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Avanço consolidado: bolsistas de pos-doc contemplados no Edital COPDE 6/2020 assinam Termo de Outorga

Concessão de bolsas pos-doc era uma demanda antiga e é considerada um dos principais avanços nessa última chamada COPDE Inter Centros.

Com a presença da diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, seis pesquisadores assinaram, nesta quarta-feira, 31, o Termo de Outorga para implementação de bolsas de pós-doutorado, no âmbito do Edital COPDE 6/2020, voltado a projetos integrados entre Centros de Pesquisa do Instituto. A cerimônia iniciou-se às 10h e foi coordenada por Fernando Moreira, chefe do Escritório de Gestão de Projetos (EGP), que fez uma breve apresentação da dinâmica administrativa para o andamento das pesquisas.

Eurico Felix Pieretti, Thiécla Katiane Osvaldt Rosales, Patrícia Lima Falcão, Marcelo Miyada Redígolo, Rubens Chiba e Karina de Oliveira Gonçalves são os novos pos-doc do IPEN. Três deles – Eurico, Rubens e Marcelo – já estão "familiarizados” com o IPEN porque são egressos do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. "O Rubens, inclusive, começou na iniciação científica do IPEN, fez mestrado e doutorado em nosso programa e agora voltou para o pos-doc. É sinal de que a nossa casa continua atrativa”, comentou Moreira.

A concessão de bolsas pos-doc era uma demanda antiga e é considerada um dos principais avanços nessa última chamada COPDE Inter Centros. Isolda Costa deu as boas-vindas aos bolsistas e disse que a participação de pós-doutorandos é o "principal motor” para garantir a qualidade das pesquisas do IPEN. "Por experiência, afirmo que um projeto só tem chance de ser bem-sucedido a partir do momento em que há alguém dedicado 100% a ele”, disse a diretora. Para Moreira, "é uma evolução que veio para ficar”, pois significa o "engrandecimento das esquipes”.

Após apresentar a equipe do EGP que vai auxiliar os bolsistas na execução dos projetos, Moreira explicou rapidamente a dinâmica burocrática, afirmando que seu trabalho é fazer a intersecção de dois mundos: o do rito e o do resultado. O primeiro se refere às leis, aos processos de compras, aos documentos necessários à prestação de contas etc., sendo posteriormente submetido à análise da Procuradoria do IPEN e dos órgãos de controle por se tratar de recurso público. "O rito exige a legalidade, ou seja, os processos têm que estar dentro dos parâmetros da legalidade”, pontuou.

Já o rito do resultado são os pesquisadores, com ideias que geram experimentos, dos quais extraem dados, passam para as publicações, e estas são enviadas para revisão pelos pares, para que tenham reconhecimento e obtenham financiamento. "É o círculo virtuoso da pesquisa. O resultado cobra eficiência. E como aliar eficiência e legalidade? É mais ou menos como o núcleo do átomo. A gente junta dois elementos que normalmente querem se repelir, mas usamos de energia para fazer com que permaneçam juntos. Mas tem um detalhe: o rito manda no resultado”, salientou Moreira.

Reiterando o que o serviço público tem uma dinâmica própria, sobretudo no que se refere a processos de compra, Moreira enfatizou que todas as etapas de qualquer projeto requerem planejamento. "Não dá para ter agilidade sem planejar antes tudo o que se quer”. O chefe do EGP também explicou outros detalhes como o registro dos bolsistas, os recursos destinados, as informações que constarão no site (plano de trabalho, cronograma relatórios etc.) e complementou informando que os recursos são alocados na Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, vinculada à UFMG).

