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Comboio para transporte de urânio é atacado a caminho das usinas nucleares de Angra dos Reis

Episódio que colocou a carga em risco aconteceu na BR-101, na altura do bairro Frade. Prefeito Fernando Jordão comunicou o risco que o transporte correu ao governador Wilson Witzel.

Fonte: Portal G1 - Sul do Rio e Costa Verde

Um comboio que levava um carregamento de urânio foi atacado por bandidos a caminho da usina nuclear de Angra 2, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, no fim da manhã desta terça-feira (19). O caso aconteceu na BR-101 (Rodovia Rio-Santos), na altura do bairro Frade.

De acordo com a superintendência da Polícia Rodoviária Federal, tiros foram disparados contra uma equipe de agentes que ajudava na segurança do transporte. Os policiais chegaram a revidar e houve uma troca de tiros.

No entanto, segundo a Eletronuclear, o ataque não teve relação com a carga e o comboio seguiu o caminho. Nada foi levado. Segundo funcionários da Eletronuclear, a carga de urânio não precisou ser desviada e foi levada com segurança para as dependências da usina. O prefeito da cidade, Fernando Jordão, comunicou o risco que o transporte da carga correu ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

O veículo saiu das Indústrias Nucleares do Brasil, a INB, localizada em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, e fez todo o trajeto escoltado por policiais. A segurança do transporte é feita pela Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Equipe de Emergência da Eletronuclear e Bombeiros da INB. A carga de urânio é transportada em recipientes blindados, ou seja, não há risco de ser atingida por tiros. Não se pode divulgar quantos agentes fazem a escola por protocolo de segurança.

Procurada peloG1, a Polícia Civil informou que ainda não sabe o motivo que iniciou o tiroteio no bairro Frade, mas suspeita que seja brigas entre facções por pontos de vendas de drogas na região.

Nota oficial da superintendência da PRF

 

"Em Angra dos Reis, na BR-101, km 511, em 19/03/2019, às 12:00, durante missão de escolta, na altura da comunidade do Frade, indivíduos armados atiraram contra equipes da PRF, que reagiram. Equipe de escolta prosseguiu normalmente. Ninguém foi preso ou ficou ferido. Durante a troca de tiros, os criminosos deixaram cair um carregador de pistola contendo 12 munições calibre 9mm, sendo apreendido pela equipe para posterior apresentação na polícia judiciária."

Esclarecimento da Eletronuclear

"A Eletronuclear esclarece que o comboio de transporte de combustível nuclear que seguia em direção a Angra dos Reis hoje pela manhã não foi atacado por bandidos. O carregamento, que tem como objetivo reabastecer Angra 2, chegou à central nuclear dentro do horário previsto, às 12h23.

Por volta das 12h, quando o comboio passava pelo Frade, em Angra dos Reis, ouviram-se tiros. Por precaução, e como contingência, policiais do Batalhão de Choque que acompanhavam o transporte se posicionaram às margens da rodovia, de forma a garantir a segurança do comboio, que em nenhum momento foi interrompido.

Após a passagem do comboio, alguns bandidos, assustados com o forte aparato policial, chegaram a efetuar disparos contra uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os policiais revidaram, mas não houve feridos nem danos materiais.

Para ser transportado de Resende – onde é fabricado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) – a Angra dos Reis, o combustível nuclear é acondicionado dentro de contêineres metálicos especialmente fabricados para essa tarefa. Esses invólucros passam por testes de resistência contra quedas e incêndios.

Se um tiro de arma de fogo conseguisse atravessar a proteção do contêiner, poderia danificar o combustível nuclear. No entanto, isso não colocaria em risco a população nem o meio ambiente. O urânio contido em um elemento combustível está em estado natural, tendo o mesmo nível de radioatividade encontrado na natureza."

Urânio é o combustível das usinas

O urânio é a fonte de energia das usinas nucleares de Angra dos Reis. O processo acontece na separação dos átomos de urânio dentro do reator. O calor gerado neste processo aquece a água do sistema, que se torna vapor e movimenta a turbina. O gerador elétrico acoplado ao eixo da turbina produz eletricidade. Cada recarga de urânio representa um terço da capacidade total de cada usina.

O elemento combustível que foi transportado no comboio não é radioativo. Ele se torna um material de risco apenas durante o processo na usina, dentro do reator, onde o local é protegido e o acesso é restrito.




 



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