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Assinatura de acordo na área de saúde e anúncio de investimentos marcam 56 anos do Ipen

Durante a solenidade comemorativa pelos 56 anos de fundação do Ipen, no último dia 31 de agosto, em São Paulo, foi assinado um acordo para para melhorias na infraestrutura da produção de radiofármacos do Ipen e do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN)

Durante a solenidade comemorativa pelos 56 anos de fundação do Ipen, no último dia 31 de agosto, em São Paulo, foi assinado um acordo para para melhorias na infraestrutura da produção de radiofármacos do Ipen e do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), ambos ligados à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Também foram destacados investimentos, assegurados pelos governos federal e estadual para os próximos anos, que contemplarão projetos como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). O evento contou com a presença dos Ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação Marco Antonio Raupp e da Saúde, Alexandre Padilha, do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do presidente da CNEN, Angelo Fernando Padilha, do superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior, entre outras autoridades, dirigentes e gestores de instituições científicas.

E. R. Paiva
Cerimônia marcou assinatura de acordo entre Ministério da Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação

O RMB é um projeto de grande importância nacional que vai garantir autossuficiência na produção de radiofármacos, importantes para diagnóstico e terapia de diversas doenças em áreas como cardiologia, oncologia, neurologia, reforçou Vieira Junior. "Apesar de de dipormos de uma radiofarmácia de grande porte, ainda precisamos elevar em quase três vezes esse atendimento à sociedade brasileira”, enfatizou. O gestor frisou que o acordo assinado no âmbito do Programa para o Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (Procis), com investimento no Ipen de R$ 17,4 milhões para a área de radiofarmácia, se destina ao processo de adequação às normas da Anvisa.

Ao anunciar os R$ 27 milhões para as unidades de produção de radiofármacos no Ipen e no IEN, o ministro da Saúde afirmou que o intuito não é apenas adequar ao padrão da Anvisa, mas ao padrão internacional. "Além de atender o mercado nacional podemos disputar o mercado global. O Brasil aposta no potencial do conhecimento, da inovação, para geração de riquezas”, completou.

Vieira Junior reiterou ainda a importância do convênio assinado em maio deste ano entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o Ipen e a CNEN, com a interveniência do MCTI e da USP, que disciplina a utilização, gestão e gerenciamento de bens e instalações do Ipen pela CNEN. Pelo acordo, os investimentos estaduais no instituto nos próximos 25 anos totalizam R$ 18,8 bilhões. Com isso, fica assegurada a continuidade de mais de 190 linhas de pesquisa estabelecidas no plano de trabalho institucional.

O governador Alckmin lembrou que a Argentina, menor que o Estado de São Paulo, produz radioisótopos há décadas, e que o Brasil ainda depende da importação dos radioisótopos, especialmente o molibdênio-99. Este radioisótopo é empregado na fabricação dos geradores de tecnécio, radiofármaco utilizado em mais de 80% dos exames de medicina nuclear. Alckmin afirmou que o desafio é dar o próximo passo. "Através do reator multipropósito devemos produzir molibdênio, que custa 200 milhões de dólares uma grama do produto”. A parceria do governo federal junto com o governo do Estado permitirá a construção do RMB em Iperó, no interior paulista.

O empreendimento RMB tem duração prevista de 6 anos a partir do início de sua construção. O custo total estimado é de US$ 500 milhões, sendo que já foram alocados 50 milhões de reais para o projeto básico, com 30 milhões de reais efetivamente sendo executados e 20 milhões em licitação. Há 400 milhões de reais previsto no Plano Plurianual do Governo. Nesta fase inicial do empreendimento o Estado de São Paulo cederá até o final do ano um terreno com valor previsto de R$ 5 milhões.

Em seu discurso, o presidente da CNEN Ângelo Padilha fez uma análise sob uma perspectiva histórica do desenvolvimento da área nuclear, que ele qualificou de recente mas de muito sucesso. Para o dirigente, áreas como a indústria aeroespacial, de petróleo e de alimentos devem ser exaltadas, "mas não incluir a tecnologia nuclear no rol de exemplos de sucesso do país é uma grande injustiça”.

O ministro Raupp parabenizou a instituição, reforçando a importância das parcerias históricas do Ipen, entre os governos Federal e Estadual, com a Marinha e com a Universidade. E afirmou que outra "parceria de suma importância firmada pelo Ipen é com a sociedade”. Parabenizou ainda a dedicação dos 21 pesquisadores homenageados na solenidade – servidores aposentados do Ipen que prestam serviços como pesquisadores voluntários na instituição - e todos os colaboradores do instituto.

O Ipen é uma autarquia estadual gerenciada técnica, administrativa e financeiramente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. É associada à Universidade de São Paulo para fins de pós-graduação, no programa Tecnologia Nuclear, avaliado com nota 6, conceito de excelência internacional. Em agosto deste ano foi atingida a marca de 2.000 títulos de mestrado e doutorado outorgados.

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