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Saiba o que é o hidrogênio verde citado por Lula em discurso

Protagonizar a mudança para uma energia mais limpa pode trazer vantagens para a indústria nacional, segundo especialista

Fonte: Veja

Durante o discurso na cerimônia de comemoração dos 100 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, sob sua gestão, o Brasil se tornaria uma potência do hidrogênio verde. O termo se popularizou nos últimos anos para se referir a energias renováveis. Mas qual a relação entre esse elemento químico e a eletricidade? 

O hidrogênio é considerado um vetor de energia, como uma bateria. Ou seja, quando a eletricidade é gerada ela pode ser usada para produzir hidrogênio e esse elemento pode, posteriormente, ser convertido em energia de novo – de maneira muito eficiente, o que explica sua grande popularidade. Esse processo, no entanto, pode ocorrer de diversas maneiras, e cada uma delas é designada com uma cor. 

Quando a geração produz também uma grande quantidade de gases poluentes, ela é chamada de marrom ou cinza: é o caso da produção de hidrogênio a partir de gás natural. Por outro lado, quando ocorre sem a geração de subprodutos, ela é chamada de verde, como é o caso da energia proveniente do vento ou da luz do sol. Essa classificação não leva em consideração, contudo, a emissão de gases para a construção das usinas, por exemplo. 

O Brasil pode gerar grande quantidade de energia eólica e solar, o que torna plausível o papel do país como uma potência do hidrogênio verde. "Existe um potencial de energia eólica no Brasil que é do tamanho de uma Itaipu, só no que a gente chama de eólica offshore [quando as torres ficam em alto mar]”, afirma Fábio Coral Fonseca, pesquisador de novas energias do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)

Apesar da tradição brasileira em gerar energia limpa, através da hidrelétricas, essa mudança no padrão energético poderia reposicionar o país no cenário internacional. Com a emergência das crises climáticas, a necessidade de processos industriais mais sustentáveis se torna cada dia mais patente e estar na dianteira dessa adaptação traz vantagens para o país. 

"Nós estamos na beira de uma revolução energética”, diz Fonseca. "Isso vai fazer com que o Brasil deixe mais sustentável uma série de processos industriais, como, por exemplo, o aço. Se a gente usar o hidrogênio verde, a gente pode vender o aço verde, com um valor agregado muito maior.” 

Segundo ele, o país tem capacidade técnica para implementar essas tecnologias de maneira rápida. O que faltava, até agora, eram recursos e incentivos suficientes.











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