertido em elétrons, e estes é que vão ser usados para gerar energia, de acordo com Almir. Ele explica ainda que o maior ganho com este novo processo está no apelo ambiental, pois gerar energia diretamente do caldo da cana vai diminuir a produção de resíduos e evitar adegradação do meio ambiente."Para que o resultado fosse positivo, nos baseamos em um catalisador para a célula de etanol que já é conhecido na literatura, porém, nós o adaptamos para trabalhar em condições em que o caldo-de-cana possa ser utilizado diretamente, ou seja, como os que compramos em feiras. Foi o que nós fizemos: pegamos o caldo-de-cana, oxidamoso mesmo na célula a combustível para gerar energia e descobrimos quais eram os componentes que proporcionavam a corrente elétrica. Posteriormente, aprimoramos o processo”, complementou.Infográfico: Arte: Mario Lima e Produção: Ulysses VarelaGeração de subprodutosUma outra vertente da pesquisa, que ainda será aprofundada, envolve a investigação dos subprodutos intermediários gerados a partir da energia do caldo-de-cana, como o ácido acético e os acetatos baseados na oxidação do etanol. Almir esclarece que já existe um conhecimento, tanto na reação no meio ácido quanto no meio alcalino.Segundo ele, a pesquisa demonstrou que a oxidação é sempre incompleta, o que muda é a distribuição do produto durante o processo de conversão em energia. "Quando você produz etanol, você passa por diferentes etapas e você tem a produção dos resíduos. Ao utilizar diretamente o caldo-de-cana para gerar energia, você elimina essa etapa de produção de contaminantes do ambiente, mas é necessário conhecer o que vai sobrar no final”, disse Almir Oliveira."O objetivo principal da pesquisa foi comprovar que o caldo-de-cana era capaz de gerar energia elétrica, e isso foi comprovado. Porém, neste processo com a própria oxidação do caldo-de-cana trabalhado nas condições em que opera o reator de célula combustível, você tem um resíduo parecido com uma cachaça de cheiro amadeirado, e, em uma outra condição, você consegue um subproduto farmacêutico à base da oxidação da glicose. Tudo isso vai ser aprofundado no futuro”, pontua Rodrigo Souza.Próximos passosApós a comprovação de que o caldo e cana gera energia, as pesquisas continuam para se aprofundar e aprimorar o processo em uma segunda etapa. "Nosso desafio, agora, é aumentar a conversão desses açúcares em energia. Ou, ainda, voltar os estudos para outros produtos de interesse comercial, como os produtos farmacêuticos ouconservantes, o que é possível de se obter também. Mas isso já seria outra pesquisa. O reator é o mesmo, mas as condições de operação mudam um pouco. Ou a gente prioriza energia, ou a gente prioriza os produtos de valor agregado”, esclarece Rodrigo.Funcionamento na práticaPara se ter uma ideia sobre a aplicação prática desse achado, os pesquisadores fizeram um cálculo rápido a partir dos experimentos em laboratório. Eles já sabem que a capacidade de geração de energia depende muito da área do eletrodo na célula a combustível. "Nós tínhamos 10 miliwattes por centímetro quadrado. Com cerca de dez células trabalhando, nós conseguiríamos uma potência em watts capaz de manter a iluminação de uma lâmpada de LED, ou carregar um celular, utilizando apenas um ml de cana-de-açúcar por minuto. Para manter essa lâmpada acesa por uma hora, serãonecessários 60 ml de caldo de cana”, exemplifica Rodrigo.Almir acrescenta que este é um cálculo com base no que foi constatado em laboratório e publicado no artigo. "Quando se pensa em aumentar essa escala, existe um encarecimento do processo em si, então, geralmente, quando há verba para construir um protótipo de uma célula a combustível, imaginamos um equipamento que mediria cerca de 25 cm². Se houver investimento, projetos com maiores recursos, dá para construir módulos maiores”, finaliza o pesquisador.Ulysses Varela - Jornalista científico - BGE-DA - IPEN-CNENProcesso real de geração de energia com caldo-de-cana de açúcar em laboratório. -
- 17/05/2024 - Oportunidade de bolsas de mestrado no MEPhI, RússiaA área de Internacionalização do IPEN informa sobre a oportunidade de 5 bolsas para mestrado no Moscow Engineering Physics Institute (MEPhI), da National Research Nuclear University, Rússia. Os interessados poderão se inscrever até 31/05/2024, sexta-feira. As bolsa têm financiamento estatal russo.
Informações diretamente com o MEPhI pelo e-mail: eeametova@mephi.ru
-
- 16/05/2024 - Marly Babinski toma posse como membro titular da ABC e é homenageada no XIII SSAGIA atual diretora do Instituto de Geociências (IGc) da USP, Marly Babinski, egressa do Programa de Pós-Graduação do IPEN-USP, tomou posse como membro da ABC e foi homenageada em evento científico no mês de maio.
A atual diretora do Instituto de Geociências (IGc) da USP, Marly Babinski, egressa do Programa de Pós-Graduação do IPEN-USP, tomou posse como membro da ABC e foi homenageada em evento científico no mês de maio.
A geóloga Marly Babinski, atual diretora do Instituto de Geociências (IGc) da Universidade de São Paulo (USP), tomou posse como novo membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), durante a Reunião Magna da entidade realizada em 8 de maio, na Escola Naval do Rio de Janeiro. Na ocasião, também se tornaram membros Vera Lucia Imperatriz Fonseca, do Instituto de Biociências (IB): Julio Romano Meneghini, da Escola Politécnica (Poli); Patricia Chakur Brum,do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE); Renato Janine Ribeiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e Vera Lucia Imperatriz Fonseca, do Instituto de Biociências (IB).
No IPEN, Babinski defendeu seu doutorado pelo Programa de Tecnologia Nuclear IPEN-USP orientada pelo Prof. Dr. Koji Kawashita, em 1993. Geocronologia e quimioestratigrafia isotópica em sedimentos e análises ambientais para caracterização de poluentes são parte de suas pesquisas.
Babinski também desenvolveu atividades na Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP e vice-presidente e diretora adjunta de Relações Acadêmicas Nacionais da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI).
Homenagem em Simpósio
Durante a realização do "XIII South American Symposium on Isotope Geology", realizado de 12 a 15 de maio, em Búzios, RJ, Babinski foi homenageada pela importância de sua contribuição para a geologia isotópica na América Latina.
-
- 16/05/2024 - Dia Internacional da LuzO Dia Internacional da Luz, em 16 de maio, destaca o papel crucial da luz na ciência, cultura, arte, educação e desenvolvimento sustentável, abrangendo setores como medicina, comunicações e energia. Esta celebração promove a compreensão de como ciência, tecnologia, arte e cultura contribuem para os objetivos da UNESCO em construir sociedades pacíficas.
A celebração foi instituída em homenagem ao aniversário da primeira operação bem-sucedida com raio laser, realizada na década de 60 por Theodore Maiman (1927-2007), físico e engenheiro. Além de celebrar este marco histórico, a data serve como um lembrete para fortalecer a cooperação científica e explorar seu potencial em promover a paz e o desenvolvimento sustentável.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em São Paulo , mantém o Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), reconhecido internacionalmente pela excelência de suas pesquisas.
Especializado em lasers de estado sólido, o CELAP concentra-se no desenvolvimento de competências científicas e tecnológicas, aplicáveis em diversas áreas como energia nuclear, saúde, processamento de materiais, monitoramento ambiental, biotecnologia e nanotecnologia.
Além disso, o Centro desempenha um papel fundamental na formação de recursos humanos e na produção de produtos e serviços para a sociedade brasileira.
