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Irã afirma que não discutirá novo acordo nuclear

O enviado iraniano para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Kazem Gharib Abadi, disse nesta sexta-feira (18) que não há necessidade de um novo acordo para reviver o tratado nuclear de 2015.

Fonte: Sputnik Brasil

A fala de Gharib Abadi foi uma resposta ao chefe da vigilância atômica das Nações Unidas, que insinuou a possibilidade de se chegar a um novo acordo com Teerã diante da eleição de Joe Biden nos EUA.

Em uma série de mensagens postadas em uma rede social na sexta-feira (18), Kazem Gharib Abadi reiterou a posição do Irã sobre o acordo histórico de 2015, oficialmente conhecido como Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA). Segundo ele, o acordo não está sujeito a renegociação, apesar de um novo governo ter chegado ao poder em Washington.

As informações foram confirmadas pela Press TV.

"Não haveria renegociação do negócio e em caso de sua retomada, não há necessidade de novo documento sobre o papel da Agência. Não é necessário complicar a situação", escreveu Gharib Abadi.

O enviado iraniano também disse que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi encarregada apenas de monitorar e verificar as medidas voluntárias do Irã, e não fazer avaliações sobre como Teerã estava implementando seus compromissos.

"Como eu disse antes, a única função da AIEA é monitorar e verificar as medidas nucleares voluntárias, conforme detalhado no , e fornecer atualizações factuais regulares a este respeito", disse Gharib Abadi.

"Apresentar qualquer avaliação sobre como os compromissos são implementado (por exemplo, referindo-se a violação) está absolutamente fora do mandato da Agência e deve ser evitado", concluiu.

O Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA)

O Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) foi criado em 2015. Trata-se de um acordo internacional acerca do programa nuclear iraniano.

O JCPOA impôs restrições abrangentes ao programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais contra o Irã e permitiu que as instalações nucleares do país fossem inspecionadas pelo órgão de vigilância patrocinado pela ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Ao deixar o tratado em 2018, Trump citou supostas violações cometidas pelo Irã como o motivo da retirada. O Irã negou essa acusação, enquanto vários relatórios da AIEA confirmaram que o país estava cumprindo o acordo. Ao deixarem as negociações, os EUA foram fortemente criticados pela União Europeia (UE), China e Rússia, todos signatários do acordo.

Um ano depois, o Irã começou a aumentar seu estoque de urânio enriquecido e elevou o nível de enriquecimento além dos limites estabelecidos pelo JCPOA. Autoridades em Teerã disseram que isso pode ser revertido rapidamente se a UE convencer os EUA a voltar ao acordo nuclear ou encontrar maneiras de aliviar o ônus das sanções do Irã.

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