O uso de feixe de nêutrons permite investigar a estrutura interna de substâncias por meio da técnica da tomografia.
Os nêutrons podem "ver” materiais ricos em hidrogênio mesmo se envoltos por espessas camadas de alguns metais e desta forma podem ser utilizados no estudo de cerâmicas, fibras orgânicas, borrachas, adesivos, água e desta forma na investigação de objetos arqueológicos e tecnológicos.

O Centro do Reator de Pesquisas CRPq do IPEN-CNEN/SP projetou e construtiu um equipamento para tomografia com nêutrons, que está operacional desde Novembro de 2011, e está instalado no reator nuclear de pesquisas IEA-R1.




Este equipamento fornece imagens com qualidade excelente além de ser muito versátil de modo que com poucos ajustes, é possível adequá-lo para obter imagens com nêutrons por diversas outras técnicas.
A excelente qualidade das imagens obtidas neste equipamento é devida à excelência deste reator de pesquisas que é capaz de fornecer feixes de nêutrons com a intensidade adequada para esta finalidade.

Alguns exemplos de imagens obtidas com nêutrons.

Material hidrogenado (orgânico) envolto em chumbo (Z elevado), que é praticamente transparente a nêutrons.

Diferenças no modo de interação com a matéria dos raios-X e dos nêutrons tornam as técnicas complementares na visualização (inspeção) de materiais.


O feixe de nêutrons interage com materiais leves (hidrogenados) e não provoca, como os raios-x, aquecimento no material, o que o torna adequado para inspeção de materiais explosivos.

Em materiais metálicos, o imageamento com nêutrons é empregado para a visualização de material orgânico (detritos). O entupimento dos pequenos orifícios prejudica o funcionamento podendo ter impactos na segurança.

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