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Pós-graduação de excelência é a 'vitrine' do IPEN para a Internacionalização

A ideia é aglutinar pesquisas, parcerias e colaborações com instituições do exterior e, nessa troca, se consolidar como referência mundial nas áreas de atuação, tendo o ensino como a principal ferramenta.

Quando se analisa rankings internacionais de universidades, constata-se que as latino-americanas dificilmente se classificam entre as 200 melhores do mundo. A grande questão é: isso se deve à metodologia das avaliações ou elas realmente estão muito abaixo, em termos de qualidade e produtividade, das universidades dos países desenvolvidos? Ou esses dois fatores se complementam?

Na edição de 2016 do ranking britânico Times Higher Education (THE), a Universidade de São Paulo (USP), até então a melhor classificada do País, caiu cerca de 40 colocações ficando entre o 91o e 100o lugar - em 2015, havia ficado entre as posições 51 e 60. Ainda assim, continua sendo a melhor avaliada na América Latina, além de estar em 9ª posição na lista de melhores universidades dos países emergentes.

Um dos problemas está no fato de que os rankings não medem a importância das instituições para suas economias e culturas nacionais ou a qualidade de seu ensino, ou o moral de seus professores ou estudantes, ou o nível de liberdade acadêmica e a abertura para discussão de problemas na sociedade. Quem afirma é John Douglass, pesquisador do Center for Studies in Higher Education (CSHE) da Universidade da Califórnia (Berkeley, EUA).

"Os rankings mundiais têm uma forte tendência à análise de citações – que se inclinam às ciências e à engenharia – e também à pesquisa de reputação. Os levantamentos dizem algo sobre a qualidade de muitas universidades, mas são muito mais uma imagem incompleta e tendenciosa", opina Douglass.

Índices semelhantes ao do THE são, entretanto, avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC) responsável pela expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados brasileiros.

A cada quatro anos, a Capes solta um mega relatório que, atualmente, é a maior referência para os programas de pós-graduação no Brasil. Um dos critérios considerados mais importantes é a internacionalização dos cursos, tanto em relação aos docentes quanto aos discentes.

No mês de setembro, foi lançado o mais recente relatório confirmando o conceito 6 para o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN, associado à USP, resultado que animou e ao mesmo tempo deixou um alerta para a CPG quanto à necessidade de fomentar essa área. Mas o IPEN já vem, há dois anos, promovendo ações que visam a consolidação de seu Programa de Internacionalização.

Idealizado pela Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), começou a ser implementado formalmente em 2015. "Esse programa faz parte de uma estratégia que tem como efeito a melhoria da qualidade das nossas pesquisas e publicações. Porque, na ciência exata, hoje, a tendência é realizar trabalhos multidisciplinares, então, a busca de excelência nos grupos internacionais dá um arranque nos resultados e também facilita acesso a revistas de alto fator de impacto", afirma Marcelo Linardi, diretor da DPDE.

Institucionalização

O IPEN já vinha realizando muitas atividades no que diz respeito à internacionalização, porém de "maneira tácita", isto é, não estava organizado, institucionalizado, segundo Linardi. "A DPDE entendeu que era preciso institucionalizar essas ações e designou o pesquisador Jorge Eduardo de Souza Sarkis, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA), para tocar esse trabalho. Há dois anos, ele está trabalhando nisso, mas ainda há muito a ser feito", acrescentou.

Recentemente, Sarkis completou o "mandato" de dois anos, e a DPDE convidou a pesquisadora Isolda Costa para dar continuidade ao projeto. "Novas estratégias estão sendo pensadas nesta área", adiantou Linardi. 

Para Sarkis, a principal dificuldade enfrentada foi "compreender o significado da atividade". Afinal, em que consiste um programa de Internacionalização?, perguntava-se. "Como pesquisador fortemente voltado para a área técnica, minha visão, inicialmente, estava focada somente na atividade científica e seus resultados. Com o tempo, entendi que o eixo dessa atividade está voltado à questão da gestão da ciência dentro da Instituição".

Ele conta que numa ocasião em que preparava sua documentação para solicitar um ano sabático no exterior, constatou que a USP já tinha acordos de cooperação internacional com diversas instituições internacionais, o que facilitaria em muito os trâmites administrativos e de suporte financeiro para viagens de pesquisadores. A DPDE considerou, então, que a melhor opção seria criar o próprio programa do IPEN, com maior flexibilidade, visibilidade e ênfase em aspectos específicos de interesse do Instituto.

Nessa missão, colaboraram a servidora Adriana Braz Vendramini, do Núcleo de Inovação Tecnnóligca (NIT), Franz Arnold, da Gerência de Desenvolvimento de Sistemas (GDS) e Delvonei Andrade, presidente da CPG, nas questões relativas ao ensino.

Os documentos e o passo a passo estão descritos, em forma de tutorial, na página da Internacionalização, no Portal do IPEN. Os pesquisadores do exterior agora têm ao seu dispor informações convenientes e interativas que permitirão identificar oportunidades de parcerias dentro do IPEN, os países e outras instituições com as quais o Brasil já mantém colaboração científica etc., tudo disponível em português, espanhol e inglês.

"Procurou-se aproveitar bem a ferramenta de comunicação que é nosso Portal, para amparar os profissionais que queiram nos visitar na importante tomada de decisão que promoverá benefícios mútuos e favorecerá a prática da fraternidade, virtude cujas consequências podem ter alcance, muitas vezes, inimagináveis", afirmou Franz Arnold.

Mais sobre o Programa aqui.

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