-
- 14/05/2024 - Participação do IPEN no Pint of Science acontece nas noites de 14 e 15 de maio. Participe!Evento reúne cientistas de renome em uma iniciativa que busca aproximar a ciência da sociedade de forma descontraída e acessível
Evento reúne cientistas de renome em uma iniciativa que busca aproximar a ciência da sociedade de forma descontraída e acessível
Atualizada em 15/05/2024, às 15h
O impacto dos nanoplástico para a vida humana, a importância da irradiação de alimentos, a importância do conhecimento físico-quimico dos insumos das abelhas nativas e o potencial das baterias nucleares , estes serão os temas que o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN), unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) levará ao Pint of Science Brasil 2024.
O festival reúne pesquisadores e especialistas em bares e restaurantes para discutir temas relevantes em diversas áreas do conhecimento. O evento acontece anualmente em várias cidades brasileiras. Na edição deste ano serão realizadas apresentações em 179 cidades do Brasil como parte do Festival Pint of Science, que ocorre simultaneamente em mais de 25 países.
O festival foi criado em 2012, na Inglaterra, e chegou ao Brasil em 2015. Desde então, o festival vem crescendo e ganhando destaque em todo o país.
Com o lema "Um Brinde à Ciência", o festival busca estabelecer um diálogo aberto e informal entre os cientistas e o público em geral, proporcionando uma experiência única e divertida. Além disso, o evento visa inspirar jovens estudantes e promover o interesse pela ciência e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento da educação científica no país.
O Brasil será o país que terá o maior número de cidades participando do festival mundial de divulgação científica Pint of Science em 2024: 179 municípios de todas as regiões do país vão brindar a ciência nos dias 13, 14 e 15 de maio.
"Falar sobre ciência não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para enfrentar desafios presentes e futuros”, diz o coordenador nacional do evento, Luiz Almeida.
Participação do IPEN
Este ano o IPEN participará do evento com 4 palestras, duas delas acontecem no The Barley House - Rua: Prof. Atílio Innocenti, 621 - Vila Nova Conceição, São Paulo.
14/05/2024 - terça-feira
Tema1: Nanoplásticos no Estuário de Santos: Desvendando Impactos do Invisível
Convidamos você a mergulhar conosco nas águas do Estuário de Santos, onde o invisível se torna visível através da ciência. Em nossa palestra, exploraremos a metodologia de caracterização de microplásticos e até de nanoplásticos, revelando como essas partículas minúsculas afetam o ecossistema marinho e a saúde humana.visível
Niklaus Ursus Wetter
Possui bacharelado em Física pela Eidgenössische Technische Hochschule Zürich - ETH (1988 - Suíça) e Doutor em Tecnologia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (1993). Atualmente é pesquisador titular da Comissão Nacional de Energia Nuclear no IPEN/SP-USP e docente de pós-graduação da Universidade de São Paulo USP, onde ministra regularmente uma disciplina. De 2013 até 2018 ocupou o cargo de gerente do Centro de Lasers e Aplicações do IPEN/SP. Desde 2019 ocupa o cargo de Vice-diretor de Pesquisa e gerente de Internacionalização do IPEN. É especialista em desenvolvimento de lasers e atua nos principais segmentos: Lasers de estado sólido e materiais para meios Laser, Guias de onda, Aplicações de lasers nas ciências da vida, Lasers em aplicações nucleares e Espectroscopia Raman. Desde 2008 desenvolve fontes de luz em materiais desordenados, ou "Lasers Randômicos", para fins de aplicações em dispositivos ópticos. Em 2017, adquiriu, por meio de um projeto da FAPESP, um equipamento multiusuário Raman-TERS (AFM) com STM e SNOM, voltado para medições e desenvolvimento de nanomateriais. (Fonte: Currículo Lattes)
William Shepis
Bacharelado em Biologia Marinha pela Universidade Santa Cecília - UNISANTA. Atualmente é Diretor Presidente do Instituto EcoFaxina.
Alimentos Irradiados: Segurança Alimentar e o Futuro da Conservação
A palestra apresenta aspectos da tecnologia para irradiação de alimentos e as possibilidades de sua conservação. Você conhecerá os benefícios do uso da radiação ionizante para redução de perdas da colheita, eliminação de insetos e parasitas, maior competitividade no mercado, retardo do amadurecimento de frutas mantendo suas propriedades nutricionais e aspectos de regulamentação no Brasil. O tema também abordará questões de divulgação científica que visam informar o público sobre a segurança e benefícios no uso dessa tecnologia para atividades que se encontram no cotidiano.
Tema2: Alimentos Irradiados: Segurança Alimentar e o Futuro da Conservação
Anna Lucia Villavicêncio
Pesquisadora Sênior, do IPEN-CNEN/SP, bolsista CNPq, Professora doutora em Ciência dos Alimentos, bromatologia pela FCF/USP. Pós-poutorado em flores comestíveis irradiadas e análise de biocompostos naturais. Mestrado em Tecnologia Nuclear. Coordenadora no IPEN da área de Irradiação de Alimentos com projetos nacionais e internacionais. Coordenadora de projetos da Agência Internacional de Energia Atômica nas áreas de alimentos e agricultura. Titular do curso de Irradiação de Alimentos na Pós-Graduação do IPEN/USP.
Denise Sahyun Levy
Pós-doutorado em Tecnologia Nuclear pelo IPEN. Atuação na área da Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação, com ênfase em capacitação profissional e formação continuada. Professora no programa de Pós-Graduação do IPEN/USP. Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR). Vice-presidente da Federación de Radioprotección de América Latina y el Caribe (FRALC). Colaboradora das plataformas educativas internacionais: Red Latinoamericana para la Educación y la Capacitación en Tecnología Nuclear (LANENT) e Plataforma Tecnológica de Energía Nuclear de Fisión (CEIDEN).
15 de maio - quarta-feira
1.Título - "A Ciência por Trás dos Insumos das Abelhas Nativas e seu Papel na Preservação Ambiental”
Resumo:Descubra os segredos dos insumos produzidos pela abelha nativa tubi (Scaptotrigona aff. postica), uma espécie oriunda do Maranhão e essencial para a biodiversidade. A apresentação irá explorar a caracterização físico-química e biológica dos insumos da abelha destacando as técnicas avançadas para desvendar a complexidade e o potencial nutricional destes insumos. Também abordaremos as diferenças no manejo da abelha tubi em relação a outras espécies, enfatizando práticas sustentáveis que respeitam seu comportamento. A ciência desempenha papel importante para compreender o processo de produção do mel e da importância de se manter o ecossistema local.
Palestrante: Cibele Bugno Zamboni, pesquisadora do Centro do Reator de Pesquisa do IPEN-CNEN
Currículo
Cibele Bugno ZamboniPossui Bacharelado em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestrado e doutora pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Aplicações de Radioisótopos, com ênfase em Física Aplicada na Área da Saúde, Meio ambiente e na Investigação do Patrimônio Artístico e Cultural. Coordenação de projetos apoiados pela FAPESP, CNPq, IPEN, Capes e IAEA. Atualmente é pesquisadora da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Supervisora do Laboratório de Espectroscopia e Espectrometria das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares e orientadora da pós-graduação da Universidade de São Paulo. Paralelamente atua no campo de Divulgação Cientifica como Editora do site JOVEM CIENTISTA (http://jovemcientista.com.br/) e coordena o canal Jovem Cientista no YouTube.
