CEO da Nissan Brasil visita o IPEN/CNEN para acelerar pesquisa do veículo híbrido a etanol
Airton Cousseau conheceu o laboratório onde está sendo desenvolvida a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC) e participou de reunião técnica com pesquisadores
Diretores da Nissan estiveram no IPEN/CNEN, na manhã desta quarta-feira (27), para avaliar projetos em andamento e discutir novos caminhos. A visita é mais um capítulo de uma parceria firmada em 2019 e renovada em 2021. O acordo prevê o desenvolvimento de um veículo movido a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol.
Estiveram presentes no Instituto Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Ricardo Abe, gerente de Engenharia de Produto da montadora, e Nathalia Boareto, chefe de gabinete. O gerente de Internacionalização do IPEN-CNEN, Nicklaus Wetter, recepcionou os visitantes, representando a diretora substituta Isolda Costa.
A visita foi articulada pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) e responsável pelo projeto. A recepção institucional aos visitantes ocorreu no Espaço Cultural Marcelo Dammy, onde é possível acompanhar uma "linha do tempo” da história e das pesquisas do Instituto.
Na sequência, a comitiva visitou o CECCO, onde juntaram-se outros dois pesquisadores encarregados pelo projeto, Estevam Spinace e Francisco Tabuti, para conhecer os laboratórios e discutir o andamento das pesquisas. Coral fez uma breve apresentação sobre as atividades do CECCO e, em seguida, deu início à reunião técnica, cujo objetivo é viabilizar comercialmente o uso de SOFC.
Caberá aos pesquisadores do IPEN/CNEN otimizar a engenharia do dispositivo eletroquímico. As células desenvolvidas seriam capazes de fornecer autonomia superior a 600 quilômetros utilizando apenas 30 litros de etanol. A parceria da Nissan com o IPEN/CNEN está inserida no conceito da Nissan Intelligent Mobility, visão da marca para transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados na sociedade.
"Vemos uma oportunidade fantástica nesta parceria. Para o Brasil, é o momento ideal [de investir nesse projeto]. E sabemos da competência do IPEN para dar seguimento às pesquisas”, afirmou Cousseau.
"Nissan e IPEN buscam agora acelerar a continuidade da pesquisa para que a opção do híbrido a etanol seja realidade de mercado atendendo às novas legislações ambientais que preveem cortes de emissões por motores a combustão e que entrarão em vigência na próxima década em vários países”, concluiu Fonseca.
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Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão)