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INB negocia com empresas estrangeiras

Presidente da estatal viaja à França e à Coreia do Sul para ampliar negócios, de acordo com planejamento estratégico

Fonte: Diário do Vale

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) deu importante passo rumo à autossuficiência, como prevê o seu Planejamento Estratégico 2017/2016, ao buscar ampliar seus negócios no exterior. Esta possibilidade ganhou força a partir da viagem do presidente da empresa, Reinaldo Gonzaga, à França e à Coreia do Sul, em fevereiro.

Em maio, o representante da empresa francesa Framatome, Mr.Ala Alzabenna, visitará a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende. "Nossa intenção é levar o nome da INB para o mundo”, disse o presidente Reinaldo, otimista com o futuro das negociações com a empresa francesa, Framatome (antiga Areva) e as coreanas KNF e KPS.

O objetivo da visita à estatal brasileira, proposta por Ala Alzaben, que recepcionou a comitiva brasileira, é conhecer as condições da FCN e prosseguir com as negociações. A INB também ofereceu à Framatome a possibilidade de ampliar os serviços feitos em paradas dos reatores, em parceria com a empresa francesa, para outros países além do Brasil.

— Nós temos trabalhado há anos para ampliar nossas ofertas de serviços, com estudos de viabilidade e um bom relacionamento com as empresas parceiras — destacou Gozanga. Hoje, a Framatome transfere tecnologia para a INB e também fornece componentes para a fabricação do elemento combustível de Angra 2.

Com a Framatome foi aberta a possibilidade de fornecimento do esqueleto do elemento combustível, semelhante ao utilizado em Angra 2, de forma que eles possam utilizar este componente na fabricação do combustível para as recargas do reator espanhol, em Trillo.

— Até 2021 os reatores alemães com a mesma tecnologia de Angra 2 estarão desligados. Como já fabricamos para a Eletronuclear, essa foi uma das nossas propostas — disse o superintendente Márcio Adriano, que integrou, ao lado do diretor de Combustível Nuclear, Marcelo Xavier, a comitiva liderada pelo presidente da INB.

Na Coreia do Sul, a comitiva esteve nas empresas Korea Nuclear Fuel (KNF) e na Kpeco (KPS). Na KNF, com a qual a INB tem um contrato de venda cruzada para o combustível 16 NGF (New Generation Fuel), para o reator de Angra 1, a proposta da INB, no futuro próximo, é vender para KNF, mais bocais para a montagem do elemento combustível.

— Nosso próximo passo é recebê-los na FCN para qualificação dos bocais. A previsão é que até o final de 2019 a empresa esteja apta para o fornecimento — explicou Márcio Adriano, salientando que a intenção da INB seria a venda direta, evitando um possível processo de licitação internacional pela KNF.

Com a KPS, além da renovação das parcerias já existentes, a INB propôs também expandir os serviços já realizados em Angra 1, durante as paradas, para as plantas coreanas. "Fizemos propostas para as empresas que são viáveis para ambos os lados. No caso de indústria nuclear, como a INB, temos que trabalhar com antecipação de projetos, olhando as possibilidades a frente”, disse o presidente da INB.

Produção de recarga para Angra 1 pode ser recorde

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) está empenhada em conquistar mais um recorde na fabricação da 24ª. recarga de Angra 1: produzir todos os elementos combustíveis (ECs) num prazo inferior de 110 dias. A produção foi iniciada no dia 26 de março e o primeiro transporte da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende, para a Eletronuclear, em Angra dos Reis, está previsto para junho.

A 23ª. recarga de Angra 1 foi produzida em 140 dias, o menor prazo desde a mudança do combustível para o 16NGF (New Generation Fuel). O projeto, que tem o objetivo de melhorar a eficiência do elemento combustível, foi implantado na 21ª. recarga de Angra 1. A última recarga para Angra 2 foi entregue no final do ano passado, produzida em 126 dias, menor tempo da história da INB, considerando plantas e projetos diferentes.

Antes da produção prevista no cronograma, a fábrica teve um período de testes no iniciado no dia 11 de março com um cilindro de UF6 (urânio enriquecido) já em estoque na FCN. No momento, a produção de pastilhas de UO2 (dióxido de urânio) já começou e a de pó de UO2 chega a 20% (três toneladas). Os bocais e a primeira solda das varetas para a composição do elemento combustível também estão adiantadas.

De acordo com o gerente de Produção da INB, Marcos Mattos, algumas inovações que serão feitas durante a 24ª. recarga de Angra 1 exigem atenção da equipe.

— Será a primeira vez que colocaremos as varetas de gadolínio fabricadas no Brasil para o elemento combustível de Angra 1. É um passo importante rumo à nacionalização do elemento — disse Mattos. A soldagem do tubo de revestimento também muda de TIG (Tungsten Inert Gas) para RPW (Resistence Press Weld), outra evolução tecnológica. As varetas têm por objetivo controlar a reação de fissão dentro do reator nuclear.

Manutenção

A produção para testes foi iniciada após a Grande Revisão (GR), que é um período de manutenção da fábrica, realizada entre as recargas. Conforme o gerente de produção, verificar as condições da planta é necessário devido ao tempo que a mesma já foi inaugurada. "A Fábrica de Reconversão e Pastilhas começou a funcionar em 2000 e por isso os ajustes são importantes. Durante a revisão foram executadas cerca de 900 tarefas, que precisam ser testadas”, disse o gerente.

Mattos explicou que o envolvimento dos empregados e a união de diversos setores da INB são fundamentais para que a meta seja conquistada.

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