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Rússia ainda usa 10 reatores do mesmo modelo envolvido no acidente de Chernobyl

Autoridades alegam que sistema sofreu modificações, mas cientistas dizem que os reatores não são seguros e alertam para os riscos de novos incidentes

Fonte: Época

Existem hoje em operação na Rússia 10 reatores RBMK-1000, o mesmo modelo envolvido no acidente na usina de Chernobyl, há 33 anos, na cidade de Pripyat, na Ucrânia - então parte da União Soviética. Segundo as autoridades russas, os reatores passaram por modificações depois da explosão. Mas especialistas acreditam que as mudanças não foram suficientes para reduzir o risco de acidentes como o que ocorreu há três décadas.

"Há aspectos fundamentais do design original que não podem ser consertados, não importa o que eles tenham feito", diz Edwin Lyman, diretor do projeto de segurança nuclear da Union of Concerned Scientists, à Live Science. "Não acredito que eles tenham sido capazes de aumentar a segurança do RBMK para os níveis de um reator de água leve utilizado hoje no ocidente." Outro ponto importante: de acordo com o físico Lars-Erik De Geer, que trabalhava no departamento de defesa da Suécia na época do acidente, esse modelo de reator não conta com um sistema completo de contenção, capaz de impedir que gases radioativos escapem para a atmosfera - requisito seguido à risca pelos reatores ocidentais.

Regras internacionais

Apesar de acidentes nucleares terem potencial para afetar diversos países ao mesmo tempo, não existe um acordo internacional determinando padrões de segurança para uma usina nuclear. "A Convenção de Segurança Nuclear exige que os países sejam transparentes sobre suas medidas de segurança e permite que colegas inspecionem as instalações, mas não há mecanismos que garantam a adoção de medidas de segurança específicas, ou punições para quem não respeitas as regras", diz Lyman.

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