Ministro diz que governo está comprometido em retomar Angra 3
O governo brasileiro está comprometido em retomar o projeto de Angra 3, usina que terá papel importante no sistema elétrico nacional, disse hoje (4) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. As informações foram divulgadas pela assessoria do ministério.
Fonte: EBC - Agência Brasil
O governo brasileiro está comprometido em
retomar o projeto de Angra 3, usina que terá papel importante no sistema
elétrico nacional, disse hoje (4) o ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque. As informações foram divulgadas pela assessoria do ministério.
O ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, participa de audiência pública, promovida pela Comissão de Minas e
Energia da Câmara dos Deputados, para debater o plano do governo para o
desenvolvimento do setor de energia no Brasil.
Ao participar do encontro World Nuclear
Spotlight Brazil, Albuquerque ressaltou, porém, que o andamento do projeto
depende de um processo complexo de decisões e que os primeiros passos estão
sendo dados nessa direção. O ministro se referia à iniciativa da Eletronuclear
de realizar uma consulta ao mercado para definir um modelo de negócio mais
atrativo a formação de uma parceria com as empresas nucleares internacionais.
As informações foram divulgadas pela assessoria do ministério.
Quando estiver em pleno funcionamento,
previsto para janeiro de 2026, Angra 3 vai incorporar 1.405 MW à rede elétrica
brasileira, garantindo mais estabilidade ao sistema, independentemente do
regime de chuvas, que afeta a matriz hídrica, principal fonte de energia
nacional.
Bento Albuquerque informou aos participantes
do encontro, que reúne empresários, autoridades e especialistas mundiais em
energia nuclear, que, em dezembro o Ministério de Minas e Energia vai divulgar
o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050). O documento vai trazer o
planejamento do setor, considerando os novos investimentos necessários para
apoiar a crescente demanda elétrica brasileira.
Pequenos reatores
De 2040 a 2050, o planejamento do setor
deverá considerar tecnologias avançadas, como reatores nucleares de quarta
geração e pequenos reatores nucleares modulares (SMRs, na sigla em inglês), que
podem oferecer garantias de energia firme aos grandes centros de carga do país.
O ministro destacou ainda que o Brasil
participa de um grupo seleto de países com grandes reservas de urânio e
tecnologia desenvolvida para processar combustível nuclear. "Parece que não é
razoável não participar no mercado internacional de combustível nuclear como
fornecedor, para transferir para a sociedade os benefícios dessas vantagens”,
salientou.
Para Bento Albuquerque, o Brasil precisa
estabelecer um novo negócio para mineração e tratamento de urânio, considerando
parcerias público-privadas, semelhantes aos modelos para Angra 3.
Na saída do evento, o ministro falou
rapidamente com a imprensa e disse que a empresa americana Westinghouse,
responsável pela construção de Angra 1, que começou a operar comercialmente em
1985, pode ter interesse no projeto de Angra 3: A Westinghouse está aí e
manifestou interesse em participar desse empreendimento, disse ele.
Outras
informações sobre o evento e a participação do ministro podem ser obtidas na
página do ministério.