2.Título-"Energia Inesgotável? A Revolução das Baterias Nucleares e seu Potencial”
Resumo: Descubra como cientistas do IPEN, de três áreas diferentes de pesquisa, se reuniram para desenvolverem a primeira bateria nuclear brasileira, capaz de operar por mais de 200 anos sem recarga. Durante a palestra, exploraremos o processo de criação da bateria nuclear desde sua concepção até sua execução e aplicações futuras com foco especial em plataformas petrolíferas e locais isolados. A bateria nuclear pode revolucionar a capacidade de fornecer energia ininterrupta e sustentável em ambientes remotos e desafiadores. Junte-se a nós nessa discussão sobre o potencial transformador das baterias nucleares e como poderão auxiliar no fornecimento de energia com maior sustentabilidade.
Palestrante: Carlos Alberto Zeituni, gerente e pesquisador do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN
Currículo:
Carlos Alberto ZeituniGraduado em em Engenharia Química pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1994) e mestrado em Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (1998), doutorado em Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (2008). Além disso, é Engenheiro de Qualidade pela Universidade de São Paulo (1996) com ênfaseem Sistemas de Qualidade ISO 9000 e ISO 14000. Atualmente é tecnologista sênior da Comissão Nacional deEnergia Nuclear e professor da Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear da Universidade de São Paulo e da Pós-Graduação em Tecnologia das radiações em Ciências da Saúde do IPEN/CNEN. É o atual Gerente do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN/CNEN Tem experiência na área de Engenharia Nuclear, com ênfase em Exames Pós-Irradiação de combustíveis e na produção de fontes radioativas para a indústria e para o tratamento de câncer. Orienta alunos de mestrado e doutorado atuando principalmente nos seguintes temas: dosimetria, combustível nuclear, braquiterapia, combustível tipo placa, sementes de iodo-125 e fontes de Irídio-192 para
tratamento de câncer. -
- 13/05/2024 - IPEN-CNEN apoia Marinha com técnicas nucleares para preservação do quadro do Almirante Álvaro Alberto, pioneiro na pesquisa nuclear do BrasilPreservação Histórica com Ciência Avançada: Quadro de Álvaro Alberto é preservado com técnica de irradiação.
Preservação Histórica com Ciência Avançada: Quadro de Álvaro Alberto é preservado com técnica de irradiação.
No dia 13 de maio, a Marinha do Brasil, em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), uma unidade técnico-cientifica da Comissão Nacional Energia Nuclear (CNEN), realizou a desinfestação e higienização por irradiação do quadro histórico do Almirante Álvaro Alberto, pertencente à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM). O procedimento ocorreu no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER).
O pesquisador Pablo Vasquez, responsável pela linha de pesquisa para preservação de acervos culturais com radiação ionizante do IPEN, explica que o processo é conhecido como ionização gama.
"A radiação gama, proveniente do Cobalto-60, representa uma alternativa altamente eficiente que ajuda a preservar e a conservar materiais orgânicos susceptíveis de serem afetados por agentes biodegradantes, como insetos e microorganismos (fungos e bactérias). A técnica não deixa resíduos de radiação e dispensa a quarentena. Além disso, os objetos são tratados ainda em suas embalagens de transporte, devido às características de penetração da radiação gama. Objetos contaminados com insetos podem ser tratados em aproximadamente 30 a 40 minutos”, afirma Vasquez.
Preservação cultural
As obras de arte, integrantes do patrimônio cultural da humanidade, estão expostas a degradações físicas, químicas e biológicas. Na América do Sul, o IPEN-CNEN é pioneiro nessa aplicação, tendo conquistado ampla aceitação nas instituições de preservação nos últimos anos.
Diversos países, como França, Holanda, Itália, Romênia, Japão, Áustria, Polônia, Alemanha e República Tcheca, empregam a radiação ionizante para desinfestar obras de arte e promovem extensas pesquisas nesse campo. As obras de patrimônio histórico e cultural têm se beneficiado dessa tecnologia, que não gera resíduos tóxicos ou radioativos.
Isolda Costa, diretora-superintendente do IPEN, ressalta que o equipamento foi desenvolvido pela instituição com tecnologia 100% nacional em 2004. Trata-se da única instalação pública no país que oferece o procedimento com elevados padrões de segurança e eficiência, além de colaborar com instituições públicas na transferência de tecnologia.
"Além de quadros e outros materiais, o irradiador esteriliza os insumos para a radiofarmácia do Brasil, garantindo segurança nas aplicações médicas específicas”, comenta Isolda.
A adoção da radiação apresenta vantagens significativas em comparação aos métodos químicos: não requer período de quarentena após o tratamento, não gera gases tóxicos ou substâncias nocivas. Assim, não há impactos à saúde dos profissionais que realizam o processamento ou o manuseio das obras, nem ao meio ambiente.
Esta tecnologia avançada, disponível no Centro de Tecnologias de Radiações do IPEN (CETER), oferece uma alternativa segura para a preservação de objetos históricos, não utiliza agentes químicos perigosos, como o óxido de etileno, conhecido por suas propriedades tóxicas e cancerígenas. A técnica dispensa a quarentena e não provoca ativação dos materiais tratados, garantindo que os itens permaneçam livres de contaminação e prontos para serem restaurados ou armazenados com segurança.
Para o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, o serviço realizado pelo IPEN é histórico e de grande relevância, demonstrando compromisso com a excelência científica e tecnológica.
"A irradiação nuclear realizada pelo IPEN evidencia um elevado nível de competência e desenvolvimento tecnológico, além de assegurar a conservação e proteção de uma importante obra de arte, permitindo que as futuras gerações possam visualizar e se inspirar na história e legado do Almirante Álvaro Alberto, um dos precursores do desenvolvimento da pesquisa nuclear no país”, conclui o Almirante Rabello.
Após higienizado no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, o quadro do Almirante Álvaro Alberto foi devolvido no mesmo dia à DGDNTM pela diretora do IPEN e pelo professor Pablo.
-
- 13/05/2024 - IPEN-CNEN sedia III Encontro de Meninas e Mulheres na CiênciaO evento pretende proporcionar um ambiente igualitário e justo para permitir que todas participantes tenham oportunidades iguais de crescimento e realização profissional.
O evento pretende proporcionar um ambiente igualitário e justo para permitir que todas participantes tenham oportunidades iguais de crescimento e realização profissional.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade técnico científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e a Women in Nuclear no Brasil (WiN Brasil) realizam no período de 14 a 16 de maio de 2024, na sede do IPEN, o III Encontro de Meninas e Mulheres na Ciência.
O Encontro tem como objetivo inspirar e motivar jovens estudantes mulheres a explorarem as carreiras na área da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), em especial na área nuclear, estando em concordância com o objetivo de desenvolvimento sustentável de número cinco, designado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que aborda a questão sobre igualdade de gênero.
O IPEN-CNEN, que atua na área das ciências nucleares, é reconhecido como um dos maiores centros de pesquisas e ensino de pós-graduação, exercendo um papel importante no desenvolvimento de pesquisas aplicadas e intensa atuação na medicina nuclear brasileira, além de propagar a ciência e incentivar a participação de meninas e mulheres nesta área.
A diretora do IPEN, Isolda Costa, acredita que as mulheres podem dar uma grande contribuição na área de ciência e na pesquisa. Porém, muitas vezes elas não têm esse estímulo da sociedade e até da família, mas o fato delas terem um contato com outras mulheres que já atuam na área, vendo e sendo estimuladas por experimentos, isso pode de fato, interessá-las.
