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Obras de reparo em barragem de rejeitos de lixo nuclear são concluídas na INB, em Caldas, MG

Segundo empresa, obras ficaram prontas no último dia 19; estudo apontou que sistema estava comprometido.

Fonte: G1

A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) informou nesta terça-feira (25) que foram concluídas as obras na barragem de rejeitos da empresa em Caldas (MG). O novo sistema extravasor na barragem de tratamento de minérios da INB ficou pronto no último dia 19.

Um estudo realizado no ano passado pela Universidade Federal de Ouro Preto apontou que o sistema estava seriamente comprometido devido a infiltrações e que a barragem apresentava riscos de ruptura.

No mês passado, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) divulgou um plano de ação para o controle regulatório da barragem de rejeitos da INB. Conforme o plano, o órgão deverá atualizar a regulamentação relativa à segurança dos sistemas de barragens de rejeitos da unidade para adequá-la à Política Nacional de Segurança das Barragens.

TAC do MPF 

No início do mês, uma reunião entre o Ministério Público Federal e representantes da CNEN e da INB, decidiu que dois termos de ajustamento de conduta (TACs) seriam feitos para a INB e para o Cnen.

Segundo o Ministério Público Federal, o primeiro plano de emergência apresentado pela INB não atendeu recomendações feitas pelo órgão. Conforme o MPF, o documento não previu, por exemplo, a realização de simulados de situações de emergência em conjunto com prefeituras, Defesa Civil, equipe de segurança da barragem, empregados do empreendimento e população compreendida na Zona de Autossalvamento (ZAS).

INB em Caldas e a barragem

A área conta com o parque industrial desativado, bacia de rejeitos e de águas claras, depósito de armazenamento de materiais radioativos (com aproximadamente 12 mil toneladas de torta 2, formada por urânio e tório concentrados), além dos laboratórios de análise e área administrativa. A área total da unidade é de 1.350 hectares.

Entre 1982 e 1995, foram produzidas 1,2 mil toneladas de concentrado de urânio (também conhecido como yellowcake). Atualmente, a antiga mina a céu aberto deu lugar a um enorme lago de águas ácidas, que se formou no fundo dela, com cerca de 180 metros de profundidade e 1,2 mil metros de diâmetro.

Segundo a empresa, o plano para descomissionar a área foi apresentado para o Ibama em 2011. No ano seguinte, ele foi aprovado e seguiu para o CNEN. Agora o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, como é chamado, está em andamento "com medidas que visam garantir a segurança do trabalhador, da população e do meio ambiente".

Riscos

Além da barragem de rejeitos, a área da INB em Caldas conta ainda com a Barragem de Águas Claras, que é maior e era utilizada nos processos realizados no local. Em caso de rompimentos, além de afetar diretamente os moradores da região, as duas barragens atingiriam rios que cortam a região.

A de rejeitos, cairia no Ribeirão Soberbo e seguiria até o Rio Verde, depois chegando à cidade de Caldas. Já a Represa de Águas Claras atingiria o Ribeirão das Antas e seguiria cerca de 25 km até Poços de Caldas.

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