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Começa no Rio o World Nuclear Spotlight, um dos principais eventos internacionais da área nuclear

Fonte: Petronotícias

A partir desta quarta-feira (3), o setor nuclear brasileiro terá alguns dias importantes e momentos decisivos. Depois de anunciado um lucro líquido expressivo da Eletronuclear em 2018, todas as empresas que querem participar da PPI para a continuação das obras de Angra 3 ficaram mais animadas. O reajuste das tarifas da geração nuclear foi fundamental e animou as companhias que querem participar da retomada das obras da usina. A indústria viveu a expectativa do "World Nuclear Spotlight”, evento internacional que acontecerá no Hotel Windsor Marapendi de hoje até sexta-feira, no Rio de Janeiro. O primeiro dia do encontro terá um painel exclusivo para abordar quais são os projetos atuais em desenvolvimento no Brasil, além da perspectiva dos empreendimentos futuros. Para tal, um time de executivos das principais empresas do setor foi formado para fazer apresentações de diversos temas, desde o desenvolvimento de recursos humanos até a avaliação de impactos ambientais para as próximas usinas nucleares no país.

A Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) e a WNA World Nuclear Association organizam a edição brasileira do evento. Celso Cunha (foto principal), presidente da ABDAN, acredita que o encontro pode ser marcante: "É muito bom ver o trabalho florescer. São momento marcantes. Não é fácil organizar um evento dessa envergadura, mas é muito prazeroso ver a energia nuclear retomar o seu lugar na matriz energética brasileira. São muitos desafios, mas acredito firmemente que vamos levar a frente todo este processo, apesar de alguns setores se colocarem contrários por desconhecimento técnico, tecnológico e preconceituoso. Pela programação, que elaboramos, é possível ver que será um grande evento. São nomes de nível mundial que estarão presentes fazendo apresentações. Também participarão as 12 pessoas que compõem oboard da WNA. Isso trará uma repercussão enorme e aproxima toda uma sabedoria mundial do nosso mercado”

O presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães (foto abaixo), fará uma apresentação sobre o papel da energia nuclear na matriz energética brasileira e a demanda futura por energia. Estudo elaborado pela própria Eletronuclear, demonstra o impacto positivo que as plantas nucleares podem trazer para o sistema elétrico. No caso específico de Angra 3, segundo cálculos apresentados pela empresa, com a entrada da usina, a economia poderá chegar a R$ 900 milhões anuais, já que os gastos com o despacho de térmicas serão menores. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é obrigado a despachar, de forma contínua, usinas térmicas a diesel com tarifas acima de R$ 700/MWh, enquanto que o valor da tarifa de Angra 3 será de R$ 480/MWh.


Com esta perspectiva, o chefe do Departamento de Desenvolvimento de Novos Empreendimentos da Eletronuclear, Marcelo Gomes, fará uma apresentação durante o Spotlight sobre avaliações estratégicas e de impacto ambiental para as próximas plantas nucleares no país. No entanto, a questão nuclear brasileira não se resume apenas à geração de energia. Prova disso é desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que também será tema de apresentação no Spotlight. O projeto será detalhado pelo coordenador técnico do empreendimento, José Augusto Perrotta (foto abaixo).


O projeto, como se sabe, dará autossuficiência ao Brasil na produção de radioisótopos usados na fabricação de radiofármacos, fundamentais hoje no setor da saúde. Além disso, o RMB será utilizado também para testes de irradiação de combustíveis nucleares e de materiais e as respectivas análises pós-irradiação e para pesquisas científicas com feixes de nêutrons em várias áreas do conhecimento. O painel sobre o Brasil terá ainda apresentações sobre o ciclo do combustível nuclear no país, feita pelo presidente da INB, Carlos Freire; e também palestra sobre o desenvolvimento de recursos humanos, com o especialista da FGV Marco Túlio.

A Nuclep também participará do Spotlight, apresentando seu potencial para construir equipamentos. Além disso, o novo diretor comercial da empresa, Nicóla Mirtto Neto, vai revelar ao mercado as muitas demandas por insumos usados pela companhia em seus projetos.

Além das empresas nacionais, também estarão presentes representantes de importantes companhias internacionais, que abordarão os benefícios da energia nuclear, tecnologias e aceitação pública da fonte. Membros do governo brasileiro também estão confirmados para o primeiro dia do Spotlight, como o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),Thiago Vasconcellos Barral Ferreira, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros, e o secretário do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Antônio Capistrano.

O segundo dia de Spotlight terá uma reunião fechada entre 12 tomadores de decisão de alto nível do Brasil e outros 12 de fora do país. O objetivo é discutir soluções e prestar apoio ao programa nuclear brasileiro. E no dia 5 de abril, último dia do evento, haverá uma visita técnica à Angra 2 e Angra 3. A programação completa está disponível no site oficial do Spotlight.

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