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NASA descobriu bolsas de radiação no ar que podem ser perigosas para quem viaja de avião

As bolsas apresentam níveis de radiação duas vezes maiores do que os transmitidos durante uma radiografia ao tórax

Fonte: Visão

Quem tem medo de andar de avião normalmente pensa em cenários apocalíticos, como a queda do avião. No entanto, um estudo da NASA revelou um perigo que poderá ser bem mais comum do que a queda – segundo o Curiosity.com, estatisticamente falando, precisaríamos de viajar de avião uma vez por dia durante 55 mil anos até termos um acidente fatal.

Esse perigo tem a ver com a descoberta de bolsas de altos níveis de radiação, encontradas em regiões de latitude magnética específicas e a alturas frequentemente atravessadas por voos comerciais (de 35 000 a 39 000 pés, mais ou menos 11 a 12 quilómetros).

A radiação ionizante destas nuvens é cerca de duas vezes maior do que aquela que é transmitida durante uma radiografia ao tórax e tem o poder de danificar células genéticas, que podem provocar cancro.

Embora até aqui já se soubesse que em qualquer voo os passageiros são afetados por uma pequena quantidade de radiação – a tripulação tem, inclusivamente, o dobro da taxa normal de melanoma, um cancro de pele – este estudo revela algo novo. Das motorizações feitas em 213 aviões comerciais, os investigadores verificaram picos de atividade radioativa em cinco casos.

De acordo com site Quartz, os investigadores do Automated Radiation Measurements for Aerospace Safety, um projeto inovador que pretende estudar e melhorar as condições de segurança da aviação, consideram que a principal preocupação tem a ver com os efeitos que esta radiação pode provocar com o passar do tempo, já que atravessar algumas destas bolsas de radiação, à partida, não aumenta os riscos para a saúde.

Uma radiografia ao tórax aumenta o risco de cancro mortal numa proporção de 1 em 200 mil, portanto o risco absoluto deve ser baixo. No entanto, deve haver um balanço entre estes dados com o número de voos e se o risco pode ser evitável.

Na aviação norte-americana ainda não existem padrões de segurança de exposição a radiação para os viajantes. No entanto, W. Kent Tobiska, um dos autores do estudo, disse ao New Scientist que as regulações vão surgir nos próximos anos.


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