"Esta experiência pode se apresentar para elas como uma possibilidade de carreira, o que consideramos muito importante para o futuro da ciência no Brasil. Para que o nosso País tenha mais pessoas atuando em pesquisas nucleares, em ciência ou na formação de recursos humanos, tanto na área científica quanto no desenvolvimento tecnológico. O ‘Encontro Meninas e Mulheres na Ciência’ é muito importante para isso, para possibilitar esse contato”, salienta Isolda Costa.
O evento pretende proporcionar um ambiente igualitário e justo, permitindo que todas participantes tenham oportunidades iguais de crescimento e realização, além de buscar reconhecer e valorizar a multiplicidade de vozes, experiências e talentos das participantes.
De acordo com a presidente da WiN Brasil, Gabryele Moreira, a terceira edição do Encontro Meninas e Mulheres na Ciência promete uma intensa imersão no mundo das ciências nucleares. "Por meio de um trabalho contínuo que envolve a diversidade e a inclusão, pretendemos quebrar barreiras, desconstruir estereótipos e construir um futuro mais equitativo e empoderado para todas as mulheres, em especial a estas meninas de escolas públicas que participarão do evento”, explica.
Programação
Durante o evento serão realizadas palestras, workshops e atividades práticas que vão proporcionar uma experiência enriquecedora para as alunas participantes.
Para inspirar e motivar as cerca de 300 jovens estudantes (100 por dia) convidadas a explorarem carreiras na área nuclear, a organização do evento elaborou uma programação intensa das 13h às 17h30, contando com recepção, palestras, workshops e atividades práticas pensadas para que as participantes conheçam e vislumbrem a possibilidade de se tornarem futuras cientistas.
Nos três dias acontecerá a abertura com a diretora-superintendente do IPEN Isolda Costa, seguida por uma palestra sobre radioproteção, a realização de exposições e oficinas e lanche, mais uma palestra sobre inovação e uma roda de conversa antes do encerramento realizado pela WiN Brasil.
Cartilha "O passo a passo para ingressar na Universidade”
Além das atividades programadas, as estudantes vão receber uma cartilha elaborada pela organização do evento especialmente para elas conhecerem "O passo a passo para ingressar na Universidade” e a partir da experiência no evento estarem prontas a escolher uma carreira profissional.
Para as organizadoras do evento que fazem parte da WiN Brasil o momento do fim do Ensino Médio é bastante desafiador, pois é muito comum as estudantes se sentirem perdidas, sem saber o que escolher como: começar a trabalhar ou estudar para ingressar na Faculdade, entre outras possibilidades.
"Caso a escolha seja por fazer o Ensino Superior, é bastante normal que role uma ansiedade na hora de escolher o curso, além de uma breve tensão quanto à preparação para prestar as provas. Por isso, preparamos essa cartilha com algumas informações que vão ajudar nesse processo”, informou Karoline Suzart da WiN Brasil.
A cartilha está disponível para acesso gratuito, clique aqui
Sobre a Win Brasil
A WiN Brasil é ligada a WiN Global, que é uma organização sem fins lucrativos de mulheres que trabalham profissionalmente em vários campos da energia nuclear e aplicações de radiações ionizantes, como medicina e saúde, autoridades reguladoras, na indústria ou como pesquisadoras independentes.
Apoiadores
Além da organização do IPEN-CNEN e da WiN Brasil, o evento conta com o apoio da Marinha do Brasil, Museu de Ciências Catavento, Fundação de Apoio e Fomento à Inovação Tecnológica, à Pesquisa e ao Ensino (Fafitpe), Imagine e Desenhe, Optica-IPEN Student Chapter, Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) e Mulheres Negras na Área Nuclear (MunaN).
Ulysses Varela
Jornalista Científico - Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 11/05/2024 - Nota de Falecimento: Célia Christiani Paschoa PortogheseÉ com profundo pesar que o IPEN-CNEN informa o falecimento da pesquisadora Célia Christiani Paschoa Portoghese, ocorrido em 10 de maio, sexta-feira, aos 65 anos.
Célia Portoghese era graduada em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (1982) com especialização em processos de separação isotópica de urânio. Defendeu seu Doutorado direto em 2002, pelo programa de Pós-Graduação do IPEN-USP com orientação do Prof. Ivo Jordan que, após seu falecimento, foi concluída pelo Prof. Claudio Rodrigues.
Sua atuação foi fundamental para o desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear no País, com estudos de processos de separação isotópica por ultracentrifugação e a criação de cascatas para enriquecimento de urânio. Atuava no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP-2) até se aposentar em agosto de 2013.
Portoghese participou de cursos para salvaguardas e inspetores da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
Velório
As exéquias serão realizadas em 11 de maio de 2024, das 12h às 16h, na sala 1, piso inferior, da Funerária Cerimonial Pacaembu, Av. Pacaembu, 1254, São Paulo.
O IPEN, amigos e colegas agradecem a contribuição essencial que Célia Portoghese ofereceu como profissional ao avanço da tecnologia nacional na área nuclear e à presença sempre amiga e solidária em qualquer momento. Oferecemos, à família, nossa total solidariedade nesse momento. -
- 10/05/2024 - Nota de Falecimento – Carlos Henrique de MesquitaAtualizada em 16/05/2024, às 7h47
O IPEN-CNEN informa com pesar o falecimento ocorrido ontem, 9 de maio, do pesquisador aposentado Carlos Henrique de Mesquita, aos 78 anos.
Carlos Henrique possuía graduação em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1977) e mestrado (1983) e doutorado (1991) em Tecnologia Nuclear pelo IPEN-USP. Ingressou no Instituto em 02/02/1972 e permanecia atuando como colaborador do CETER - Centro de Tecnologia das Radiações.
O IPEN agradece a inestimável contribuição de Carlos Henrique para sua história e se solidariza com a família, amigos e colegas.
Velório e Sepultamento
O velório será realizado hoje, 10 de maio, a partir do meio-dia, no Memorial Parque Paulista, Rua Suécia, 56 - Embu das Artes.
Missa de Sétimo Dia
A família convida os amigos e colegas para a Missa de Sétimo Dia a ser celebrada em 16/05/2024, às 19h, na Paróquia Santa Maria Goretti, Rua Dr. Romeo Ferro, 281, Jardim Bonfiglioli, São Paulo, SP.
-
- 06/05/2024 - INAC 2024 – maior conferência do setor nuclear no pais – será realizada em maioO evento bienal concentrará congressos na áreas de reatores nucleares, aplicações da energia nuclear e atividades da indústria nuclear
O evento bienal concentrará congressos na áreas de reatores nucleares, aplicações da energia nuclear e atividades da indústria nuclear
A International Nuclear Atlantic Conference – INAC 204 – é considerada o evento que congrega o maior número de participantes envolvidos em atividades relacionadas à energia nuclear. Sua 11ª edição acontece no período de 6 a 10 de maio, no Rio de Janeiro e terá como tema "Energia Nuclear: Garantindo Energia, Saúde e Alimentação”.
A INAC 2024 congrega três outros eventos interligados e relacionados à energia nuclear: o XIII Encontro de Física de Reatores e Termohidráulica (XXIII ENFIR), o XVI Encontro de Aplicações Nucleares (XVI ENAN) e o VIII Encontro da Indústria Nuclear (VIII ENIN).
Completam as atividades programadas para a conferência o X JR. Poster, sessão de pôsteres elaborados por alunos da graduação com supervisão de pesquisadores, e a 11ª ExpoINAC, mostra de estandes com participação de empresas e institutos da área nuclear e correlatas.
