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IPEN sedia treinamento internacional na área de tecnologia das radiações

Com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica, treinamento conta com profissionais de vários países e tem como objetivo formar lideranças mundiais na área

Começa hoje, no IPEN, a 4th WNU School on Radiation Technologies Field, promovida pela World Nuclear University, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O evento, que vai até o próximo dia 27, é um treinamento voltado para profissionais que atuam na área de tecnologia das radiações ionizantes e tem como objetivo formar novas lideranças nos países membros da AIEA em todos os continentes.

Pela primeira vez na América Latina, o curso visa fornecer uma ampla visão geral do campo de produção de radioisótopos e tecnologias de radiação, bem como as tendências e principais problemas encontrados pelos profissionais nesta área. Também pretende desenvolver habilidades essenciais para liderança, comunicação e gerenciamento de projetos, além de oferecer uma oportunidade única para desenvolver uma rede mundial de especialistas em radiação.

O programa intensivo de duas semanas da RT School contará com palestras de proeminentes especialistas em radioisótopos e tecnologias de radiação e falantes ilustres, trabalho de grupos pequenos liderados por mentores, em que os participantes analisam estudos de caso e desenvolvem propostas para resolver problemas relacionados à RT e visitas técnicas a sites relacionados à RT, no caso do IPEN, o Centro de Tecnologia das Radiações (CTR).

O IPEN sediará o treinamento pelo fato de ser reconhecidamente uma referência continental em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de radiofarmácia, ciência e tecnologia nuclear, reatores nucleares e ciclo de combustível, energias renováveis, materiais e nanotecnologia, biotecnologia e tecnologias de laser, entre outras. A expectativa, segundo o superintendente Wilson Calvo, é estreitar a parceria com a WNU e consolidar ações de internacionalização no Instituto.

"É muito importante essa aproximação com a World Nuclear University, uma referência no mundo para a formação de líderes na área nuclear”, afirmou Calvo. Ele explica que a da WNU é que esses cursos sejam itinerantes, organizados em centros de excelência. As duas primeiras edições, em 2010 e 2012, foram no Korea Atomic Energy Research Institute (KAERI), na Coréia, e a última, em 2014, foi no Hamad Medical Corporation, em Doha, no Qatar.

"O fato de ser o primeiro organizado no continente americano, e principalmente no IPEN, é um marco importante para nós”, acrescentou Calvo. O superintendente destaca também que é mais um passo à consolidação do programa de internacionalização do Instituto. "Estamos provocando os gerentes [de Centros de Pesquisa] para que tragam eventos internacionais. A ideia é fortalecer ainda mais a nossa pós-graduação, mantendo a sua excelência”.

Calvo também considera "de suma importância” a aproximação do IPEN com a AIEA, que está financiando a participação de um profissional por país, dos 16 países que estarão presentes nesta quarta edição. "Inclusive, uma das nossas metas de trabalho apresentadas ao Conselho Superior do IPEN é tornar o Instituto um Centro Colaborador da Agência. Ainda estamos avaliando se serão nucleadas várias áreas ou apenas indústria e saúde”, adianta o superintendente.

De acordo com Calvo, a vinda da diretora de Divisão de Ciências Físicas e Químicas da AIEA, Meera Venkatesh, é muito importante porque ela vai conhecer as instalações e dar o aval ao Instituto como Centro Colaborador. "Funciona assim: a instituição se candidata, os diretores da Agência fazem uma avaliação do potencial do País e do candidato, e depois, se previamente aprovado, é elaborado o Plano de Trabalho para uma análise mais detalhada”, explica Calvo.

Nesses Centros Colaboradores – prossegue – a AIEA fomenta treinamento e capacitação, viabiliza o envio de experts do Instituto para outros países e, principalmente, alavanca novos projeto em áreas que são de interesse da Agência. "Por isso, quando a instituição faz a proposta, a Agência quer saber em que área é excelência, para, inclusive, verificar se já não existe em outro país, e só então é aprovada, e os projetos são direcionados para o novo Centro. No caso do IPEN, eu diria que o nosso foco imbatível é a medicina nuclear, saúde e indústria. Na região aqui, está consolidada há muito tempo”.

Sobre a WNU– A World Nuclear University (WNU), sediada em Londres (Reino Unido), foi inaugurada em 2003 e abrange várias instituições de ensino nuclear em 30 países. Além da AIEA, a rede da WNU conta com apoio da Agência de Energia Nuclear da OCDE, da Associação Nuclear Mundial e da Associação Mundial de Operadores Nucleares. Sua missão é desenvolver a educação internacional e liderança na área das aplicações pacíficas da energia nuclear por meio de treinamento para líderes nucleares.

O evento é coordenado por Patricia Wieland, doutora em engenharia industrial pela PUC-Rio, que por mais de três décadas foi servidora do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Participam profissionais de China, Cuba, Irã, Egito, Cazaquistão, Namíbia, Polônia, Portugal, África do Sul, Canadá, Vietnã e Brasil.

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