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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

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Nissan e IPEN seguem com acordo por uso bioetanol

Fonte: Garagem360


Erica Franco

Nissan e o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) assinaram um novo acordo, a fim de seguir no desenvolvimento do uso de bioetanol para veículos movidos à Célula de Combustível Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC). O SOFC tem a capacidade de gerar energia elétrica a partir da utilização do bioetanol.

A nova parceria foi oficializada por meio de uma cerimônia virtual. Estiveram presentes o presidente da Nissan Mercosul e diretor geral do Brasil, Airton Cousseau e o superintendente do IPEN, Wilson Calvo. O primeiro acordo entre a montadora e o Instituto aconteceu em 2019.

Acordo entre Nissan e IPEN prevê uso do bioetanol em escala comercial

O principal objetivo da parceria é a avaliar, além de viabilizar componentes. Assim, torná-los adequados para uso em possíveis projetos de escala comercial.

Um dos desafios, por exemplo, é estudar a possibilidade de integrar o reformador (peça importante do sistema) à célula de combustível. Além disso, demais estudos visam buscar soluções, a fim de reduzir o tamanho do sistema.

Com esta parceria, a Nissan se insere no conceito "Nissan Intelligent Mobility”. No caso, uma visão da marca para transformar a maneira como os carros são conduzidos e integrados na sociedade.

"Seguimos avançando com as pesquisas. E esse novo acordo representa um novo passo do projeto global de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan, que também é muito interessante para o Brasil. Isto, por se encaixar perfeitamente na nossa matriz energética”, esclarece o presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Airton Cousseau.

"Assim, pelo conhecimento técnico das instituições brasileiras, como o IPEN, as parcerias locais são fundamentais para contribuir com a iniciativa global da marca”, completa o presidente.

Já o superintendente do IPEN, Wilson Calvo, ressalta que o acordo firmado com a Nissan demonstra a excelência do Instituto e o compromisso em prol da sociedade. Dessa forma, promovendo a transformação do conhecimento científico em produtos e serviços de valor agregado ao mercado.

"O IPEN/CNEN tem a inovação em sua visão. Além disso, abriga a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo (USP/IPEN-CIETEC) que conta, atualmente, com 93 startups. Assim, consolidando um ecossistema de inovação e empreendedorismo”, completa Calvo.

Primeiros testes para o uso de bioetanol para veículos movidos a Célula de Combustível Célula de Combustível

De acordo com a montadora e o IPEN, o primeiro período de testes com o protótipo real do sistema foi realizado no Brasil entre 2016 e 2017. Dois veículos e-NV200 equipados com o sistema SOFC foram testados pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan do Brasil.

Assim, demonstraram que a tecnologia se adapta perfeitamente ao uso cotidiano e ao combustível brasileiro. Ainda mais, pelo fato de o país ter infraestrutura já existente para abastecimento com etanol em todo o seu território.

Atualmente, de acordo com os parceiros, os testes seguem em evolução conduzida pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan no Japão. Também, com constante colaboração da equipe brasileira e dos parceiros locais, como o IPEN/CNEN.

"É um prazer interagir com o time de pesquisa da Nissan. Além disso, poder colaborar com um desenvolvimento global da marca”, avalia o pesquisador do IPEN/CNEN, afirma Fabio Coral Fonseca.

"Eletrificar o etanol, um combustível renovável e estratégico para o país, tem um enorme potencial no contexto das novas energias sustentáveis. A Nissan tem a visão de que investir globalmente em pesquisa é um caminho para superar os desafios existentes para conquistar novas tecnologias. Ver os desenvolvimentos do IPEN participando desse processo é muito gratificante”, comemora Fonseca.

Sistema gerador de potência

Vale ressaltar que a tecnologia de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan conta com sistema gerador de potência. No caso, que se utiliza da reação química do íon oxigênio com diversos combustíveis. Por exemplo: o etanol e o gás natural. Assim, transformando os componentes em hidrogênio na célula, a fim de gerar eletricidade.

De acordo com a Nissan e o IPEN, o sistema é limpo, altamente eficiente e funciona 100% com etanol ou água misturada ao etanol. Além disso, suas emissões são tão limpas quanto à atmosfera. Inserindo-se, assim, como parte do ciclo natural do carbono e sendo absorvido durante a plantação da cana-de-açúcar.

O Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) integram mais uma parceria com a Nissan e o IPEN. Um dos focos, por exemplo, é no desenvolvimento nacional de carregadores bidirecionais para veículos elétricos.

Tais carregadores devem criar um novo ecossistema. Com isto, possibilitando que os carros funcionem como uma solução para compartilhamento de energia.

Nissan LEAF: elétrico com zero emissão de poluentes

Vale ressaltar, também, que a Nissan já tem o seu modelo com zero emissão – um dos ícones mundiais dos modelos elétricos: o Nissan Leaf. O modelo já superou a marca de mais de 500 mil unidades comercializadas globalmente.

No Brasil, no início de 2021, o elétrico da Nissan atingiu 150 unidades vendidas.Veja aqui.

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