O evento é promovido pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) e tem o IPEN-CNEN com intensa participação na organização. A coordenação do XXIII ENFIR, com ênfase na área de reatores nucleares, é do físico Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisa do IPEN-CNEN. A pesquisadora do Centro de Tecnologia das Radiações, a também física Carmen Bueno, coordena o XVI ENAN que abordará em sua programação não só as aplicações da energia nuclear em saúde, preservação de patrimônio cultural, indústria e meio ambiente, mas temas relacionados à metrologia das radiações e resíduos radioativo, entre outros.
A pesquisadora Graciete S. de Andrade e Silva, do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN-CNEN coordena as atividades do X JR. Poster.
A presidente da INAC 2024 é Maria de Lourdes Moreira, responsável pelo Serviço de Engenharia e Tecnologia de Reatores do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN-CNEN).
Datas Importantes
19/02/2024 - Prazo final para envio de resumo expandido
18/03/2024 - Notificação de Aceitação/Não Aceitação de resumo expandido
08/04/2024 - Prazo final para envio de resumo expandido revisadosDownloads
INAC 2024 academic folder
INAC 2024 extended summary template in MS Word
INAC 2024 PDF extended summary template
INAC 2024 LaTex zip file templateMais informações no site do evento: https://inac2024.com.br/
-
- 02/05/2024 - Projetos de Inovação Intercentros do IPEN-CNEN visam aplicações práticas para beneficiar a sociedadeCoordenadores e bolsistas de pós-doutorado de 43 projetos de pesquisas apresentaram resultados a avaliadores externos visando à aplicação prática de pesquisas financiadas pelo IPEN
Coordenadores e bolsistas de pós-doutorado de 43 projetos de pesquisas apresentaram resultados a avaliadores externos visando à aplicação prática de pesquisas financiadas pelo IPEN
Durante dois dias de abril (15 e 16) um grupo de avaliadores internos e externos estiveram reunidos nas salas e no saguão do Prédio do Ensino, na sede do IPEN, para avaliar e discutir sobre as aplicabilidades dos resultados parciais das pesquisas contempladas pelo Edital COPDE 6/2020 que cobrem áreas do conhecimento como: Nuclear, Energia, Meio Ambiente, Indústria e SaúdeO I Seminário dos projetos de Inovação IPEN-CNEN, Edital 06/2023 foi organizado pelo Serviço de Escritório de Gestão de Projetos (SEEGP) contando com apresentações nos auditórios "Prof. Rui Ribeiro Franco” (sala143) e "Prof. Alcídio Abrão” (sala 155), além de sessão de pôsteres no saguão de eventos do Prédio de Ensino para que todos pudessem conhecer as pesquisas.O evento serviu para que os pesquisadores envolvidos pudessem apresentar os resultado sendo assistidos por uma banca de avaliadores predominantemente externa. Foi possível mostrar aos avaliadores o que O IPEN-CNEN está fazendo em termos de pesquisas básicas aplicadas nos diversos centros de pesquisas da casa.Segundo a Superintendente do IPEN, Isolda Costa, a ideia foi avaliar como estão sendo conduzidos os trabalhos de pesquisa de inovação com investimentos do próprio IPEN. Um recurso que têm se mostrado muito importante para dinamizar as pesquisas e para permitir a interação entre os vários centros, de forma a aumentar a produção, tanto académica, quanto na formação de recursos humanos nas áreas em que o IPEN atua."Os projetos Inter centros do IPEN/CNEN contribuem de forma significativa para a formação de pesquisadores e para a geração e submissão de novas patentes, ou seja, estamos formando pessoas dando a elas oportunidade de aprender a interagir em pesquisa e gerar inovações. É importante destacar que o sucesso do evento se deu devido a participações dos servidores do IPEN, em especial, o trabalho realizado pelo Serviço de Escritório de Gestão de Projetos que é coordenado pelo servidor Fernando Moreira e toda a sua equipe. Eles foram responsáveis pela organização e condução do evento, que contou com um planejamento, gestão e organização exemplar”, destacou. Isolda Costa.Opinião dos AvaliadoresA Dra. Fabiane Hoffmann do ICT Pinhais/PR, afirma que ter participado do Seminário Inter centros foi um grande privilégio. Ela ressaltou que pôde acompanhar a evolução e os resultados de pesquisas que se encaixam exatamente no foco mercadológico e no negócio em que atua, destacando ainda que, se aproximar da pesquisa básica, fundamental aplicada, como fez no IPEN, demonstra a importância e o incentivo de seminários de inovação como este."O papel importante do IPEN na alocação de recursos para pesquisas e mais ainda para o incentivo a novos projetos é importantíssimo. Aqui nos pudemos ver a pesquisa acontecendo nos laboratórios e ainda correlacionar com as oportunidades de negócios. Estes trabalhos podem se transformar, lá na frente, em produtos e ações extremamente úteis a sociedade. Parabenizo a todos os pesquisadores que trouxeram pesquisas inovadoras e revolucionárias. Eu espero que, realmente, em algum momento a gente possa ver isso se desdobando em soluções para a sociedade em pouco tempo”. Destacou Fabiana.Para o Dr. Tiago Rockemback - ICT Pinhais – Toledo/PR"O seminário foi uma oportunidade de reconhecer e aproximar ainda mais as nossas demandas. Os projetos estão associados diretamente com a nossa região e com certeza reverão bons frutos”, enfatizou.De acordo com o Dr. André Machado de Senna, da Afya (Faculdade de Ciências Médicas) em Palmas/Tocantins foi muito importante participar do seminário no qual o IPEN proporcionou tanto para a comunidade externa, acompanhar o avanço tecnológico e a produção científica que está acontecendo no Instituto, quanto aos pesquisadores, poder ter um ponto de vista diferente de quem está do lado de fora e, dessa forma, contribuir para o crescimento ainda maior da ciência que é realizada no IPEN."Muitos trabalhos chamaram a atenção. Chega a ser difícil destacar uma área ou um trabalho, pois vi trabalhos na área ambiental, na área de saúde, trabalhos que envolvem o saneamento de água e trabalhos com aspectos voltados às soluções para tratamento de câncer. Então, realmente o que a gente pode ver é a grandiosidade desse instituto. E a quantidade de áreas que ele consegue abraçar. É difícil destacar qual área é mais importante ou que tem a contribuição mais relevante. Todas elas possuem uma contribuição é fantástica”, disse André Sena.Avaliador na área de saúde e representando o Hospital de Amor em Barretos/SP o Dr. Wilson Eduardo Furlan Matos Alves destacou que o Seminário de projetos de Inovação do IPEN foi fantástico por ter mostrado a variabilidade de projetos de pesquisa que IPEN tem desenvolvido. Os projetos se mostraram altamente aplicáveis na prática e em diversos cenários, como meio ambiente e saúde, por exemplo."Acredito que eventos como este têm o poder de agregar conhecimentos, além de trazer um benefício muito grande para a sociedade. O IPEN está de parabéns, tanto pelos editais Inter centros, para fomento de pesquisas, quanto ao próprio evento organizado para demonstrar o que realmente o IPEN está produzindo. Isso pode fazer com que outras ideias e ações avancem no sentido da Inovação”, finalizou.
Segundo o professor do Instituto Federal de Rondônia (IFRO),Dr. Carlos Augusto Bauer Aquino, os trabalhos apresentados foram muito bons, bem apresentados que mostram a capacidade do IPEN. Chamar ex-alunos e avaliadores externos para observar o andamento destes trabalhos é uma iniciativa excelente porque aproxima nós, antigos alunos, a conversar com nossos orientadores e conhecer outros trabalhos em andamento.
