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Ministro de Ciência e Tecnologia quer fazer concursos para pesquisadores

Marcos Pontes diz que a equipe está ficando velha e muitas pessoas já estão em idade de se aposentar. Ele participou de evento onde também estava a primeira dama, Michelle Bolsonaro

Fonte: Correio Braziliense

Simone Kafruni

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, disse, nesta quarta-feira de cinzas (6/3), que precisa fazer concursos para repor pesquisadores. "Isso é um problema sério que precisamos achar solução. Os meus pesquisadores estão ficando velhos. Muitos estão para se aposentar. Não temos reposição e formar pesquisador é muito difícil”, destacou, ao participar da inauguração do segundo Laboratório de Tecnologia e Robótica Include do Centro-Oeste, no Centro Comunitário Cisne Branco (Cisbran), no Guará.

"Precisamos treinar professores de ciências e motivar as crianças e temos um departamento no ministério que está cuidando disso. Mas há um ‘gap’ aí no meio. Temos que fazer um concurso público. Precisamos de novos pesquisadores e trazer os que estão no exterior para dentro do sistema”, afirmou.

O ministro comentou que o MCTIC precisa trabalhar junto com o Congresso para que o orçamento da pasta seja compatível com o desenvolvimento de ciência e tecnologia no país. "Além dos problemas de orçamento, a gente tem o contingenciamento do principal fundo do setor, o FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o que dificulta muito o nosso trabalho”, disse.

Pontes lembrou que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) está com um deficit de R$ 300 milhões. "Isso é muito sério, a gente precisa dar continuidade às bolsas, para nossa pesquisa básica. Se parar é um colapso geral. Mas há possibilidades, como outros fundos que possam aplicar em projetos específicos. A gente não pode ficar só esperando que venha do orçamento, temos que buscar alternativas. Ciência e tecnologia é transversal, está em todas áreas”, acrescentou.

 Acessibilidade

Com a presença da primeira dama, Michelle Bolsonaro, e do ministro Marcos Pontes, alunos com deficiência deram uma aula de acessibilidade ao utilizarem a tecnologia Handsfree, que permite o uso de equipamentos sem as mãos, projeto apresentado durante a inauguração do laboratório. Desenvolvido pelo Comando do 7º Distrito Naval e a Sociedade de Amigos da Marinha do DF, em parceria com o Instituto Campus Party no Brasil, o Include do Cisbran é a primeira unidade no Brasil a atender crianças e jovens com deficiência por meio da tecnologia assistiva. O objetivo é promover a inclusão tecnológica por meio de aulas de eletrônica, mecânica, programação, sensores, robótica, drones, impressora 3D e óculos de realidade virtual que estimulam os alunos a desenvolverem soluções para os seus problemas e da comunidade.

"O evento chama a atenção para necessidade de se investir mais em tecnologia assistiva. Isso vem sendo esquecido, de certa forma, no Brasil”, disse Pontes. O ministro ressaltou que pretende usar a infraestrutura existente, como laboratórios e universidades, para conectar os centros de tecnologia aplicada em rede. "Para ampliar a escala de tudo o que é feito no Brasil”, explicou.

A diretora do Centro de Ensino Especial 1, Adriana Almeida, assinalou que a ferramenta Handsfree custa R$ 4 mil. "Mas, se ganhar escala, pode chegar a R$ 200, porque quem desenvolveu está disposto a abrir a tecnologia se for um projeto de governo”, disse.

Segundo o coordenador do Include nas duas escolas da Marinha, Luiz Carlos Loiola, há uma expectativa de ampliar o projeto em 2019. "Vamos melhorar as condições dos dois laboratórios para atender mais alunos”, afirmou. Uma equipe multidisciplinar formada por técnicos, professores e voluntários, coordenada pelas Voluntárias Cisne Branco, é responsável pelos laboratórios.

A voluntária Ana Cristina Silva aproveitou a presença da primeira dama no evento para pedir apoio. "Sou admiradora do seu trabalho com pessoas com deficiência e pensei: nossa luta é antiga, mas a hora é agora. Precisamos de infraestrutura”, disse. Michele viu alunos com dificuldades de movimentos usarem os computadores e ouviu histórias de superação.

Uma delas, contada pelo presidente do Instituto Handsfree, Sérgio Maymone, revelou como um aluno que ficou tetraplégico não perdeu o ano na escola graças à tecnologia assistiva. "Colocamos câmeras na sala de aula e ele participou ativamente, interagindo e escrevendo no quadro da sala de dentro do seu quarto. Até no recreio conseguimos levá-lo, com uma câmera GoPro na mão de um colega”, destacou.


 



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