"Expectativa alta”

Patrícia Falcão foi servidora da Fiocruz por 19 anos, onde cursou o doutorado, e depois transferiu-se para o Departamento de Engenharia Nuclear da UFRJ e nessa instituição fez o segundo doutorado, em Ciência das Radiações. Imunologista e biomédica, seu pos-doc no IPEN é no Centro de Biotecnologia (CEBIO). "Eu vim com a expectativa de contribuir com o grupo, agregar no Cebio e consequente no IPEN. Sou pesquisadora corporativa, já tive meu próprio laboratório, hoje em dia, estou como pesquisadora academicista profissional”.

Rubens Chiba é conhecido por atuar em projetos no Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM), onde começou ainda como bolsistas de iniciação científica. Depois do doutoramento, atuou em outros laboratórios e prestou consultorias, e agora retorna para o pos-doc. "Estou aqui com novos objetivos a serem alcançados e espero contribuir com a experiência que acumulei na pós-graduação”.

Marcelo Miyada Redígolo também fez iniciação científica, mestrado, doutorado e pos-doutorado no IPEN, tendo realizado pesquisas no CECTM, Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) e Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA), onde desenvolverá sua pesquisa. Sua expectativa é torna-se pesquisador efetivo do Instituto. "Tive alguma experiência fora e voltei para ajudar o IPEN. Sempre recebi muito do IPEN, agora, vim para ter esse treinamento para quando o momento chegar, o concurso, eu seja aprovado como pesquisador já tendo uma ideia concreta do que é ser pesquisador do IPEN”.

Thiécla Rosales é formada em nutrição, doutora em farmácia pela USP. Vai atuar no Centro de Bioteclogia (CEBIO), com a supervisão do pesquisador Patrick Spencer, em projeto que visa novos métodos de diagnóstico e terapia. Sua expectativa é muito alta e ela acredita que seu projeto pode ter impactos significativos nesse campo da saúde. "É um projeto bastante inovador e importante, muito bem pensado, e esperamos bons resultados significativos”.

Eurico Felix Pieretti é engenheiro de materiais, mestre e doutor em TN pelo IPEN/USP, concluiu pos-doc na UFABC, na área de materiais. Especialista em biomecânica do movimento, seu projeto no IPEN tem o intuito de desenvolver ligas metálicas de titânio, alumínio e vanádio para aplicações biomédicas produzidas por manufatura aditiva. "Minha expectativa é alta, porque é uma técnica nova e essa manufatura aditiva permite uma fabricação melhor, com mais economia de energia e de matéria-prima, mais rápidas e melhor acabamento”, disse.

Karina de Oliveira Gonçalves fez apenas a iniciação científica no IPEN, seu mestrado e doutorado foram em Ciências, na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). "Mas eu sempre tive ‘um pezinho’ aqui, no CEBIO, inclusive o [pesquisador] Daniel Perez foi meu coorientador de doutorado. Continuei fazendo alguns testes aqui, ele me ajudou muito na publicação de alguns artigos, e, agora, estou voltando no pos-doutorado, com a Dra. Solange [Sakata, pesquisadora do CETER]. Espero aprender muito, melhorar meu currículo, eu também tenho esperança de prestar concurso público”.

"Ganha-ganha”

Convidado "de honra”, Delvonei Andrade, ex-presidente da CGP em Tecnologia Nuclear, comentou que os novos pos-doc terão uma oportunidade excelente de fomentar seus currículos a partir dessa experiência no Instituto. "Modéstia à parte, o IPEN é uma instituição de excelência, a gente tem inserção nacional e internacional, alguns já conhecem e sabem disso. É um ganha-ganha, minhas palavras são de otimismo e muito trabalho”.

Na sequência, o grupo foi fazer a foto oficial, que contou ainda com a presença dos pesquisadores Solange Sakata (CETER), Daniel Perez e Carlos Soares (CEBIO), e Cecilia Chaves Guedes (CECTM). De acordo com Fernando Moreira, já está agendada uma reunião operacional com todos os bolsistas, no dia 2 de junho, às 10h, onde serão explicados os Termos de Referência, as planilhas e outros aspectos mais técnicos relacionados ao edital.

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