"Participar deste seminário de inovação foi muito gratificante, justamente para quem está muito longe, como é meu caso na região Norte do Brasil. O IPEN nos proporcionou uma experiência muito importante e esperamos conseguir participar de outros eventos como estes”, complementou.
Ulysses Varela
Jornalista Científico - Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 30/04/2024 - Abertas as inscrições para processo seletivo ao Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeO curso é gratuito e com aulas presenciais no IPEN, no campus da USP no Butantã. As inscrições permanecem abertas até 07/06 e as aulas se iniciam em agosto.
O curso é gratuito e com aulas presenciais no IPEN, no campus da USP no Butantã. As inscrições permanecem abertas até 07/06 e as aulas se iniciam em agosto.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN-CNEN, por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação Stricto Sensu e Coordenação do Programa de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS), divulga o Edital para a nova turma de alunos com ingresso em agosto de 2024. Os interessados deverão se inscrever até 07/06/2024. São 25 vagas oferecidas gratuitamente e a duração do curso é de 24 meses, com início em agosto.
O curso promove o conhecimento das tecnologias da radiação na área da Saúde e é voltado a graduados em Biologia , Bioquímica, Engenharias , Farmácia, Física, Física Médica, Medicina, Odontologia, Química e Radiologia.
O processo seletivo constará de três etapas: Prova de Proficiência em Línguas, a se realizar em 18/06, Análise do Currículo Lattes pela Comissão do Processo Seletivo e Entrevista em que todas as fases são eliminatórias.
A lista dos candidatos aprovados será divulgada em 27/06 e as aulas se iniciam em 07/08, às 14h.
Mais informações pelo telefone: 11 2810-1572
Orientações sobre as inscrições, documentos necessários, processo seletivo e datas importantes encontram-se no Edital:
EDITAL PROCESSO SELETIVO MT-TRCS
-
- 25/04/2024 - Bolsas para projetos nas áreas de reatores e baterias nucleares no IPEN-CNENSão oferecidas três bolsas para desenvolvimento de atividades no Centro de Engenharia Nuclear do IPEN-CNEN, em São Paulo, SP
São oferecidas três bolsas para desenvolvimento de atividades no Centro de Engenharia Nuclear do IPEN-CNEN, em São Paulo, SP
O Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN-CNEN informa sobre a oportunidade de bolsas relacionadas ao projeto "Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo Submarinos” para desenvolvimento de reatores nucleares. O projeto contará com fomento da FUNDEP e apoio da Petrobras.
A seleção será realizada por meio de avaliação do currículo e de entrevista. Os interessados poderão enviar mensagem ao pesquisador Delvonei Alves de Andrade, do CEENG, pelo e-mail:delvonei@ipen.br
Relação das bolsas oferecidas:
1. Pesquisador Engenheiro ou Físico – Doutor II (01 vaga)
I. Contrato: Bolsista
II. Valor do salário: ~R$ 9.221,90
III. Duração do contrato: 26 meses
IV. Carga horária: 40 horas por semana
V. Áreas de formação: Engenharia/Física
VI. Requisitos: Engenheiro ou físico com doutorado há no mínimo 10 anos com experiência em Termo-Hidráulica (Plantas e Instalações Nucleares)
VII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
VIII. Contato pelo e-mail: delvonei@ipen.br2. Pesquisador Engenheiro ou Físico – Doutor I (01 vaga)
I. Contrato: Bolsista
II. Valor do salário: ~R$ 7.684,91
III. Duração do contrato: 26 meses
IV. Carga horária: 40 horas por semana
V. Áreas de formação: Engenharia/Física
VI. Requisitos: Engenheiro ou físico com doutorado há no mínimo 4 anos com experiência em Termo-Hidráulica (Plantas e Instalações Nucleares)
VII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
VIII. Contato pelo e-mail: delvonei@ipen.br3. Pesquisador – Profissional Senior (01 vaga)
I. Contrato: Bolsista
II. Valor do salário: ~R$ 6.372,58
III. Duração do contrato: 26 meses
IV. Carga horária: 40 horas por semana
V. Áreas de formação: Engenharia/Física
VI. Requisitos: Engenheiro ou físico há no mínimo 10 anos com experiência em Termo-Hidráulica (Plantas e Instalações Nucleares)
VII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
VIII. Contato pelo e-mail: delvonei@ipen.br
-
- 22/04/2024 - Aluno de doutorado do Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN-CNEN ganha bolsa para apresentar pesquisa em evento internacionalReconhecido como o principal evento da indústria sobre ciência a laser, a Conferência sobre Lasers e Eletro-Óptica (CLEO) é o fórum internacional de destaque para óptica científica
Reconhecido como o principal evento da indústria sobre ciência a laser, a Conferência sobre Lasers e Eletro-Óptica (CLEO) é o fórum internacional de destaque para óptica científica
O aluno de doutorado, Felipe Maia Prado, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear – Materiais, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), orientando do professor e pesquisador do Centro de Pesquisas em Laser e Aplicações (CELAP), Dr. Niklaus Wetter, foi selecionado entre 10 estudantes no mundo para receber uma premiação, que corresponde a uma bolsa de viagem no valor total de U$ 500.00 para participar da Conferência Internacional sobre Lasers e Eletro-Óptica (CLEO) (https://www.cleoconference.org/CLEO) a ser realizada de 5 a 10 Maio em Charlotte, Carolina do Norte, nos EUA.
A bolsa é financiada por meio de uma doação de Milton e Rosalind Chang sendo concedida aos alunos de programas de pós-graduação que possuem trabalhos relevantes e já aceitos pela CLEO permitindo que estes participem presencialmente do evento.
A seleção para ganhar a bolsa é feita a partir da qualidade do trabalho que está sendo desenvolvido e o impacto que ele tem na área do evento. Felipe Maia, é um dos responsáveis por já ter desenvolvido um laser compacto de alta potência, durante o seu mestrado, reconhecido internacionalmente e com possíveis aplicações para exterminar pragas em plantações, dispensando o uso de agrotóxicos.
O trabalho a ser apresentado na CLEO 2024 trata de um laser compacto de Neodímio (Nd:YLF) que emite em 1370 nanômetros. Este trabalho é mais um dos diversos resultados obtidos na área de desenvolvimento de lasers do IPEN, que visam à obtenção de lasers eficientes, de alta potência e com excelente qualidade de feixe. Apenas no último ano, os trabalhos de Felipe sob a orientação do Dr. Niklaus resultaram em 5 publicações em anais de eventos internacionais, 3 artigos e 1 pedido de patente.
"As vantagens de participar desses eventos internacionais, organizados por sociedades como a Óptica, incluem a oportunidade de interagir mais de perto com os profissionais da área e estar atualizado com as últimas novidades. Também é uma chance de apresentar nossa pesquisa e trocar informações e ideias, que depois podemos aplicar em nossos laboratórios”, destacou Felipe Maia.
Sobre a CLEO
Reconhecida como o principal evento da indústria sobre ciência a laser, a Conferência sobre Lasers e Eletro-Óptica (CLEO) é o fórum internacional de destaque para óptica científica e técnica, unindo os campos de lasers e optoeletrônica reunindo todos os aspectos da tecnologia a laser, desde a pesquisa básica até aplicações industriais.
A CLEO 2024 é uma conferência internacional de destaque na área de lasers e eletro-óptica. Reúne especialistas, pesquisadores e profissionais para discutir avanços e inovações na tecnologia laser. Aqui estão alguns detalhes importantes sobre a CLEO 2024:
1. Datas da conferência: A CLEO 2024 acontecerá de 5 a 10 de maio de 2024 em Charlotte, Carolina do Norte, EUA1.
2. Escopo: A conferência abrange todos os aspectos da tecnologia laser, desde a pesquisa básica até as aplicações industriais.
