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Governo avalia diversas alternativas para Eletrobras, diz CEO; vê decisão até junho

Fonte: Extra

São Paulo/Rio de Janeiro (Reuters) - O governo federal e a Eletrobras estão avaliando diversos possíveis modelos para capitalizar a companhia, sem nenhuma decisão até o momento, disse nesta quinta-feira o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., durante teleconferência com investidores.

A fala veio após pergunta de um analista sobre recente declaração do secretário especial do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Filho, que disse que a pasta tem avaliado alternativas como a privatização em separado de subsidiárias da companhia.

Até o momento, o Ministério de Minas e Energia vem defendendo proposta mais semelhante à apresentada no governo do ex-presidente Michel Temer, pela qual a Eletrobras seria capitalizada por meio da emissão de novas ações, em operação que diluiria a fatia do governo na companhia para uma posição minoritária.

"Estamos olhando várias alternativas e não temos nenhuma decidida. Colocamos prazo até junho para essa avaliação do modelo. Concluído, vai ser compartilhado com o mercado", afirmou Ferreira.

A Eletrobras reportou um lucro líquido de 12,07 bilhões de reais no quarto trimestre de 2018, enquanto o resultado do ano completo somou 13,3 bilhões de reais, o melhor da companhia em 20 anos.

Ferreira ressaltou, no entanto, que o desempenho não significa que a empresa tem condições de paralisar o processo de capitalização, que ele disse esperar que possa ocorrer ainda em 2019.

O executivo lembrou que a companhia ainda não está sequer pagando dividendos mínimos obrigatórios aos acionistas, em meio a uma reestruturação e esforços para reduzir dívidas.

ANGRA 3

Um dos principais fatores por trás do forte lucro da Eletrobras em 2018 foi uma reversão parcial de provisões e de contrato oneroso da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde 2015.

O movimento deve-se à aprovação no final do ano passado, pelo governo Michel Temer, de um aumento para 480 reais por MWh no preço que poderá ser cobrado pela produção da usina, ante 248 reais anteriormente.

Na teleconferência, uma analista questionou Ferreira sobre a reversão mesmo sem que a empresa tenha ainda uma definição do modelo de negócios a ser adotado para a retomada do empreendimento.

O executivo respondeu que a estatal não reverteu todas provisões relativas a Angra 3, que chegaram a somar quase 11 bilhões de reais, e que a medida levou em consideração previsão de que a usina entrará em operação no prazo atualmente previsto, até 2026.

Ele acrescentou que o modelo societário para atrair um novo sócio que ajude a companhia a concluir o projeto nuclear está sendo discutido junto ao governo.

A elétrica estima que Angra 3 ainda demandará mais 15 bilhões de reais.

(Por Luciano Costa em São Paulo e Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)

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