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Expansão da medicina nuclear em debate no IPEN

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e o Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – representado pelo o Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (IPEN) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), realizam nesta quarta-feira, 13, no próprio IPEN, o Workshop "Plano Nacional de Expansão da Medicina Nuclear”. O objetivo é debater os rumos da medicina nuclear e aprimorar as relações entre os diversos integrantes da complexa cadeia de produção e distribuição de insumos radioativos médicos.

Atualmente, a medicina nuclear brasileira conta com 436 centros em operação, responsáveis pelo atendimento de mais de 2 milhões de procedimentos a cada ano. Para a SBMN, existe uma subutilização dessa especialidade por parte da população brasileira, em especial dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). "A maior parte dos radiofármacos é produzida ou processada aqui no IPEN, mas, com as dificuldades que estamos enfrentando, é fundamental rediscutir todo o sistema de produção e distribuição”, afirma José Carlos Bressiani, superintendente do IPEN.

Ele se refere aos cortes no orçamento e também ao fato de que muitos servidores especializados estão se aposentando sem reposição de vagas. Além disso, emboraa produção de radiofármacos exijaescalas de trabalho diferenciadas, mesmo assim, o Governo Federal decidiu restringir o pagamento de horas extras. Diante dessa situação, os servidores se viram obrigados a trabalhar no período normal de expediente. "O problema é que a matéria-prima chega nos finais de semana, então a situação está complicada”, acrescentou Bressiani.

A principal matéria-prima a que se refere o superintendente do IPEN é o molibdênio-99 (99Mo), um radioisótopo que é obtido via importação, usado para geração do tecnécio-99m (99mTc). Esse processo é realizado no IPEN, visto que a CNEN detém o monopólio do fornecimento desse e de outros isótopos médicos produzidos na sua unidade. Para a SBMN, essa "alta dependência”, além da falta de reajuste das tabelas de remuneração de procedimentos de medicina nuclear pelo SUS desde 2009, entre outros fatores, resultam na "fragilidade da medicina nuclear” no Brasil.

A ideia do Workshop é promover a elaboração de estratégias conjuntas que venham a impulsionar essa especialidade em suas diferentes esferas de atuação, tanto no âmbito público quanto privado. "Na ocasião, serão propostos um conjunto de ações integradas que visam mudar substancialmente a oferta e a qualidade dos serviços de medicina nuclear prestados à sociedade no âmbito dos serviços públicos do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços hoje prestados, o que culminará na contribuição para a melhoria da saúde da população”, avalia o presidente da SBMN e um dos coordenadores do evento, Claudio Tinoco.

Estarão em pauta no Workshop o panorama atual da medicina nuclear e os desafios à sua expansão; a produção e distribuição de radiofármacos no país; o acesso à medicina nuclear via SUS e Saúde Suplementar; o papel dessa especialidade no enfrentamento das doenças crônicas; bem como os desafios para o ensino e pesquisa da especialidade. A SBMN apresentará também os resultados das contribuições provenientes de seus membros sobre a expansão da medicina nuclear.

Do IPEN, haverá duas apresentações: Bressiani falará sobre "A Produção e Distribuição de Radiofármacos no Brasil – Desafios” e Elaine Bortoleti de Araújo sobre "Aspectos Regulatórios da Medicina Nuclear no Brasil”. Da CNEN, José Augusto Perrotta vai discorrer sobre o projeto do "Reator Multipropósito Brasileiro” e o presidente da autarquia, Angelo Fernando Padilha, abordará o tema "Papel do MCTI e da CNEN no desenvolvimento da Medicina Nuclear”.

Para Tinoco, ao valorizar a integração entre os diversos componentes da cadeia produtiva e de produção e distribuição de insumos radioativos médicos, o Plano Nacional de Expansão da Medicina Nuclear apontará caminhos para redução das notórias assimetrias nas ofertas de serviços e da qualificação dos profissionais envolvidos nessa especialidade, no Brasil. "A busca de uma expansão e de requalificação dos serviços prestados em instituições e hospitais públicos, de autossuficiência na produção de isótopos para uso médico e uma maior integração entre as organizações, permitirá que tenhamos condições de atender às expectativas da comunidade”, concluiu.

 

Por um direcionamento dos coordenadores, a reunião será restrita aos participantes. Caso haja interesse da imprensa, os porta-vozes ficam disponíveis ao final do Workshop para repercutir os seus desdobramentos.

 

Serviço

Workshop "Plano Nacional de Expansão da Medicina Nuclear”
Data: 13 de maio
Local: Auditório do IPEN - Av. Lineu Prestes 2242 - Cidade Universitária (USP) – São Paulo
Horário: das 8h às 18h

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Ana Paula Freire, jornalista (MTb 172/AM), da Assessoria de Comunicação Institucional do IPEN, com informações da RS Press​ - Agência de Comunicação da SBMN​.

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