3. Palestrantes de alta qualidade: Espere apresentações de palestrantes ilustres representando algumas das instituições mais prestigiadas do mundo.
4. Foco em Engenharia Óptica: O CLEO 2024 terá ênfase especial em tópicos e aplicações de engenharia óptica.
5. Local da Costa Leste: Curiosamente, esta conferência será realizada na Costa Leste dos EUA pela primeira vez em mais de uma década
Ulysses Varela
Jornalista científico
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
-
- 22/04/2024 - Oportunidade de bolsas em Engenharia para projetos na área de reatores nuclearesSão oferecidas bolsas para desenvolvimento de atividades no Centro de Engenharia Nuclear do IPEN-CNEN e na Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM)
São oferecidas bolsas para desenvolvimento de atividades no Centro de Engenharia Nuclear do IPEN-CNEN e na Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM)
O Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN-CNEN informa sobre a oportunidade de bolsas para Engenharia relacionadas a projetos para desenvolvimento de reatores nucleares. O projeto "Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para Avaliação Mecânico-Estrutural da Contenção do Reator LABGENE e suas Estruturas” e "Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para Avaliação Mecânico-Estrutural do Projeto das Tubulações Internas à Contenção do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica” terão apoio da Fundação Pátria. O projeto "Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo e Submarinos” contará com fomento da FUNDEP. Além das bolsas, há vaga de engenheiro contratado por CLT para a Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM).
A seleção será realizada por meio de avaliação do currículo e de entrevista. Os interessados poderão enviar mensagem ao pesquisador Miguel Mattar Neto, do CEENG, pelo e-mail: mmattar@ipen.br
Relação das Bolsas
1. Engenheiro de Projeto
I. Nome do projeto: Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para Avaliação Mecânico-Estrutural da Contenção do Reator LABGENE e suas Estruturas
II. Engenheiro contratado CLT
III. Valor do salário: cerca de R$ 20.000,00
IV. Duração do contrato: 24 meses
V. Carga horária: 40 horas semanais
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 5 anos com experiência em análise estrutural de componentes mecânicos utilizando elementos finitos (com programas como o ANSYS Mechanical) e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros).
VIII. Local de trabalho: DDNM – Marinha do Brasil
IX. Contato no e-mail: mmattar@ipen.br2. Bolsistas DTI-A
I. Nome do projeto: Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para Avaliação Mecânico-Estrutural da Contenção do Reator do LABGENE e suas Estruturas
II. Modalidade da bolsa: Desenvolvimento Tecnológico Industrial - DTI – A do CNPq
III. Valor da bolsa: R$5.200,00
IV. Duração da bolsa: 24 meses
V. Quantidade de bolsas: 3 (três)
VI. Carga horária: 40 horas semanais
VII. Áreas de formação: Engenharia
VIII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 5 anos com experiência em análise estrutural de componentes mecânicos utilizando elementos finitos (com programas como o ANSYS Mechanical) e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros).
IX. Local de trabalho: CEENG-IPEN
X. Contato no e-mail: mmattar@ipen.br3. Bolsistas DTI-A
I. Nome do projeto: Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para Avaliação Mecânico-Estrutural do Projeto das Tubulações Internas à Contenção do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica.
II. Modalidade da bolsa: Desenvolvimento Tecnológico Industrial - DTI – A do CNPq
III. Valor da bolsa: R$5.200,00
IV. Duração da bolsa: 24 meses
V. Quantidade de bolsas: 2 (duas)
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 5 anos com experiência em análise de tubulações utilizando programas como CAESARII e o PIPESTRESS, entre outros, e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros).
VIII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
IX. Contato no email: mmattar@ipen.br4. Bolsista Mecânica Estrutural 1
I. Nome do projeto: Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo e Submarinos
II. Modalidade da bolsa: Profissional sênior
III. Valor da bolsa: R$ 6.372,58
IV. Duração da bolsa: 26 meses
V. Quantidade de bolsas: 1 (uma)
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 10 anos com experiência em análise estrutural de componentes mecânicos utilizando elementos finitos (com programas como o ANSYS Mechanical, entre outros) e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros)
VIII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
IX. Contato no email: mmattar@ipen.br5. Bolsista Mecânica Estrutural 2
I. Nome do projeto: Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo e Submarinos
II. Modalidade da bolsa: Doutor I
III. Valor da bolsa: R$7.684,91
IV. Duração da bolsa: 26 meses
V. Quantidade de bolsas: 1 (uma)
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Doutor há no mínimo 4 anos com experiência em análise estrutural de componentes mecânicos utilizando elementos finitos (com programas como o ANSYS Mechanical, entre outros) e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros)
VIII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
IX. Contato no e-mail: mmattar@ipen.br6. Bolsista Mecânica Materiais 1
I. Nome do projeto: Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo e Submarinos
II. Modalidade da bolsa: Profissional sênior
III. Valor da bolsa: R$6.372,58
IV. Duração da bolsa: 26 meses
V. Quantidade de bolsas: 1 (uma)
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 10 anos com experiência em projeto e especificações de materiais de componentes mecânicos.
VIII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
IX. Contato no e-mail: mmattar@ipen.br7. Bolsista Mecânica Caldeiraria 1
I. Nome do projeto: Microrreator Nuclear e Bateria Nuclear para Campos de Petróleo e Submarinos
II. Modalidade da bolsa: Profissional sênior
III. Valor da bolsa: R$6.372,58
IV. Duração da bolsa: 26 meses
V. Quantidade de bolsas: 1 (uma)
VI. Áreas de formação: Engenharia
VII. Requisitos: Engenheiro há no mínimo 10 anos com experiência em projeto de componentes mecânicos e modelagem sólida (com programas como o SOLIDWORKS, entre outros).
VIII. Local de trabalho: CEENG-IPEN
IX: Contato no e-mail: mmattar@ipen.br -
- 18/04/2024 - Pesquisadores do IPEN-CNEN utilizam a arquitetura de células a combustível para inovar e aprimorar baterias de chumboO estudo, em fase de geração de patente, fornece insights sobre síntese, desempenho e perspectivas de uma nova arquitetura de bateria de chumbo-carbono, que pode revolucionar o domínio das soluções para armazenamento de energia.
O estudo, em fase de geração de patente, fornece insights sobre síntese, desempenho e perspectivas de uma nova arquitetura de bateria de chumbo-carbono, que pode revolucionar o domínio das soluções para armazenamento de energia.
Imagine uma bateria automotiva com tamanho 90% menor e 20 vezes mais leve, mas com desempenho superior ao das atuais existentes no mercado hoje. Esta é uma das novidades que um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) acaba de divulgar e que pode revolucionar o mercado de baterias de chumbo: uma bateria construída a partir da tecnologia de células a combustível com nanotecnologia.
O estudo, publicado em artigo no Jornal of Energy Storage, uma das revistas mais relevantes no meio energético internacional, e com a intenção de solicitação de patente já iniciada, explora a integração inovadora de uma bateria de chumbo-carbono com um conjunto eletrodo-eletrólito inspirado na arquitetura de uma célula a combustível de membrana de troca de prótons (PEM-FC), a mesma tecnologia aplicada nas modernas células a combustível de hidrogênio e outros materiais.
Unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), localizada no campus da USP, em São Paulo, o IPEN tem excelência reconhecida na área de células a combustível e hidrogênio. Os resultados dessa pesquisa são mais um exemplo da expertise do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) do Instituto.
