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Viena sedia reunião sobre acordo nuclear com Irã, ameaçado por Trump

Fonte: Estado de Minas

Os Estados Unidos e seus aliados europeus tiveram "muito boas" negociações com vistas a um acordo sobre garantias adicionais pedidas ao Irã para completar o acordo nuclear de 2015, ameaçado por Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (15) um alto funcionário americano.

O Irã e as grandes potências se reuniram nesta sexta-feira, em Viena, para avaliar o acordo nuclear alcançado em 2015, nunca antes tão ameaçado como agora, depois das críticas do presidente Donald Trump.

Esta reunião trimestral passa em revista o acordo que entrou em vigor em 2016 com o objetivo de garantir o caráter estritamente pacífico do programa nuclear iraniano em troca de uma suspensão das sanções internacionais.

A reunião acontece em um contexto muito sensível enquanto se aproxima 12 de maio, data em que Trump deu a entender que seu país sairá do acordo e restabelecerá o regime de sanções contra a República Islâmica.

Um alto funcionário do Departamento de Estado, Brian Hook, afirmou nesta sexta em Viena que os Estados Unidos pretendem concluir com os países europeus um acordo "adicional" ao de julho de 2015.

Este acordo seria sobre o programa de mísseis balísticos do Irã, suas atividades regionais no Oriente Médio, a expiração de algumas partes do acordo sobre el programa nuclear previstas a partir de 2026 e inspeções mais estritas da ONU, declarou Hook.

"Tratamos as coisas cada uma no seu momento, tivemos boas discussões em Londres, Paris e Berlim", declarou à imprensa Hook, que era diretor de estratégia do secretário de Estado Rex Tillerson demitido nesta semana por Trump.

A destituição nesta terça-feira do secretário de Estado americano Rex Tillerson, que defendia que os Estados Unidos permanecesse no acordo histórico, reforça a incerteza. Seu sucessor Mike Pompeo, até agora diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), defende a linha dura em relação ao Irã.

As grandes potências que assinaram o acordo com o Irã e com Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, consideram no pacto como uma vitória histórica para a não proliferação nuclear depois de dez anos de tensão.

O acordo entrou em vigor em janeiro de 2016 e tem como objetivo garantir o caráter pacífico do programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais.

O Irã garante que nunca tentou desenvolver esse tipo de armamento, mas alertou que o país poderia retomar rapidamente o enriquecimento de urânio caso o acordo seja abandonado.

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