Essa pesquisa envolveu outro Centro de referência do IPEN, o de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM/IPEN). Os cientistas explicaram que o chumbo-carbono foi sintetizado pelo método de aquecimento e redução pelo efeito Joule – fenômeno físico que transforma energia elétrica em calor por meio da passagem de elétrons e agitação dos átomos –, o que permitiu a criação de uma bateria de chumbo superior às convencionais, com tamanho reduzido em 90% e 20 vezes mais leve.
Segundo Rodrigo Fernando Brambilla de Souza, pesquisador pós-doc no CECCO/IPEN, com experiência na área de química, enquanto o mercado aguarda a popularização das células a combustível, as baterias continuam a ser a principal fonte de energia móvel.
"As baterias de lítio, apesar de sua popularidade, causam um impacto ambiental significativo devido à mineração extensiva de cobalto e lítio. Nosso grupo de pesquisa no IPEN está reavaliando a bateria de chumbo-ácido e integrando as tecnologias desenvolvidas para as células a combustível, visando chegar a baterias de chumbo-ácido mais leves e flexíveis, e assim oferecer uma alternativa sustentável. Em nosso trabalho (https://doi.org/10.1016/j.est.2024.111418), apresentamos uma abordagem que combina três pilares: materiais avançados, design modular e flexível e tecnologia embarcada inteligente. Acreditamos que as baterias de chumbo-ácido reinventadas podem oferecer uma solução mais sustentável e acessível para a demanda por energia móvel”, conclui.
Aplicabilidades
A bateria de ácido-chumbo-carbono (CLAB) desenvolvida em laboratório surpreendeu os pesquisadores ao demonstrar uma alta capacidade específica. Graças à incorporação de carbono, os resultados apresentaram melhora na estabilidade das nanopartículas, proporcionando um desempenho altamente estável ao longo de muitos ciclos de carga e descarga com variações potenciais de descarga abaixo de 2%, ou seja, resultados bem superiores ao modelo de baterias de chumbo convencionais.
Esse inovador conjunto CLAB não apresenta apenas um desempenho estável, mas também um grande potencial para a construção de baterias de chumbo flexíveis, expandindo as possibilidades de aplicações da nova tecnologia.
Segundo o pesquisador Edson Pereira Soares, pós-doc no CECTM/IPEN, a publicação em formato de short comunication, ou seja, trabalho com um tema relevante no meio acadêmico e com a descoberta ainda não explorada na literatura, significa que o grupo está lançando uma ideia para o mundo científico e que outros pesquisadores podem aplicar e experimentar a descoberta.
Soares destaca ainda que o mais interessante no trabalho é que eles conseguiram construir um material armazenador de energia com uma propriedade que, a depender de como o dispositivo for montado, ele pode variar desde um capacitor, tornar-se um supercapacitor e chegar a uma bateria de armazenamento de energia.
"Os estudos preliminares mostram que esse material possuí uma faixa muito grande de aplicação. Outros pesquisadores vão poder comprovar isso. Eles vão perceber que, utilizando os materiais estudados, existe uma variedade de aplicações no ganho e no armazenamento de energia, não só em baterias, mas em materiais leves, que podem servir tanto para a indústria de defesa, aeroespacial e automobilística quanto a indústria de eletroportáteis”, avalia Soares.
Inovação com PEM-FC
A tecnologia de baterias convencionais de chumbo-ácido (LAB), embora originada na segunda metade do século XIX, continua a desempenhar um papel importante no mercado global de baterias recarregáveis, amplamente utilizada nos setores automotivo e industrial devido às suas características de baixo consumo, custo, processos de fabricação maduros e reciclagem sustentável. No entanto, para novas aplicações que exigem um estado de carga parcial de alta taxa, como em veículos híbridos e aplicações específicas de armazenamento de energia na rede, o desempenho e a vida útil da bateria de chumbo-ácido convencionais são significativamente limitados devido ao desgaste e à sulfatação (sulfato de chumbo) das baterias.
A construção da bateria chumbo-carbono usando a arquitetura com membrana polimérica demonstrou ser promissora devido à estabilidade significativa apresentada durante os testes. A incorporação de carbono na estrutura de chumbo não só melhorou a estabilidade das nanopartículas, como também resultou num desempenho altamente estável da bateria. Além disso, o conjunto CLAB oferece potencial para a construção de baterias de chumbo flexíveis, ampliando assim o escopo de aplicações tecnológicas. A integração bem-sucedida da arquitetura PEM-FC na tecnologia CLAB abre caminhos para soluções inovadoras e flexíveis de armazenamento de energia.
Para o pesquisador titular do IPEN/CNEN, Almir Oliveira Neto, especialista nas áreas de físico-química e células à combustível ácidas e alcalinas, a escolha e utilização dos materiais foi o maior insight da pesquisa, pois, nos últimos 15 anos, os estudos se voltaram para o uso de aditivos a fim de diminuir a perda de atividade de uma placa nas baterias convencionais. Ao aplicar outras tecnologias, como as nanopartículas, este problema diminuiu, e então surgiu a possibilidade do desenvolvimento de dispositivos de armazenamento de energia híbridos.
"Hoje, as indústrias buscam um dispositivo que seja uma mistura entre um capacitor e um sistema de armazenamento. Com estes dispositivos híbridos, unindo estas duas funções, o mercado terá uma alta demanda de corrente de entrega e, na hora que você diminui essa demanda, ele passa a operar como uma bateria, com menor aquecimento”, explica Almir Neto.
O desenvolvimento da pesquisa contou com o apoio dos laboratórios: PEM-FC (Proton Exchange Membrane Fuel Cell) - Célula Combustível de Membrana Polimérica Trocadora de Prótons do CECCO-IPEN e do Laboratório de Microscopia e Microanálise (LMM) do CECTM-IPEN.
O projeto conta com financiamento da Capes, do CNPq e o envolvimento de aluna de pós-graduação USP-IPEN em Tecnologia Nuclear - Materiais, Vitória Maia, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e ainda Gabriel A. Silvestre, Felipe G. da Conceição e Larissa Otubo.
As figuras mostram o experimento em laboratório utilizando Eletrodos de Pb/C e membrana de Nafion mostrando a dimensão e flexibilidade da bateria de testes (foto: divulgação)
Célula a combustível PEM-FCA tecnologia de funcionamento de células a combustível de membrana de troca de prótons (PEM-FC) funciona a partir de um componente principal, uma membrana polimérica que separa os eletrodos e permite a passagem dos prótons (íons) sendo resistente à passagem da corrente elétrica, atuando como eletrólito.
A tecnologia aplicada às células de combustível está num estágio de desenvolvimento avançado, pois é reconhecida como a substituta dos motores de combustão interna nos automóveis e ônibus.
O Desafio das Baterias de Chumbo e a Revolução das Nano Partículas
As baterias de chumbo, embora amplamente utilizadas, apresentam limitações significativas em relação a peso e volume, pois são pesadas e ocupam muito espaço. Além disso, os ciclos de vida são limitados, de modo que a vida útil das baterias de chumbo é relativamente curta.
As nanopartículas prometem revolucionar as baterias de chumbo. As partículas ultrafinas de chumbo oferecem vantagens notáveis como o aumento da eficiência, permitindo maior densidade de energia e melhor desempenho.
A redução de tamanho e peso amplia suas aplicações garantindo maior durabilidade uma vez que as nano partículas prolongam a vida útil das baterias. Sem contar o fato de que essa nova tecnologia pode ser considerada mais sustentável e favorável ao meio ambiente.
Ulysses Varela
Jornalista científico - BGE-DA - IPEN-CNEN